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Quais são os sintomas da sinusite crônica?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Os sintomas da sinusite crônica podem incluir dor facial, sensação de peso na face, dor de cabeça, congestão nasal com secreção, diminuição do olfato, tosse (geralmente piora à noite), espirros, inchaço e dor ao redor dos olhos, ouvido entupido e mau hálito. São os mesmos sintomas da sinusite aguda, porém mais leves e persistentes.

Quando os sintomas da sinusite persistem por mais de 12 semanas seguidas, mesmo com tratamento, ela é classificada como sinusite crônica.

A dor facial é um dos principais sintomas da sinusite crônica e ocorre principalmente ao abaixar a cabeça ou caminhar. Normalmente é sentida atrás dos olhos, ao redor do nariz ou ainda nos dentes, podendo ser mais forte em um lado do rosto. 

A sinusite crônica normalmente está relacionada com desvio de septo ou pólipos nasais. Ambos obstruem a comunicação entre os seios faciais e o nariz, dificultando a cura da sinusite e favorecendo a sua cronicidade.

A sinusite crônica também pode ter origem em sinusites causadas por fungos, doença do refluxo gastroesofágico, alergias, HIV, asma e fibrose cística.

Em geral, a sinusite aguda resolve-se espontaneamente em poucos dias, enquanto que a sinusite crônica exige maiores cuidados. Com o tratamento adequado, é possível aliviar os sintomas e manter a doença sob controle.

Casos de sinusite crônica devem ser avaliados por um médico otorrinolaringologista, que irá indicar o tratamento mais adequado, de acordo com o caso.

Saiba mais em:

Sinusite crônica tem cura? Qual é o tratamento?

Quais são os sintomas da sinusite?

Sinusite faz o nariz sangrar?

Sinusite dá tontura?

Estou com disidrose. Tem cura? Como tratar?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Disidrose não tem cura, mas é possível controlar a doença se o agente que desencadeia as crises for detectado e retirado, quando possível, evitando assim novos surtos.

Como tratar a disidrose?

O tratamento da disidrose visa amenizar os sintomas (principalmente a coceira), acelerar o desaparecimento das lesões já existentes e tratar as suas causas.

A terapêutica vai modificando de acordo com a fase da disidrose, e pode incluir:

  • Compressas de permanganato de potássio ou água boricada 2%;
  • Corticoide (creme ou pomada e oral);
  • Antibiótico tópico;
  • Hidratantes;
  • Toxina botulínica.

Na fase aguda das lesões, quando existem muitas vesículas, coceira e vermelhidão, está indicado o uso de compressas ou banhos de permanganato de potássio ou água boricada a 2%, de duas a três vezes ao dia, até a melhora das bolhas.

Após a melhora das lesões, ou quando as bolhas demoram a secar apenas com as compressas, pode ser iniciado tratamento conjunto com creme à base de corticoides, para acelerar a cicatrização e evitar novas lesões.

Por fim, na fase de manutenção, ou fase crônica, está indicado manter por um tempo o uso regular de pomadas a base de corticoide, ou imunomoduladores (como o Tacrolimo® e Pimecrolimo®), além de hidratantes, promovendo cuidado com a pele, o que reduz a chance de novas crises.

Nos casos refratários ao tratamento descrito, o médico poderá indicar opções como corticoide por via oral, imunomoduladores e aplicação de toxina botulínica. Porém são raros os casos, e irão depender de uma avaliação clínica criteriosa.

Casos em que se observa sinais de infecção, como secreção purulenta, mau cheiro, febre ou dor local, o tratamento deverá ser complementado com antibioticoterapia.

Na maioria das vezes, as crises de disidrose resolvem-se naturalmente após uma a três semanas. O intervalo entre os surtos é de semanas ou meses.

Veja também: O que é disidrose?

É possível prevenir a disidrose?

Sim. A melhor forma de prevenção da disidrose é conhecer os fatores que mais desencadeiam a disidrose, e detectar a sua causa, removendo sempre que possível, esse agente desencadeante.

Além disso, outros cuidados podem ser tomados, como:

  • Controlar o estresse;
  • Evitar mudanças bruscas de temperatura;
  • No calor hidratar a pele de forma exagerada e aumentar a ingesta de água;
  • Evitar o contato com produtos ou substâncias irritantes, como detergentes e sabonetes antissépticos;
  • Evitar lavar as mãos muitas vezes ao dia, se preciso fazer uso de luvas para proteger e reduzir as lavagens de mãos (as luvas de vinil parecem ser menos irritantes para a pele do que as de látex).

O tratamento e o diagnóstico da disidrose devem ser feitos e acompanhados por um/a médico/a dermatologista.

O que significa ausência de gestação maior ou igual 5 semanas?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Significa que não foi visualizada gravidez com esse período. Existem algumas causas, como por exemplo uma gravidez ectópica.

O exame deve ser levado para o médico que o solicitou o quanto antes, para uma avaliação, exclusão de outras causas, e se tratando de gravidez ectópica, o tratamento deve ser em caráter de urgência.

Outra situação, é a gestação estar em estágio tão inicial, antes de 5 semanas, que não é mesmo possível ser evidenciada ainda pelo exame de ultrassonografia. Nesse caso o exame deve ser repetido após pelo menos 6 semanas.

Gravidez ectópica

A gravidez ou gestação ectópica se caracteriza pela implantação do óvulo fecundado, fora do útero. O local aonde mais acontece esse fenômeno, é a trompa. Por diversos fatores, a gestação ectópica não é incomum, e pode evoluir com graves complicações.

Por isso, na suspeita de uma gestação ectópica, é fundamental que procure um atendimento médico de urgência.

Sintomas de gravidez ectópica

Os sintomas mais comuns são, o atraso menstrual, cólica abdominais, sangramento vaginal. Pode ainda apresentar manifestações comuns da gravidez, como aumento da sensibilidade das mamas, náuseas, aumento do apetite, sonolência e aumento da frequência urinária.

Nos casos complicados, pode apresentar febre, sangramento de grande monta, dor incapacitante e perda da consciência, com elevado risco de morte.

Diagnóstico de gravidez ectópica

O diagnóstico é baseado na história da paciente, sinais, sintomas e exame clínico. Porém a confirmação será através do exame de imagem - ultrassonografia.

Tratamento

O tratamento varia de caso a caso. Como infelizmente, na maioria das vezes a gestação não progride, devido a sua implantação estar em local não preparado para nutrição e desenvolvimento do embrião, pode ser necessário cirurgia de urgência.

Porém, cada caso deve ser avaliado de maneira individualizada.

Pode lhe interessar também:

Ausência de sinal de gestação maior ou igual há 5 semanas, o que significa?

Ausência de conteúdo na cavidade uterina, significa?

Infecção urinária pode alterar a pressão arterial?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sim, infecção urinária pode alterar a pressão arterial e causar hipertensão, quando a infecção atinge os rins. Isso porque o rim é o maior responsável pelo controle do volume de água e sódio do corpo, o que faz das doenças renais uma causa comum de hipertensão arterial (pressão alta).

A infecção urinária é uma infecção que acomete qualquer estrutura do trato urinário. na maioria das vezes se inicia pelo acometimento da bexiga, causando a "cistite", a ardência ao urinar. Pode evoluir para uretrite, quando acomete a uretra e ureteres, até atingir um rim, ou ambos, quando leva bactérias para a pelve renal, sendo definido por pielonefrite.

Nesses casos a capacidade de filtração renal fica reduzida, consequentemente aumenta a retenção de sódio, elevando a pressão arterial.

Além de elevar a pressão arterial, um quadro de nefrite também pode provocar hematúria, pela lesão na parede do ureter ou uretra, levando a presença de sangue na urina.

Para evitar complicações graves, como insuficiência renal ou até uma infecção generalizada (sepse), a infecção urinária deve receber um tratamento adequado com medicamentos antibióticos assim que forem iniciados os sintomas.

Portadores de diabetes devem ter mais cuidado pois nem sempre apresentam os sintomas iniciais de ardência na urina, portanto devem estar atentos para quando observar uma urina mais concentrada, mais amarelada e com cheiro forte.

Leia também: Qual o tratamento para infecção urinária?; Quais as causas da hipertensão arterial?

Em caso de infecção urinária, consulte um médico de família, um clínico geral ou preferencialmente um urologista, que é o especialista responsável pelo diagnóstico e tratamento de doenças do sistema urinário masculino e feminino.

Saiba mais em: Quais são os sintomas e causas de uma infecção urinária?

Menstruação veio duas vezes no mês: posso estar grávida?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Provavelmente não. Se você menstruou duas vezes em um mesmo mês, o mais comum é ser um efeito adverso do anticoncepcional, ou mesmo esquecimento de tomar o anticoncepcional.

O sangramento que ocorre no início da gravidez é percebido em apenas 20% das mulheres e se chama sangramento de nidação. A diferença é que ocorre no meio do ciclo, em pequena quantidade, apenas suja a roupa íntima, e dura de 2 a 3 dias. Corresponde à implantação do embrião na parede do útero.

Uma vez que você suspeite que está grávida e apresente duas menstruações em mesmo mês, procure um ginecologista para fazer exame de gravidez (Beta HCG) ou para investigar outras causas possíveis do sangramento.

6 causas de menstruação duas vezes ao mês

Algumas alterações psicológicas e emocionais ou doenças podem fazer com que a menstruação ocorra duas vezes ou mais em um mesmo mês. As mais comuns são:

  1. Estresse em excesso, distúrbios de humor e alterações emocionais,
  2. Problemas hormonais (síndrome do ovário policístico, endometriose),
  3. Uso de medicamentos como os anticoncepcionais,
  4. Problemas uterinos (pólios, miomas, cistos, câncer)
  5. Cirurgias e pós-operatórios (laqueadura, ressecção de miomas, cirurgias nos ovários),
  6. Gravidez (sangramento de nidação, embora mais raro).
Sangramento de nidação - sinal de gravidez

Quando o embrião se fixa na parede do útero, pode ocorrer um sangramento chamado de nidação. Este sangramento é considerado um dos primeiros sinais de gravidez, mas raramente é percebido pelas mulheres.

Tem cor rosada, mais clara que a menstruação e dura até 3 dias. Na maior parte das vezes ele apenas suja um pouco a calcinha ou a mulher só percebe ao secar-se com o papel higiênico.

Além do sangramento de nidação, é importante que você esteja atenta a outros sinais mais frequentes de gravidez:

  • Atraso menstrual (15 dias de atraso),
  • Enjoos, especialmente pela manhã,
  • Tonturas,
  • Sonolência.

Lembre-se que a menstruação tem duração de 3 a 7 dias, vem com maior quantidade de sangue, especialmente nos primeiros dias, sendo necessário o uso de absorventes. Além disso, a coloração é mais avermelhada ou mesmo marrom escuro.

Menstruar duas vezes ao mês é normal?

Depende. A menstruação duas vezes é normal em adolescentes, em mulheres na pré-menopausa e em mulheres com ciclo menstrual curto.

Nas adolescentes a menstruação duas vezes ao mês ocorre devido à imaturidade das glândulas reprodutivas. Com o tempo a produção dos hormônios (estrógeno e progesterona) se tornam regulares e a menstruação também.

As mulheres em pré-menopausa apresentam irregularidades menstruais. A menstruação passa a oscilar entre a frequência e volume de sangue. Pode vir duas ou três vezes no mesmo mês, ou vir em grande volume e ainda, mais escassa do que o habitual. Isto varia de mulher para mulher e acontece devido às variações hormonais próprias deste período. Outros sintomas incluem: fogachos, alterações do sono, humor e libido.

Já o ciclo menstrual curto, se caracteriza por ser inferior a 28 dias de duração e pode fazer com que a mulher menstrue duas vezes ao mês.

Por exemplo: Se uma mulher tem ciclo regular de 25 dias e ela menstruou no 1º dia do mês, a próxima menstruação ocorrerá novamente no 25º dia do mesmo mês e isto é considerado normal.

Fora destas condições é preciso perceber se há outros sintomas e comunicar-se com o ginecologista para investigar as possíveis causas.

Quando devo me preocupar?

Alguns sinais servem de alerta de que algo mais grave pode estar acontecendo no seu organismo. Por este motivo, fique atenta aos seguintes sintomas:

  • Sangramento anormal que dura mais de 3 dias,
  • Aumento da frequência do sangramento (3 a 4 vezes ao mês ou mais),
  • Presença de dores abdominais ou cólicas intensas,
  • Sangue com odor,
  • Coloração anormal do sangue, especialmente vermelho vivo e
  • Sangramento abundante.

Diante de qualquer um destes sintomas, você deve buscar atendimento médico em uma emergência hospitalar.

É importante que você acompanhe e conheça as características do seu ciclo menstrual como duração e volume do sangramento para saber identificar alterações que possam acontecer. Ao perceber qualquer irregularidade, busque um ginecologista para diagnóstico e tratamento adequados.

Para saber mais sobre sangramentos e gravidez, leia:

Referências

FEBRASGO. Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.

Muco nas fezes durante a gravidez é normal?
Dra. Ângela Cassol
Dra. Ângela Cassol
Médico

Muco nas fezes durante a gravidez pode ser normal, desde que não esteja associado a outros sintomas, como dor abdominal, evacuação com sangue ou pus, diarreia, e ocorre por um aumento dos movimentos intestinais, como quando se utiliza um laxativo. Na presença de outros sintomas, não é normal e pode refletir:

  • infecção intestinal, causada por vírus, protozoário ou bactéria, que talvez precise de tratamento específico;
  • doença inflamatória intestinal, como doença de Crohn e retocolite ulcerativa, que normalmente associam-se à dor abdominal e diarreia, e necessitam tratamento, a depender do grau de intensidade dos sintomas;
  • síndrome do intestino irritável, que usualmente se associa a dor abdominal e alternância entre diarreia e constipação e requer tratamento a depender do grau de intensidade dos sintomas;
  • pólipos intestinais.

Se você apresentar fezes com muco, deve comunicar imediatamente o seu obstetra ou procurar um pronto atendimento.

Saiba mais sobre diarreia na gravidez neste artigo:

Diarreia na gravidez: o que pode ser e o que fazer

Dor de estômago, vomitando e com diarreia, isso é sintoma de gravidez?

Referência

Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia - FEBRASGO

Surto de ondas lentas, o que é?
Dr. Ivan Ferreira
Dr. Ivan Ferreira
Médico

Surto de ondas lentas são ondas cerebrais detectadas pelo exame de eletroencefalograma, que podem ser normais ou não, dependo da idade do paciente, da localização cerebral em que ocorrem e da existência de outros sinais e sintomas relacionados.

O eletroencefalograma (ECG) é o exame que detecta, através de eletrodos colocados no couro cabeludo com um gel condutor, as ondas cerebrais beta, alfa, teta e delta, e suas variações em relação ao período que ocorrem, frequência, amplitude e comprimento de onda. Para a sua realização são utilizados métodos (sonolência, fotoestimulação, hiperpnéia) durante o exame de ECG que fazem com que o cérebro funcione de modo diferente, possibilitando a identificação de alterações.

Os surtos de ondas lentas podem ocorrem na infância, na velhice e em algumas formas de epilepsia. A sua presença isolada não significa que exista doença ou que seja necessário algum tipo de tratamento.

O neurologista e o neuropediatra são os especialistas a serem consultados nessas situações.

Estou com um caroço na vagina e dói muito o que pode ser?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

As causas mais comuns de caroço na vagina que provocam dor são:

  • Bartolinite - inflamação em uma (ou ambas) as glândula de Bartholin, localizada(s) na vulva, responsável(eis) pela lubrificação e proteção vaginal;
  • Foliculite - inflamação de um folículo piloso na região da vagina;
  • Abscesso - coleção purulenta na região da vagina, que além de dor apresenta calor local e vermelhidão;
  • Doença sexualmente transmissível, como Sífilis e Cancro mole;
  • Tumor ou câncer, que nos casos mais avançados podem causar dor pela compressão ou invasão de estruturas vizinhas.

Outras causas de "caroço" na vagina que podem ser investigadas, embora não costumem cursar com dor local, são os cistos sebáceos, lipomas, fibromas (tumor benigno raro), hérnia inguinal e HPV.

Na maioria das vezes, a causa é uma inflamação folicular ou inflamação da glândula de Bartholin (Bartolinite), o que necessita de um tratamento específico, com medicamentos orais e tópicos, além de cuidados locais de higiene e evitar roupas apertadas.

Porém, se evolui com outros sintomas, como febre, vermelhidão, mal cheiro, drenagem de alguma secreção, deverá procurar imediatamente um serviço de emergência para avaliação.

Se não houver sinais de urgência, recomendamos agendar uma consulta com o/a médico/a ginecologista, que é o/a especialista indicado para essa avaliação, diagnóstico e conduta.

Leia também: O que é bartolinite? Tem cura?

Como aliviar a cólica renal?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A cólica renal pode ser aliviada com uso de medicação anti-inflamatória e analgésica.

Nos casos de pedra nos rins, além de usar essas medicações, a pessoa deve aumentar a ingestão de água e outros líquidos para facilitar a passagem da pedra.

Quando o cálculo (pedra) é volumoso e não consegue atravessar o canal da urina, outros procedimentos podem ser necessários como cirurgia (para retirada do cálculo) ou aplicação de laser que permite a quebra do cálculo.

A medicação a ser utilizada para aliviar irá depender da intensidade da cólica renal. A pessoa pode, a princípio, utilizar anti-inflamatórios comuns, porém, em alguns casos, há necessidade de internamento hospitalar provisório para administração de medicação intra-venosa capaz de controlar a dor.

Procure um clínico geral ou médico de família para uma avaliação detalhada da origem da cólica renal, bem como da indicação das medicações apropriadas.

Leia também:

Erupção cutânea pode ser o quê?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Erupção cutânea pode ser uma reação alérgica a algum medicamento, a uma picada de inseto, pode ser causada por traumatismos, pode ser sinal de doenças causadas por vírus, bactérias, protozoários, parasitas, como o Schistosoma mansoni, causador da esquistossomose, popularmente conhecida como "barriga d'água", ou ainda por doenças crônicas como o lúpus, dermatomiosite e psoríase.

Em bebês e crianças, as erupções na pele podem estar associadas a sarampo, rubéola, dengue, escarlatina, enteroviroses, exantema súbito, eritema infeccioso, mononucleose Kawasaki, entre outras doenças.

Nos adultos, a erupção cutânea está mais associada a processos alérgicos, dengue, mononucleose, AIDS, sífilis, reação a drogas, toxoplasmose, estresse, doenças crônicas.

As erupções cutâneas caracterizam-se pelo aparecimento de múltiplas manchas ou lesões avermelhadas e elevadas na pele, que por vezes se espalham por todo o corpo.

Para determinar a causa da erupção, é necessário avaliar a lesão e colher outras informações, como o tempo de aparecimento dos sintomas, presença de febre, dores musculares ou articulares, sangramentos, mal-estar, presença de nódulos no corpo, dor de garganta, associados, além de exame clínico e histórico do paciente.

Em caso de erupções na pele, consulte um médico clínico geral ou médico de família para uma avaliação. O especialista indicado para diagnosticar e tratar erupções cutâneas é o dermatologista.

Saiba mais em:

Qual o tratamento para o rash cutâneo?

Como tratar erupções na pele causadas por estresse?

Olhos vermelhos, o que pode ser?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Os olhos vermelhos podem ter várias causas. O olho vermelho pode ser sinal de conjuntivite, infecção, alergia, hemorragia, entre outros problemas e doenças oculares.

As conjuntivites virais e bacterianas estão entre as principais causas de olhos vermelhos. Nesses casos, a vermelhidão afeta sobretudo as pálpebras. Além dos olhos avermelhados, a conjuntivite produção secreção amarelada, lacrimejamento, ardor, sensibilidade à luz (fotofobia) e coceira.

Os sintomas da conjuntivite normalmente desaparecem em até duas semanas. O tratamento pode incluir o uso de colírios e pomadas com antibióticos e anti-inflamatórios.

Vale lembrar que a conjuntivite é contagiosa e geralmente afeta os dois olhos.

Olhos vermelhos podem ser alergia?

As alergias também estão entre as principais causas de olhos vermelhos, sobretudo em crianças e pessoas que já apresentaram quadros de rinite, sinusite e bronquite. Os sinais e sintomas incluem vermelhidão e coceira intensa nos olhos, além de inchaço nas pálpebras.

As alergias oculares e as conjuntivites alérgicas afetam ambos os olhos e não são contagiosas. O tratamento é realizado com colírios anti-histamínicos (antialérgicos).

Olhos vermelhos podem ser sinal de hemorragias?

Sim, mancha vermelha no olho pode ser um sinal de hemorragia ocular. Porém, nas hemorragias oculares, embora o olho fique bastante vermelho no local do sangramento, o risco de perder a visão é muito baixo. Normalmente não há dor e a vermelhidão tende a desaparecer espontaneamente em até 3 semanas.

O que mais pode deixar os olhos vermelhos? Uveíte

Outra doença responsável pelos olhos avermelhados é a uveíte. Nesses casos, a vermelhidão se manifesta na parte colorida do olho (íris) e geralmente afeta apenas um olho.

A pessoa apresenta ainda "aversão à luz" (fotofobia), dor e vista embaçada, normalmente associados à presença de pequenos pontos pretos que se movimentam no campo de visão.

O tratamento para a uveíte também é feito com colírios e medicamentos antibióticos, antifúngicos ou antivirais. Nas uveítes autoimunes, o oftalmologista pode prescrever ainda corticoides ou imunomoduladores.

Blefarite

A blefarite, também conhecida como "olho seco", deixa os olhos secos, vermelhos, ardendo e a pessoa tem a sensação de ter areia nos olhos. A vermelhidão não costuma ser muito intensa, mas os sintomas se agravam com o vento, ambientes secos e ar condicionado. 

O tratamento é simples, sendo muitas vezes feito com lágrimas artificiais para aliviar o desconforto até que os sintomas desapareçam.

Pterígio

Por fim, há ainda o pterígio, conhecido também por "carne crescida", caracterizado pela formação de tecido na conjuntiva do olho, podendo chegar ao campo de visão, embora seja raro. Acredita-se que a grande causa seja exposição solar. Os olhos não costumam ficar constantemente vermelhos nessas situações, mas o problema causa ardência e lacrimejamento. Os sintomas são tratados com colírios lubrificantes ou constritores dos vasos sanguíneos. 

Uma vez que os olhos vermelhos podem ser sinal de doenças que podem afetar a visão, o mais indicado é consultar um oftalmologista para avaliar a causa da vermelhidão e indicar o tratamento adequado.

Pingar colírios para aliviar os sintomas sem indicação médica apenas esconde a origem do problema e pode piorar o quadro.

Saiba mais em: 

Quais são os sintomas da conjuntivite? 

Olhos amarelados, o que pode ser?

O que é septicemia e quais os sintomas?
Dr. Marcelo Scarpari Dutra Rodrigues
Dr. Marcelo Scarpari Dutra Rodrigues
Médico

A septicemia, também chamada de sepse ou sepsis, é uma síndrome que ocorre nos pacientes com infecções graves, caracterizada por um intenso estado inflamatório em todo o organismo, potencialmente fatal.

A sepse é desencadeada pela invasão da corrente sanguínea por agentes infecciosos (principalmente bactérias, mas também vírus ou outros microrganismos), por isso, é habitualmente chamada pelo público leigo de "infecção do sangue", mas pode continuar mesmo depois que os agentes infecciosos que a causaram não mais estão presentes.

Sempre que nosso corpo é invadido por microrganismos, nosso sistema imunológico é ativado para que possamos combater o agente invasor. Uma das formas usadas pelas nossas células de defesa para atacar agentes invasores é através da liberação de mediadores químicos que provocam uma resposta inflamatória.

A inflamação que surge em locais infectados não é provocada pela bactéria em si, mas sim pela resposta imunológica do corpo. A inflamação é uma forma de defesa do organismo. A vermelhidão, a dor, o calor, o inchaço e o pus, característicos de feridas infectadas, são, a grosso modo, o resultado da "batalha" entre o sistema imunológico e os germes invasores.

Em geral, as infecções têm início em locais específicos do organismo, como pele, pulmões, vias urinárias, ouvidos. Alguns exemplos de infecções bacterianas localizadas em um ponto específico do corpo são:

  • Pneumonia = infecção do pulmão;
  • Cistite = infecção da bexiga;
  • Otite = infecção do ouvido;
  • Erisipela= infecção da pele;
  • Meningite = infecção das meninges e do sistema nervoso.

Em um primeiro momento, as bactérias estão alojadas em um órgão, como o pulmão, por exemplo, e são combatidas pelos nossos mecanismos de defesa. Sem controle da infecção, essas bactérias multiplicam-se e começam a migrar em grande número para outros locais, podendo chegar a um vaso e chegar à circulação sanguínea.

Bactérias podem cair no sangue em situações triviais, como durante uma escovação dos dentes que provoca sangramento gengival ou quando ralamos o joelho no chão. Um pequena quantidade de bactérias no sangue são rapidamente inativadas e controladas pelo sistema imunológico.

O problema aparece quando uma quantidade muito grande de bactérias chega à corrente sanguínea, espalhando-se pelo corpo. Uma vez que as células de defesa precisam atuar em vários locais ao mesmo tempo para combater a infecção, elas acabam por desencadear um processo inflamatório difuso.

Todos nós já tivemos uma inflamação, seja no dente, na pele ou em qualquer outro ponto do corpo. Esse processo acontecendo internamente e simultaneamente em vários vasos sanguíneos e órgãos é como uma guerra que está sendo travada dentro do corpo. Há mortes de ambos os lados e muita destruição das estruturas ao redor. Isso é a sepse.

Há graus de gravidade da sepse. Certas bactérias são mais virulentas que outras e cada organismo possui uma capacidade maior ou menor de atuar face a agentes invasores, provocando uma inflamação mais ou menos acentuada. Pacientes saudáveis com infecções provocadas por bactérias menos agressivas costumam controlar bem suas infecções, não evoluindo para quadros de sepse mais severas.

Sintomas da sepse

Qualquer infecção pode levar à sepse. Muitas pessoas provavelmente já tiveram uma sepse em estágio inicial. Para se caracterizar uma sepse basta apresentar uma infecção, além de dois ou mais dos sinais ou sintomas descritos a seguir (os quatro mais clássicos de uma longa lista, descrita em https://pulmccm.org/2012/review-articles/surviving-sepsis-guidelines-criteria-diagnosis-sepsis/):

  • Febre (temperatura corporal maior que 38,3º) ou hipotermia (menor que 36º);
  • Taquicardia (frequência cardíaca maior que 90 batimentos por minuto);
  • Frequência respiratória maior que 20 incursões por minutos ou PaCO2 < 32mmHg;
  • No hemograma: leucocitose (leucócitos acima de 12.000/mm3) ou leucopenia (menos de 4000 leucócitos/mm3).

Saiba mais em: Infecção no sangue é grave? Quais os sintomas e como tratar?

Na verdade, até uma gripe mais forte pode fazer com que o paciente apresente critérios para sepse. Ter critérios para sepse não significa que o paciente esteja muito grave e que vá morrer. Esses critérios indicam que o paciente deve ser tratado adequadamente para que o quadro não evolua, sendo sinais de alerta para os médicos.

Você pode ter uma amidalite e ter critérios para sepse. Porém, se a infecção for tratada adequadamente, a maioria das pessoas irá se recuperar. Porém, se o paciente for negligente e não procurar atendimento médico, a infecção, que inicialmente estava restrita à garganta, pode se espalhar pelo sangue e ficar muito mais difícil de ser controlada. Uma sepse branda pode virar uma sepse grave.

Um quadro clínico bem característico de sepse é a presença de infecção com febre alta, calafrios, cansaço, prostração, perda de apetite, não conseguir sair da cama. 

Idosos com sepse podem não ter febre, mas costumam apresentar grande prostração, desorientação e confusão mental. A avaliação médica e o tratamento com antibiótico são importantes para evitar que o quadro evolua de forma catastrófica.