A queda de cabelo é uma situação comum, que incomoda bastante, homens e mulheres. A principal causa é genética, chamada alopécia androgenética.
No entanto, muitas outras situações podem desencadear a queda excessiva de cabelos, como doenças crônicas, anemia, carência de vitaminas, estresse e hábitos de vida ruins.
O tratamento está diretamente relacionado com a causa, e por isso, é fundamental passar por uma consulta com um médico especialista, dermatologista ou tricologista, para avaliação, realizar os exames de rotina e definir a melhor opção de tratamento.
1. Alopécia androgenética
A alopécia androgenética é uma das causas mais frequentes de queda de cabelos nos homens e nas mulheres. Tem origem genética e costuma iniciar por volta dos 30 anos, na porção superior da cabeça.
A doença ainda não tem cura, porém o tratamento retarda a evolução da queda dos fios. Sendo, o tratamento deve ser iniciado logo que possível, com medicações e solução capilar tópica.
Os medicamentos propostos podem incluir: solução capilar com minoxidil, 17 alfa estradiol (comercializado pelo nome Avicis®), finasterida e cuidados gerais, como manter o couro cabeludo limpo e seco, evitar tração e uso de produtos químicos.
O laser e o transplante capilar são indicados para alguns casos, pois é preciso preencher critérios como, por exemplo, uma boa densidade dos fios que serão transplantados.
2. Alopécia areata
Na alopécia areata a queda de cabelo ocorre de forma súbita, em regiões bem delimitadas, formando áreas arredondadas de ausência completa de pelos. Geralmente o seu início tem relação com episódio de estresse, problema emocional, um trauma ou doença infecciosa.
Trata-se de uma doença inflamatória, que traz grande desconforto emocional, porém não tem outros sintomas, não é contagiosa, e o cabelo sempre volta a crescer espontaneamente ou com o tratamento.
O tratamento, quando indicado, pode ser feito aplicação de minoxidil, corticoide ou antralina no couro cabeludo, com aplicação de corticoide injetável, ou nas formas mais graves, associar medicamentos imunossupressores. Cabe ao dermatologista avaliar cada caso, individualmente.
3. Parto e amamentação
No período após o parto e durante a amamentação, é comum haver uma queda mais expressiva de cabelo na mulher. Isso ocorre pela reorganização hormonal deste período.
Nesse caso, os cabelos voltam a crescer de forma espontânea, por volta de 6 meses até 2 anos após a amamentação. No entanto, cuidados como uma boa alimentação, aumentar o consumo de água e usar produtos apropriados ao seu tipo de cabelo, ajudam a fortalecer e fio e podem acelerar o crescimento dos novos fios do cabelo.
O médico pode também solicitar exames de sangue para pesquisar a carência de vitaminas, pelo maior consumo natural neste período, e se for confirmado, indicar a reposição com polivitamínicos.
4. Deficiência de vitaminas
As vitaminas, como a biotina, os sais minerais, como ferro e zinco, e também as proteínas, são fundamentais para a vitalidade do folículo piloso e produção de novos fios. A carência de um desses nutrientes, causa a queda precoce dos fios.
O tratamento deve ser feito com uso de polivitamínicos ou a reposição específica do oligoelemento em falta. Porém, o uso indiscriminado dessas medicações, não favorece o tratamento e pode desencadear outros problemas.
Portanto, antes de iniciar qualquer medicação, mesmo que natural, é importante passar por uma consulta e colher exames de sangue para analisar a real necessidade dessa reposição.
5. Hipotireoidismo, Hipertireoidismo, Lupus
As doenças autoimunes, como o hipotireoidismo, hipertireoidismo, o lupus, entre outras, tem como um dos seus sintomas característicos, a queda importante dos cabelos, por mecanismos diversos.
O tratamento deve ser principalmente o controle do seu problema de base. Outras opções de tratamento para o fortalecimento capilar, são a aplicação tópica de solução de minoxidil, 17 alfa estradiol (Avicis®).
Nos casos mais avançados pode ser avaliada a opção de laser e transplante capilar.
6. Quimioterapia, Radioterapia
Os tratamentos complementares para o câncer, incluindo a quimioterapia ou aplicação de radioterapia em regiões da cabeça, ou pescoço, podem apresentar como efeito adverso, a queda excessiva do cabelo.
Neste caso, é importante aguardar o término do tratamento e quando preciso, reposição de vitaminas para auxiliar na recuperação e fortalecimentos dos fios.
7. Estresse, ansiedade
Nas situações de estresse e ansiedade, os cabelos caem mais do que o habitual devido à liberação de hormônios na corrente sanguínea, como o cortisol, que agem diretamente nos folículos pilosos, acelerando o processo de queda dos fios.
Por isso, a queda de cabelos devido aos problemas emocionais é comprovada, e deve ser tratada pelo psiquiatra e psicólogo. O melhor tratamento para a ansiedade e síndromes depressivas é multidisciplinar, com o uso de medicamentos antidepressivos, psicoterapia e atividade física.
8. Hábitos de vida
Alguns hábitos de vida ruins, como o tabagismo, uso de produtos químicos no cabelo e manias de tracionar o cabelo, seja com as mãos ou com escovas diariamente, promovem o seu enfraquecimento e consequente queda precoce.
A avaliação de exames de sangue e hábitos de vida, pelo dermatologista, podem indicar esse problema e para resolver a queda, basta evitar os hábitos ruins. Procurar fazer uso de produtos específicos para o seu tipo de cabelo e fios, investir na hidratação capilar e alimentação saudável.
Conheça ainda mais sobre esse assunto nos seguintes artigos: 13 causas da queda de cabelo e como tratar
Referências:
- SBD - Sociedade Brasileira de Dermatologia
- Sung Won Lee, et al.; A Systematic Review of Topical Finasteride in the Treatment of Androgenetic Alopecia in Men and Women. J Drugs Dermatol. 2018 April 01; 17(4): 457–463.