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Piercing no smile (freio superior da boca) dói? Quais os riscos?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Colocar um piercing no smile (freio superior da boca) geralmente dói, mas a dor é suportável, e varia conforme a sensibilidade individual de cada pessoa. Em alguns casos, ocorre apenas um incômodo durante a inserção do piercing e em outros casos a dor pode ser intensa e inclusive persistir durante algumas semanas.

Existem alguns risco decorrentes da colocação de um piercing no freio da boca, mas são minimizados quando o piercing é colocado em um local seguro, com profissional habilitado e todas as regras de higiene e cuidado são seguidas. Além disso, o cuidado com o piercing nos primeiros dias também reduz o risco de complicações.

Alguns dos principais riscos são:

  • Possibilidade de inflamação e infecção: A boca é um local muito propício para o desenvolvimento de bactérias, que podem causar infecções depois de se colocar um piercing no smile. Ao se tocar o piercing, aumenta-se o risco de contaminação por bactérias, por isso é importante manter uma boa higiene bucal, com escovação diária e após as refeições, além de evitar colocar objetos na boca;
  • Dilaceração do freio labial: O freio pode rasgar, não só no momento da colocação do piercing como também depois. A colocação por profissional habilitado e evitar mexer demasiadamente no piercing após a sua inserção reduz esse risco de laceração do freio;
  • Endocardite bacteriana: Essa é uma complicação rara, mas possível de ocorrer, trata-se de uma inflamação das válvulas e dos tecidos do coração. A ferida causada pela perfuração funciona como uma porta de entrada para as bactérias da boca, que entram na corrente sanguínea e podem chegar ao coração. Qualquer piercing na boca pode causar endocardite;
  • Transmissão do vírus da hepatite: Algumas formas de hepatites como a B e a C podem ser transmitidas pelo sangue, o que torna a colocação de qualquer piercing um possível meio de transmissão, caso não se use material perfeitamente estéril na inserção.

Para maiores esclarecimentos e orientações sobre os riscos associados ao piercing no freio labial (smile), fale com o seu dentista.

Estou amamentando. Posso tomar nimesulida?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Ainda não há comprovação científica no Brasil, quanto a excreção de nimesulida® no leite materno, por isso, a medicação é contraindicada para mulheres que estão amamentando.

Pela FDA (Food and Drug Administration), agência federal do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos, o medicamento é considerado altamente contraindicado durante a amamentação, pelo risco de toxicidade hepática para o bebê.

A Nimesulida® tem ação analgésica, anti-inflamatória e antipirética (reduzir a febre), ações que podem ser efetuadas por outros medicamentos, considerados seguros nessa fase da mulher, como por exemplo o ibuprofeno®.

Portanto, recomendamos procurar seu médico ginecologista, ou pediatra, que poderá dependendo do seu problema, prescrever outro anti-inflamatório ou analgésico seguro para mãe e bebê.

Contraindicações de nimesulida

Nimesulida é contraindicado em casos de:

  • Alergia à nimesulida ou qualquer outro componente da fórmula;
  • Pessoas com idade inferior a 12 anos;
  • Histórico de reações alérgicas ao ácido acetilsalicílico (AAS) ou a outros anti-inflamatórios;
  • Pessoas com úlcera péptica ativa, úlceras recorrentes ou hemorragias digestivas;
  • Portadores de distúrbios de coagulação;
  • Mulheres grávidas ou que estão amamentando;
  • Pessoas com insuficiência cardíaca grave;
  • Portadores de insuficiência renal e/ou hepática.

Pode lhe interessar também: Amamentação e Remédios.

Quais são os sintomas da tendinite?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Os principais sintomas da tendinite são: dor, inchaço, espessamento do tendão acometido, vermelhidão, calor local, dificuldade de movimentação e redução da força. Como complicação, também podem aparecer dificuldades em realizar determinados movimentos ou fraqueza muscular.

Quais são os sintomas de tendinite no ombro?

A tendinite no ombro provoca dor em toda a articulação, num local específico do ombro ou pode irradiar para o braço. A dor se agrava ao realizar movimentos que envolvem os ombros, sobretudo se a pessoa tiver que levantar os braços. Também pode haver diminuição da força muscular no braço.

Quais são os sintomas de tendinite no braço?

O cotovelo de tenista, como é chamada popularmente a epicondilite, é uma tendinite muito frequente no braço, mais especificamente no cotovelo.

O principal sintoma da epicondilite é a dor no cotovelo, que se agrava ao levantar o punho, levantar objetos pesados, pegar ou apertar algum objeto. A dor nesse tipo de tendinite pode irradiar do cotovelo para o braço ou para o antebraço.

Quais são os sintomas de tendinite no joelho?

No joelho, a tendinite caracteriza-se pela dor no tendão patelar, localizado logo abaixo da patela ou "rótula". A dor se agrava quando a pessoa salta, caminha, corre, flexiona ou estende o joelho.

Veja também: Joelho inchado: o que pode ser?

Esse tipo de tendinite afeta sobretudo pessoas que praticam esportes com saltos, corridas, caminhadas e ciclismo.

Quais são os sintomas de tendinite no pé?

No pé, mais especificamente no calcanhar, a tendinite acomete principalmente o tendão de Aquiles. Nesses casos, a dor no tendão de Aquiles piora depois do exercício físico, ao levantar os dedos do pé ou durante o alongamento dos músculos da panturrilha.

O tendão também pode ficar inchado e apresentar rigidez logo pela manhã, podendo causar limitação dos movimentos do tornozelo.

Esse tipo de tendinite tem como principal causa a prática excessiva de atividade física. Outras causas incluem ainda tensão da musculatura da panturrilha, corridas em subidas ou mudança do calçado usado na prática esportiva.

O que é tendinite e como é o tratamento?

A tendinite é uma inflamação dos tendões, que são as estruturas fibrosas responsáveis por ligar os músculos aos ossos. Esforços físicos excessivos ou repetitivos, pancadas, infecções e algumas doenças mais raras são as principais causas de tendinite.

O tratamento geralmente inclui repouso, alongamentos e medicação analgésica ou anti-inflamatória. O acompanhamento pode ser feito pelo/a ortopedista, médico/a de família ou clínico/a geral.

O que é DIP e quais os sintomas?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

DIP é a abreviação de Doença Inflamatória Pélvica. Trata-se de uma infecção dos órgãos reprodutores da mulher. Em geral, a DIP ocorre após a propagação de micro-organismos (sobretudo bactérias) oriundos da vagina, uretra ou colo do útero, que podem se disseminar para as trompas e para os ovários.

A doença inflamatória pélvica pode ser causada por muitos tipos de bactérias. Contudo, as principais causas da DIP são as infecções por gonorreia ou clamídia, que são infecções sexualmente transmissíveis (ISTs).

Em casos menos comuns, a DIP pode ser causada por bactérias que penetram no aparelho reprodutor através de irritações provocadas no colo do útero, que serve de barreira natural contra esses micro-organismos. A doença inflamatória pélvica nesses casos pode ser consequência de parto ou aborto.

Quais são os sintomas da DIP?

Os sintomas da DIP podem variar de mulher para mulher, mas a dor abdominal no baixo ventre ou na pelve está sempre presente. Outros sinais e sintomas podem incluir febre, dor ao urinar ou defecar, dor na região inferior das costas, corrimento vaginal com odor desagradável, dor durante a relação sexual, sangramento vaginal (principalmente durante ou após relação sexual) náuseas e vômitos.

Quais os fatores de risco da DIP?

Existem diversos fatores que podem aumentar o risco de DIP, tais como:

  • Vida sexual ativa antes dos 25 anos de idade;
  • Ter vários parceiros sexuais;
  • Relações sexuais desprotegidas;
  • Realização frequente de ducha vaginal;
  • História prévia de DIP ou infecção sexualmente transmissível;
Qual é o tratamento para DIP?

O tratamento da doença inflamatória pélvica inclui repouso, uso de medicamentos analgésicos e antibióticos e retirada do DIU (se for o caso, pois acelera a cura da DIP). Se houver abscesso nas trompas, no ovário ou na pelve, pode ser necessário realizar a drenagem do mesmo.

O tratamento com antibióticos dura no mínimo 14 dias. Mesmo após o final do tratamento, é necessário realizar um acompanhamento para avaliar a presença de sintomas e bactérias durante um período de 4 a 6 semanas.

No início do tratamento da doença inflamatória pélvica, a administração dos medicamentos é feita através de injeções intramusculares ou endovenosas. Assim que a mulher apresentar uma melhora dos sintomas (ausência de febre e diminuição da dor), os medicamentos podem passar a ser administrados por via oral.

A cura clínica da DIP, ou seja, a erradicação completa dos sintomas ocorre em cerca de 90% dos casos. Já as taxas de cura microbiológica, ou seja, a eliminação das bactérias ou dos outros micro-organismos infecciosos que causam DIP, podem chegar a 100%.

Sem tratamento, a doença inflamatória pélvica pode causar cicatrizes nas trompas e em outros órgãos da pelve, abscessos (coleções de pus) nas trompas e nos ovários, gravidez ectópica (gestação fora do útero), infertilidade e dor pélvica crônica.

Na presença de sinais e sintomas de DIP, é importante procurar o/a ginecologista, médico/a de família ou clínico/a geral para uma avaliação detalhada.

Leia também:

Dor pélvica na mulher, o que pode ser?

Útero inflamado pode ser perigoso? Como tratar?

Dor de Barriga: o que fazer?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Para aliviar os sintomas de dor na barriga, especialmente a dor causada por excesso de gases ou infecção intestinal, é importante comer alimentos leves e saudáveis, ainda, massagens na barriga, usar compressa morna no local.

No entanto, se a dor for intensa e/ou persistir mesmo com os cuidados recomendados, pode incluir os medicamentos, como luftal®, buscopan® ou a dipirona®. Se movimentar, caminhar e fazer exercícios também ajuda bastante na mobilização e absorção dos gases intestinais.

No caso de sintomas associados como náuseas, vômitos, diarreia com sangue, febre ou icterícia (coloração amarelada da pele, olhos e mucosas), é preciso procurar uma avaliação médica em serviço de urgência.

1. Hidratação e alimentação saudável

O consumo de água e alimentação saudável, com alimentos de fácil digestão e menos gordurosas, ajudam no bom funcionamento do intestino, o que favorece o alívio das dores abdominais.

2. Massagem abdominal

A massagem abdominal para aliviar a dor na barriga, deve ser feita de forma suave, em movimentos circulares, no sentido do trânsito intestinal, ou seja, do lado direito, para o lado esquerdo.

3. Compressa morna

Uma compressa morna, ou toalhas aquecidas, promove o relaxamento da musculatura, aliviando os sintomas de dor por contração muscular e cólicas abdominais.

Importante lembrar, que não deve manter a compressa em contato direto com a pele, ou por períodos prolongados, por exemplo, na hora de dormir, para evitar queimaduras.

4. Medicações

As medicações utilizadas são o luftal®, que alivia os sintomas de gases; buscopan simples ou composto, que além de ajudar na dor, reduz o peristaltismo intestinal e analgésicos comuns como a novalgina ou dipirona.

Quais as causas de dor na barriga?

Há diversas causas para dor de barriga, também chamada de dor abdominal. As mais frequentes são:

  • Excesso de gases,
  • Gastroenterite,
  • Cálculo renal,
  • Pedra na vesícula (Colelitíase),
  • Mais raramente problemas circulatórios (aneurisma de aorta, tromboses ou isquemias).

Por ser a região que mais abriga diversos órgãos do corpo, a dor abdominal acaba sendo um desafio diagnóstico. Qualquer um dos órgãos localizados no abdome ou na cavidade pélvica podem causar dor na barriga. Por vezes, os órgãos situados no tórax também provocam dor referida na barriga.

Fazem parte da cavidade abdominal: o estômago, fígado, baço, pâncreas, vesícula biliar, rins, glândulas suprarrenais, intestino delgado, intestino grosso e apêndice.

E logo abaixo, os órgãos dentro da pelve: bexiga, ovários, trompas e útero (nas mulheres); reto e sigmoide e próstata (nos homens).

Quando procurar uma emergência?

Nos casos de dor abdominal com piora progressiva ou associada a sintomas de febre (temperatura acima de 37, graus), vômitos, sangramento, desorientação ou desmaio, é preciso procurar, ou levar a pessoa, até uma emergência, para avaliação médica, o quanto antes.

Como identificar a causa da dor de barriga?

Uma entrevista e um exame físico detalhados são feitos pelo profissional de saúde para diagnosticar a causa das dores abdominais. É importante que você diga ao profissional as características da dor que está sentindo. A dor deve ser caracterizada quanto à:

  • Localização;
  • Tipo de dor (cólica, pontada, facada, aperto, etc);
  • Irradiação (se a dor se desloca, por exemplo, para região lombar ou para outras regiões do corpo );
  • Intensidade;
  • Periodicidade;
  • Duração;
  • Fatores que melhoram ou pioram a dor;
  • Se interfere no seu dia a dia, ou no sono.

Informe também sobre o consumo de bebida alcoólica, condimentos e gorduras, uso de medicamentos, mesmo que não seja uso regular e relação da dor com o ciclo menstrual.

Na presença de dor abdominal, procure um médico clínico geral, médico de família ou gastroenterologista. Nos casos de dor com febre, vômitos, sangramento, ou piora progressiva da dor, procure uma emergência médica.

Conheça mais sobre esse assunto nos artigos:

Referência:

FBG - Federação Brasileira de Gastroenterologia.

Qual o tratamento para fascite plantar?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

O tratamento inicial da fascite plantar é feito com medicamentos anti-inflamatórios e fisioterapia. A medicação consiste de comprimidos administrados por via oral e serve para aliviar a dor e a inflamação. A fisioterapia baseia-se na realização de exercícios que promovem o alongamento da fáscia plantar, do tendão de Aquiles e dos músculos da panturrilha (barriga de perna).

Também é importante evitar atividades esportivas que possam piorar os sintomas como corrida de longas distâncias, saltos e balé, bem como a permanência em pé durante muito tempo.

O aquecimento da sola do pé (fáscia plantar) com movimentos de fricção antes de começar a andar, o rolamento do pé sobre uma bola pequena (tipo bola de tênis), o uso de palmilhas especiais com suporte para o arco plantar (curvatura da sola do pé) e a elevação do salto do sapato podem contribuir para o alívio dos sintomas da fascite plantar.

Além disso, pode ser recomendada a utilização de órteses (espécie de tala) para manter o alongamento da planta do pé durante à noite, além de tornozeleiras para o uso durante o dia.

Em alguns casos de fascite plantar, com sintomas muito intensos, são realizadas infiltrações com corticosteroides e anestésicos. A cirurgia somente é indicada quando não houver sucesso com o tratamento clínico.

O tratamento para a fascite plantar costuma ser demorado, podendo prolongar-se por cerca de 1 ano. A grande maioria dos casos é curada com o tratamento conservador. Muitas vezes a atividade pode ser mantida, mas é aconselhável diminuir o esforço e praticar atividades de baixo impacto, como nadar ou pedalar, por exemplo.

O que é fascite plantar?

A fascite plantar é uma inflamação dolorosa da fáscia plantar, uma faixa de tecido conjuntivo espessa que atravessa a planta do pé, ligando os dedos ao calcanhar. A fáscia plantar possui uma camada externa de gordura e auxilia na absorção dos impactos do pé, mantendo o formato arqueado da planta do pé.

Quanto mais curta a fáscia plantar, mais acentuado é o arco plantar. Fáscias longas deixam o arco do pé mais retificado, dando origem ao popularmente conhecido “pé chato”.

Quando a tensão na fáscia plantar é muito grande, podem surgir pequenos rompimentos na fáscia. Quando esse processo se torna repetitivo, o tecido fica irritado e inflamado, dando origem à fascite plantar.

Quais as causas da fascite plantar?

A fascite plantar é muito comum em pessoas que correm regularmente ou praticam outras atividades físicas que exercem tensão sobre o calcanhar. Outros fatores de risco para o desenvolvimento da inflamação incluem excesso de peso, gravidez, diabetes e o uso de calçados inapropriados.

Com o passar dos anos, a fáscia plantar também começa a perder a elasticidade e a sua camada de gordura vai ficando mais fina, o que diminui a sua ação protetora. Daí a inflamação ser mais frequente em pessoas entre 40 e 60 anos de idade.

Indivíduos com “pé chato”, que apresentam um arco plantar muito exacerbado ou têm uma marcha com um padrão anormal, também estão mais propensos a desenvolver fascite plantar. Isso porque esses fatores interferem na distribuição adequada do peso corporal e aumentam a tensão sobre a fáscia plantar.

Profissões que exigem que a pessoa permaneça em pé por muitas horas seguidas sobre superfícies duras também são um fator de risco para desenvolver fascite plantar.

O/a ortopedista ou o/a reumatologista são os/as especialistas indicados/as para definir o tratamento adequado para a fascite plantar.

Dor de cabeça na gravidez: quais remédios posso e quais não posso tomar?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Na gestação, os medicamentos mais utilizados e seguros para dor de cabeça, são o paracetamol e dipirona®. No entanto, a dose, forma de uso e se existe alguma contraindicação, deve ser analisada pelo médico obstetra.

Qualquer medicamento durante a gestação deve ser prescrito pelo obstetra, que acompanha a gestante, inclusive os remédios para dor de cabeça.

Já os anti-inflamatórios não-esteroides (AINES) como o ibuprofeno, embora bastante usado para combater a dor de cabeça, são contraindicados durante a gravidez. Estes medicamentos podem provocar desde aborto espontâneo até hemorragia pós-parto.

No seguimento deste texto falaremos sobre o uso de remédios para dor de cabeça durante a gestação.

Paracetamol

Quando utilizado em doses adequadas, o Paracetamol pode ser indicado durante todas as fases da gestação para combater a dor de cabeça. O medicamento apresenta ainda uma quantidade muito reduzida de efeitos colaterais, quando a dose indicada pelo médico é respeitada.

Apesar de atravessar a placenta, o paracetamol não prejudica o feto quando em doses adequadas. Entretanto, quando usado em doses elevadas durante a gravidez pode ser tóxico para o fígado da mãe e do bebê.

Dipirona®

A Dipirona® tem efeito muito semelhante ao paracetamol quando utilizado para dor de cabeça em mulheres grávidas.

Estudo mostraram que as mulheres grávidas que usaram Dipirona® durante os três primeiros meses de gestação não apresentaram aumento de malformações no feto e nem de abortamentos. Embora, seja seguro o uso da Dipirona® para tratar a dor de cabeça durante a gestação, é preciso que seja administrada de acordo com a prescrição médica.

Grávidas não podem tomar ibuprofeno para dor de cabeça

O ibuprofeno é um medicamento contraindicado para as mulheres grávidas.

Quando usado no início da gestação (três primeiros meses) o ibuprofeno pode provocar distúrbios de implantação do embrião na parede do útero, o que pode levar ao aborto. Além disso, pode causar problemas no coração, lábio leporino e fenda palatina.

Do ao 7º ao 9º mês de gravidez, o uso de ibuprofeno pode afetar os pulmões e causar anomalias na parede abdominal e hemorragia cerebral no bebê. Na mãe, o medicamento pode prolongar o trabalho de parto e hemorragia pós-parto.

Aspirina® deve ser evitado para dor de cabeça na gravidez

O uso de Aspirina® (ácido acetilsalicílico) deve ser evitado para tratar a dor de cabeça durante a gravidez. Este medicamento pode causar anemia, hemorragia e inibição do trabalho de parto, principalmente, quando usado em doses altas.

Como aliviar a dor de cabeça sem usar remédios?

Antes de utilizar remédios, deve dar preferência a adoção de medidas simples que ajudam a reduzir a dor de cabeça e protegem você e seu bebê dos seus efeitos prejudiciais. Estas medidas incluem:

  • Manter uma rotina de sono e descanso em um ambiente tranquilo e silencioso,
  • Praticar atividade física: um educador físico por orientar os exercícios mais adequados a sua fase de gestação,
  • Efetuar refeições leves e saudáveis livres de doce com açúcar branco, frituras e outros alimentos gordurosos,
  • Manter hidratação adequada: consuma água e bebidas saudáveis como sucos de fruta naturais,
  • Evitar bebidas com cafeína: refrigerante, café em excesso café,
  • Massagear ombros, pescoço e testa para aliviar a tensão,
  • Aplicar compressas de água fria na testa.
Quando devo me preocupar?

Embora a dor de cabeça na gravidez seja frequente devido às alterações hormonais, alguns sinais servem de alerta. Busque rapidamente atendimento médico se a dor de cabeça vier acompanhada de sintomas como:

  • Febre,
  • Náuseas,
  • Vômitos,
  • Dor de estômago,
  • Visão dupla ou embaçada,
  • Desmaio e
  • Convulsões.

Ao sentir dor de cabeça durante a gravidez, converse com o seu médico. Somente ele poderá indicar o medicamento mais eficaz e seguro, de acordo com o seu tipo de dor e fase da gestação.

Conheça mais sobre dor de cabeça na gravidez lendo os seguintes artigos:

Dor de cabeça na nuca durante a gravidez, o que pode ser?

Quais remédios posso tomar na gravidez?

Referências

  • Aragão, F.F.; Tobias, A.F. Pharmacological treatment of pain in pregnancy. BrJP, (2)4:374-80, 2019.
  • Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia. Manual de teratogênese em humanos. FEBRASGO, 2018.
O que pode ser dor no calcanhar?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Dor no calcanhar pode ser sinal de fascite plantar, uma inflamação na planta do pé que provoca dor no calcanhar ao pisar o chão depois de um longo período de descanso.

A fascite plantar é bastante comum em atletas e pessoas sedentárias acima do peso que decidem iniciar atividade física de um momento para o outro sem acompanhamento adequado.

Algumas pessoas podem ainda desenvolver uma formação óssea pontiaguda em forma de gancho no osso do calcanhar, chamada esporão de calcâneo.

Essa alteração óssea é na realidade um sinal de que houve calcificação do processo inflamatório e não é o motivo da dor.

Porém, a fascite plantar nem sempre provoca o aparecimento do esporão calcâneo e este nem sempre está relacionado à fascite, podendo ter outras causas.

A fascite também pode ser um sintoma de doenças mais graves e crônicas, como diabetes ou artrite.

Portanto, em caso de dores no calcâneo, procure se consultar com um médico/a ortopedista para que a origem da dor seja devidamente diagnosticada e tratada.

Pode lhe interessar também:

O que é fascite plantar?

Esporão de calcâneo: o que é e quais são os sintomas?