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Tomei cerveja e fiz exames, pode alterar o resultado?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Depende de qual exame você fez. Por exemplo, no caso de exames de glicemia, colesterol, função hepática, entre outros, o consumo de bebida alcoólica até 72 h antes da coleta, pode sim interferir nos resultados.

Bebida alcoólica altera um exame de sangue?

Sim. A maioria das bebidas alcoólicas contém quantidades elevadas de açúcar, além de causar uma sobrecarga hepática, para sua eliminação. Por isso o seu consumo deve ser interrompido, pelo menos 3 dias antes de realizar exames de sangue. Principalmente se forem solicitados exames de glicemia, colesterol total e frações, TGO, TGP, amilase, lipase, bilirrubinas, entre outros.

Exame de sangue

Os exames de sangue são os exames mais comumente solicitados e realizados, porém existe uma variedade muito grande de tipos de exames. Diferente do que a maioria das pessoas acreditam, não existe um exame "completo", mas uma série de exames para cada indicação médica.

A indicação pode ser desde uma queixa ou alteração encontrada em um exame físico, até mesmo um exame de rotina. Para cada uma das opções, existe um conjunto de exames específicos a ser solicitado.

De acordo com os exames solicitados, pode ser necessário um período anterior de jejum, para que o resultado seja confiável. Por exemplo, para avaliar uma glicemia de jejum, é importante que a pessoa tenha passado pelo menos 8h sem ingerir nenhum alimento.

Jejum para exames de sangue

O jejum solicitado para alguns exames pode variar de acordo com cada pedido. Para alguns casos basta o jejum de 3 ou 4, como por exemplo no exame de sódio, potássio e cinética do ferro.

Para outros, como a glicemia de jejum, é preciso ao menos 8h de jejum.

Atualmente, não são mais necessárias as 12 h de jejum, o que ajudou bastante, especialmente para os diabéticos, que corriam riscos de hipoglicemia.

Outra exigência importante é que mantenha uma alimentação habitual nos dias anteriores ao exame, para que não haja um resultado "normal", apenas pela dieta temporária, e assim não seja identificado um problema a tempo de tratá-lo.

Para maiores informações converse com seu médico clínico geral, ou médico da família, e achando necessário, solicite novo pedido de exames.

Pomada Diprogenta: para que serve e como usar?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A Diprogenta ® é uma pomada ou creme com ação anti-inflamatória e antibiótica. O medicamento serve para tratar inflamações e doenças de pele como psoríase, líquen simples crônico, líquen plano, intertrigo eritematoso, disidrose, dermatite de contato, dermatite atópica, dermatite seborreica, dermatite esfoliativa, dermatite solar, dermatite de estase e coceira no ânus e na região genital.

Os princípios ativos da Diprogenta ® são o dipropionato de betametasona, um corticoide com forte ação anti-inflamatória, e o sulfato de gentamicina, que tem ação sobre as bactérias sensíveis a esse antibiótico. A Diprogenta ® começa a atuar rapidamente e o seu efeito é prolongado.

Quais as contraindicações da Diprogenta ®?

A Diprogenta ® é contraindicada para pessoas que já apresentaram alergia ou alguma reação a algum dos componentes da fórmula da pomada.

Pessoas com tuberculose de pele e infecções de pele provocadas por vírus ou fungos.

A Diprogenta ® não deve ser aplicada nos olhos e não deve ser usada em crianças com menos de 2 anos de idade.

Mulheres grávidas devem usar Diprogenta ® apenas com orientação médica. Se houver suspeita de gravidez, o médico deve ser informado imediatamente.

Não se sabe se após a aplicação de Diprogenta ®, o corticoide presente na pomada é absorvido pelo corpo em quantidades suficientes para ser excretado no leite materno. Por isso, mulheres que estão amamentando devem suspender a amamentação ou o tratamento. Nesses casos, cabe ao médico avaliar os riscos e os benefícios em usar o medicamento e decidir junto a paciente a melhor opção.

Como usar Diprogenta ®?

Aplique uma camada fina de Diprogenta ® sobre toda a área afetada de 1 a 2 vezes ao dia, que dependerá do tipo de lesão. Cabe ao médico determinar a dose e tempo de tratamento para cada caso.

No caso de esquecimento ou atraso de uma dose de Diprogenta ®, deve aplicá-la assim que se lembrar e seguir com os horários normais pré-estabelecidos nas aplicações seguintes (manhã e noite).

Quais os efeitos colaterais da Diprogenta ®?

Os efeitos colaterais mais comuns estão relacionados ao uso incorreto da pomada, seja por curativos muito apertados, mantidos fechados por tempo prolongado ou uso de quantidade excessiva da pomada, fatores que levam ao aumento de umidade local e maceração da pele.

Pode ocorrer também a infecção secundária por fungos ou bactérias multirresistentes, nesse caso quando a pomada é utilizada por mais tempo do que prescrito.

Por isso é fundamental fazer uso de pequena quantidade de pomada e apenas pelo tempo prescrito pelo médico.

Outros efeitos colaterais, que apesar de menos comuns estão descritos pelos estudos:

Efeitos colaterais incomuns (ocorrem em 0,1% a 1% dos casos): vermelhidão, coceira, reação alérgica, irritação, atrofia, manchas roxas, infecção, ardência e inflamação na pele, além de dilatação dos vasos sanguíneos da pele e inflamação dos folículos pilosos.

Efeitos colaterais raros (ocorrem em 0,01% a 0,1% dos casos): estrias, crescimento de pelos, erupções na pele parecidas com espinhas, urticária, feridas na pele, despigmentação da pele, queda de pelos, aumento da sensibilidade da pele, ressecamento da pele e formação de pequenas bolhas na pele.

Para maiores esclarecimentos sobre o uso de Diprogenta ®, consulte um médico clínico geral, médico de família ou dermatologista.

O que é intoxicação alimentar e quais os sintomas?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Intoxicação alimentar é uma doença transmitida pela ingestão de alimentos contaminados com micróbios ou produtos químicos ou então uma alergia a algum ingrediente da comida.

Após a ingestão do alimento contaminado, os micróbios passam pelo estômago e chegam ao intestino, onde se prendem à parede do órgão e se multiplicam. Os micro-organismos também podem penetrar na parede do intestino e produzir toxinas ou chegar à circulação sanguínea e invadir outros tecidos do corpo.

A dose de toxinas ou micróbios necessária para produzir uma intoxicação alimentar varia de pessoa para pessoa, de acordo com a idade e o tipo de agente causador da contaminação.

É comum várias pessoas comerem o mesmo alimento e apenas algumas desenvolver intoxicação alimentar. Isso pode ocorrer pela quantidade ou porção do alimento ingerida e também pela forma como o organismo da pessoa reage ao agente infeccioso.

Quais são os sintomas de uma intoxicação alimentar?

Os sintomas mais comuns de uma intoxicação alimentar são: enjoo, vômito, diarreia, calafrios, dores musculares, dor na barriga e febre. Outros sintomas, como tontura, visão embaçada e formigamento nos braços são mais raros.

Os sintomas variam conforme o micróbio, a quantidade de alimento ou o componente alimentar ingerido. Eles aparecem logo depois de comer o alimento contaminado ou podem demorar algumas horas, dias ou semanas para se manifestar.

Qual é o tratamento para intoxicação alimentar?

Grande parte dos casos de intoxicação alimentar apresenta uma melhora espontânea em alguns dias. Contudo, se os sintomas permanecerem ou se houver sangue ou muco amarelado ou esverdeado nas fezes, é necessário procurar atendimento médico. Grávidas, idosos e bebês com intoxicação alimentar necessitam receber tratamento.

O tratamento da intoxicação alimentar pode ser feito com medicamentos antibióticos, em casos de infecção causada por bactérias.

O tempo de recuperação da intoxicação alimentar varia de acordo com o tipo de infecção, a idade do paciente e o estado geral de saúde da pessoa.

Durante a manifestação dos sintomas da intoxicação alimentar, é importante não comer outros alimentos. Após vomitar, o estômago deve repousar durante aproximadamente uma hora. A recomendação é beber água em pequenas quantidades.

Você deve procurar o atendimento médico se os sintomas persistirem ou apresentar sinais de gravidade como febre alta (acima de 38,5ºC), sangue nas fezes ou nos vômitos, dor abdominal intensa ou incapacidade de beber líquidos.

Decadron: para que serve e quais são os efeitos colaterais?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O decadron® é um corticoide que tem como princípio ativo a dexametasona. Possui importante efeito anti-inflamatório e ação imunossupressora.

É utilizado em períodos curtos de tratamento para alergias, distúrbios reumáticos, doenças de pele, afecções oculares, doenças reumáticas, distúrbios sanguíneos, problemas endócrinos e pulmonares, alguns tipos de câncer e doenças gastrointestinais.

Quais os efeitos colaterais do decadron®?

Os efeitos colaterais do decadron® são diversos e dependem principalmente da dose, tempo de uso e do modo como o organismo de cada pessoa reage à medicação. Alguns efeitos são:

  • Aumento de apetite,
  • Aumento de peso,
  • Retenção de líquidos,
  • Náusea,
  • Mal-estar,
  • Soluços,
  • Vertigem,
  • Agitação,
  • Dor de cabeça,
  • Hipertensão,
  • Candidíase oral,
  • Osteoporose,
  • Fraqueza muscular,
  • Úlcera gástrica,
  • Esofagite,
  • Depressão do sistema imunológico.
Contraindicações de decadron®
  • Infecções fúngicas sistêmicas;
  • Hipersensibilidade aos componentes do medicamento;
  • Vacinação com vírus vivo recentemente.
Precauções quanto ao uso de decadron®

Pessoas hipertensas ou que possuem doenças pépticas devem tomar cuidado com o uso de corticoides. Nunca utilize decadron® sem prescrição médica.

Decadron® engorda?

O uso de decadron® pode provocar a retenção de líquidos e o aumento de peso, entretanto este efeito varia de pessoa para pessoa e o peso é recuperado assim que termina o tratamento.

Mulheres grávidas ou que estão amamentando podem usar decadron®?

Não existem estudos sobre os efeitos do uso de decadron® em mulheres grávidas. O uso desta medicação por mulheres grávidas deve ser indicado somente pelo/a médico/a em função dos riscos que a dexametasona pode trazer para a mãe e para o bebê.

Além disso, a dexametasona é excretada no leite materno. Portanto, se as mulheres que estão amamentando precisarem tomar decadron®, é recomendado a interrupção da amamentação.

Como tomar decadron®?

O decadron® tem ação eficaz quando administrado por via oral. A dose deve ser ajustada pelo/a médico/a de acordo com a doença e com a resposta apresentada pelo/a paciente.

O medicamento também é disponível para aplicação endovenosa. Esta formulação é usada em ambiente hospitalar, com o/a paciente internado/a.

O decadron® (dexametasona), assim como outros corticoides, apresenta muitos efeitos colaterais e, por este motivo, não deve ser usado de forma indiscriminada. Não utilize dexametasona e nem qualquer outro medicamento sem prescrição e orientação médica.

Sinto vertigem frequentemente, o que pode ser?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Vertigem constante é um sintoma muito comum e pode se apresentar em diversas doenças, que afetam diferentes sistemas do corpo. As principais causas de vertigem frequente incluem:

  • Alterações da pressão arterial, hipertensão ou hipotensão postural;
  • Doenças que afetam o labirinto (neurite vestibular, doença de Ménière, vertigem posicional paroxística benigna - VPPB);
  • Alterações nas estruturas do pescoço ou na coluna vertebral (hérnia de disco, retificação da coluna);
  • Alterações vasculares no pescoço (obstrução de vasos do pescoço - carótidas);
  • Problemas de visão (glaucoma, catarata, miopia);
  • Distúrbios metabólicos, como anemia, diabetes descompensada, entre outros.

Além das causas citadas acima, deve-se investigar várias outras causas possíveis, como traumatismos, ansiedade, infecções virais ou bacterianas, tumores, efeitos colaterais de medicamentos, doenças neurológicas específicas, como a esclerose múltipla, ou ainda presença de substâncias tóxicas no organismo.

Sensação de vertigem

Popularmente, as doenças que causam vertigem são chamadas de "labirintite", com queixas de tontura, vertigens, náuseas, vômitos, perda de equilíbrio, zumbidos no ouvido e perda de audição. Contudo, é importante lembrar que antes de definir o problema como labirintite, outras doenças, inclusive doenças de alto risco para saúde como uma obstrução de carótidas, devem ser investigadas.

O que pode causar vertigem? Alterações da pressão arterial

Tanto a hipertensão, pelo efeito direto do aumento da pressão, como a hipotensão, pelo baixo fluxo de sangue no cérebro, podem causar tonturas e vertigem. Especialmente quando essas ocorrem após movimento brusco ou o movimento de se levantar rapidamente.

Devido à alta frequência dessa doença na nossa população e ao alto risco de complicações por doenças cardiovasculares, como AVC (acidente vascular cerebral) e infarto agudo do miocárdio, esta deve ser uma das primeiras causas a ser descartada.

Doenças do labirinto

Nas doenças do labirinto, é importante diferenciar tontura de vertigem. Enquanto a tontura se caracteriza pela sensação de perda de equilíbrio e queda, como se a pessoa deixasse de sentir o chão, as vertigens dão a sensação de que a pessoa ou tudo ao redor está girando ou inclinando.

Em geral, as vertigens são causadas por problemas no labirinto, uma estrutura óssea muito pequena que se localiza dentro do ouvido. Esse órgão possui um líquido em seu interior e, a partir do movimento desse líquido, ele consegue transmitir ao cérebro informações sobre a posição do corpo, a direção e a velocidade dos movimentos.

Na presença de qualquer problema que afete esse mecanismo, podemos ter a sensação de estarmos caindo, ou de que a cabeça está girando, que é a vertigem.

A VPPB (vertigem posicional paroxística benigna), embora não seja tão conhecida como a labirintite, é a causa mais comum de vertigem na nossa população. Muito mais comum do que a labirintite.

Alterações nas estruturas do pescoço ou na coluna cervical

Algumas alterações encontradas nas estruturas do pescoço podem desencadear vertigem e tontura. As doenças na coluna cervical, como bico de papagaio ou hérnia de disco, causam os sintomas de vertigem pela compressão direta do nervo ou da cadeia de nervos nessa região.

Alterações vasculares no pescoço

A obstrução de vasos do pescoço por placas de gordura, por exemplo, levam a um quadro de vertigem, devido à redução do fluxo de sangue e consequente redução de oxigênio no cérebro. Trata-se de um Importante fator de risco para AVC ("derrame cerebral"), por isso também deve ser investigado.

Problemas de visão

Os problemas de visão causam tonturas, dores de cabeça e até náuseas com frequência. Portanto devem sempre ser considerados em uma investigação inicial de vertigens frequentes. Astigmatismo, miopia, presbiopia (vista cansada), degeneração macular, catarata e glaucoma podem iniciar seus sintomas com tonturas ou vertigens, especialmente ao final do dia.

O que é vertigem?

Vertigem é a sensação de que a pessoa girando ou tudo ao redor está rodando e inclinando. Existem 2 tipos de vertigem: central e periférica.

Vertigem central

A vertigem central é causada por um problema no cérebro, geralmente no tronco cerebral ou na parte posterior do cérebro (cerebelo). Suas causas podem incluir:

  • Doença vascular;
  • Uso de certos medicamentos, como anticonvulsivantes;
  • Consumo de bebidas alcoólicas;
  • Esclerose múltipla;
  • Convulsões;
  • Derrame cerebral;
  • Tumores benignos e malignos;
  • Enxaqueca.
Vertigem periférica

A vertigem periférica é causada por problemas no labirinto, a estrutura do ouvido interno que controla o equilíbrio. O problema também pode envolver o nervo vestibular, que conecta o ouvido interno ao cérebro.

A vertigem periférica pode ser causada por:

  • VPPB (Vertigem posicional paroxística benigna);
  • Certos medicamentos, como antibióticos aminoglicosídeos, cisplatina, diuréticos ou salicilatos;
  • Traumatismo craniano;
  • Inflamação do nervo vestibular;
  • Labirintite;
  • Doença de Ménière;
  • Compressão do nervo vestibular, geralmente causada por um tumor benigno.
Quais os sintomas de vertigem?

O principal sintoma da vertigem é a sensação de que a pessoa ou o lugar onde ela está girando ou se movendo. A sensação de rotação pode causar náusea e vômito.

Dependendo da causa da vertigem, outros sintomas podem estar presentes, como:

  • Dificuldade para focar a visão;
  • Tonturas;
  • Perda de audição em um ouvido;
  • Perda de equilíbrio, que pode causar quedas;
  • Zumbido nos ouvidos.

No caso da vertigem central, ou seja, decorrentes de problemas no cérebro, a pessoa pode apresentar ainda:

  • Dificuldade para engolir;
  • Visão dupla;
  • Problemas com movimentos oculares;
  • Paralisia facial;
  • Má articulação da linguagem;
  • Fraqueza nos membros.
Qual é o tratamento para vertigem?

O tratamento da vertigem deve incidir sobre a causa, que deve ser identificada e tratada o mais rápido possível, sobretudo em casos de vertigem central.

Para aliviar os sintomas da vertigem periférica, como náuseas e vômitos, podem ser indicados medicamentos antieméticos.

A fisioterapia pode ajudar a melhorar os problemas de equilíbrio, através de exercícios específicos. Os exercícios também podem fortalecer os músculos para ajudar a prevenir quedas.

Outros tratamentos dependem da causa da vertigem. A cirurgia, incluindo descompressão microvascular, pode ser sugerida em alguns casos.

O que fazer em caso de vertigem?

Para evitar a piora dos sintomas durante um episódio de vertigem, siga os seguintes passos:

1) Sente-se ou deite-se; 2) Retome a atividade gradualmente; 3) Evite mudanças bruscas de posição; 4) Não tente ler; 5) Evite luzes fortes.

Procure atendimento médico com urgência se a vertigem vier acompanhada de outros sintomas como visão dupla, dificuldade para falar ou perda da coordenação.

Uma vez que as vertigens podem ser um sintoma de uma série de doenças (algumas delas graves), você deve procurar um/a médico/a clínico/a geral ou médico/a de família para fazer uma avaliação. Se preferir ir direto a um especialista, os mais indicados para avaliar casos de vertigem são o otorrinolaringologista ou o neurologista.

O que fazer para baixar os triglicerídeos?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Para baixar os triglicerídeos é necessário ter uma dieta equilibrada, praticar atividade física e manter o peso dentro do adequado. O tratamento para triglicerídeos altos consiste principalmente em mudanças no estilo de vida. Quando essas medidas não são suficientes ou os níveis de triglicerídeos estão muito elevados, o tratamento também pode incluir medicamentos.

A dieta para baixar os triglicerídeos deve incluir alimentos com baixo teor de gordura saturada, gordura trans e colesterol. A alimentação deve ser rica em fibras, que podem reduzir em até 20% os níveis sanguíneos de triglicerídeos.

Também é importante diminuir a ingestão de carboidratos (principalmente açúcar branco e doces) e bebidas alcoólicas.  

Além da dieta, recomenda-se praticar atividade física regularmente (pelo menos 30 minutos por dia) e não fumar. Emagrecer e manter-se no peso adequado faz parte do tratamento para triglicerídeos altos.

Ao aumentar o gasto energético do corpo com os exercícios e reduzir a ingestão calórica, o organismo irá utilizar as reservas de gordura como fonte de energia. Como os triglicerídeos são um tipo de gordura, eles também serão usados como combustível pelo corpo e os seus níveis tendem a baixar.

Veja também: O que são triglicerídeos?

Quando os triglicerídeos estão muito altos, acima de 400 mg/dl, podem provocar pancreatite (inflamação do pâncreas). O tratamento nesses casos deve ser imediato e intenso, com dieta, exercícios e medicamentos.

Saiba mais em: Quais são as causas e os sintomas de triglicerídeos altos?

Há várias opções de medicamentos usados para baixar os triglicerídeos. Eles vão atuar sobre os triglicerídeos e podem ainda aumentar os níveis de colesterol HDL, o chamado “colesterol bom”.

Muitas pessoas com triglicerídeos elevados têm doenças de base ou desordens genéticas, como diabetes e obesidade, o que torna fundamental manter essas doenças/desordens sob controle.

O tratamento para triglicerídeos altos pode ser prescrito pelo/a clínico/a geral, médico/a de família ou endocrinologista.

Também pode lhe interessar: Triglicerídeos baixos: o que pode ser?

O que é psoríase e quais são os sintomas?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Psoríase é uma doença inflamatória crônica da pele, de natureza auto imune. A psoríase não é contagiosa e os seus sintomas são cíclicos, ou seja, aparecem e desaparecem periodicamente.

Grande parte dos casos de psoríase ocorre em pessoas com idade entre 15 e 30 anos, embora também seja frequente em indivíduos entre 50 e 60 anos. A doença costuma estar associada diabetes, doenças do coração, ansiedade ou depressão.

Há 5 tipos de psoríase. O mais comum é a que forma as placas avermelhadas na pele, com a superfície esbranquiçada. Lembrando que as placas são formadas por células mortas.

Quais as causas da psoríase?

A psoríase tem causa desconhecida, mas sabe-se que a doença pode estar relacionada com fatores genéticos, sistema imunológico e interações com o meio ambiente. Em muitos casos, a doença é desencadeada por estresse emocional, atrito da pele ou ainda processos infecciosos.

Acredita-se que a origem da psoríase esteja relacionada com os linfócitos T, que são células de defesa do organismo.

Os linfócitos libertam substâncias inflamatórias que produzem respostas imunológicas, com dilatação dos vasos sanguíneos e consequente infiltração de outras células de defesa na pele.

Com a resposta imunológica, as células da pele são atacadas e, consequentemente, a produção delas aumenta. A rapidez na produção de novas células gera as escamas.

Esse ciclo de maturação mais curto das células dificulta a eliminação tanto das células mortas como das mais jovens, formando então as manchas descamativas e espessas na pele.

A psoríase muitas vezes é desencadeada por eventos estressantes, amigdalites, uso de certos medicamentos, cortes na pele, além de queimaduras de sol e frio.

Quais são os sintomas da psoríase?

A psoríase caracteriza-se por lesões avermelhadas e descamativas na pele, sobretudo nos joelhos, cotovelos e couro cabeludo. Os sinais podem se manifestar também nas unhas, palmas das mãos, plantas dos pés ou ainda em toda a superfície do corpo.

Placas avermelhadas que caracterizam a psoríase

Outros sintomas da psoríase incluem ainda pele ressecada e rachada, coceira, dor, queimação, unhas grossas, descoladas e com sulcos.

Porém, existe um tipo de psoríase que acomete as articulações e pode afetar gravemente a mobilidade da pessoa, por vezes levando a incapacidade, chamada artrite psoriática. Os seus sintomas incluem dor, inchaço, rigidez e deformidades nas articulações de mãos, pés, pernas, braços ou coluna.

Os sintomas da psoríase variam conforme o tipo de doença. Nos casos mais leves, as manifestações podem causar apenas desconforto, enquanto que nos casos mais graves a dor e as alterações podem trazer prejuízos significativos na qualidade de vida e autoestima do paciente.

Qual é o tratamento para psoríase?

O tratamento da psoríase depende do local e do tamanho da área afetada. Em áreas pequenas e limitadas, são utilizados fototerapia ou cremes. Quando a psoríase prejudica a qualidade de vida do paciente, podem ser indicados medicamentos por via oral ou injetável como imunossupressores.

A fototerapia consiste na aplicação de raios ultravioleta capazes de diminuir o ritmo de multiplicação das células da pele. O médico também pode recomendar exposições moderadas ao sol, como forma de complementar o tratamento.

Muitas vezes, o uso de pomadas, hidratantes ou xampu já é suficiente para controlar a formação de placas, reduzindo a inflamação e a multiplicação celular. Em outros casos, o tratamento é feito com laser.

O diagnóstico e o tratamento da psoríase é da responsabilidade do médico dermatologista.

Sangramento de escape posso contar como menstruação?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Não. O sangramento de escape não pode ser contado como menstruação.

Sangramento de escape é a perda mínima de sangue que pode ocorrer ao longo do ciclo menstrual. Esse sangramento não é prolongado, é percebido na calcinha manchada e às vezes a mulher não sente necessidade do uso de absorvente. Geralmente é associado ao uso de anticoncepcional hormonal como pílula, adesivo, anel vaginal implante intradérmico e DIU (Dispositivo intra uterino). No seu caso, é bem provável que seja associado ao uso do anticoncepcional.

As mulheres fumantes são mais propensas a esse tipo de sangramento. A interrupção do tabagismo é sugerida como medida de melhora.

A maioria das mulheres apresenta resolução espontânea do problema, não precisando de intervenção com medicações ou mudança de método anticonceptivo. Caso o sangramento de escape incomode demasiadamente, a mulher pode procurar o/a ginecologista, clínico/a geral ou médico/a de família para orientações. 

Como funcionam os testes de gravidez?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Os testes de gravidez que realmente são confiáveis, medem a concentração do hormônio beta HCG na urina e no sangue. Este hormônio é produzido somente durante a gravidez e é um componente da gonadotrofina coriônica (glicoproteína hormonal presente nos líquidos maternos).

Os exames específicos e mais seguros utilizados para identificar a presença do beta HCG são os testes de farmácia, os quais utilizam a urina como material para análise, e o exame de sangue, conhecido por Beta HCG, colhido em laboratório, ambos pesquisam a presença deste hormônio.

Teste de Gravidez de Farmácia

Os testes de gravidez encontrados nas farmácias permitem detectar a presença ou a ausência do hormônio beta HCG na urina. Se estiver presente, o resultado será positivo para a gravidez. Se não houver, será considerado negativo.

Posso confiar nos testes de farmácia?

Sim. Os laboratórios informam que os testes de farmácia possuem de 90 a 98% de eficácia, portanto são considerados bastante confiáveis.

Entretanto, é sempre importante aguardar o momento adequado para realizar o exame, checar a embalagem, verificar a sua data de validade e seguir rigorosamente as orientações do fabricante. Estas medidas aumentam a confiabilidade do teste.

Veja mais:

Teste de farmácia de gravidez é confiável?

Quando devo fazer o teste de gravidez de farmácia

O ideal é que se espere de 2 a 5 dias de atraso menstrual para efetuar o teste de farmácia. Antes deste tempo de atraso, é possível que os níveis de beta HCG na urina ainda sejam muito baixos para serem detectados pelo exame.

Dê preferência a realizar o exame com a primeira urina da manhã. Se não conseguir, aguarde um intervalo de 4 horas entre uma urina e outra para fazer o teste. Tanto a primeira urina do dia como após 4 horas de intervalo, fazem com que o beta HCG se concentre mais, o que facilita a sua detecção pelo teste.

Existem nas farmácias vários testes diferentes de gravidez com sensibilidade diferente. Alguns deles podem detectar gravidez no primeiro dia de atraso, outros apenas após 10 dias. Por isto é também importante observar nas instruções do teste que você adquiriu, as orientações relativas ao momento adequado para realizá-lo.

Como realizar o teste de farmácia

O teste pode ser feito em casa, seguindo as orientações do fabricante.

Em alguns testes a mulher urina diretamente na fita teste. Em outros, a orientação é para que a mulher urine em um frasco apropriado, que vem junto na embalagem, e depois coloque a fita teste em contato com a urina coletada por alguns minutos.

A execução é simples, mas é importante que, antes de fazer o teste, as instruções de cada kit sejam lidas com atenção, para evitar falsos resultados.

Leia mais:

Teste de farmácia: como fazer?

Interpretação do Teste de Gravidez

Será necessário aguardar de 1 a 5 minutos para ter o resultado do seu teste e, dependendo do fabricante do produto, este resultado se apresenta de diferentes formas:

  • Pode ser apresentado em símbolos: “+” significa positivo para gravidez, e “-“ negativo.
  • Se for um teste digital a indicação é “grávida” ou “não grávida".
  • Pode ser mostrado através de traços: um traço indica resultado negativo. Se aparecerem dois traços a gravidez está confirmada. Mesmo que seja bem fraquinho ou pareça borrado. Na dúvida, aguarde mais alguns dias para repetir o teste, ou peça ao médico um pedido para realizar o exame de sangue – Beta HCG.
1: fita nova e pronta para ser utilizada para o teste de gravidez. 2: somente um traço aparente. Resultado negativo. 3: dois traços visíveis. Resultado positivo, gravidez confirmada. 4: um traço nítido e outro menos aparente. Resultado positivo, gravidez confirmada. Se o teste de farmácia mostrar resultado positivo

Um resultado positivo indica que você possivelmente está grávida, uma vez que os laboratórios afirmam que o teste possui de 90 a 98% de eficácia. É bem raro que o resultado de um teste de farmácia positivo esteja errado. No entanto, há algumas situações em que isto pode ocorrer:

  • Se a gravidez não evoluiu após a fecundação do óvulo;
  • Em casos de gravidez ectópica (quando o embrião se forma fora do útero);
  • Se a mulher estiver fazendo tratamento com medicamentos para fertilidade;
  • Menopausa;
  • Em caso de o exame ter resultado positivo e após isto ocorrer sangramento, sugerindo risco de aborto espontâneo.

Em todas as situações em que o resultado for positivo, o/a ginecologista deve ser contactado para realizar o exame de sangue Beta HCG, teste definitivo para confirmar a gravidez, e para dar iniciar ao pré-natal. O acompanhamento médico é necessário também para analisar os casos falso-positivos (gravidez ectópica, aborto espontâneo, menopausa, entre outros) e para identificar e tratar possíveis complicações que possam ocorrer.

Se o resultado do teste de farmácia for negativo

Um teste com resultado negativo pode mesmo indicar que você não está grávida, embora seja mais comum enganos nos resultados negativos do que nos positivos. A estes enganos chamamos falso-negativos. Podem ser causas de exames falso-negativos:

  • Fazer o teste antes do tempo de atraso menstrual determinado pelo fabricante: isto faz com que os níveis muito baixos de beta HCG na urina não sejam detectados pelo teste resultando em um teste negativo, mesmo em presença de gravidez;
  • Fazer o teste com a urina muito diluída: para evitar este problema recomenda-se realizar o exame com a primeira urina da manhã ou após 4 horas sem urinar, aumentando a concentração de beta HCG na urina e sua detecção pelo teste;
  • Deixar a fita reagente do texto em contato com a urina por um tempo reduzido: isto faz com que o tempo seja insuficiente para que o beta HCG possa reagir com a fita teste. Para evitar este problema deixe a urina em contato com a fita o tempo recomendado nas instruções do teste.

Se houver um resultado negativo e dentro de alguns dias seu período menstrual não ocorrer, repita o exame.

Alto nível de estresse, distúrbios hormonais, excesso de atividade física e perda significativa de peso são algumas das condições que podem ocasionar atraso menstrual. Se você não está grávida, procure um/uma ginecologista para conhecer as causas do seu atraso menstrual.

Exame Beta HCG

O Beta HCG por meio da análise do sangue é feito em laboratório e tem como objetivo diagnosticar a gravidez. Mesmo as mulheres que realizaram o teste de farmácia e tiveram resultado positivo, devem efetuar o exame de sangue.

A sua sensibilidade é maior quando comparada ao teste de farmácia. Por este motivo, ao detectar o hormônio beta-HCG, hormônio específico da gravidez no sangue, a gravidez é confirmada de forma definitiva.

Quando fazer o Beta HCG

Devido à alta sensibilidade, o teste de beta HCG no sangue é capaz de diagnosticar a gravidez mesmo antes do atraso menstrual. Entretanto, se a gravidez for muito inicial o exame pode ter um resultado falso-negativo pelo fato da baixa concentração do hormônio.

Quando isto acontece, é recomendado repetir o exame após o atraso da menstruação. Normalmente o hormônio beta HCG pode ser identificado no sangue a partir da 3ª ou 4ª semana de gestação. A contagem das semanas de gravidez deve ser iniciada a partir da última menstruação.

Para realizar o beta HCG de sangue não é necessário jejum e pode ser feito em qualquer horário do dia. Basta procurar um laboratório, com o pedido médico.

Tipos de exame de Beta HCG no sangue e as suas interpretações Exame de sangue Beta HCG qualitativo

Neste exame qualitativo os resultados são expressos em “positivo”, “negativo” ou “indeterminado”. O “positivo” ocorre quando o nível de HCG chega a um limite estipulado pelo laboratório que confirma a gestação. Quando é considerado “negativo”, as concentrações de HCG são inferiores ao determinado pelo laboratório. Já o “indeterminado” acontece quando estas concentrações de HCG se encontram em um intervalo no qual não é possível afirmar com segurança, se a gravidez existe ou não. Nestes casos, indica-se a realização do beta HCG quantitativo.

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O que é o Beta HCG qualitativo?

Exame de sangue Beta HCG quantitativo

O resultado do HCG quantitativo mostra a concentração de HCG encontrada no sangue. Cada laboratório utiliza parâmetros próprios de HCG, segundo os seus métodos de aferição, para determinar a gravidez. Na maioria dos laboratórios, um valor de beta HCG acima de 50 mU/ml, indica gravidez.

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Quais são os valores de referência do beta HCG?

Resultado do Exame de Beta HCG

Por meio do exame beta HCG quantitativo é possível apenas confirmar a gravidez. O aumento da concentração de HCG no organismo varia de mulher para mulher, por isso não é confiável determinar as semanas com esses valores.

Para informações mais específicas, como tempo gestacional, evolução, localização do embrião, número de bebês, entre outras, é necessário que seja feito um exame de ultrassom. Este é um exame que faz parte da rotina de pré-natal e é solicitado pelo médico/a de família ou pelo/a ginecologista.

Condições que podem alterar o Beta HCG

  • Uso de medicamentos com beta HCG na sua composição;
  • Tumores ovarianos;
  • Tumores de origem embrionária.

Para o diagnóstico definitivo da gravidez faça o exame de sangue Beta HCG quantitativo. Confirmada a gravidez, busque o seu médico/a para iniciar o pré-natal.

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Como funciona o beta HCG?

Teste de gravidez de farmácia positivo e beta hcg negativo: estou grávida ou não?

Que doenças podem ser transmitidas da mãe para o bebê durante a gravidez e amamentação?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

São várias as doenças que podem ser transmitidas da mãe para o bebê durante a gravidez e a amamentação, como sífilis, HIV, toxoplasmose, rubéola, entre outras.

Durante a gestação, a transmissão pode ocorrer devido à permeabilidade da placenta a esses agentes infecciosos, dependendo do trimestre da gravidez, do tipo de agente infeccioso e do estado imunológico da mãe. A transmissão de doenças pela amamentação já é bem menos comum, mas pode ocorrer.

Algumas doenças que podem ser transmitidas da mãe para o bebê durante a gravidez:

  • Rubéola: Se for adquirida pela mãe no 1º trimestre de gravidez, o feto corre sérios riscos de malformações que podem causar surdez, atraso no crescimento intrauterino, problemas cardíacos e oculares. Há também risco elevado de aborto e parto prematuro. A principal forma de prevenir é através da vacinação que pode ser feita antes da gravidez, já que a vacina é contraindicada em gestantes. Atualmente o Ministério da Saúde não recomenda o rastreamento da rubéola em mulheres assintomáticas durante o pré-natal. Caso a grávida nunca tenha tido a doença e não tenha sido vacina a tempo deve evitar o contato com pessoas infectadas. 
  • Sífilis: Causada por uma bactéria, pode provocar malformações fetais como surdez, hidrocefalia, anomalias nos dentes e nos ossos, além de aumentar o risco de parto prematuro ou abortamento. Cerca de 40% dos fetos infectados morrem ainda no útero. Mesmo nos recém-nascidos, em 40% dos casos a saúde do bebê é gravemente prejudicada, ao ponto de poder levar ao óbito. O exame para detecção de sífilis faz parte da rotina de pré-natal e é importante que seja realizado já que a Sífilis pode passar despercebida nas suas fases iniciais.
  • Toxoplasmose: A doença é adquirida pelo ingestão de carne mal passada, ovos crus, frutas e vegetais mal lavados e leite não pasteurizado ou fervido, contaminados com o parasita que está presente em fezes de gatos. Há 40% de chance da mãe infectar o bebê, o que pode causar problemas no coração, cérebro, olhos, fígado e no desenvolvimento fetal. A longo prazo, o bebê pode apresentar retardo mental, surdez e cegueira; 
  • HIV: O risco de uma mãe portadora do HIV infectar o bebê durante a gravidez é de 25%. No entanto, com o uso dos medicamentos antivirais e acompanhamento médico, esse risco cai para 1%, por isso é importante a realização do exame durante a realização do pré-natal, já que através do uso da medicação é possível reduzir a chance de contaminação do bebê.
  • HPV: O Papilomavírus Humano pode ser transmitido ao bebê durante a gestação e o parto, contudo a frequência de transmissão é relativamente baixa (2,8%). Quando a criança adquire o HPV pode apresentar defeitos renais e mais raramente o HPV pode levar a presença de lesões verrucosas na criança, aborto ou parto prematuro. Sabe-se que o tratamento das lesões ou a escolha da via de parto cesárea não diminui o risco de infecção da criança, portanto o ideal é prevenir o HPV e tratar as lesões antes da gestação.
  • Hepatite B: A presença do vírus no corpo da grávida representa risco de 50% de transmissão para o feto. A mãe também pode transmitir o vírus da hepatite B ao bebê durante o nascimento. A doença causa inflamação crônica do fígado e favorece partos prematuros. A principal forma de prevenção da hepatite B é através da vacinação que pode ser realizada antes ou durante a gestação, lembrando que mulheres que possuem o esquema vacinal incompleto (menos de 3 doses da vacina) podem completá-lo durante o pré-natal.
  • Herpes: Afeta pele, olhos e boca, na maioria dos casos. Se não for devidamente tratado logo na primeira semana, o quadro se agrava, podendo haver comprometimento do cérebro, músculos, fígado e sangue, além de prejudicar a respiração, aumentando o risco de morte.

As doenças que podem ser transmitidas da mãe para o bebê durante a amamentação são:

  • HIV;
  • HTLV-1 e HTLV-2: Vírus da família do HIV. O HTLV-1 está associado a leucemia, paraparesia espástica tropical (doença neurológica) e algumas raras manifestações inflamatórias. É provável que a infecção pelo HTLV-2 não cause doenças (veja também: O que é HTLV? Quer dizer que tenho AIDS?). A infecção por esse ;
  • Vírus Varicela-zoster: Causador da varicela (catapora) e do herpes zoster (reativação da primeira infecção), nessa situação a mãe pode amamentar, exceto se a infecção for adquirida entre 5 dias antes e 3 dias após o parto.
  • Sarampo: Pacientes com sarampo devem ser mantidos em isolamento até 7 dias depois do início das erupções cutâneas e a amamentação deve ser suspensa nesse período.
  • Herpes simples: pode amamentar, exceto se as lesões forem na mama.

Saiba mais em: Mastite na amamentação é perigoso?

Em geral, existem procedimentos básicos que ajudam a preveni-las ou tratá-las em tempo, se forem seguidos corretamente.

Por isso é muito importante a realização do pré-natal, pois pode ajudar a prevenir e tratar algumas dessas doenças, entre outros problemas que podem ocorrer na gravidez. Dessa forma reduz as taxas de mortalidade infantil e materna.

O que é escleroterapia e para que serve?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Escleroterapia é uma técnica não cirúrgica usada para tratar varizes. O procedimento consiste na aplicação ou injeção de uma substância esclerosante que provoca a formação de uma cicatriz na veia varicosa, obstruindo a circulação sanguínea no local. O sangue é então obrigado a buscar novas veias para voltar a fluir naquela área. O resultado é o desaparecimento da varicose e uma melhoria do aspecto estético.

O esclerosante utilizado pode ser em forma de líquido, espuma ou laser. O objetivo é provocar o fechamento do vaso sanguíneo danificado.

Na escleroterapia convencional são injetadas substâncias químicas esclerosantes, como o polidocanol e a glicose hipertônica, por meio de uma pequena e fina agulha. Podem surgir lesões arroxeadas (hematomas) após o procedimento, que são absorvidas com o passar dos dias. A sensação causada é de uma pequena picada e ardência leve, principalmente nas regiões mais sensíveis da perna.

Na crioescleroterapia, o procedimento realizado é semelhante ao da escleroterapia convencional, porém a substância injetada é resfriada, visando provocar um resultado mais rápido, com menos possibilidade de ocorrência de hematomas e com menos dor que na técnica convencional.

Na escleroterapia a laser, o processo de esclerose do vaso ocorre por meio da emissão de ondas de luz que promovem o aumento da temperatura no interior do vaso e uma reação inflamatória.

Alguns tipos de pele, mais escuras ou bronzeadas, podem não ser adequadas ao tratamento com laser. Pode ser um pouco dolorido e provocar uma leve sensação de ardência local durante algumas horas após o tratamento. Utiliza-se, geralmente, um aparelho que resfria a pele com um jato de ar frio para evitar a dor durante o procedimento.

A escleroterapia é feita sem necessidade de internação hospitalar e a paciente pode voltar para casa logo após o procedimento.

No caso de surgirem hematomas deve-se evitar a exposição ao sol até que eles desapareçam. Alguns médicos orientam o uso de meias elásticas ou o enfaixamento da perna com faixa elástica após o procedimento.

A/o cirurgiã/o vascular é o médica/o responsável pela realização da escleroterapia.

Saiba mais em: Como é feita a escleroterapia com espuma? Quais são os riscos?

Cisto pilonidal tem cura? Qual o tratamento?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Cisto pilonidal tem cura através de tratamento cirúrgico, no qual o cisto pilonidal é removido e o local é suturado ("costurado"). Porém, o fechamento cirúrgico da lesão só pode ser feito se o cisto não estiver inflamado ou infeccionado.

Por isso, o melhor momento para a realização da cirurgia é quando a lesão não apresenta sinais ou sintomas de inflamação, como dor, vermelhidão e inchaço.

Na presença de infecção, realiza-se primeiro um tratamento com antibióticos e uma drenagem parcial do cisto, deixando a cirurgia para uma outra fase.

Após a remoção cirúrgica do cisto pilonidal, a área operada deve ser bem higienizada e desinfetada. Também pode ser necessário remover os pelos próximos ao local para que não entrem na ferida.

A retirada do cisto pilonidal através de cirurgia é indicada quando ocorrem inflamações constantes e aumento de tamanho do cisto, causando muito incômodo. Mesmo após a operação, o cisto pode voltar em cerca de 12% dos casos.

O que é um cisto pilonidal?

O cisto pilonidal é uma bolsa de pele preenchida com pelos, restos celulares, glândulas sebáceas e sudoríparas, que surge na região do cóccix. Trata-se de um processo inflamatório crônico que normalmente está associado à presença de pelos. Um vez infeccionado, o cisto forma um abscesso que causa muita dor.

Essas bolsas de pele se formam durante o desenvolvimento embrionário e geralmente são eliminadas. Porém, algumas podem ficar ocultas na pele, sendo chamadas fendas embrionárias. Se as fendas forem grandes o bastante para inflamar ou serem perceptíveis a olho nu, são chamadas de cisto pilonidal.

Quando o cisto está inflamado, pode formar pus e vazar, causando bastante dor quando a pessoa está sentada.

Quais as causas do cisto pilonidal?

Em geral, o cisto pilonidal é formado em locais com pelo encravado. Permanecer muito tempo na posição sentada, o uso de roupas apertadas, entre outras condições que possam provocar atrito ou pressão e empurrar o pelo para dentro da pele, podem originar o cisto pilonidal. O pelo é reconhecido pela pele como um corpo estranho, que forma então um cisto em torno do mesmo.

A origem do cisto pilonidal também pode estar na rotura de um folículo piloso, causada pelo estiramento da pele e pelos movimentos que acontecem nas suas camadas mais profundas. Nesses casos, o cisto é formado ao redor do folículo.

Há ainda alguns fatores de risco que aumentam as chances de formação do cisto pilonidal, como obesidade, sedentarismo, permanecer muitas horas na posição sentada, excesso de pelos no corpo, falta de higiene e presença de pelos muito espessos.

Quando o cisto está infeccionado ou inflamado, forma-se um abcesso dolorido no local. A pele fica vermelha e ocorre saída espontânea de secreção com sangue e pus.

Esse tipo de cisto é cerca de 3 vezes mais comum em homens, sobretudo a partir dos 30 anos de idade, sendo frequente em pessoas que permanecem muitas horas sentadas.

Quais são os sinais e sintomas de um cisto pilonidal?

O cisto pilonidal geralmente começa a se manifestar como uma inflamação na região do cóccix, causando dor ou desconforto, principalmente quando a pessoa está sentada. O início dos sinais e sintomas normalmente ocorre na adolescência e no início da idade adulta.

À medida que o processo inflamatório evolui, é possível notar um nódulo de consistência mole, com até 5 cm de diâmetro. É comum a presença dos sinais e sintomas típicos de uma inflamação, como dor, vermelhidão e aumento da temperatura local.

Uma vez que o cisto pilonidal contém glândulas sudoríparas no seu interior, o calor tem tendência para agravar o quadro. A temperatura elevada no local aumenta a transpiração e o suor se acumula no cisto, causando inflamação ou infecção.

Em casos muito raros, quando o cisto pilonidal é crônico e permanece infectado por muito tempo, sem tratamento adequado, pode haver evolução para carcinoma, um tipo de câncer de pele.

O tratamento do cisto pilonidal é da responsabilidade da equipe médica cirúrgica (Cirurgia Geral ou Cirurgia Plástica) ou da equipe da Dermatologia.