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Serotonina: o que significa serotonina elevada ou serotonina baixa?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A serotonina é um importante neurotransmissor para o bom funcionamento do organismo humano. Participa da condução de impulsos nervosos, e é conhecida como o hormônio de felicidade.

Desempenha funções relevantes como: regular o funcionamento dos sistemas gastrointestinal, cardiovascular e da função cerebral; auxilia no controle do ciclo do sono e do humor e é essencial para o bom funcionamento da memória e atenção.

Por isso, o aumento ou redução das concentrações de serotonina no sangue, provocam alterações emocionais, motoras e ou nas funções orgânicas.

Serotonina elevada ou Síndrome serotoninérgica

O excesso de serotonina na corrente sanguínea é comumente associado ao uso de medicamentos controlados que agem aumentando a sua concentração no sangue. Principalmente quando mais de um medicamento com a função semelhante são associados.

Os sintomas podem variar de intensidade, desde sintomas leves, até os mais graves, podendo levar ao óbito. Por isso, na suspeita de síndrome serotoninérgica, entre em contato com seu médico, ou procure uma emergência:

Sintomas leves
  • Náusea;
  • Diarreia;
  • Tremores;
  • Sudorese;
  • Vermelhidão;
  • Febre;
  • Aumento dos batimentos cardíacos;
  • Elevação da pressão arterial;
  • Inquietação;
  • Confusão mental.
Sintomas Graves
  • Batimentos cardíacos rápidos e/ou irregulares (arritmia);
  • Febre alta;
  • Rigidez muscular, espasmos;
  • Crise convulsiva;
  • Inconsciência, coma.
Como reduzir os níveis sanguíneos de serotonina?
  • No caso de síndrome serotoninérgica, todas as medicações que agem no ciclo de serotonina devem ser SUSPENSAS imediatamente;
  • Ajustar a alimentação: adotar um plano alimentar rico em proteínas e baixa concentração de carboidratos;
  • Uso de medicamentos que auxiliam na redução dos níveis de serotonina no organismo: estes medicamentos devem ser prescritos obrigatoriamente pelo médico.
Sintomas de deficiência de serotonina (serotonina baixa)

Níveis baixos de serotonina podem desencadear os seguintes sintomas:

  • Sensação de cansaço frequente;
  • Distúrbios de humor, como impaciência, irritabilidade, mau-humor;
  • Sonolência durante o dia;
  • Inibição da libido;
  • Vontade de comer doces;
  • Necessidade de comer a todo momento;
  • Dificuldade de concentração;
  • Perda de memória.

Em casos mais graves, provoca:

  • Episódios de ansiedade;
  • Tristeza e isolamento social;
  • Alterações do sono;
  • Aumento de peso;
  • Depressão.
Como aumentar os níveis sanguíneos de serotonina?
  • Alimentação adequada: adotar uma alimentação rica em carboidratos;
  • Ingerir alimentos ricos em triptofanos: banana, ovos, carnes magras, chocolate amargo, leite e derivados, e cereais integrais;
  • Praticar de atividade física;
  • Tomar sol;
  • Praticar meditação;
  • Usar suplementos de serotonina: estes suplementos devem ser utilizados mediante orientação médica.

É importante comunicar ao médico a presença destes sintomas para uma orientação e ajuste de tratamento

Veja mais:

Quais os sintomas da faringite?
Dr. Ivan Ferreira
Dr. Ivan Ferreira
Médico

Os sintomas da faringite variam de acordo com a sua causa, se viral ou bacteriana. A faringite é uma infecção que afeta a garganta, na região da faringe. É mais frequentemente causada por vírus, como nos resfriados comuns, e os seus sinais e sintomas costumam ser ardência e irritação na garganta, febre baixa, mal estar geral e indisposição.

Quando a faringite é causada por bactérias, além da sensação de ardência, irritação na garganta, indisposição e mal estar geral, há também a presença de secreção purulenta na garganta. A febre pode ser mais elevada e os gânglios linfáticos ou linfonodos do pescoço podem estar aumentados. Os linfonodos são estruturas do sistema linfático que aparentam ser pequenos caroços e são responsáveis pelo combate local às infecções. Nesse caso, a faringite deve ser tratada com antibióticos, além dos anti-inflamatórios e analgésicos.

Para diagnosticar a causa da faringite e o seu tratamento adequado é necessária a avaliação médica e, em alguns casos, quando a faringite é muito prolongada ou frequente, podem ser necessários exames laboratoriais para auxiliar na identificação da sua causa e o melhor tratamento.

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Diferenças entre Amigdalite, Faringite e Laringite

O clínico geral ou o otorrinolaringologista podem diagnosticar e tratar adequadamente a faringite.

O que é hidrocefalia e quais os sintomas?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Hidrocefalia é o acúmulo de líquido no cérebro. Este líquido, chamado líquor ou líquido cefalorraquidiano, é produzido pelo próprio cérebro e circula por todo o sistema nervoso central, inclusive pela coluna vertebral, retornando ao cérebro para ser reabsorvido.

A função do líquor principal é de proteger o cérebro e a medula espinhal. Porém, quando há algum distúrbio na produção, circulação ou absorção desse líquido, pode surgir a hidrocefalia.

A grande maioria dos casos de hidrocefalia ocorre devido a problemas na absorção do líquor, o que aumenta a quantidade de líquido no interior do cérebro.

O volume normal de líquido cefalorraquidiano em adultos varia entre 6 a 60 mL em recém-nascidos, e 140 a 170 mL no adulto, um valor acima configura quadro de hidrocefalia.

A hidrocefalia pode surgir antes do nascimento, durante a infância ou na idade adulta, por diversas causas.

Quais são as causas da hidrocefalia?

No caso da hidrocefalia comunicante, as principais causas são: hemorragia intracraniana, traumatismo craniano, meningite e idiopática (sem causa aparente).

Já as principais causas de hidrocefalia obstrutiva incluem: malformações cerebrais, tumores e cistos.

Há diversos tipos de hidrocefalia. Dependendo da sua causa e da forma como se instala, pode causar aumento da pressão intracraniana, que é a complicação mais grave da hidrocefalia.

Nas crianças, que têm os ossos do crânio flexíveis, o volume da cabeça tende a aumentar, à medida que a pressão no interior do crânio se eleva. Contudo, nos adultos, cujos crânios já são rígidos, a hidrocefalia provoca um aumento rápido da pressão intracraniana, pela compressão das demais estruturas dentro da caixa craniana, causando quadros mais graves.

Quais os tipos de hidrocefalia?

Hidrocefalia congênita: Surge antes do nascimento, na vida intrauterina.

Hidrocefalia obstrutiva: Ocorre quando o líquor se acumula no cérebro devido a uma obstrução que impede o seu fluxo.

Hidrocefalia comunicante: Surge quando há um desequilíbrio entre a velocidade de produção e a capacidade de absorção do líquor.

Hidrocefalia de Pressão Normal: Ocorre em idosos e é considerada um tipo de demência.

Quais são os sintomas da hidrocefalia?

Os sinais e sintomas da hidrocefalia embebês recém-nascidos ou crianças pequenas podem incluir:

  • Mudança de comportamento: irritabilidade, recusa alimentar,
  • Sonolência, apatia,
  • Apneia ("prender o ar") ou paradas respiratórias,
  • Alteração do formato do crânio, crânio aumentado,
  • Náuseas, vômitos,
  • Crises convulsivas,
  • "Moleira" aberta e tensa,
  • Falta de equilíbrio, dificuldade para andar,
  • Atraso no desenvolvimento neurológico, psicológico e motor.

Já em crianças mais velhas e adultos, a hidrocefalia pode causar:

  • Dor de cabeça,
  • Náuseas, vômitos,
  • Dificuldade visual,
  • Apatia, insônia ou excesso de sono,
  • Irritabilidade,
  • Incontinência urinária,
  • Tremores,
  • Alterações cognitivas e da personalidade.

A hidrocefalia também pode evoluir lentamente, prejudicando o cérebro aos poucos, provocando problemas e dificuldades de aprendizagem, concentração, raciocínio e memória recente; ainda, problemas de coordenação motora, organização, dificuldades de se localizar no tempo e espaço, falta de motivação e dificuldades na visão.

Os sintomas da hidrocefalia são decorrentes do aumento da pressão no interior do crânio. A compressão do cérebro pode danificar permanentemente o órgão, causando danos neurológicos irreversíveis, se o tratamento não for realizado a tempo.

Sem tratamento, a hidrocefalia pode levar à morte devido ao aumento da pressão intracraniana. O crânio mais rígido dos adultos faz com que essa complicação ocorra mais rapidamente do que nas crianças.

Sintomas da hidrocefalia de pressão normal

No caso da hidrocefalia de pressão normal, que ocorre em idosos, a doença pode ser facilmente confundida com Mal de Alzheimer ou Parkinson devido aos seus sinais e sintomas: dificuldade para caminhar, incontinência urinária e deficiência cognitiva, marcada sobretudo pela perda de memória.

Qual é o tratamento para hidrocefalia?

O tratamento da hidrocefalia na maioria das vezes, é baseado na cirurgia, na qual um dispositivo é instalado para drenar o excesso de líquido para outras partes do corpo. A remoção do líquido, diminui a pressão no interior do crânio, aliviando os sintomas.

Outras formas de tratamento podem ser indicadas, conforme a causa da hidrocefalia. Quanto mais cedo a hidrocefalia for diagnosticada, maior é a resposta ao tratamento.

Para ajudar e acelerar o retorno às atividades do dia-a-dia, pode ser indicada fisioterapia. A reabilitação pode incluir ainda fonoaudiologia, terapia ocupacional, entre outras terapias para auxiliar o retorno da pessoa às suas atividades normais.

A hidrocefalia tem tratamento e deve ser investigada. Na presença de algum desses sintomas, procure o/a médico/a de família, clínico/a geral ou pediatra.

O que é alopecia?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Alopecia é a perda de cabelo em áreas em que normalmente ele deveria crescer. É um problema que acomete homens e mulheres, podendo ser causado por influências genéticas, processos inflamatórios locais ou doenças sistêmicas.

A alopecia pode ser dividida em diferentes tipos, os principais são: alopecia androgenética, alopecia cicatricial, alopecia areata, alopecia mecânica, alopecia devido a causas sistêmicas, alopecia difusa.

Alopecia androgenética (calvície)

É um dos principais tipos de alopecia. Os fios ficam cada vezes mais finos, pode iniciar na adolescência, mas só fica aparente a partir dos 40 a 50 anos. Nos homens começa normalmente na região frontoparietal (escalpo), onde o cabelo fica mais fino, parecendo com uma pelugem, nas mulheres costuma acometer mais a região central do couro cabeludo ou ser mais difusa. Está relacionada com a idade e também com a predisposição genética.

Alopecia cicatricial

Queda de cabelo provocada por traumatismo, queimaduras químicas, físicas ou devido à quimioterapia. Pode ainda ser causada por doenças que evoluem para atrofias ou cicatrizes, como piodermites, leishmaniose, tuberculose, herpes zoster, entre outras.

Alopecia areata

Caracteriza-se por áreas arredondadas ou ovalares sem cabelo, de tamanhos variados, podendo ser únicas ou múltiplas, sem grandes alterações na pele. Pode ocorrer no couro cabeludo e/ou em outras regiões com pelos. Em alguns casos, pode evoluir para perda total do cabelo.

Alopecia mecânica

Queda de cabelo causada por fatores físicos sobre o couro cabeludo. Em casos antigos, em que a ação mecânica fez-se por um longo tempo, a alopécia pode tornar-se irreversível.

Alopecia devido a causas sistêmicas

Pode ocorrer queda de cabelo difusa em várias doenças que afetam o organismo como um todo, como lúpus eritematoso sistêmico, dermatomiosite, anemia ferropriva, diabetes, hiper e hipotireoidismo, entre outras.

Alopecia difusa

O processo é mais difuso, principalmente na região central do couro cabeludo e nas áreas frontais, sem uma alopecia completa. Nas mulheres pode estar relacionada com o período da menopausa e climatério devido as mudanças hormonais dessa fase. Também está presente em doenças sistêmicas que causam queda de cabelo.

Qual é o tratamento para alopecia?

O tratamento da alopecia depende do tipo de alopecia. Pode incluir o uso de medicamentos de aplicação local, medicamentos orais, lasers específicos que estimulam o crescimento do cabelo e transplante capilar.

Durante o tratamento da alopecia, também é importante ter cuidados com a alimentação, que deve ser balanceada e rica em frutas, vegetais, proteínas e ferro.

Os alisamentos e as tinturas à base de amônia devem ser evitados, uma vez que esses produtos químicos danificam os cabelos, deixando os fios frágeis e quebradiços, aumentando a queda de cabelo.

Caso apresente queda de cabelo consulte um clínico geral ou médico de família para uma avaliação inicial, em casos de maior complexidade pode ser necessário o acompanhamento por um dermatologista.

Quais são os sintomas de alergia alimentar?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Os sintomas da alergia alimentar se manifestam sobretudo na pele, no aparelho gastrointestinal e no sistema respiratório. Na pele, causa urticária (lesões vermelhas elevadas que coçam muito), coceira, inchaço e inflamação cutânea; no aparelho gastrointestinal provoca diarreia, dores abdominais e vômitos; os sintomas respiratórios incluem chiado no peito, tosse e rouquidão.

Casos mais graves de alergia alimentar podem causar uma reação alérgica grave, conhecida como reação anafilática. Os sintomas são mais intensos, podendo acometer vários órgãos aos mesmo tempo e levar à morte.

As manifestações podem incluir coceira generalizada, tosse, dificuldade para respirar, rouquidão, inchaço nos lábios ou na garganta, cólicas, diarreia, vômitos, desmaio, tontura, confusão mental, arritmias cardíacas e queda da pressão arterial.

Não existes remédios capazes de curar a alergia alimentar ou prevenir novas reações. O tratamento é feito com medicamentos específicos para aliviar os sintomas durante uma crise. Além disso, é fundamental evitar o contato com o alimento que desencadeia a reação.

Veja também: Como saber se meu filho tem alergia à proteína do leite?

Quem tem alergia alimentar grave deve andar com braceletes ou cartões que identifiquem o alimento desencadeante para agilizar os cuidados médicos em caso de ingestão acidental do mesmo.

Veja aqui o que fazer em caso de reação alérgica.

Em caso de manifestação de sinais e sintomas de alergia alimentar, procure um médico alergologista.

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Como acabar com micose de unha? Qual o tratamento?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O tratamento para micose de unha (onicomicose) é feito com remédio antimicótico tópico, medicamentos antimicótico (antifúngico) via oral e/ou laser.

Existem diversas modalidades de tratamento para a micose de unha e a escolha de cada uma delas vai depender das suas características, como o número de unhas acometidas, grau de comprometimento, além da presença de outras micoses, hábitos de vida e doenças sistêmicas.

Como é o tratamento tópico da micose de unha?

O tratamento tópico da micose de unha é realizado com remédios antifúngicos sob a forma de esmalte, contendo ciclopirox ou amorolfina. O esmalte com esses princípios ativos é mais eficaz do que outras medicações sob a forma de pomadas ou soluções, pois penetra melhor na unha.

A amorolfina deve ser aplicada nas unhas semanalmente, e o ciclopirox todos os dias. Esse tratamento é indicado quando há poucas unhas afetadas e quando estas não estão muito acometidas pela micose. Deve ser mantido por, pelo menos, 6 a 12 meses.

Como é o tratamento sistêmico da micose de unha?

O tratamento sistêmico da micose de unha é feito com medicamentos antimicóticos administrados por via oral sob a forma de comprimidos, preferencialmente terbinafina ou itraconazol. Outras opções são fluconazol e griseofulvina, com menor eficácia.

A duração do tratamento depende do local acometido pela micose. Para micose nas unhas dos pés, o tratamento deve ser mantido por 12 a 24 semanas, enquanto para micose nas unhas das mãos, a duração será entre 6 e 12 semanas.

A escolha desse tratamento se baseia na presença de comorbidades ou dos hábitos de vida, por exemplo,o consumo exagerado de bebidas alcoólicas pode prejudicar o tratamento, visto que esses medicamentos são metabolizados pelo fígado. Por isso cada caso deve ser avaliado de maneira particular.

Como é o tratamento da micose de unha com laser?

O laser atravessa a unha e é absorvido pelo fungo, causando um aquecimento que provoca a morte ou danos ao fungo. Além disso, foi demonstrado que o laser permite maior penetração do antifúngico tópico, sendo normalmente associado ao tratamento medicamentoso da micose de unha. O número de sessões varia em cada caso.

O que é micose de unha e quais os sintomas?

A micose de unha, ou onicomicose, é uma doença infecciosa causada por fungos que se alimentam da queratina (proteína) da unha.

A onicomicose deixa a unha mais grossa, dura e sem brilho, tornando difícil cortá-la. Pode causar dor ao manipular a unha e inflamação da área ao redor. Por vezes, ocorre infecção por bactérias.

A unha geralmente muda de cor, adquirindo coloração amarela, marrom ou cinzenta, podendo ficar deformada ou descolada. Quando a micose tem início na superfície da unha, ela fica porosa, esbranquiçada e pouco profunda.

As unhas dos pés são as mais afetadas pelas micoses, devido ao ambiente escuro, quente e úmido, que favorece o desenvolvimento dos fungos.

Para o diagnóstico da onicomicose e avaliação da melhor modalidade terapêutica, consulte um médico dermatologista.

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HPV durante a gravidez: quais os riscos e como tratar?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

HPV durante a gravidez não oferece riscos de malformações fetais e não prejudica o bebê. O HPV na gestação também não aumenta as chances de aborto espontâneo ou parto prematuro.

Mesmo que o a criança seja contaminada pelo HPV, antes ou durante o parto, não significa que ela irá contrair a doença, pois a grande maioria dos bebês elimina o vírus num curto espaço de tempo.

Vale lembrar que o vírus HPV não circula na corrente sanguínea, como acontece com o vírus HIV, por exemplo. Ele permanece na vagina ou no colo útero, o que impede que o bebê seja contaminado enquanto está na barriga da mãe.

Assim, o risco de contaminação existe apenas no momento do parto, no caso do bebê entrar em contato com as lesões da mãe.

A pior e mais temida complicação que pode ocorrer se o bebê for infectado pelo HPV é a papilomatose de laringe, uma lesão extremamente grave que pode provocar a morte por insuficiência respiratória. Felizmente, essas situações são raras, com 2 a 43 casos em cada 1 milhão de nascimentos.

Saiba mais em: HPV: o que é e como se transmite?

Qual o tratamento para HPV durante a gravidez?

O tratamento do HPV durante a gravidez depende do aspecto e do local da lesão, risco de câncer, além da fase da gestação.

Se for no início da gravidez, é possível retirar a verruga, dependendo da localização. Porém, no final da gestação, a circulação sanguínea na região da vulva aumenta muito e a verruga pode sangrar, o que impede a sua retirada.

Contudo, depois da gravidez, os sistema imunológico volta ao normal e as lesões tendem a regredir, sendo mais indicado tratar o HPV depois do parto.

Em geral, a cirurgia para remoção das verrugas não interfere na gravidez nem prejudica o bebê. No entanto, se a lesão for muito interna, existe o risco de comprometer a gestação e a melhor alternativa pode ser esperar.

Leia também: Quais são os tratamentos para HPV?; Quem deve tomar a vacina contra HPV?

HPV durante a gravidez impede o parto normal?

Não, HPV na gravidez não impede o parto normal. No final da gestação, o vírus já pode ser encontrado no líquido amniótico da mulher e a opção pelo parto cesárea não garante a prevenção da transmissão do HPV para a criança.

A cesariana também não diminui as chances de papilomatose de laringe, a pior complicação que pode surgir para o bebê.

Além disso, apesar do risco de contaminação do bebê ser um pouco maior no parto normal, já se sabe que as chances dele desenvolver as lesões são muito raras.

Portanto, a cesárea é indicada apenas quando as verrugas são muito grandes ao ponto de impedirem a realização do parto normal.

Assim, o tipo de parto (normal ou cesárea) deverá ser determinado pelo médico obstetra, de acordo com o caso.

Saiba mais em:

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Estou com sangramento anal há três dias...
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Um sangramento volumoso e com grande perda de sangue é uma situação de emergência e deve ser tratada com prontidão. Um sangramento de pequena quantidade como o seu e por tempo mais arrastado também deve ser tratado, mas pode ser feito em acompanhamento ambulatorial ou em consulta com clínico/a geral, médico/a de família ou proctologista.

O sangramento anal pode ter várias explicações, mas está relacionado principalmente com hemorroida e fissura anal.

Deve-se diferenciar o sangramento anal do sangramento que pode ser observado nas fezes. O sangramento anal é de coloração vermelho vivo, em geral observado pela pessoa ao se limpar com papel higiênico ou mesmo no vaso sanitário. O sangramento que vem misturado com as fezes, geralmente tem uma coloração mais escurecida e apresenta outras causas que devem ser abordadas de outra forma.

As hemorroidas, vasos que se dilatam na região do ânus, podem ser escoriadas durante a passagem das fezes e, ao haver pequenas rupturas na pele anal, causa o sangramento.

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Uma alimentação rica em fibras e uma adequada ingestão de água pode facilitar o funcionamento do intestino e evitar fezes endurecidas que promovem o sangramento.

Procure o/a médico/a assim que possível para uma avaliação e orientação do melhor tratamento para o seu caso.

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Doença de Chagas tem cura?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sim, a Doença de Chagas tem cura. A chance de cura é maior quanto mais precoce o diagnóstico for feito e mais rápido começar o tratamento.

A doença, quando não diagnosticada na fase aguda, pode evoluir para uma fase crônica acarretando diversas complicações, principalmente no coração, no intestino e no esôfago.

Na fase aguda, a doença pode não apresentar sintomas ou, quando estão presentes, a pessoa poderá ter sinais e sintomas inespecíficos como febre e dores musculares. Essa fase, quando tratada, apresenta uma resolução em torno de 1 a 3 meses.

Na fase crônica, a cardiomiopatia é a complicação mais frequente podendo causar arritmias, infarto, embolia pulmonar, dor no peito e insuficiência cardíaca.

A pessoa nessa condição deve realizar o acompanhamento com o/a médico/a cardiologista para otimizar o tratamento.

Quais os sintomas de gravidez 5 dias após relação?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

Nenhum sintoma de gravidez é percebido 5 dias após a relação sexual. Isso porque a gravidez só começa quando o embrião implanta no útero, o que, geralmente, demora mais de 5 dias para acontecer.

Considera-se que os primeiros sintomas de gravidez podem começar a aparecer 1 semana após a relação, mas normalmente demoram algumas semanas para serem notados. Na primeira semana de gravidez, se existir algum sintoma, é possível que seja um leve sangramento rosado, que pode até ser confundido com o início da menstruação.

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Referência:

Gurevich R, Levine B. How Soon After Sex Do You Get Pregnant?. Very Well Family - Trying to conceive. Updated on September 30, 2020.

Quais são as principais doenças cardiovasculares e suas causas?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

As doenças cardiovasculares são aquelas que atingem o coração ou os vasos sanguíneos, sendo as principais:

  • Hipertensão arterial
  • Infarto do miocárdio
  • Aterosclerose
  • Acidente vascular cerebral ("derrame"), sendo consideradas uma das principais causas de morte no mundo.

Os processos de desenvolvimento das doenças cardiovasculares são muito parecidos, já que quase sempre estão associados com a obstrução das artérias e suas consequências para a nutrição, oxigenação e bom funcionamento dos órgãos.

1. Hipertensão Arterial

A hipertensão arterial, ou "pressão alta", como é popularmente conhecida, modifica a função e a estrutura dos vasos e do músculo cardíaco. A pressão arterial é uma forma de medir a força que o coração está fazendo para bombear o sangue para o corpo.

Os valores aceitos como normais atualmente são de 120 mmHg por 80 mmHg. Quando a pressão arterial está igual ou superior a 140 mmHg por 90 mmHg, ela é considerada pressão alta. Valores entre o normal e alta, são considerados pré-hipertensão, o que já confere necessidade de tratamento.

A origem genética é a principal causa de hipertensão, mas também pode ser causada por estresse, hábitos de vida ruins, tumores que alteram a produção hormonal, doenças renais, entre outros.

2. Infarto do miocárdio

O infarto, conhecido como “ataque cardíaco”, ocorre quando uma parte do músculo do coração morre devido à falta de fluxo sanguíneo (isquemia). A interrupção da circulação é decorrente do entupimento das artérias que irrigam o músculo cardíaco com oxigênio e nutrientes.

A causa mais frequente é o acúmulo de gordura no sangue, por aumento do colesterol, sedentarismo e ou aterosclerose. A história de infarto no coração, na mesma família, também aumenta o risco para a doença.

3. Aterosclerose

É uma doença cardiovascular que se caracteriza pelo entupimento das artérias devido à presença de placas de gordura que se acumulam nas paredes do vaso sanguíneo. As principais causas desse acúmulo de gordura são o diabetes, o colesterol alto, a falta de atividade física e o tabagismo.

A obstrução da artéria aumenta o esforço do coração, causando a hipertensão. E quando a artéria fica completamente entupida pelas placas de gordura, as partes do coração por ela irrigadas morrem, acontece o infarto agudo do coração.

A obstrução pode acontecer em qualquer vaso do corpo, reduzindo o fluxo sanguíneo e levando a outras complicações, como acidente vascular cerebral isquêmico ("derrame"), doença arterial dos rins, trombo embolismo pulmonar (TEP).

4. Acidente Vascular Cerebral (AVC)

Popularmente conhecido como "derrame", o acidente vascular cerebral pode ser hemorrágico ou isquêmico. Quando o AVC é provocado pelo entupimento de uma artéria e consequente interrupção do fluxo sanguíneo, ele é denominado isquêmico.

Assim como no infarto do miocárdio, o processo é o mesmo, ou seja, a falta de sangue em uma determinada área do cérebro, leva à falta de oxigenação, com consequente morte dos neurônios e sintomas relacionados àquela região.

Já o AVC hemorrágico é decorrente do rompimento de uma artéria cerebral, causando extravasamento de sangue para o interior do crânio e falta de fluxo sanguíneo nas porções do cérebro irrigadas pela artéria rompida.

Saiba mais em: O que é um AVC e quais os sintomas ou sinais?

Para maiores informações sobre as doenças cardiovasculares, suas causas e como prevenir, consulte um clínico geral, médico de família ou cardiologista.

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Quais são os sintomas da tendinite?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Os principais sintomas da tendinite são: dor, inchaço, espessamento do tendão acometido, vermelhidão, calor local, dificuldade de movimentação e redução da força. Como complicação, também podem aparecer dificuldades em realizar determinados movimentos ou fraqueza muscular.

Quais são os sintomas de tendinite no ombro?

A tendinite no ombro provoca dor em toda a articulação, num local específico do ombro ou pode irradiar para o braço. A dor se agrava ao realizar movimentos que envolvem os ombros, sobretudo se a pessoa tiver que levantar os braços. Também pode haver diminuição da força muscular no braço.

Quais são os sintomas de tendinite no braço?

O cotovelo de tenista, como é chamada popularmente a epicondilite, é uma tendinite muito frequente no braço, mais especificamente no cotovelo.

Tendinite no cotovelo (epicondilite)

O principal sintoma da epicondilite é a dor no cotovelo, que se agrava ao levantar o punho, levantar objetos pesados, pegar ou apertar algum objeto. A dor nesse tipo de tendinite pode irradiar do cotovelo para o braço ou para o antebraço.

Quais são os sintomas de tendinite no joelho?

No joelho, a tendinite caracteriza-se pela dor no tendão patelar, localizado logo abaixo da patela ou "rótula". A dor se agrava quando a pessoa salta, caminha, corre, flexiona ou estende o joelho.

Veja também: Joelho inchado: o que pode ser?

Esse tipo de tendinite afeta sobretudo pessoas que praticam esportes com saltos, corridas, caminhadas e ciclismo.

Quais são os sintomas de tendinite no pé?

No pé, mais especificamente no calcanhar, a tendinite acomete principalmente o tendão de Aquiles. Nesses casos, a dor no tendão de Aquiles piora depois do exercício físico, ao levantar os dedos do pé ou durante o alongamento dos músculos da panturrilha.

O tendão também pode ficar inchado e apresentar rigidez logo pela manhã, podendo causar limitação dos movimentos do tornozelo.

Esse tipo de tendinite tem como principal causa a prática excessiva de atividade física. Outras causas incluem ainda tensão da musculatura da panturrilha, corridas em subidas ou mudança do calçado usado na prática esportiva.

O que é tendinite e como é o tratamento?

A tendinite é uma inflamação dos tendões, que são as estruturas fibrosas responsáveis por ligar os músculos aos ossos. Esforços físicos excessivos ou repetitivos, pancadas, infecções e algumas doenças mais raras são as principais causas de tendinite.

O tratamento geralmente inclui repouso, alongamentos e medicação analgésica ou anti-inflamatória. O acompanhamento pode ser feito pelo/a ortopedista, médico/a de família ou clínico/a geral.