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Quais são os sintomas de pressão baixa?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Os sintomas mais comuns de pressão baixa (hipotensão) incluem:

  • visão turva,
  • fraqueza,
  • vertigem,
  • tonturas,
  • náuseas ou vômitos,
  • sudorese fria,
  • sonolência e
  • confusão mental.

Isso acontece porque quando a pressão fica muito abaixo da habitual para o organismo, a circulação sanguínea e devida oxigenação para os órgãos passa a ser insuficiente, resultando nos sintomas citados acima.

A pressão arterial normal geralmente se encontra entre 90/60 mmHg ("9 por 6") e 120/80 mmHg ("12 por 8"). Considera-se hipotensão quando a pressão arterial sistólica está abaixo de 120 mmHg e a diastólica abaixo de 80 mmHg, com presença de sintomas. Embora para muitas pessoas, uma pressão bem abaixo desses valores é suficiente para uma boa vascularização, portanto não apresenta sintomas e será considerada normal.

Quais as causas de pressão baixa?

A hipotensão grave pode ser causada por perda súbita de sangue (choque), infecção grave, infarto ou reação alérgica intensa (anafilaxia).

A hipotensão ortostática é causada por uma mudança repentina na posição do corpo. Na maioria dos casos, isso acontece quando a pessoa está deitada e fica rapidamente de pé. A hipotensão nesses casos dura apenas alguns segundos ou minutos. Quando ocorre após as refeições, é chamado de hipotensão ortostática pós-prandial. Geralmente afeta idosos, hipertensos e portadores de doenças neurodegenerativas como a doença de Parkinson.

Um outro tipo de hipotensão é a hipotensão neural mediada, que afeta mais frequentemente adultos jovens e crianças. Nesse caso, a pressão cai, quando a pessoa se mantém de pé por períodos muito prolongados.

A hipotensão também pode ter como causa, o consumo de bebidas alcoólicas e o uso de certos medicamentos, como ansiolíticos, alguns antidepressivos, diuréticos, medicações para doenças cardíacas (incluindo as usadas para tratar pressão alta), medicamentos para cirurgia e analgésicos potentes.

Outras causas de pressão baixa são as alterações do sistema nervoso autônomo, decorrentes de doenças crônicas, como o diabetes, alterações no ritmo cardíaco (arritmias), insuficiência cardíaca e doenças neurodegenerativas.

O que fazer em caso de pressão baixa?

Em caso de sintomas de pressão baixa, sente-se ou deite-se imediatamente. Se for possível se deitar, em seguida estique as pernas e levante os pés acima do nível do coração.

Procure não ficar sozinho. Em geral os sintomas desaparecem rapidamente quando o fluxo sanguíneo cerebral é restabelecido.

No caso de alguma doença mais grave ocasionando os sintomas, será preciso procurar um serviço de emergência para avaliação. Vale lembrar que os sintomas de hipotensão podem ser os primeiros sintomas de um acidente vascular cerebral, ou infarto agudo do miocárdio.

O que fazer em caso de hipotensão grave?

A hipotensão grave causada por choque é uma emergência médica. Nesses casos, pode ser necessário realizar transfusão de sangue e usar medicamentos para aumentar a pressão sanguínea e melhorar a força do coração.

O que fazer em caso de hipotensão ortostática?

O tratamento da hipotensão ortostática pode incluir:

  • Alteração na dose ou suspensão do medicamento que pode estar influenciando na queda da pressão;
  • Aumentar a ingesta de líquidos;
  • Usar meias de média compressão ou cinta abdominal para ajudar na circulação sanguínea;
  • Procurar se levantar mais devagar, inclinar o corpo para frente também pode ajudar.
O que fazer em caso de hipotensão neural mediada?

Pessoas com hipotensão neural mediada devem evitar ficar em pé por períodos prolongados, aumentar a ingestão de líquidos e a quantidade de sal na dieta, conforme orientação médica. Em casos graves, podem ser necessários medicamentos.

Quais remédios são indicados para pressão baixa?

Os remédios usados para tratar a pressão baixa aumentam ligeiramente a pressão arterial, aliviando os sintomas e prevenindo complicações, como quedas.

Dentre os medicamentos usados em casos de pressão baixa estão a epinefrina®, o metilsulfato de amezínio®, a midodrina®, a norfenefrina®, a foledrina® e a oxilofrina®. Essas medicações servem para aumentar o retorno de sangue para o coração, estimulando os batimentos cardíacos.

Outros remédios utilizados no tratamento da pressão baixa, sobretudo em casos de hipotensão ortostática, incluem:

  • Fludrocortisona: esse remédio age sobre os rins e evita a perda de água e sal, aumentando o volume de sangue que, pode sua vez, eleva a pressão arterial;
  • Di-hidroergotamina: é um remédio que provoca contração dos vasos sanguíneos, contribuindo com o retorno do sangue para o coração quando a pessoa se levanta;
  • Eritropoietina: trata-se de um medicamento que estimula a maturação das hemácias (glóbulos vermelhos) na medula óssea. Essas células transportam o oxigênio no sangue, reduzindo os sintomas em casos de hipotensão ortostática grave.

Contudo, vale lembrar que qualquer remédio para pressão baixa pode causar efeitos colaterais, como pressão alta. Por isso, recomenda-se que o tratamento inicial da hipotensão seja realizado com medidas não medicamentosas, deixando a medicação para casos específicos, em que os sintomas não podem ser amenizados com outras formas de terapia.

Pressão baixa pode matar?

Sim, a pressão baixa pode matar. Quando a pressão arterial cai de forma repentina e intensa pode haver falta de oxigênio em órgãos vitais, como coração e cérebro. Esse tipo de hipotensão pode ser fatal se a pessoa não receber tratamento imediatamente.

A pressão arterial baixa também pode ser perigosa em algumas situações. A vertigem, a tontura e a fraqueza podem causar quedas, com risco de traumatismos e fraturas.

Se a pressão baixa provocar desmaio ou vier acompanhada de outros sinais e sintomas, como fezes escuras ou marrom, dor no peito, vertigem, tontura, febre, batimento cardíaco irregular e dificuldade respiratória, pode sinalizar um episódio de sangramento. Nesse caso procure imediatamente atendimento médico de urgência.

Dor torácica: o que pode ser?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

A dor torácica é um incômodo ou uma dor sentida à frente do corpo, entre o pescoço e a parte superior do abdômen, ou seja, no peito ou tórax. Por isso, dor torácica, dor no peito e dor no tórax são diferentes formas de dizer a mesma coisa.

Muitas pessoas que experimentam uma dor no peito têm medo que seja um ataque cardíaco. No entanto, a dor torácica pode ter muitas causas. Algumas não são perigosas para a saúde, enquanto outras são graves e, em alguns casos, podem pôr a vida em risco.

Qualquer órgão ou tecido no peito pode ser a fonte da dor no tórax, incluindo coração, pulmões, esôfago, músculos, costelas, tendões ou nervos. A dor torácica também pode se espalhar para o peito a partir do pescoço, do abdômen ou das costas.

Quais as possíveis causas de dor torácica?Problemas cardiovasculares que podem causar dor torácica

Angina ou ataque cardíaco (infarto): O sintoma mais comum é a dor no peito que pode ser sentida como dor opressiva, forte pressão ou dor constritiva. A dor torácica pode irradiar para o braço, ombro, mandíbula ou costas.

Ruptura da parede da aorta: a artéria aorta é um grande vaso sanguíneo que transporta o sangue do coração para o resto do corpo. A ruptura da parede da aorta causa dor súbita e intensa no peito e na parte superior das costas.

Pericardite: é a inflamação do saco de tecido fibroso que envolve o coração, o pericárdio. A pericardite causa dor no meio do tórax.

Problemas pulmonares que podem causar dor torácica
  • Coágulo de sangue no pulmão (embolia pulmonar);
  • Colapso do pulmão (pneumotórax);
  • Pneumonia: causa dor no peito aguda, que geralmente piora ao tossir ou respirar fundo;
  • Inflamação da pleura (tecido fibroso que reveste os pulmões): pode causar dor torácica, que geralmente piora quando a pessoa tosse ou respira fundo.
Problemas do sistema digestivo que podem causar dor torácica
  • Espasmos ou estreitamento do esôfago (órgão em forma de tubo que transporta alimentos da boca para o estômago);
  • Cálculos biliares: causam dor que piora após uma refeição, geralmente uma refeição gordurosa;
  • Acidez gástrica ou refluxo gastroesofágico;
  • Úlcera gástrica ou gastrite: causa dor em queimação quando o estômago está vazio e melhora depois de comer.
Outras causas de dor torácica
  • Ataque de pânico e outros transtornos de ansiedade: a dor torácica geralmente vem acompanhada de respiração rápida, tremor das mãos, sudorese e sensação de ansiedade;
  • Inflamação na junção das costelas ao osso esterno (costocondrite), localizado no centro do tórax;
  • Herpes zoster, popularmente chamado de “cobreiro”: causa dor aguda que se estende do peito às costas, além de formigamento e erupções cutâneas. Os sintomas ocorrem apenas do lado direito ou esquerdo do corpo, e apresentam uma localização em faixa, segundo o trajeto do nervo;
  • Inflamação dos músculos e tendões entre as costelas.
O que fazer em caso de dor torácica?

Procure atendimento médico com urgência se a dor torácica for sintoma de infarto, angina ou embolia pulmonar. Nesses casos, a dor no peito tem características diferentes, de acordo com as causas, e vem acompanhada de outros sinais e sintomas.

Os sintomas de infarto incluem:

  • Dor torácica que começa de repente, acompanhada de sensação de pressão ou esmagamento no peito;
  • A dor no peito pode irradiar para a mandíbula, braço esquerdo ou meio das costas, entre as escápulas (omoplatas);
  • Dor no peito acompanhada de náusea, tontura, transpiração, aumento da frequência cardíaca (coração acelerado) e dificuldade respiratória;

Pessoas que sabem que têm angina devem procurar um serviço de urgência se:

  • O desconforto no peito se torna mais intenso de repente, durar mais que o normal ou ocorrer após uma atividade leve;
  • Os sintomas de angina podem ocorrer enquanto a pessoa está em repouso ou após atividade física ou fortes emoções (angina instável ou angina estável).

A embolia pulmonar também precisa de atendimento médico urgente. A embolia pulmonar ocorre quando um coágulo de sangue (trombo) chega aos pulmões.

Nesses casos, a pessoa poderá sentir dor no peito súbita e aguda, com dificuldade para respirar, principalmente após uma longa viagem, permanecer tempo prolongado na cama ou ficar muito tempo sem se movimentar.

Se além desses sintomas, uma perna estiver inchada ou mais inchada que a outra, pode ser um coágulo sanguíneo, que se desprendeu parcialmente do vaso sanguíneo e chegou aos pulmões, podendo causar embolia pulmonar.

Para os demais casos, procure atendimento médico se tiver dor torácica que dura mais de 3 dias ou se a dor no peito vier acompanhada de febre, tosse com catarro verde amarelado ou dificuldade para engolir.

Enxaqueca: como aliviar a dor de cabeça?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Para aliviar a dor de cabeça da enxaqueca, recomenda-se:

  • Tomar medicamentos analgésicos ou anti-inflamatórios logo que surjam os primeiros sintomas de uma crise,
  • Beber água para evitar a desidratação (sobretudo se houver vômitos),
  • Repouso em ambiente calmo e escuro,
  • Medicamentos para náuseas e vômitos, se for o caso, também ajudam na melhora mais rápida dos sintomas.

Os remédios indicados para aliviar a dor de cabeça incluem paracetamol®, ibuprofeno®, naproxeno® ou ácido acetilsalicílico®, sobretudo quando a enxaqueca é leve.

No entanto, é importante lembrar que tomar medicamentos para dor por mais de 3 dias por semana pode causar dor de cabeça por uso abusivo de medicamentos. Esse tipo de dor, causada pelo consumo excessivo de analgésicos, deve ser tratada por um especialista, neurologista ou cefaliatra (médico que trata cefaleias).

Além disso, tomar muito paracetamol, ibuprofeno ou ácido acetilsalicílico, podem causar danos no fígado, estômago ou nos rins.

Para casos mais graves ou refratários aos analgésicos comuns, existem outras opções, como os triptanos sob a forma de comprimidos, sprays nasais, supositórios ou injeções e mais recentemente, a inclusão da aplicação de toxina botulínica tipo A (Botox®), nos casos de cefaleia tensional refratária.

Como curar enxaqueca?

A enxaqueca não tem cura. O objetivo do tratamento é aliviar os sintomas e prevenir as crises, evitando ou alterando os fatores que desencadeiam as enxaquecas.

Mudanças no estilo de vida ajudam bastante a reduzir as crises, tais como:

  • Melhorar a qualidade do sono, dormir o suficiente e sempre que possível mantendo uma rotina de horários;
  • Melhorar os hábitos alimentares, incluindo não pular refeições e evitar alimentos que desencadeiam as crises;
  • Evitar ou aprender a controlar o estresse;
  • Perder peso, quando necessário.
O que é enxaqueca e quais são os sintomas?

Enxaqueca é um tipo de dor de cabeça com sinais e sintomas bem característicos. São eles:

  • Dor intensa, tipo latejante ou pulsátil,
  • Unilateral (podendo se espalhar após algum tempo),
  • Piora com a luz ou barulhos,
  • Associada a náuseas e vômitos,
  • História familiar presente (mãe, pai ou irmãos com enxaqueca).

Outros sintomas neurológicos da enxaqueca incluem bocejos, dificuldade de concentração, dificuldade para encontrar palavras, tontura, fraqueza, dormência e formigamento.

Os sintomas duram em média 6 a 8 horas, podendo chegar a 3 dias de dor contínua, o que chamamos de "crise enxaquecosa". Situação que acaba por levar o paciente a um serviço de emergência, para tratamento mais efetivo.

Quais as causas da enxaqueca?

A enxaqueca é causada por uma atividade anormal do cérebro, que pode ser desencadeada por muitos fatores. No entanto, o conjunto exato dos fatores que provocam enxaqueca é desconhecido e variam de pessoa para pessoa.

Acredita-se que a crise começa no cérebro e envolve vias nervosas e químicas, causando dilatação dos vasos sanguíneos. Essas alterações afetam o fluxo sanguíneo no cérebro e nos tecidos ao redor.

Em geral, a enxaqueca se inicia na infância ou adolescência. A primeira crise após os 30 anos de idade fala contra o diagnóstico de enxaqueca. A doença é mais frequência em mulheres e está relacionada com história familiar de dores de cabeça.

Uma crise de enxaqueca pode ser desencadeada por:

  • Jejum ou Pular refeições;
  • Abstinência de cafeína;
  • Alterações hormonais durante o ciclo menstrual ou devido ao uso de pílula anticoncepcional;
  • Alterações nos padrões de sono, como não dormir o suficiente;
  • Consumo de bebidas alcoólicas;
  • Exercício extenuante ou outro estresse físico;
  • Barulhos intensos ou luzes brilhantes;
  • Cheiros e perfumes;
  • Tabagismo ou exposição à fumaça do cigarro;
  • Estresse e ansiedade.

Certos alimentos também podem causar enxaqueca. Os mais comuns são:

  • Chocolate;
  • Laticínios, especialmente queijos amarelos;
  • Produtos com glutamato monossódico;
  • Alimentos que contêm tiramina, como vinho tinto, queijo curado, peixe defumado, fígado de galinha, figo e algumas leguminosas;
  • Carnes que contenham nitratos (bacon, salsicha, salame, carnes curadas);
  • Amendoim, nozes, amêndoas, avelãs;
  • Alimentos processados, fermentados ou marinados.
Qual a diferença de enxaqueca com aura e sem aura?

Existe um sinal que antecede a dor de cabeça, conhecido por aura, porém nem todos os portadores de enxaqueca percebem esse sinal. Os casos em que a aura é evidentes, representam as enxaquecas "com aura". Quando a enxaqueca já se inicia com a dor, é definida por enxaqueca "sem aura".

Portanto, a aura é um grupo de sintomas neurológicos que são considerados um sinal de alerta de que uma enxaqueca está se aproximando.

A aura mais comum é a aura visual, com alterações na visão como:

  • Pontos de cegueira temporária ou manchas coloridas;
  • Visão turva;
  • Dor nos olhos;
  • Ver estrelas, linhas em zigue zague ou luzes piscando;
  • Visão em túnel (ver apenas objetos mais próximos do centro do campo de visão).

Porém, pode haver outros tipos de aura, como dor de estômago, tontura, mal-estar. O paciente com o tempo passa a reconhecer a sua aura, o que auxilia muito no seu tratamento.

O tratamento nesse momento de aura, possibilita a interrupção da irritação neuronal e muitas vezes o impedimento da crise de dor.

O médico neurologista é o especialista responsável pelo diagnóstico e tratamento da enxaqueca.

Leia também:

Enxaqueca menstrual: remédios e medidas caseiras para aliviar a dor

Qual é o tratamento da enxaqueca?

Referência

ABN. Academia Brasileira de Neurologia.

Para que serve e como usar durateston®?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Durateston® é um medicamento a base de testosterona recomendado para tratamentos em homens com distúrbios de saúde relacionado à falta de testosterona (hipogonadismo masculino).

É indicado quando a deficiência de testosterona é identificada por meio de sinais e sintomas clínicos e exames de sangue. Ao ser administrado, os princípios ativos do Durateston® se transformam em testosterona pelo organismo.

Como usar durateston®

Durateston® é administrado por meio de uma injeção intramuscular profunda em regiões como nádegas, parte superior da perna ou do braço. Por este motivo deve ser administrado por um profissional de saúde.

A dose usual é de uma injeção de 1 ml a cada 3 semanas. Esta dosagem pode ser ajustada pelo/a médico/a de acordo com a resposta individual de cada paciente. Este ajuste é feito com base nos resultados de exames de sangue efetuados antes e durante o tratamento.

Se você achar que o efeito de durateston® está muito fraco ou muito intenso, comunique-se com o/a médico/a o quanto antes.

Os efeitos do medicamento diminuem gradativamente após a sua suspensão.

Precauções quanto ao uso de durateston®

O tratamento com a testosterona e outros hormônios masculinos pode causar o aumento do tamanho da próstata. Este é um efeito comum em homens idosos. Deste modo, é importante que durante o tratamento sejam regularmente avaliadas alterações prostáticas por meio do PSA (testes sanguíneos para o antígeno prostático específico).

Devem também ser efetuados exames de sangue para verificar a hemoglobina (substância que faz transporte de oxigênio nos glóbulos vermelhos). O uso de durateston® pode provocar o aumento do número de glóbulos vermelhos e desencadear complicações. Embora este seja um efeito raro, deve ser monitorado.

Comunique ao seu médico se você tem, já teve ou suspeita que tenha as seguintes condições e saúde:
  • Câncer renal
  • Câncer pulmonar
  • Câncer de mama que se espalhou pelos ossos
  • Doenças de corações, rins ou fígado
  • Apneia do sono
  • Enxaqueca
  • Diabetes
  • Hipertensão arterial (pressão arterial elevada)
  • Epilepsia
  • Doenças na próstata
Contraindicações de durateston®
  • Alergia aos componentes da fórmula
  • Mulheres
  • Crianças menores de 3 anos de idade
  • Pessoas alérgicas à soja ou amendoim
Efeitos colaterais de durateston®

As reações adversas do uso de durateston® incluem:

  • Náuseas
  • Acne
  • Prurido
  • Dor muscular (mialgia)
  • Retenção de líquido
  • Depressão
  • Nervosismo;
  • Transtorno de humor
  • Pressão alta (hipertensão)
  • Alterações na função do fígado
  • Alterações da libido
  • Ginecomastia (crescimento das mamas)
  • Ereção prolongada e dolorosa do pênis
  • Alterações na formação do esperma
  • Câncer de próstata

Respeite as orientações médicas quanto ao uso de durateston®, comunique os seus efeitos e realize os exames solicitados antes e durante o tratamento.

Durateston® somente deve ser utilizado sob orientação e supervisão médica.

Leia também:

Quais os sinais que podem indicar baixa testosterona?

O que fazer para aumentar o nível de testosterona?

Quais os sinais de excesso de testosterona?

Polipose adenomatosa familiar: distúrbio hereditário
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Polipose adenomatosa familiar é uma doença genética que provoca o desenvolvimento de pólipos adenomatosos (lesões pré-cancerosas), sobretudo no intestino grosso. Trata-se de um distúrbio hereditário, ou seja, transmitido de pais para filhos, que aumenta muito as chances de desenvolver câncer colorretal.

Pais e mães que não têm polipose adenomatosa familiar, mas são portadores do gene, também podem transmitir a doença aos filhos. Se o pai ou a mãe tiver o distúrbio, o filho terá 50% de chances de desenvolver polipose adenomatosa e transmiti-la aos filhos.

Os pólipos adenomatosos geralmente começam a aparecer durante a puberdade. Sem tratamento, a grande maioria dos pacientes terá câncer colorretal antes dos 40 anos.

No início, a polipose adenomatosa familiar não manifesta sintomas. Há pacientes que chegam a ter centenas de pólipos no intestino grosso sem apresentar nenhuma manifestação.

Se não forem tratados, os pólipos se multiplicam e aumentam de tamanho gradualmente. À medida que a doença progride, podem ocorrer diarreia, presença de sangue e muco nas fezes, dores abdominais, anemia e perda de peso. Esses sintomas podem indicar a presença de câncer no intestino.

O tratamento da polipose adenomatosa familiar é feito através da remoção cirúrgica do intestino grosso. A cirurgia é a única forma de prevenir o câncer colorretal.

Contudo, a polipose adenomatosa familiar não tem cura, uma vez que a doença é genética. Mesmo após a cirurgia, a pessoa continua com a mutação que causa a doença.

Além do intestino grosso, os pólipos também podem se desenvolver no estômago e na porção inicial do intestino delgado, com necessidade de acompanhamento com exames de endoscopia. A doença também pode afetar pele, cérebro, ossos, dentes e tireoide.

Devido à ausência de sintomas iniciais, é muito importante que pessoas pertencentes a famílias de risco façam o teste genético e o exame de colonoscopia ainda na puberdade para detectar e tratar a doença precocemente. O diagnóstico e tratamento precoces podem prevenir o desenvolvimento de câncer colorretal.

O médico proctologista é especialista responsável pelo diagnóstico e tratamento da polipose adenomatosa familiar.

Muco cervical: o que indica nas diferentes fases do ciclo menstrual?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

O muco cervical é uma secreção produzida pelo colo do útero que pode ser, às vezes, percebido na calcinha e é responsável por manter a umidade da vagina e proteger o útero contra infecções. Pode também ser chamado de muco vaginal ou secreção vaginal e apresenta cor clara ou branca e não possui odor.

O aspecto e a quantidade do muco vaginal variam conforme o período do ciclo menstrual e com situações específicas como a gravidez e a presença de infecções ou inflamações. Aprenda neste artigo as diferenças do muco cervical em cada fase do seu ciclo menstrual e quais as situações mais comuns em que ele se modifica.

Muco cervical no primeiro dia do ciclo menstrual

O primeiro dia de menstruação marca o primeiro dia do seu ciclo menstrual. Neste período, a presença do muco vaginal é imperceptível por dois motivos: a baixíssima quantidade de muco e a presença da menstruação.

O muco permanece escasso durante toda a menstruação que, para a maioria, dura de 2 a 7 dias.

Muco cervical logo após a menstruação

Logo após a menstruação, em torno do 8º e 9º dias do ciclo, a mulher tem uma fase seca. Algumas mulheres apresentam muco muito escasso e ainda imperceptível e outras não produzem mudo.

Muco cervical antes o período fértil

A medida em que o período fértil vai se aproximando, o muco cervical se torna, primeiramente, grosso, opaco, de coloração esbranquiçada ou levemente amarelado e pastoso. Além disso, ao tentar esticar o muco entre os dedos, ele se apresenta quebradiço.

Com a elevação dos níveis de estrógeno, a produção de secreção vaginal aumenta em quantidade e o muco cervical se torna mais aquoso, ou seja, mais líquido, leitoso, escorregadio e a vagina se torna mais úmida.

Muco cervical durante o período fértil

No dia da ovulação, período em que é mais fácil engravidar, o muco vaginal fica semelhante à clara de ovo cru e fica transparente, elástico e ainda mais abundante.

Este é o período propício para uma gravidez. Deste modo, se o casal não deseja engravidar, deve evitar as relações sexuais com penetração vaginal neste período o usar um método contraceptivo de barreira como camisinha masculina, feminina ou diafragma com espermicida.

Muco cervical após o período fértil

Após o período fértil, o muco cervical diminui em quantidade e volta a ser opaco, pegajoso e perde a elasticidade. Este tipo de muco ocorre devido à ação da progesterona e indica que a mulher não está mais fértil.

A vagina volta a ficar seca ou permanece com muco vaginal infértil e, portanto, não há risco de gravidez.

Muco cervical durante a gravidez

É normal que as mulheres grávidas apresentem muco vaginal branco, transparente ou leitoso, sem cheiro ou com odor bem fraco. A medida em que a gravidez aumenta a secreção vaginal se torna mais volumosa, especialmente, a partir do 2º e 3º trimestres de gestação.

Por vezes, no início da gravidez pode ocorrer a presença de uma secreção de cor rosada que corresponde a implantação do óvulo fecundado na parede do útero, chamada nidação.

Ao fim da gravidez, já no período do parto, a mulher pode sentir a saída do tampão mucoso, formado pelas secreções vaginais produzidas durante a gravidez, que veda a entrada do útero. A função deste tampão é impedir que as bactérias da vagina entrem no útero e fiquem em contato com o bebê.

Como posso verificar o muco cervical?

Para avaliar o muco cervical, introduza 2 dedos na vagina para obter uma amostra da secreção do local. A retirar os dedos da vagina observe o tipo de muco secretado. Por exemplo: se o muco for abundante, transparente e semelhante à clara de ovo, você está ovulando e, portanto, pode engravidar.

Ao obter mais conhecimento sobre o seu corpo, a avaliação do muco cervical ficará mais fácil.

Algumas características, quando presentes no muco vaginal, indicam que algo anormal está acontecendo com o seu corpo. São sinais de alerta:

  • Odor fétido,
  • Coloração amarelada, esverdeada ou marrom,
  • Coceira vaginal,
  • Dor,
  • Vermelhidão.

Estes sinais podem indicar a presença de infecções e inflamações vaginais. Nestes casos, é necessário buscar avaliação de um médico de família ou ginecologista.

Para saber mais sobre muco cervical, você pode ler:

Quais os sintomas do período fértil?

É possível que haja ovulação na pausa da pílula?

Quais são os sintomas e as causas da infertilidade feminina?

É normal ter sangramento durante o período fértil?

Referências

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Direitos sexuais, direitos reprodutivos e métodos anticoncepcionais. Brasília: Ministério da Saúde, 2009. 52 p.

FEBRASGO. Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.

Sangramento menstrual intenso: quais as principais causas e o que fazer
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

O sangramento menstrual intenso, pode estar relacionado com diferentes causas, como problemas hormonais, relacionados a doenças no útero ou ainda alterações na coagulação sanguínea.

É considerado sangramento menstrual intenso, fora do normal, quando há aumento do volume de sangue (acima de 80 ml por período), ou quando há aumento no número de dias de menstruação (acima de sete).

Vejamos os três principais grupos de causas do aumento do fluxo menstrual.

1. Problemas hormonais

Alterações hormonais podem prejudicar a ovulação. A falta de ovulação pode causar irregularidade menstrual, que varia desde a ausência de menstruação até a menstruação em excesso.

Variações na ovulação acontecem mais frequentemente em adolescentes, nos primeiros anos após o início da menstruação, e nas mulheres próximas à menopausa, no fim da menstruação. Por isso, em adolescentes e em mulheres na pré-menopausa é comum que períodos de ausência de menstruação se intercalem com períodos de excesso de sangramento.

Também podem ocorrer alterações hormonais em pessoas com a Síndrome do Ovário Policístico, esta síndrome é caracterizada por disfunção na ovulação e excesso de hormônios androgênios, além da presença de pequenos cistos nos ovários.

2. Problemas no útero

Algumas condições e doenças do útero podem também alterar o padrão da menstruação e ocasionar sangramento menstrual excessivo. As principais são:

Pólipos

São pequenas formações na camada interna do útero, podem causar sangramento intenso durante a menstruação e também fora do período menstrual. Quando estão próximo do colo do útero, também pode causar sangramento durante a relação sexual.

Miomas (fibromas)

Os miomas são uma das mais frequentes causas de aumento do sangramento, seja durante a menstruação ou fora do período menstrual. Atinge muitas mulheres durante a idade fértil. Grandes miomas podem ser responsáveis por fluxo menstrual intenso, com coágulos, além de sensação de peso ou mesmo dor na região pélvica.

Adenomiose

A adenomiose é uma doença, na qual o tecido que reveste o útero chamado endométrio cresce na camada mais interna do músculo, no miométrio, fazendo com que o útero aumente de tamanho. Esta condição também pode aumentar o fluxo menstrual.

Hiperplasia endometrial

Corresponde ao espessamento do endométrio, a camada mais interna do útero. Este processo favorece o aumento do fluxo menstrual e também pode provocar sangramento fora do período menstrual ou mesmo em mulheres após a menopausa. Pode estar associado ao câncer de endométrio.

3. Problemas na coagulação do sangue

Disfunções na coagulação sanguínea fazem com que qualquer sangramento no corpo seja mais persistente e difícil de cessar, com a menstruação não é diferente. Por isso, pessoas com doenças na coagulação do sangue ou condições que afetam a coagulação, como o uso de medicamentos anticoagulantes, podem apresentar aumento do fluxo sanguíneo menstrual.

Algumas causas importante de alterações na coagulação que afetam a menstruação, são:

  • Doença de von Willebrand: é uma doença hereditária caracterizada pela deficiência do fator de von Willebrand, que leva a disfunção plaquetária propiciando o aumento do sangramento.
  • Plaquetopenia: corresponde a diminuição das plaquetas do sangue, componentes que atuam diretamente na coagulação do sangue. A diminuição no número de plaquetas ocorre em uma variedade de condições como: doenças infecciosas, doenças hepáticas, deficiências nutricionais e uso de medicamentos.
  • Uso de medicamentos anticoagulantes: como a varfarina e apixabano.
O que fazer quando suspeitar de fluxo menstrual intenso?

O tratamento do fluxo menstrual intenso irá depender da causa. Se a causa do sangramento menstrual for hormonal ou ausência de ovulação, o médico poderá prescrever anticoncepcionais ou reposição hormonal se for o caso.

Caso o problema se localize no útero deve-se instituir o melhor tratamento para a causa, que pode incluir procedimentos cirúrgicos, retirada do útero ou uso de medicamentos.

Se o sangramento for decorrente do uso de medicamentos anticoagulantes pode ser necessários suspender ou reduzir a posologia. Em situações de coagulopatias o tratamento deve ser guiado por um médico hematologista e pode envolver reposição de fatores da coagulação, transfusões ou medicamentos.

Como saber se o meu fluxo menstrual é intenso?

O sangramento menstrual intenso ocorre quando a mulher apresenta um volume menstrual maior do que 80 ml, ou o equivalente a 5 a 6 colheres de sopa durante todo o período em que está menstruada. Também é considerado fluxo menstrual intenso, a menstruação que dura mais de sete dias.

É muitas vezes difícil quantificar o volume da menstruação, por isso desconfie de fluxo menstrual intenso, quando:

  • Tiver que trocar de absorvente de hora em hora, durante horas seguidas;
  • Precisa trocar o absorvente durante a noite, enquanto dorme;
  • Presença de coágulos sanguíneos grandes e escuros;
  • Menstruação tão intensa que a impede de fazer as suas atividades do dia a dia, levando a ausências no trabalho, estudos ou outros compromissos;
  • Dores intensas na região pélvica, náuseas, enjoos ou outro sintomas;
  • Sente-se fraca ou sem energia.

Caso suspeite de sangramento menstrual intenso procure um ginecologista ou médico de família para ser realizada uma primeira avaliação. Só através do diagnóstico correto da causa de sangramento é possível instituir o tratamento mais adequado.

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Referências bibliográficas

Abnormal uterine bleeding in nonpregnant reproductive-age patients: Evaluation and approach to diagnosis. Uptodate.2021

Heavy Menstrual Bleeding. CDC.

Tenho pré-diabetes? Saiba os sintomas e valores de glicose
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A pré-diabetes é o aumento das taxas de glicose no sangue, sem atingir os níveis que definem a doença diabetes.

Os valores normais da glicemia em jejum são de 60 a 99 mg/dl. Para a confirmação de diabetes, entre outras análises, a glicemia deve estar acima de 125 mg/dl. Sendo assim, quando a glicemia está entre 100 e 125 mg/dl, é considerada uma fase "pré-diabética".

Embora não caracterize a doença diabetes, a pré-diabetes também é bastante perigosa para a saúde, pois aumenta os riscos de doenças cardíacas, vasculares e neurológicas, como o infarto agudo do miocárdio e o acidente vascular cerebral (AVC). Além do risco de mais de 30% dos casos evoluírem para a diabetes, dentro de 5 anos.

Por esses motivos, na suspeita da pré-diabetes, ou assim que for feito o seu diagnóstico, é fundamental que procure um médico especialista, nesse caso o endocrinologista, para avaliação e início do tratamento para seu controle.

Como confirmar a pré-diabetes?

Existem critérios bem definidos para cada uma das condições, através dos exames de sangue: glicemia de jejum de 8h, o teste de tolerância oral a glicose 75 (TTOG 75) e o exame de hemoglobina glicosilada (HbA1c).

A glicemia de jejum deve ser realizada com pelo menos 8h de jejum, e com uma dieta habitual. Não deve ser feito qualquer dieta ou mudança de hábitos alimentares dias antes, para não prejudicar ou mascarar um resultado.

O teste de tolerância oral a glicose, é um dos principais exames para o diagnóstico da pré-diabetes. Nesse teste o paciente recebe uma dose de glicose (75 g) por via oral, e após duas horas é colhido novo exame de sangue para avaliação da glicemia.

E a hemoglobina glicosilada é uma medida de avaliação da glicose nos últimos 2 a 3 meses, a partir da amostra de sangue. Por isso é o teste mais fidedigno para o acompanhamento e ajuste de tratamento nos pacientes diabéticos.

Os valores que definem cada uma das condições estão descritos na tabela abaixo:

Exames de sangue Normal Pré-diabetes Diabetes
Glicemia de jejum 60 a 99 mg/dl 100 a 125 mg/dl > 125 mg/dl
TTOG 75 < 140 mg/dl 140 a 199 mg/dl > 200 mg/dl
HbA1c > ou = 5,6% 5,7 a 6,4% > ou = 6,5 %

Existem grupos que já consideram a glicose de jejum a partir de 99 mg/dl um sinal de pré-diabetes, por isso qualquer valor acima de 100 mg/dl já configura um quadro de pré-diabetes e deve ser iniciado um tratamento específico, caso a caso.

Sintomas da pré-diabetes

A pré-diabetes pode não apresentar qualquer sintoma por anos. Por isso, todos os casos de alto risco para diabetes, devem realizar exames de sangue periodicamente, possibilitando a identificação precoce da doença.

Os sintomas que podem estar presentes são semelhantes aos sintomas de diabetes, de forma mais branda. São eles:

  • Emagrecimento (sem causa aparente),
  • Fome a todo momento,
  • Muita sede,
  • Aumento da frequência de urina,
  • Cansaço, fadiga,
  • Alterações na visão (visão "borrada").
Fatores de risco para a pré-diabetes

É importante conhecer os fatores que aumentam o risco de desenvolver diabetes e pré-diabetes, para que sempre que possível, se previna da doença.

Os principais são: história familiar de diabetes, obesidade, hipertensão arterial, falta de atividade física, distúrbios de sono, principalmente a privação de sono, tabagismo, doenças do pâncreas, peso superior a 4 kg ao nascimento, ser mulher e ter mais de 45 anos.

Tratamento da pré-diabetes

O tratamento correto reduz as chances de complicações cardiovasculares e cerebrovasculares, as doenças mais comuns da nossa população.

1. Orientação nutricional

A dieta é a parte mais importante do tratamento, especialmente na diabetes tipo 2, situação em que o pâncreas produz a insulina, mas não é suficiente para aquele organismo.

2. Atividade física regular

A atividade física por pelo menos 30 minutos por dia, por 5 dias na semana, ajuda o organismo a eliminar a gordura e o açúcar em excesso no sangue. Ainda, promove uma melhor circulação sanguínea e hábitos alimentares.

3. Mudança de hábitos de vida

Reduzir o consumo de bebidas alcoólicas e eliminar vícios como o uso de cigarro, são medidas fundamentais para evitar a evolução da doença.

4. Medicamentos

Os casos com risco mais elevado de evoluir com diabetes ou múltiplos fatores de risco para doença cardiovascular, devem iniciar a medicação em conjunto. O remédio mais usado é a metformina®.

Como saber se já tenho Diabetes?

Para confirmar a diabetes os valores do exame de sangue devem ser:

  • Glicemia de jejum (8 horas) - acima de 125 mg/dl
  • Teste de tolerância oral a glicose a 75 mg - acima de 199 mg/dl
  • Hemoglobina glicosilada - acima de 6,4%

Além disso, é preciso que o exame seja feito com o jejum indicado, de no mínimo 8 horas e mantendo a alimentação normal. Evitar dietas ou mudanças de hábitos na véspera do exame, para não alterar o exame e retardar um diagnóstico correto.

O exame clínico faz parte da avaliação e confirmação da doença. E toda essa avaliação pode ser feita pelo médico assistente, ou pelo médico especialista, no caso, o endocrinologista.

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Implante anticoncepcional: o que é e como funciona?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O implante anticoncepcional subdérmico é uma pequena cápsula ou bastão de material plástico, permeável, que contém um hormônio (etonogestrel), sendo utilizado como método contraceptivo de longa duração e alta eficácia.

É inserido no tecido subcutâneo, na região interna do antebraço, por meio de um procedimento simples, que pode ser feito no consultório médico. Existem implantes que duram 6 meses, 1 ano e 3 anos. Após estes prazos, se faz necessária a troca.

O Implanon® é o implante subcutâneo liberado para uso no Brasil, no entanto, ainda não é ofertado pelo Sistema Único de Saúde. O seu efeito é de 3 anos.

O implante anticoncepcional é um bastão pequeno com cerca de 2 mm de diâmetro e 4 cm de comprimento, semelhante a um palito de fósforo. Como funciona o implante anticoncepcional?

O implante contraceptivo libera o hormônio de forma lenta e contínua na corrente sanguínea e desempenha duas ações para evitar a gravidez:

  • Atua sobre os ovários impedindo a liberação do óvulo e
  • Torna o muco cervical mais espesso, o que dificulta a movimentação dos espermatozoides pelo canal vaginal.
O implante anticoncepcional é fácil de ser colocado?

Sim. A colocação do implante anticoncepcional subdérmico é bastante simples e pode ser feita no consultório pelo próprio do ginecologista.

O procedimento é feito com anestesia local. O implante é introduzido sob a pele na região interna do antebraço com ajuda de uma agulha apropriada e material descartável.

Após a colocação não é necessário nenhum cuidado específico.

O implante anticoncepcional é introduzido na região interna do antebraço com ajuda de uma agulha apropriada descartável, após anestesia local. Qual o período mais adequado para a colocação do implante?

O melhor período para a colocação do implante é no intervalo de até 7 dias após o início da sua menstruação. Se por acaso você colocar o implante após este prazo, é importante o uso de métodos de barreira – camisinha masculina ou feminina – durante os próximos 7 dias.

Quais as indicações do implante contraceptivo?

O implante hormonal pode ser utilizado por mulheres de qualquer idade. As indicações para uso do implante incluem:

  • Dificuldade de adaptação aos anticoncepcionais orais
  • Mulheres que esquecem de usar continuamente a pílula
  • Mulheres que não podem usar anticoncepcionais com estrógeno
  • Mulheres que sofrem com sintomas de tensão pré-menstrual (TPM)
  • Adolescentes
  • Mulheres no pós-parto e que estão amamentando
Contraindicações do implante contraceptivo

As contraindicações do implante incluem:

  • Suspeita de gravidez ou gravidez
  • Mulheres com história de câncer de mama
  • Pessoas com doenças no fígado (tumor hepático ou doenças hepáticas graves)
  • Mulheres com tendência ao desenvolvimento de trombose
  • Mulheres com sangramento vaginal ainda sem diagnóstico
  • Alergia ao princípio ativo do implante
O implante contraceptivo tem efeitos colaterais?

Sim. As mulheres que utilizam o implante hormonal podem apresentar alguns efeitos colaterais, entretanto, a maior parte destes efeitos fazem parte da adaptação ao medicamento e podem desaparecer em até 6 meses.

Os efeitos colaterais mais frequentes são:

  • Irregularidade menstrual,
  • Pequeno aumento de peso,
  • Dor de cabeça,
  • Dor nas mamas,
  • Aumento da oleosidade da pele,
  • Possível surgimento de acne e
  • Manchas na pele.

O implante hormonal é um método de longa duração, com alta eficácia e efeito rapidamente reversível.

É importante lembrar que o implante não previne as infecções sexualmente transmissíveis.

Ao ser retirado, o efeito contraceptivo do implante passa rapidamente com o retorno da fertilidade e a mulher retoma a possibilidade de engravidar. A retirada é feita de forma fácil pelo próprio ginecologista.

É importante que antes de inserir o implante você converse com seu ginecologista para avaliar se ele é melhor método contraceptivo para você.

Para saber mais sobre implante e como escolher o melhor anticoncepcional para você, acesse

É possível engravidar tendo implante contraceptivo?

Referência:

Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia

Dismorfia corporal tem cura? Qual o tratamento?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Sim, dismorfia corporal tem cura e o tratamento é feito através de psicoterapia, geralmente cognitivo-comportamental e também pode envolver o uso de medicamentos antidepressivos.

Não existe um remédio específico para tratar a dismorfia corporal. Porém, é possível amenizar os sintomas que normalmente estão associados a esse transtorno mental, como depressão e ansiedade. O tratamento da dismorfia corporal é importante para ajudar a pessoa a se aceitar melhor e ter uma vida normal.

A psicoterapia é uma parte essencial do tratamento, para que a pessoa possa compreender a verdadeira origem dos seus sentimentos de insatisfação.

O que muitas vezes dificulta o tratamento da dismorfia corporal é o fato dos portadores do transtorno não revelarem espontaneamente as suas preocupações com o corpo para o médico ou outros profissionais de saúde. Além disso, existe uma negação por parte do paciente em aceitar o fato de que tem dismorfia corporal.

Por isso é comum uma pessoa com dismorfia corporal só procurar ajuda depois de anos sofrendo com o problema, que geralmente surge na adolescência.

Também é importante saber distinguir uma simples insatisfação com o corpo de um transtorno psiquiátrico como a dismorfia corporal.Quando há muito sofrimento psíquico ou prejuízo na vida diária deixa de ser uma simples insatisfação e passa a ser considerado transtorno dismórfico corporal, que precisa de uma avaliação clínica e requer tratamento.

Leia também: O que é dismorfia corporal e quais os sintomas?

7 principais causas o Mau Hálito (e como acabar rápido)
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O mau hálito ou halitose pode ter várias causas, como má higiene oral, ingestão de alimentos com odores fortes, boca seca, problemas dentários, refluxo gastroesofágico, obstrução intestinal e doenças, como insuficiência renal, diabetes ou câncer de origem bucal.

Quando o “bafo” é causado por alguma doença ou condição que não seja a falta de higiene bucal, ele geralmente não desaparece, mesmo depois de escovar os dentes, passar fio dental ou usar um enxaguante bucal.

Abaixo seguem as principais causas de halitose e o que fazer em cada caso para acabar com o mau hálito rápido.

1. Higiene bucal inadequada

O mau hálito geralmente está relacionado à falta de higiene bucal. Não escovar os dentes ou usar fio dental regularmente faz com que restos de alimentos se acumulem na boca e na língua, entre as papilas gustativas.

Esses restos de comida entram em decomposição, causando mau hálito. Dentaduras que não são adequadamente limpas diariamente também podem causar halitose grave, assim como a falta de limpeza da língua.

O que fazer?

Uma forma de eliminar o mau hálito rapidamente nesses casos, é mastigar salsa fresca ou folhas de hortelã. A salsa e a hortelã podem eliminar os compostos de enxofre liberados pelos alimentos em decomposição diminuindo a halitose.

Porém, para tratar a causa do mau hálito é necessário escovar os dentes após todas as refeições e usar fio dental pelo menos uma vez ao dia, certificando-se de que é passado entre todos os dentes. Também é muito importante limpar a língua com material específico para isso (raspador de língua).

A escovação e o fio dental removem os restos de alimentos antes que se decomponham. Escovar os dentes também remove a placa bacteriana que se acumula na dentição e causa mau cheiro na boca, cárie e doenças na gengiva.

O enxaguante bucal, também pode ser usado diariamente, com objetivo de matar as bactérias causadoras do mau hálito.

Portanto, mau hálito por acúmulo de placa, basta manter uma limpeza adequada e limpeza no dentista a cada 6 meses, para resolver o problema.

2. Problemas dentários

A falta de higiene adequada e uma alimentação rica em doces são a principal causa de proliferação de bactérias na boca. As bactérias formam as placas de tártaro, aftas, cáries e processos inflamatórios como a gengivite (inflamação da gengiva) e os abcessos dentários (coleção de pus).

Todos os problemas dentários podem levar ainda à formação de pequenas aberturas na área entre os dentes e nas gengivas. Restos de alimentos e germes podem se acumular nessas aberturas, causando um forte mau hálito.

O que fazer?

Escovar os dentes após as refeições (pelo menos 3 vezes por dia), usar fio dental diariamente (pelo menos uma vez ao dia), limpar a língua com um raspador de língua após as refeições e utilizar um enxaguante bucal após escovar os dentes, resolvem o sintoma de mau hálito.

Em caso de doença periodontal, pode ser necessário realizar uma limpeza dentária profunda, com o profissional capacitado.

Além disso, pode ser utilizado o bicarbonato de sódio para eliminar as bactérias que causam mau hálito. Para fazer uma solução adicione 2 colheres (chá) de bicarbonato de sódio em uma xícara (200 ml) de água morna. Recomenda-se bochechar a solução por pelo menos 30 segundos antes de cuspi-la, 2x ao dia.

3. Boca seca

A boca seca ocorre quando não há saliva suficiente. A saliva ajuda a manter a boca limpa e remove bactérias, evitando o mau cheiro na boca. Doença de Sjögren, lupus, entupimento da glândula salivar, cigarro, estresse ou uso de certos medicamentos, como os antidepressivos e medicamentos para doença de parkinson, tem como efeito colateral a boca seca.

O que fazer?

Para acabar com o mau hálito em caso de boca seca, recomenda-se usar saliva artificial e aumentar a ingesta de água. Mascar chiclete sem açúcar também pode aumentar a produção de saliva. O cigarro, como traz tantos malefícios, é fortemente recomendado que abandone esse hábito. Quando a causa for a medicação, pode ser avaliada a troca por medicamento similar, sempre que possível.

Outra dica para combater a halitose nesses casos, é beber chá-verde ao longo do dia. O chá-verde tem propriedades desinfetantes e desodorizantes que podem refrescar temporariamente o hálito.

4. Refluxo gastroesofágico

O refluxo gastroesofágico é uma das causas mais comuns de halitose. O retorno de conteúdo do estômago para o esôfago traz um ácido que causa importante mau hálito. Nesses casos, a pessoa costuma referir que está com “mau hálito estomacal”.

O que fazer?

O tratamento para o mau hálito no refluxo, é o tratamento dessa doença. No tratamento são indicados medicamentos, dieta adequada e mudanças no estilo de vida. A cirurgia pode ser necessária em alguns casos.

Os medicamentos são os protetores gástricos, como a ranitidina e omeprazol ou pantoprazol, e as medicações que reduzem a produção de ácido estomacal ou estimulam o esvaziamento do estômago.

Na alimentação, para evitar o refluxo, é importante evitar bebidas com cafeína, bebidas gaseificadas e alcoólicas. Entre os alimentos, evitar chocolate e alimentos ácidos.

Além disso, recomenda-se não fumar, perder peso, comer mais vezes durante o dia com menor quantidade nas refeições, não usar roupas apertadas e esperar 2 horas para ir dormir (ou se deitar) após as refeições. Manter a cabeceira da cama um pouco elevada (30 graus), também ajuda a evitar o retorno de conteúdo do estômago, evitando o problema.

5. Alimentos com odores fortes

Após a ingestão de cebola, alho ou outros alimentos com odores fortes, o estômago absorve os óleos desses alimentos durante a digestão, resultando em mau hálito que pode durar até 72 horas e não desaparece, mesmo escovando os dentes.

O que fazer?

Para suavizar o mau cheiro na boca, você pode beber um copo de leite durante ou após uma refeição que contenha grande quantidade de alimentos com cheiro forte, como alho e cebola. Isso pode melhorar significativamente o mau hálito.

6. Doenças sistêmicas

O mau hálito pode ser ainda, sinal de algumas doenças, incluindo doença renal, diabetes e problemas hepáticos. O odor pode ser de peixe, nos problemas renais, ou cheirar a fruta, nos casos de glicose aumentada.

Uma pessoa com insuficiência hepática pode ter mau hálito, associado a perda de peso, icterícia (pele e olhos amarelados), diarreia, cansaço, perda de apetite, coceira no corpo, dificuldade de coagulação, inchaço nas pernas e no abdome.

No diabetes, outros sinais e sintomas são de muita sede, vontade frequente de urinar, pele seca, náusea, vômito, respiração rápida e fadiga.

Existem ainda diversas doenças e condições que, mais raramente, podem causar mau hálito, como:

  • Doenças infecciosas (amigdalite, sinusite, bronquite);
  • Alcoolismo;
  • Vômitos prolongados;
  • Uso de cateter na boca ou no nariz;
  • Câncer de língua, esôfago e estômago.
O que fazer?

Se o mau hálito for causado por alguma doença, como diabetes, sinusite ou insuficiência renal, essa doença precisa ser tratada. Caso contrário, pode ser muito difícil eliminar a halitose.

O dentista é o profissional indicado para diagnosticar e tratar casos de mau hálito.

Posso tomar vacina quando estou gripado?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

Não existe problema em tomar vacinas quando se está com sintomas de gripe. Mas é contraindicado tomar qualquer vacina no caso de se ter uma infecção confirmada ou febre. Nesse caso, o recomendado é adiar a vacinação, especialmente porque os sintomas da doença podem ser confundidos com os efeitos adversos da vacina.

Ainda assim, existem algumas condições nas quais a vacinação é contraindicada:

  • Alergias aos componentes da vacina (alguns exemplos são substâncias do ovo, proteínas de galinha, brometo de cetil-trimetil-amônio / CTAB, polissorbato 80, sulfato de bário timerosal, canamicina, sulfato de neomicina ou antibióticos da mesma classe, formaldeído, Triton-X-100 / octoxinol 9);
  • Febre (acima de 38,5 graus);
  • No caso da vacina contra COVID-19, se tem confirmação ou suspeita de estar infectado pela doença;
  • No caso da vacina contra a gripe, se apresentou a síndrome de Guillain Barré em um período de 6 semanas após uma vacinação anterior contra a gripe.

Além dessas, cada vacina tem recomendações específicas. Por isso, fale com o médico se tiver alguma doença conhecida, se estiver tomando algum medicamento ou se já tiver apresentado reação alérgica, principalmente a alguma vacina.

No caso de querer tomar a vacina contra o novo coronavírus e a vacina contra a gripe no mesmo momento, cada uma deverá ser aplicada em partes diferentes do corpo.

Leia também:

Referência:

World Health Organization. Newsroom. Question and Answers. Coronavirus disease (CIVID-19): Vaccines

Bula da vacina contra influenza trivalente (fragmentada e inatvada). Instituto Butantan.

Bula do Vacina Influenza Trivalente (Subunitária, Inativada). Medstar.