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O que é disautonomia?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Disautonomia é um funcionamento inadequado do sistema nervoso autônomo, que é responsável pelo controle das funções inconscientes do corpo, como pressão arterial, frequência cardíaca, dilatação e contração das pupilas, temperatura corporal, entre outras. Pessoas com disautonomia têm dificuldade em regular uma ou mais dessas funções do organismo.

O sistema nervoso autônomo é dividido em simpático e parassimpático. Ambos controlam o funcionamento automático do organismo e têm funções opostas. Por exemplo, enquanto o sistema simpático aumenta os batimentos cardíacos e contrai os vasos sanguíneos, o parassimpático diminui os batimentos e dilata os vasos.

Em pessoas que não têm disautonomia, os sistemas simpático e parassimpático trabalham em equilíbrio para compensar as variações que ocorrem nessas funções. Porém, quem tem esse distúrbio não possui essa capacidade.

A síndrome vasovagal está entre as disautonomias mais comuns. Trata-se de um desequilíbrio (disautonomia) no sistema nervoso autônomo que provoca queda abrupta da pressão arterial e diminuição dos batimentos cardíacos quando a pessoa está em pé, causando desmaios.

Saiba mais em: Síndrome vasovagal: como identificar e tratar?

Uma forma grave e fatal de disautonomia é a atrofia de múltiplos sistemas, uma doença neurodegenerativa semelhante ao mal de Parkinson.

As disautonomias podem surgir isoladamente ou associadas a outras patologias. Dentre as doenças e condições que podem causar disautonomia estão a doença celíaca, doença de Parkinson, diabetes, sarcoidose, trauma físico, gestação, procedimentos cirúrgicos, malformação de Chiari, amiloidose, carência de vitaminas, entre outras.

O tratamento da disautonomia incide sobre a doença de base. Ao tratar a causa, o sistema nervoso autônomo pode funcionar melhor e os sintomas podem diminuir. Porém, não existe cura para a disautonomia. Quando não está associada a nenhuma doença, o objetivo do tratamento é apenas aliviar e controlar os sintomas.

O médico neurologista é o especialista responsável pelo tratamento das disautonomias.

Corrimento branco pastoso, é normal? Quando devo me preocupar?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sim, um corrimento branco pastoso, pode ser normal, desde que sem outros sintomas. A mulher produz secreção vaginal naturalmente todos os dias, para lubrificar e proteger a vagina.

De acordo com a fase do ciclo menstrual, essa secreção pode ser mais ou menos volume e ter variações de cor e elasticidade. No período fértil, por exemplo, o aumento dos níveis de progesterona, estimula uma maior produção de secreção, de coloração transparente, semelhante à clara de ovo e bastante elástica.

No entanto, o corrimento branco, com outros sintomas, como: cheiro forte, presença de grumos, vermelhidão na vagina, coceira ou ardência ao urinar, preocupa e pode indicar uma infecção vaginal. Nesse caso, é preciso procurar um ginecologista para avaliação e tratamento.

Corrimento branco líquido, sem cheiro

O corrimento ou apenas, secreção vaginal esbranquiçada e sem cheiro, de consistência líquida e sem mais sintomas, significa a lubrificação natural, que tem como objetivo principal proteger a vagina. No período fértil, essa secreção se torna mais espessa e tem o objetivo de facilitar a passagem dos espermatozoides e nutri-los, para uma maior vitalidade.

Sendo assim, não é preciso qualquer intervenção ou tratamento.

Corrimento branco pastoso, leitoso, "coalhado", com grumos

A presença de corrimento branco leitoso, pastoso e/ou com grumos, com ou sem cheiro, acompanhado de coceira intensa e vermelhidão vaginal, sugere a candidíase, uma infecção fúngica comum entre as mulheres, especialmente quando em situação de estresse.

A candidíase deve ser tratada com cremes antifúngicos tópicos, aplicados diretamente na vagina, com ou sem comprimidos orais. O ginecologista é o responsável por esse tratamento.

Corrimento branco com mau cheiro

Embora as infecções bacterianas nessa região, apresentem uma coloração mais esverdeada ou acinzentada, como a tricomoníase e a clamídia, pode vir inicialmente com aspecto mais esbranquiçado.

Por isso, na presença de corrimento branco, em quantidade abundante, associado a mau cheiro, dor, ardência na urina e coceira local, é preciso passar por uma avaliação médica, para identificar o agente causador (se fungo ou bactéria), e então iniciar o quanto antes o tratamento adequado, para evitar complicações graves, como a infertilidade feminina.

Na vaginose bacteriana, o tratamento é baseado em antibióticos tópicos, na forma de creme ou pomadas, além de medicamento oral, como o metronidazol. Cabe ao ginecologista avaliar a causa e o melhor medicamento, caso a caso.

Corrimento branco pode ser sinal de gravidez?

Sim, no início da gravidez, a mulher pode apresentar um corrimento esbranquiçado, devido à penetração do embrião na parede do útero, embora a coloração esperada seja rosada ou marrom-claro.

Neste caso, o corrimento não tem cheiro, e a mulher não deve sentir coceira, dor ou ardência vaginal. Em contrapartida, é comum que apresente outros sinais comuns do primeiro trimestre da gestação, como náuseas, vômitos, maior sensibilidade nas mamas e sonolência.

Conheça mais sobre esse assunto nos artigos:

Referências:

UpToDate. Patient education: Vaginal discharge in women (The Basics). Sep 28, 2020

FEBRASGO - Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.

O que é clamídia, quais os sintomas e como é a transmissão?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A clamídia é uma infecção sexualmente transmissível (IST), causada pela bactéria Chlamydia trachomatis. É uma infecção muito comum em jovens sexualmente ativos, sobretudo os que têm várias parcerias e praticam relações sexuais sem uso da camisinha.

A clamídia atinge principalmente o canal da urina, causando uretrites, mas também pode causar infecção anal, respiratória e ocular.

A infecção por clamídia pode não causar sintomas, mas pode provocar complicações como: dor pélvica crônica, infertilidade, maior risco para abortamentos e partos prematuros, artrites, doenças urológicas e genitais.

Principais sintomas da clamídia

Os sintomas mais comuns da clamídia incluem dor ou ardência ao urinar, corrimento vaginal e presença de secreção clara saindo do pênis.

A infecção por clamídia muitas vezes não apresenta sintomas ou eles demoram para aparecer. Em outros casos, os sinais e sintomas da clamídia podem ser confundidos com os da candidíase, fazendo com que a infecção não seja tratada adequadamente.

Alguns tipos de clamídia causam infecções genitais e urinárias e, quando transmitida durante a gravidez, podem causar conjuntivite ou pneumonia no bebê.

Outros tipos de clamídia provocam uma lesão genital conhecida como linfogranuloma venéreo. Nesses casos, a lesão aparece no local de contacto com o micro-organismo. Depois de algumas semanas, surge um nódulo inflamado que pode crescer e formar uma placa que geralmente evolui para ferida, podendo cicatrizar e causar inchaço.

Sintomas de clamídia nos homens

Em geral, a clamídia não causa sintomas nos homens. Quando presentes, os sintomas podem incluir dor ou sensação de queimação no períneo (região entre ânus e genitais), nos testículos ou ainda presença de corrimento uretral.

Outros sintomas que podem estar presentes nos homens: ardência ao urinar, epididimite, prostatite ou proctite. Pode ocorrer ainda a chamada síndrome de Reiter, que caracteriza-se pela presença de artrite, conjuntivite e uretrite.

Sintomas de clamídia nas mulheres

Nas mulheres, é comum a clamídia também não causar sintomas. Numa minoria dos casos, pode haver presença de corrimento, ardência e aumento da frequência urinária. Em outros casos podem estar presentes ainda uretrite ou cervicite.

O atraso no início do tratamento da clamídia pode causar graves problemas nos órgãos reprodutivos das mulheres, como a Doença Inflamatória Pélvica (DIP), que pode provocar gravidez fora do útero (ectópica), dor crônica no baixo ventre (pélvica) e esterilidade.

Portanto, de acordo com o Ministério da Saúde do Brasil, está indicado a pesquisa da bactéria de rotina na faixa etária mais prevalente, mulheres entre 25 e 35 anos de idade.

Como é a transmissão da clamídia?

A transmissão da clamídia ocorre através de relação sexual vaginal, anal ou oral sem proteção. A infecção também pode ser transmitida através do canal do parto, da mãe para o bebê.

Qual é o tratamento para clamídia?

O tratamento da clamídia é feito com medicamentos antibióticos, preferencialmente doxiciclina ou azitromicina, os quais devem ser prescritos por médicos/as, em média por 1 semana. Já o tratamento do linfogranuloma venéreo é mais prolongado, com duração de pelo menos 3 (três) semanas.

É importante lembrar que o tratamento da clamídia também deve ser realizado pelo/a parceiro/a. Caso contrário, a infecção pode voltar a aparecer.

O tratamento precoce da clamídia é eficaz e a evolução costuma ser boa, desde que a doença seja diagnosticada e tratada no início.

As complicações são raras quando o tratamento for realizado corretamente.

A prevenção da clamídia é feita através do uso de camisinha em todas as relações sexuais.

O/a médico/a de família, clínico/a geral, ginecologista ou urologista são indicados/as para diagnosticar e tratar a doença ocasionada pela presença de clamídia.

Estou com 15 semanas de gravidez e uma dor estranha...
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Está sentindo provavelmente dor de estômago, muito comum na gravidez, deve procurar um médico para uma avaliação.

O aumento do hormônio progesterona relaxa a musculatura esofágica, o que contribui para sintomas de refluxo gastroesofágico, como a azia e sensação de queimação na região do estômago e do esôfago.

Gases e cólicas na gravidez

Outras possíveis causas de dor na barriga, ou seja, dor abdominal na gravidez são a presença de gases ou cólicas intestinais, esses sintomas também ocorrem por causa da ação da progesterona, que também contribui para o relaxamento da musculatura lisa do intestino.

Esse processo faz com que o trânsito intestinal ocorra mais devagar, o que pode levar ao acúmulo de gases intestinais e fezes, os gases quando em excesso provocam dor e levam ao aparecimento de cólicas.

O crescimento do útero a medida que a gravidez avança também contribui para as dores abdominais, já que pode haver uma certa compressão sobre outras estruturas abdominais. O próprio trato gastrointestinal, que se encontra sob a ação da progesterona, pode por conta dessa compressão também ficar ainda mais lento, favorecendo ainda mais os sintomas relatados.

Dor no pé da barriga

A pressão do útero sobre os ligamentos pélvicos provoca o estiramento dos ligamentos e musculatura pélvica e perineal, em algumas mulheres esse processo também pode ser causa de uma dor aguda na região pélvica, no "pé da barriga".

É normal sentir dor na barriga durante a gravidez?

Sim, se a dor ocorrer eventualmente sem grandes repercussões no dia a dia da gestante é normal, já que as diferentes mudanças que ocorrem no organismo da mulher podem levar a ocorrência de dores abdominais e pélvicas em qualquer fase da gestação.

Geralmente, as dores decorrentes do crescimento fetal ou mudanças fisiológicas da gravidez aliviam facilmente com a mudança de postura, ou relaxamento da gestante, e com o decorrer do tempo resolvem-se espontaneamente.

No entanto, dores demasiado persistentes, fortes e intensas, ou que vem acompanhadas de outros sintomas, como sangramento ou febre devem ser avaliadas por um médico.

Primeiros dias tomando sertralina: o que esperar?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

Nos primeiros dias tomando sertralina é comum o aparecimento de alguns efeitos colaterais, principalmente náuseas, falta de apetite e tristeza.

Outros efeitos comuns do uso de sertralina incluem:

  • Diarreia
  • Agitação e ansiedade
  • Insônia
  • Náusea
  • Perda de apetite / anorexia
  • Problemas sexuais
  • Dores de cabeça

Efeitos menos frequentes são boca seca, intestino preso, hipotensão (pressão baixa), sonolência, problemas urinários e vômitos. O aumento dos sintomas relacionados à depressão pode acontecer no início do tratamento com a sertralina (tenha atenção e informe seu médico se tiver pensamentos sobre suicídio).

Os efeitos da sertralina podem surgir até 7 dias depois que você começou a tomar o medicamento, mas normalmente são necessárias algumas semanas.

O uso do alprazolam associado à sertralina ajuda a reduzir a ansiedade mais rápido. Entretanto, isso pode aumentar os sintomas de depressão, como a tristeza que você está sentindo, e a perda de apetite.

O alprazolam deve ser usado por um período curto a partir do início do tratamento porque pode causar dependência. Além disso, o organismo “se acostuma” com a dose inicial e depois de algum tempo passa a precisar de uma quantidade maior para obter o mesmo efeito. Por isso, nunca aumente a quantidade de medicamento que toma sem a indicação do médico.

Leia também:

Referências:

D S Baldwin DS, Birtwistle J. The side effect burden associated with drug treatment of panic disorder. J Clin Psychiatry. 1998; 59 Suppl 8:39-44; discussion 45-6.

Ait-Daoud N, Hamby AS, Sharma S, Blevins D. A Review of Alprazolam Use, Misuse, and Withdrawal. J Addict Med. 2018; 12(1): 4–10.

Cipriani A, La Ferla T, Furukawa TA, Signoretti A, Nakagawa A, Churchill R, McGuire H, Barbui C. Sertraline versus other antidepressive agents for depression. Cochrane Database Syst Rev. 2014; (4): CD006117.

Pupila dilatada pode ser grave? Saiba como identificar
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sim. As pupilas dilatadas, conhecidas pelo termo técnico de midríase, podem significar um problema grave. Os sinais que indicam gravidade são:

  • Pupilas dilatadas que não voltam rapidamente ao tamanho normal,
  • Pupila dilatada em apenas um dos olhos, fazendo com que os tamanhos das pupilas fiquem diferentes ao comparar um olho com o outro e
  • Pupilas dilatadas que não modificam de tamanho com o estímulo luminoso.

Nestas situações procure imediatamente uma emergência, pois pode ser indicativo de um problema neurológico grave, como um acidente vascular cerebral, o "derrame cerebral".

Contudo, a pupila dilatada nem sempre é sinal de doença grave ligada ao sistema nervoso. A pupila dilatada pode ser provocada por dor intensa, aumento da pressão do olho (glaucoma), por situações de estresse ou pelo uso de certos colírios e drogas ilícitas.

Pupila dilatada significa morte cerebral?

Sim. A pupila dilata nos dois olhos, que não reage ao estímulo luminoso, é um dos sinais de morte encefálica, que é caracterizada pela perda completa e irreversível de todas as funções neurológicas do paciente.

Para saber se reagem à luz as pupilas são estimuladas com uma lanterna. Quando a luz está na direção da pupila, o normal é que ela se contraia. Na medida em que a luz é retirada a pupila volta a se dilatar. Este é um dos exames feitos com o objetivo de avaliar o estado neurológico do paciente.

O diagnóstico de morte encefálica é dado com base em protocolos médicos bem estruturados, que avaliam reflexos cerebrais e a respiração do paciente. O paciente é submetido a diversos testes realizados em diferentes intervalos de tempo para que o diagnóstico de morte encefálica seja dado de maneira totalmente segura.

Pupila dilatada: midríase Quando procurar uma emergência?
  • Pupilas que não reagem à luz, ou seja, não reduz o tamanho quando é exposto a um estímulo luminoso,
  • Febre alta, dor de cabeça e/ou vômitos,
  • Alteração na visão (visão borrada ou visão dupla),
  • Dificuldade de respirar,
  • Dificuldade de falar,
  • Sonolência ou
  • Confusão mental.

Se a midríase (pupila dilatada) está associada a qualquer um destes sinais, procure imediatamente uma emergência hospitalar ou um neurologista, para avaliação e tratamento.

O que pode causar a pupila dilatada? 1. Problemas neurológicos

As doenças neurológicas podem causar dilatação de pupilas em um ou ambos os olhos e geralmente é sinal de algo grave.

A dilatação da pupila é considerada grave quando uma ou ambas as pupilas não reagem à luz. Este quadro é chamado de midríase paralítica. Quando ocorre nos dois olhos é denominada de midríase paralítica bilateral. Quando acontece somente em um dos olhos, chamamos de midríase paralítica unilateral.

É comum em pessoas que sofreram dano cerebral por:

  • AVC
  • Aneurisma cerebral
  • Tumores cerebrais
  • Aumento da pressão intracraniana (dentro da cabeça)
  • Traumatismo craniano
  • Neurite óptica
  • Meningite

Nestes casos é importante que a pessoa seja levada o mais rapidamente possível para um hospital por se tratar de uma emergência médica.

2. Redução da oxigenação cerebral

A diminuição da quantidade de oxigênio disponível para o cérebro pode provocar a dilatação completa das pupilas (midríase). As causas principais da redução do oxigênio cerebral são os distúrbios respiratórios, com crise de asma e os envenenamentos por dióxido de carbono.

3. Dor

Quando sentimos dor as pupilas se dilatam. A dilatação das pupilas varia de acordo com a intensidade da dor. Além disso, a depender da dor, a dilatação pode ser repentina ou prolongada.

A enxaqueca é uma causa de dor associada a midríase (pupilas dilatdas).

4. Consumo de drogas

O uso de drogas como LSD, cocaína e anfetaminas provocam alterações cerebrais que levam à dilatação das pupilas.

Entretanto, o consumo de álcool e drogas derivadas do ópio causam a contração das pupilas, ao que chamamos miose.

5. Uso de colírios

Os colírios utilizados especialmente durante os exames oftalmológicos causam midríase. Nestes casos, a dilatação das pupilas é necessária para que o oftalmologista possa fazer o exame de fundo de olho. Este exame serve para avaliar a região posterior do olho, veias, artérias e nervos da retina, bem como diagnosticar doenças como o glaucoma.

6. Glaucoma

O glaucoma é uma doença que acomete os olhos e é causada pelo aumento da pressão intraocular. Isto provoca lesão no nervo ótico e, com o tempo, compromete a visão. Se não tratado, pode provocar cegueira.

É comum que no início da doença a pessoa não apresente sintomas, entretanto, na medida em que a doença avança é comum a dilatação da pupila e dor ocular.

Se não tratado, pode provocar cegueira. Por este motivo consulte regularmente o oftalmologista, especialmente se você estiver sentindo dificuldade de visão em atividades no dia a dia, como leitura, ou esbarrar constantemente em quinas.

7. Estresse

Sentir medo e tensão causam dilatação das pupilas. É uma reação do corpo que o prepara caso seja necessário fugir de algo ou se proteger de alguma situação.

8. Foco e atenção

Quando estamos muito concentrados e precisamos ter foco, a pupila se dilata naturalmente. Na medida que o foco e a concentração se tornam desnecessários, as pupilas retornam ao seu tamanho normal.

Como é feito o tratamento?

O tratamento na midríase depende da sua causa. Na maior parte das situações, se resolve espontaneamente, entretanto, nos casos da AVC, aneurisma, tumor cerebral ou um trauma crânio encefálico, é preciso avaliação médica com urgência.

Na suspeita de pupila dilatada, procure o médico neurologista.

Pode lhe interessar ainda:

Quais os sintomas de um derrame cerebral?

O que é aneurisma cerebral?

Referências:

  • Academia Brasileira de Neurologia
  • Sociedade Brasileira de Cefaleia
  • Sociedade Brasileira de Glaucoma
Enjoo a partir de diagnóstico de miomas múltiplos é normal?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Na verdade, o enjoo não faz parte dos sintomas típicos de miomas ou miomas múltiplos. Por isso o mais adequado é que procure seu médico ginecologista ou clínico geral, para avaliar outras causas possíveis para esse sintoma.

Vale ressaltar que o enjoo pode ser sinal de alguma doença, portanto deve ser investigada detalhadamente. Para auxiliar na avaliação médica, é preciso a observação de mais dados sobre esse sintoma, como por exemplo, quando se iniciaram, sua duração, em quais situações e momentos o enjoo aparece e qual desaparece. Toda informação adicional é válida para essa pesquisa.

Quais são os sintomas do mioma?

Embora a maioria das mulheres que possuem miomas não apresentem qualquer sintoma, quando eles surgem, os sintomas mais comuns são:

  • Sangramento uterino anormal;
  • Cólicas;
  • Sensação de pressão na bexiga;
  • Dor abdominal;
  • Dor lombar;
  • Dificuldade para engravidar ou abortos de repetição;
  • Dor na relação;
  • Anemia.
O que são miomas?

Miomas são nódulos benignos formados por tecido muscular liso, dentro da cavidade uterina. Podem ser chamados também de fibromas. A sociedade brasileira de ginecologia, estima que 80% das mulheres em idade fértil tenham miomas.

O diagnóstico se baseia nas queixas e no exame físico, porém precisa ser confirmado através de exames de imagem. E o tratamento varia de acordo com a localização e tamanho do mioma.

O médico ginecologista é o responsável pelo diagnóstico, tratamento e orientações.

Doença crônica tem cura?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Em geral, doença crônica não tem cura. Porém, dependendo da doença pode haver cura, mas ela leva mais tempo para ser curada. É o caso da obesidade e da depressão, por exemplo, que são consideradas doenças crônicas e podem ser curadas.

Em geral, as doenças crônicas se iniciam lentamente, têm uma duração longa ou incerta e, normalmente ,não têm uma única causa, mas várias.

Segundo a Organização Mundial de Saúde, uma doença crônica apresenta uma ou mais das seguintes características:

1. É permanente; 2. Produz incapacidade ou deficiências; 3. É causada por alterações patológicas irreversíveis; 4. Exige uma formação especial do paciente para a reabilitação; 5. Precisa de períodos longos de supervisão, observação ou cuidados.

Como é o tratamento para uma doença crônica?

O tratamento das doenças crônicas envolve mudanças no estilo de vida e cuidados contínuos que, geralmente, não levam à cura da doença mas permitem mantê-la sob controle e melhorar a qualidade de vida do paciente.

Quais são as causas de uma doença crônica?

Grande parte das doenças crônicas está relacionada com idade, maus hábitos alimentares, sedentarismo e estresse, por isso muitas delas podem ser prevenidas.

Os fatores de risco para ter uma doença crônica incluem colesterol alto, pressão alta, excesso de peso, tabagismo e consumo de bebidas alcoólicas.

Como prevenir uma doença crônica?

A melhor forma de reduzir o risco de desenvolver uma doença crônica é mudando o estilo de vida. Algumas medidas que podem ajudar a prevenir doenças crônicas:

  • Ter uma alimentação saudável e balanceada, privilegiando frutas, vegetais, oleaginosas (castanhas, nozes, amêndoas) e cereais integrais;
  • Substituir a gordura animal por gordura vegetal;
  • Reduzir o consumo de alimentos salgados e doces;
  • Praticar atividade física regularmente;
  • Manter o peso corporal dentro do normal;
  • Não fumar.

Para maiores informações sobre a prevenção e o tratamento das doenças crônicas, fale com o seu médico de família ou consulte um clínico geral.

Dexclorfeniramina tem corticoide?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Dexclorfeniramina não é um corticoide, porém algumas formulações vendidas nas farmácias tem corticoide junto, é o caso da associação entre a dexclorfeniramina e a betametasona, um corticoide. Essa formulação está presente em medicamentos como o Celestamine e o Celetil.

Essa associação permite que se una o efeito anti-histamínico da dexclorfeniramina e o efeito anti-inflamatório do corticoide. São medicamentos usualmente utilizados no tratamento de afecções alérgicas respiratórias, como rinite alérgica e asma brônquica; doenças dermatológicas, como dermatite atópica, dermatite de contato, reações medicamentosas; ou afecções oftalmológicas, como ceratites, irite não-granulomatosa, coriorretinite, iridociclite, coroidite, conjuntivite e uveíte.

O que é a Dexclorfeniramina e para que serve?

A dexclorfeniramina é um anti-histamínico de primeira geração, ou seja, um medicamento que atua contra a alergia, ao reduzir o efeito da histamina, uma substância liberada nas reações alérgicas. Assim age no controle dos sintomas de prurido, rinite alérgica, urticária, picada de inseto, conjuntivite alérgica, dermatite atópica e eczemas alérgicos.

Dexclorfeniramina e sonolência

É um medicamento que pode ocasionar sonolência intensa por ser um anti-histamínico da primeira geração, ou seja, pertence a um grupo de anti-histamínicos mais antigos e que apresentam um efeito sedativo importante.

Por isso, deve-se evitar o seu uso concomitantemente com álcool ou outros medicamentos depressores do sistema nervoso central como sedativos, hipnóticos e tranquilizantes.

Também deve ser usado com precaução por idosos acima de 60 anos pelo risco de sonolência, vertigem e queda da pressão.

Evite a auto-medicação e converse sempre com o seu médico sobre os medicamentos que está usando, siga as orientações e recomendações de dosagem e tempo de tratamento.

Para que serve e como usar clotrimazol (creme vaginal)? Pode usado pelos homens?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Clotrimazol® é um creme vaginal antifúngico, indicado para o tratamento de infecções vaginais (vaginites) provocadas por fungos. É bastante utilizado para o tratamento de candidíase e outras vaginites que tenham corrimento como sintoma.

Pode ser também usado para o tratamento local de vulvite (inflamação na área genital externa da mulher e regiões próximas) e balanite (inflamação na glande e prepúcio do pênis) do parceiro sexual.

Como usar clotrimazol® Infecções vaginais

Introduza o aplicador cheio de creme vaginal (cerca de 5 g) o mais profundamente possível na vagina, uma vez por dia, à noite, ao deitar, durante 6 dias consecutivos.

Figura 1: Adaptação do aplicador ao bico do creme vaginal. Figura 2: Puxe o êmbolo do aplicador até o final e, a seguir, aperte delicadamente a base do tubo, preenchendo-o completamente. Figura 3: Deitada de costas, introduza o aplicador na vagina suavemente e empurre o êmbolo do aplicador com o indicador depositando todo o creme no interior da vagina.

Siga os seguintes passos:

1. Retire a tampa do tubo e perfure completamente o seu lacre usando a parte pontiaguda (externa) da tampa.

2. Adapte o aplicador ao bico do tubo.

3. Puxe o êmbolo do aplicador até o final e, a seguir, aperte delicadamente a base do tubo de modo que o creme entre no aplicador, preenchendo-o completamente.

4. Desencaixe um aplicador e tampe o tubo do medicamento imediatamente (para evitar contaminação).

5. Para aplicar o produto:

Deite-se de costas e relaxe um pouco;

Introduza o aplicador na vagina suavemente, sem causar dor ou desconforto;

Em seguida, empurre o êmbolo do aplicador com o dedo indicador até o final de seu curso, depositando assim todo o creme na vagina;

Retire o aplicador do canal vaginal.

6. Após o uso, o aplicador deve ser imediatamente descartado.

As pacientes que apresentam infecção externa concomitante (nos lábios vaginais e áreas próximas - vulvite por Candida) também devem aplicar o creme vaginal nestas regiões.

Clotrimazol® deve ser aplicado de acordo com a indicação médica. Os sintomas da infecção desaparecem nos primeiros dias de uso do creme. Entretanto, a medicação deve ser mantida até o fim do tratamento que dura em torno de 6 dias. Ao fim deste período, se os sintomas persistirem é necessário buscar novamente o/a médico/a.

Homens podem usar clotrimazol®?

Sim. Clotrimazol® creme vaginal também pode ser usado por homens nos casos de inflamação da glande ou prepúcio penianos (balanite) provocado por candidíase e contraída pelo contato sexual.

Neste caso deve-se aplicar uma camada fina de creme vaginal na glande e prepúcio do pênis friccionando levemente as áreas afetadas para que o medicamento seja absorvido. O indicado é usar o creme de duas a três vezes ao dia. Este tratamento pode durar de uma a duas semanas.

Cuidados quanto ao uso de clotrimazol®
  • O uso de clotrimazol® não é aconselhável durante o período menstrual;
  • Não utilize absorventes internos, duchas intra-vaginais, espermicidas ou outros produtos durante o tratamento com clotrimazol;
  • Evite relações sexuais durante o tratamento, pois além do risco de transmissão para ou parceiro ou parceira, a eficácia do preservativo ou diafragma pode ser reduzida;
  • O uso de clotrimazol® só deve ser feito por mulheres grávidas ou que estão amamentando sob orientação médica, visto que não existem estudos suficientes para comprovar segurança para o bebê;
  • Se você apresentar febre (38°C ou acima), dor no baixo abdômen, dor nas costas, corrimento vaginal mal cheiroso, náusea, hemorragia vaginal e ou dor nos ombros durante o uso do medicamento, consulte o/a médico/a.
Contraindicações do clotrimazol®

Clotrimazol® creme vaginal é contraindicado em casos de alergia ao clotrimazol ou a qualquer outro componente da fórmula.

Não utilize clotrimazol® sem orientação médica.

O médico clínico geral, médico da família, ginecologista (para as mulheres) ou urologista (para os homens), são os profissionais mais indicados para tratar esses sintomas.

Pode lhe interessar também: O uso de anticoncepcionais pode causar vaginite?

O que é tumor desmoide? Quais são os sintomas e qual é o tratamento?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Tumor desmoide é um tumor benigno raro, originado do tecido conjuntivo. Pode ser encontrado em qualquer parte do corpo, embora seja mais comum na parede abdominal, extremidades, quadril e região da artéria mesentérica.

O tumor desmoide geralmente não causa sintomas, quando presente, o mais comum é a dor.

Também chamado de fibromatose agressiva, apesar de ter um crescimento lento e não provocar metástase (disseminação do tumor para outras partes do corpo), ele tem a característica de  invadir órgãos ou tecidos adjacentes ao tumor.

Devido a sua agressividade, mesmo não sendo câncer (tumor maligno), o tumor desmoide acaba por ser perigoso e de caráter maligno, porque no caso de invasão de órgão ou tecido vital, como uma grande artéria ou fígado, pode levar à morte.

O tratamento do tumor desmoide tem sido a principal discussão entre as grandes pesquisas atualmente. Grupos europeus afirmam que a nova política de "esperar para ver" tem demonstrado bons resultados, pois alguns tumores regridem espontaneamente, o que evitaria cirurgias extensas desnecessárias. Contudo, nos casos de tumores de grande volume, sinal de invasão a estruturas próximas e ou na presença de sintomas, como a dor, que geralmente não ocorrem, indicaria a abordagem imediata.

Entre as abordagens sugeridas, a principal é a cirurgia com ressecção em bloco do tumor, e parte ao redor, chamado margem de segurança, para evitar células tumorais remanescentes. Quando a localização do tumor desmoide é desfavorável para a remoção cirúrgica com a adequada margem de segurança, o tratamento pode incluir radioterapia, terapia com inibidores hormonais, anti-inflamatórios ou ainda quimioterapia.

O risco de recorrência da doença é grande, portanto devendo manter acompanhamento médico regular.

O/A médico/a responsável para avaliar a presença e tratamento de tumores desmoides é o/a Oncologista.

Qual a diferença entre sinusite aguda e sinusite crônica?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A diferença entre sinusite aguda e sinusite crônica está no tempo de duração dos sintomas.

Sinusite Aguda

No caso da sinusite aguda, os sintomas se mantêm por no máximo 4 semanas. O tratamento na maioria das vezes nem é necessário, visto que a melhora se dá de forma espontânea. Em média a recuperação ocorre em cerca de 10 dias.

Sinusite Crônica

Quando os sintomas da sinusite persistem por mais de 12 semanas consecutivas, ou seja, por mais de 3 meses, apesar do tratamento, ela é classificada como sinusite crônica.

Nesses casos, os sintomas podem durar de meses a anos e quase sempre necessita de tratamento para a cura completa. Dependendo da causa, o tratamento pode incluir o uso de sprays nasais com antialérgicos e corticoides, antifúngicos, antibióticos, vacina antialérgica, medidas de higiene ambiental ou mesmo procedimento cirúrgico.

Os sintomas são semelhantes nos dois casos, tanto na sinusite aguda, quanto na sinusite crônica, costumam apresentar: dor facial, sensação de peso na face, dor de cabeça, congestão nasal com secreção, diminuição do olfato, tosse (geralmente piora à noite), espirros, inchaço e dor ao redor dos olhos, ouvido entupido e mau hálito.

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O diagnóstico e o tratamento da sinusite são de responsabilidade do/a médico/a otorrinolaringologista.

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Quais são os sintomas da sinusite?

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