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Quais as causas de dor na barriga?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

A dor na barriga é uma queixa muito comum e, na maioria das vezes, não indica nada de grave, mesmo quando a dor abdominal é forte. É normal, por exemplo, sentir dor de barriga intensa (cólicas) se a pessoa tiver gases intestinais ou dores no estômago, em casos de gastroenterite.

Porém, as dores abdominais podem ser sintomas de doenças e condições que podem ser fatais, como câncer de cólon ou apendicite. Nesses casos, a dor pode inclusive ser leve e não tem necessariamente que ser forte, sobretudo nas fases iniciais.

A dor na barriga pode se manifestar de diferentes formas, de acordo com a causa. A dor abdominal pode ser generalizada, localizada, tipo cólica ou cãibra.

Dor na barriga generalizada

A dor nesses casos é sentida em mais da metade da barriga. Esse tipo de dor é mais típico em casos de infecção no estômago causada por vírus, indigestão ou gases. Se a dor se tornar mais intensa, pode ser causada por obstrução do intestino.

Dor na barriga localizada

Ocorre em apenas uma área do abdômen. É provável que esse tipo de dor abdominal seja sintoma de algum problema no apêndice (apendicite), na vesícula biliar ou no estômago.

Dor na barriga tipo cãibra

Na maioria das vezes, essa dor na barriga não indica nada de grave, sendo causada principalmente por gases e inchaço abdominal. Em geral, é acompanhada por diarreia. Contudo, se a dor abdominal ocorrer com frequência, durar mais de 24 horas ou vier acompanhada de febre, deve ser investigada, pois pode ser sintoma de algo mais sério.

Dor na barriga tipo cólica

Esse tipo de dor ocorre em crises, é intensa e geralmente começa e termina subitamente. A dor abdominal tipo cólica é causada muitas vezes por cálculos renais ou biliares (pedras nos rins ou na bile).

O que pode causar dor na barriga?
  • Prisão de ventre;
  • Síndrome do intestino irritável;
  • Alergias ou intolerância a certos alimentos, como intolerância à lactose, por exemplo;
  • Intoxicação alimentar;
  • Gastroenterite viral;
  • Apendicite;
  • Aneurisma da aorta abdominal;
  • Obstrução intestinal;
  • Câncer de estômago, cólon (intestino grosso) e outros órgãos abdominais;
  • Colecistite (inflamação da vesícula biliar) com ou sem cálculos;
  • Diminuição do suprimento sanguíneo para os intestinos (isquemia intestinal);
  • Diverticulite (inflamação e infecção do cólon);
  • Acidez gástrica, indigestão ou refluxo gastroesofágico;
  • Doença inflamatória intestinal (doença de Crohn ou colite ulcerativa);
  • Cálculos renais (pedras no rim);
  • Pancreatite (inflamação ou infecção do pâncreas);
  • Úlceras.

Às vezes, a dor abdominal pode ter origem em outra parte do corpo, como tórax ou pelve (“pé da barriga”). Nesses casos, a dor na barriga pode ter como causas:

  • Cólicas menstruais intensas;
  • Endometriose;
  • Fadiga muscular;
  • Doença inflamatória pélvica (DIP);
  • Gravidez tubária (ectópica);
  • Ruptura de um cisto no ovário;
  • Infecções do trato urinário.
Quando procurar um médico se estiver com dor na barriga?

Em caso de dor abdominal, recomenda-se procurar atendimento médico com urgência se:

  • Estiver fazendo tratamento para câncer;
  • Não conseguir evacuar, especialmente se estiver vomitando;
  • Estiver vomitando sangue ou houver sangue nas fezes, principalmente se as fezes estiverem com coloração vermelho vivo, marrom ou preta;
  • Estiver com dores no peito, pescoço ou ombros;
  • Estiver com dor abdominal súbita e intensa;
  • Estiver com dor na parte de cima das costas, na região das escápulas (omoplatas) ou entre elas;
  • A barriga estiver dura e sensível ao toque;
  • Estiver grávida ou com suspeita de gravidez;
  • Teve uma lesão recente no abdômen;
  • Tiver dificuldade para respirar;
  • Tiver desconforto abdominal com duração de uma semana ou mais;
  • A dor na barriga não melhorar em 24 a 48 horas ou ficar mais intensa, frequente e vier acompanhada de náuseas e vômitos;
  • Tiver inchaço abdominal que persiste por mais de 2 dias;
  • Tiver sensação de queimação ao urinar ou estiver urinando com mais frequência;
  • Tiver diarreia por mais de 5 dias;
  • Tiver febre acima de 37,7°C (adultos) ou 38°C (crianças);
  • Tiver sangramento vaginal prolongado;
  • Perda de peso sem razão aparente.

Para maiores esclarecimentos sobre as dores abdominais e suas possíveis causas, consulte um médico de família ou um clínico geral.

Leia também: O que é bom para dor de barriga?

Dor no bico da mama esquerda, o que pode ser? Quando me preocupar?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Dor no bico da mama está geralmente relacionada com a variação dos hormônios femininos, natural do ciclo menstrual, que acompanha cerca de 70% das mulheres.

Entretanto, existem outras causas para essa dor, que devem ser investigadas, especialmente quando afeta apenas uma das mamas.

Na presença de dor em apenas em dos mamilos, associado a coceira, febre, vermelhidão, massa palpável, alterações na pele, ou saída de secreção sanguinolenta, procure imediatamente um médico para avaliação.

Quais as causas de dor no bico da mama esquerda1. Variação hormonal

As variações hormonais são a causa mais frequente desse sintomas, e embora seja mais comum ocorrer nas duas mamas ao mesmo tempo, pode acontecer em apenas uma das mamas. O aumento das taxas de estrogênio, progesterona e prolactina, no preparo do corpo da mulher para uma possível gravidez, estimula o crescimento dos ductos e tecido mamário, causando a dor e incômodo nas mamas.

Neste caso, a dor está relacionada ao ciclo menstrual, ocorre mensalmente sempre no mesmo período e resolve-se espontaneamente. Se a dor permanecer ou quando for tão intensa a ponto de interferir nas atividades diárias de vida da mulher, pode ser tratada com anti-inflamatórios não hormonais ou inibidores de estrogênio, como o Tamoxifeno.

2. Mama esquerda mais volumosa

As mamas volumosas também podem causar dor na mama ou localizada no bico da mama, devido ao peso e pressão que exerce entre essa região e o tecido das roupas em uso. Como o tamanho das mamas nem sempre é idêntico, pode haver sintoma mais expressivo em apenas uma das mamas.

Geralmente, a dor neste caso é vem associada a dores nas costas, ombros e dores de cabeça, devido a postura curvada, anormal, que a mulher adota sem perceber, devido ao peso das mamas.

O uso de sutiã adequado ao seu tipo de mama e roupas que sustentem bem o seu volume, ajudam no alívio da dor. No entanto, algumas vezes não é suficiente e para evitar complicações de coluna e dor crônica, pode ser indicado cirurgia para redução da mama.

3. Alergia no bico da mama esquerda

Os produtos de higiene e cuidados com a pele, podem conter substâncias irritativas para alguns tipos de pele, desenvolvendo uma reação alérgica. A alergia se apresenta com pequenas bolinhas avermelhadas, coceira e ardência no bico da mama. Pode ocorrer em um ou nos dois lados.

O tratamento neste caso deve ser com uso de creme a base de corticoide e antialérgicos, além de suspender o uso do produto que causou a irritação.

4. Mastite no bico da mama esquerda

A mastite, inflamação na mama, é mais frequente durante a amamentação, especialmente quando acontece uma ferida no bico do seio ou obstrução nos ductos mamários por acúmulo de leite.

Os sintomas são de dor em apenas uma das mamas, associada a vermelhidão, calor local e febre alta. O tratamento é realizado com o início rápido de compressas mornas e antibiótico oral. Na suspeita de mastite, procure o seu ginecologista.

5. Nódulos ou cistos na mama esquerda

A presença de um nódulo ou cisto na mama nem sempre indica um problema grave. O fibroadenoma, por exemplo, é a presença de nódulos benignos na mama e tem uma alta prevalência na população feminina.

Neste caso, a mulher sente dor na mama ou bico da mama, além de nódulo palpável e por vezes, doloroso. O tratamento pode ser de retirada do cisto ou acompanhamento.

6. Tumor na mama esquerda

O tumor de mama não costuma se apresentar com dor, inicialmente, mas quando acontece acomete também apenas uma das mamas e a dor é bem localizada em um ponto.

As características típicas de um tumor de mama são: modificações na pele, alteração na coloração, retração de mamilo, pele áspera, como "casca de laranja" e saída de secreção sanguinolenta pelo mamilo.

7. Doença de Paget da mama esquerda

A doença de Paget da mama é um tipo raro de câncer de mama, que tem como características, dor forte, coceira, vermelhidão no bico do seio, de uma das mamas e saída de secreção pelo mamilo. Outros sintomas inerentes a esta doença são, feridas no bico do seio, de difícil cicatrização, pele espessa e áspera, ardência, pequenas bolinhas.

Os sintomas são facilmente confundidos com uma alergia nos primeiros dias. Por isso, se os sintomas não melhoram após uso de pomadas ou pioram, procure imediatamente um ginecologista ou mastologista para avaliação e início de tratamento.

Quando devo me preocupar?

Se, junto com a dor, você sentir um ou mais dos sintomas abaixo, é preciso procurar um atendimento médico o mais rápido possível, para uma avaliação mais detalhada.

  • Febre alta (acima de 38 graus)
  • Vermelhidão em apenas um dos bicos do seio
  • Palpar um nódulo ou massa
  • Coceira e feridas de difícil cicatrização no bico do seio
  • Modificações na pele (pele áspera, presença de manchas, rachaduras ou retração)
  • Secreção pelo mamilo (clara ou sanguinolenta)

Para avaliação e maiores esclarecimentos, converse com um ginecologista ou mastologista, os médicos especialistas neste assunto.

Saiba mais sobre os sintomas de câncer de mama no artigo: Quais os sintomas do câncer de mama?

Referências:

  • FEBRASGO - Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.
  • Mehra Golshan, et al.; Breast pain. May. UpToDate. Jun 26, 2020.
  • Azin Niazi, et al.; Effective Medicinal Plants in the Treatment of the Cyclic Mastalgia (Breast Pain): A Review. J Pharmacopuncture. 2019 Sep;22(3):131-139.
Como saber se é dor muscular ou no rim?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

As dores musculares, por serem problemas nos músculos, se modificam com a mudança de posição, movimentação do corpo e/ou palpação no exame. A dor nos rins não se altera com nenhum movimento.

Além disso, as doenças musculares são dores intermitentes, localizadas. As dores nos rins quando se iniciam são constantes, nada melhora, tem irradiação para a barriga, virilha ou genitais e costumam apresentar alterações na urina, como dificuldade em urinar, presença de sangue ou urina amarronzada.

Na presença de dor em região lombar, mesmo que intermitente, sangue na urina, dificuldade de urinar ou massa palpável na barriga, procure um médico da família, urologista e/ou clínico geral para avaliação.

Causas de dor nos rins

As principais causas de dor nos rins são a presença de pedra nos rins e a infecção urinária. Outras causas menos frequentes são: câncer, cisto renal, trombose de veia renal e trauma renal.

Vale ressaltar que o baixo consumo de água é um dos fatores que mais contribui para a formação de pedras nos rins, especialmente pessoas que já tem história de cálculo renal na família.

Por isso, para o bom funcionamento renal, é fundamental beber bastante água durante o dia, pelo menos 1 litro e meio a 2 litros. O médico urologista é o responsável por avaliar e orientar quanto às doenças renais.

1. Pedra nos rins

Os rins produzem a urina, que segue através do ureter até a bexiga, onde fica armazenada e depois é expelida como xixi.

Pessoas com pedras nos rins, em algum momento da vida, terão um cálculo passando pelo ureter, para ser eliminado na urina. O problema ocorre quando esse cálculo não é pequeno o suficiente e fica preso nesse canal, impedindo também a passagem da urina.

Essa obstrução causa os sintomas de dor intensa na região lombar, apenas do lado acometido, náuseas, vômitos, suor frio e presença de sangue na urina.

O tratamento é feito com medicamentos potentes para dor, hidratação, antibiótico e cirurgia para desobstruir o canal.

Saiba mais: O que causa pedra nos rins?

2. Infecção urinária

A infecção na urina costuma se iniciar na uretra e bexiga, embora possa acometer todo o sistema urinário, conhecido popularmente por cistite.

Os sintomas são de aumento da frequência urinária, urina muitas vezes, mas em pequenas quantidades, ardência ao urinar e dor na barriga.

O tratamento da cistite é simples, com aumento da ingesta de água, antisséptico da via urinária e antibióticos orais por 1 a 2 semanas.

No entanto, a cistite pode evoluir com piora, quando as bactérias alcançam o sistema urinário mais alto (reteres e rins), causando uma pielonefrite. O quadro é mais frequente em crianças pequenas, idosos, pessoas acamadas ou com imunidade muito baixa.

Nos casos de pielonefrite o tratamento deve ser imediato, em ambiente hospitalar, com hidratação e antibióticos pela veia, para evitar complicações como sepse e insuficiência renal.

3. Câncer

No Brasil, a incidência de câncer renal tem aumentado, segundo a estatística do Instituto Nacional de Câncer (INCA), desde o ano de 1990. Hoje está entre os 10 tipos de tumores mais frequentes na população.

Os sintomas são de dor na região lombar, sangue na urina e massa palpável no abdômen. Pode haver queixa de falta de apetite e perda de peso, mas nos casos já avançados.

O tratamento definitivo e curável, é a cirurgia com remoção do tumor. Pode ser necessário tratamento complementar com imunoterapia, dependendo do tamanho e tempo de doença. O médico oncologista é o responsável por determinar os tratamentos adjuvantes.

4. Cisto renal

Cisto renal é uma espécie de "bolsa cheia de líquido", que aparece nos rins, geralmente em exames realizados aleatoriamente. Na maioria das vezes não causa sintomas, indicando apenas acompanhamento.

Nos casos de infecção, formação de cálculos no interior ou sangramento, pode haver dor na região lombar, do lado acometido, associado a náuseas, mal-estar e febre. O tratamento indicado será de antibioticoterapia oral e/ou cirurgia para remoção do cisto.

Leia também: Cisto no rim: O que é e quais são os sintomas?

5. Trombose de veia renal

A trombose de veia renal é a obstrução da veia renal principal. É uma doença rara, desencadeada por doenças auto-imunes, distúrbios de coagulação, complicação gestacional, entre outras.

Os sintomas são de dor na região lombar, diminuição do volume de urina, mal-estar, náuseas, vômitos e presença de sangue na urina.

O diagnóstico não é simples, porque o quadro é bem semelhante à cólica renal. Por isso, são necessários exames de imagem mais específicos, como venografia ou angiografia, para definir essa doença.

O tratamento se baseia em resolver o problema que está causando essa obstrução, associado a anticoagulação. A cirurgia é indicada apenas nos casos mais graves e que não respondem ao medicamento.

6. Trauma renal

O rim é um órgãos mais comprometidos nos traumas "fechados", como acidentes de carro e de grande impacto. Os sintomas serão de dor na região lombar, ou na barriga difusamente, mal-estar e pode haver sangue na urina.

O diagnóstico é feito através do exame físico e exames de imagem, como ultrassonografia e tomografia de abdômen.

O tratamento depende da gravidade do trauma. Na lesão leve, é indicado apenas o acompanhamento. Nas lesões mais graves, com formação de hematoma, dor e sinal de infecção, pode ser preciso intervenção cirúrgica.

Sintomas de dor nos rins

Os sintomas relacionados a problemas nos rins são:

  • Dor lombar (de um dos lados)
  • Dor ou ardência ao urinar
  • Coloração avermelhada ou amarronzada na urina
  • Menor quantidade de urina
  • Náuseas, vômitos e mal-estar

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Dor nos rins durante a gravidez é normal?

Características de Dor no Peito que pode ser muito grave
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Os tipos de dor no peito que indicam gravidade, são a dor em aperto, com um ou mais dos seguintes sintomas:

  • Duração maior do que 20 minutos
  • Irradiação para o braço esquerdo, mandíbula ou para as costas
  • Início súbito associado a falta de ar
  • Febre alta e/ou dificuldade de respirar
  • Suor frio, náuseas e mal-estar (especialmente em pessoas diabéticas).

As doenças que causam dor no peito e oferecem risco imediato, estão geralmente relacionadas à problemas no coração, como o infarto ou problemas pulmonares.

Portanto, se apresentar um tipo de dor que preocupe, como as citadas acima, especialmente se já for portador de outras doenças como pressão alta (hipertensão) e diabetes, procure imediatamente um serviço de urgência médica.

Causas de dor no peito que precisam de atendimento de urgência 1. Infarto (ataque cardíaco)

A dor no peito causada por infarto tem início súbito, é contínua (dura mais de 20 minutos) e localiza-se no lado esquerdo ou no meio do peito.

A dor caracteriza-se pela sensação de pressão ou aperto no peito, podendo irradiar para braço (geralmente esquerdo), pescoço, mandíbula ou costas. Há pessoas que referem como um "desconforto" no peito.

Os sintomas associados ao infarto são a falta de ar, suor frio, tonturas, náuseas, vômitos, fraqueza e sensação de mal-estar. Na suspeita de um infarto do coração procure uma emergência imediatamente ou chame uma ambulância através do número 192.

Recomendações enquanto aguarda atendimento médico:

  • Não ficar sozinho, pedir ajuda;
  • Desapertar as roupas;
  • Não fazer esforço;
  • Esperar pelo socorro num lugar arejado;
  • Respirar profundamente.
2. Angina

A dor no peito da angina é semelhante à dor do infarto, tipo aperto ou pressão, localizada no meio do peito, que pode irradiar para braço esquerdo, pescoço, mandíbula ou costas. Contudo, a dor não dura menos de 20 minutos e melhora com o repouso.

Embora não seja tão grave como um infarto, a angina é um sinal de que não está chegando sangue suficiente no coração e pode evoluir para o infarto a qualquer momento.

Por isso, no caso de angina, a pessoa também deve dirigir-se imediatamente a um hospital.

3. Pericardite

Trata-se de uma infecção do pericárdio, uma membrana de tecido fibroso que envolve o coração. Provoca dor no peito do lado esquerdo, que irradia para pescoço ou costas, com melhora na posição sentada e piora quando a pessoa se deita.

Outros sintomas que podem estar presentes são a dificuldade para respirar, piora da dor quando respira fundo, muito cansaço, febre e tosse.

4. Miocardite

A miocardite é uma inflamação no músculo do coração, que pode ocorrer, por exemplo, após uma virose ou doença infecciosa. Trata-se de uma complicação cardíaca grave.

Os sintomas são de dor no peito, cansaço extremo e dificuldade de respirar.

5. Pneumonia

A pneumonia é uma infecção pulmonar. O principal sintoma da pneumonia é a dor no peito, que pode ser em aperto ou pontadas que piora ao respirar fundo.

A dor também pode se localizar em um dos lados, à direita ou à esquerda do tórax, conforme o local afetado pela doença.

Outros sintomas comuns da pneumonia incluem tosse com catarro amarelado ou esverdeado, febre, falta de ar, fadiga e perda de apetite.

O tratamento da pneumonia deve ser feito com antibióticos, para isso precisa de uma receita médica controlada.

6. Pneumotórax

O pneumotórax é o acúmulo de ar entre as duas membranas que revestem os pulmões, as pleuras. O principal sintoma é a dor intensa no peito, apenas de lado, no pulmão acometido pelo pneumotórax, tipo pontada ou agulhada, que piora com a respiração profunda.

Dependendo da causa e da rapidez que o pneumotórax se instala, pode causar dificuldade respiratória e insuficiência respiratória.

7. Dissecção de aorta

A dissecção da aorta acontece quando as camadas do vaso se descolam, formando um hematoma entre elas, que enfraquece o vaso e causa os sintomas de dor no meio do peito, sensação de aperto no peito, dor entre os ombros, dor abdominal, fraqueza e mal-estar.

Se a artéria continuar com o sangramento, pode romper o vaso e levar a uma hemorragia grave. Por isso, na suspeita de dissecação de aorta, é importante procurar um serviço de urgência imediatamente.

8. Embolia pulmonar

A embolia pulmonar ou tromboembolismo pulmonar (TEP), ocorre quando um coágulo de sangue obstrui uma artéria do pulmão, interrompendo o fluxo sanguíneo no local. Além de dor no peito, a embolia pulmonar causa falta de ar súbita, tosse com ou sem sangue na secreção, chiado no peito, palpitação e aumento da frequência respiratória.

9. Câncer de pulmão

Os principais sintomas do câncer de pulmão são a dor no peito e a tosse crônica com expectoração purulenta ou sanguinolenta. Também é comum haver apenas desconforto no peito e rouquidão.

Com a evolução da doença, a pessoa pode apresentar febre, perda de peso, fraqueza, aumento do fígado, dor de cabeça, náuseas e vômitos.

Por vezes, a doença é silenciosa, descoberta ao acaso, sem qualquer sintoma, especialmente nos estágios iniciais.

10. Tumor de esôfago

Pode causar dor no meio do peito, dificuldade para engolir, rouquidão e tosse, devido a sua localização. À medida que a doença evolui, apresenta perda de peso, mal-estar, falta de apetite, febre e aumento da transpiração.

Quanto antes for diagnosticado, maiores as chances de cura da doença.

O que fazer em caso de dor no peito?

Procure atendimento médico com urgência se a dor no peito for intensa, durar mais de 20 minutos e irradiar para mandíbula, braço esquerdo, dorso ou se a dor vier acompanhada de algum dos seguintes sinais e sintomas:

  • Suor frio;
  • Mal-estar;
  • Dificuldade para respirar;
  • Batimentos cardíacos acelerados;
  • Náuseas;
  • Vômitos;
  • Tosse com sangue ou com catarro (verde ou amarelado).

A dor no peito pode ser sintoma de condições e doenças graves, que necessitam de atendimento urgente devido ao risco de morte. Procure imediatamente um serviço de urgência na presença de algum desses sinais e sintomas.

Qual exame detecta nervo ciático inflamado?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

A inflamação do nervo ciático é geralmente identificada através do exame físico e dos sintomas apresentados. O exame físico serve para verificar se os reflexos e a força dos músculos estimulados pelo nervo estão afetados.

Em algumas situações específicas, o médico pode ainda pedir outros exames, como ressonância magnética, tomografia ou eletromiografia.

Se quiser saber mais sobre a dor no nervo ciático, leia também:

Referência:

Moley PJ. Ciática - Diagnóstico. Manual MSD

Dor neuropática: saiba os sintomas e tratamentos
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A dor neuropática, ou dor neurogênica, é uma dor crônica que se caracteriza pela sensibilidade alterada. Como, por exemplo, um maço de algodão desencadear uma dor forte em queimação.

Isso ocorre porque a dor neuropática tem como origem o comprometimento de um (ou mais) nervo(s). Danificados, esses nervos transmitem uma mensagem alterada ao cérebro e assim o estímulo não é compreendido de forma correta.

A essa alteração da sensibilidade damos o nome de alodinia.

Sintomas da dor neuropática

Os sintomas podem ser constantes, quando nunca param de incomodar, ou intermitente, quando a dor vai e volta. Além da alodinia, a dor neuropática tem como características:

  • Dor espontânea ou iniciada após um estímulo (toque, frio ou movimento)
  • Dor descrita como: queimação, choque, agulhadas, dormência ou formigamento
  • Distúrbios do sono
  • Distúrbios de humor
Tratamento da dor neuropática

As possibilidades de tratamento atualmente são muitas, e variam de acordo com o tipo da dor, a localização e preferência da equipe médica.

Na grande maioria das vezes os medicamentos são suficientes para melhorar os sintomas. Os mais indicados são os antidepressivos, analgésicos potentes e anticonvulsivantes, como a amitriptilina, carbamazepina, topiramato e gabapentina. É também possível aplicar medicamentos diretamente na pele (tópicos) em creme ou adesivos (emplastros), porém parecem aliviar apenas parcialmente a dor.

Os procedimentos médicos são indicados nos casos de compressão do nervo ou para a dor que não melhora com os medicamentos. Por exemplo, na síndrome do túnel do carpo e na hérnia de disco. Os procedimentos utilizados são a aplicação de toxina botulínica tipo A, bloqueio cirúrgico do nervo comprometido ou cirurgia para descomprimir um nervo.

O tratamento com fisioterapia e/ou terapia ocupacional são essenciais para as pessoas com dor neuropática para promover alívio dos sintomas, manter o movimento da parte dolorida do corpo, evitando assim a atrofia da musculatura, já que a dor faz com que a pessoa movimente menos aquele local.

Como aliviar os sintomas?

Para aliviar os sintomas é importante controlar a causa do problema. Na diabetes, o controle do açúcar alivia os sintomas, sem que seja preciso fazer uso de mais algum remédio.

Na dor por compressão do nervo, é indicado repouso, analgésicos ou relaxante muscular e fisioterapia ou terapia ocupacional. Nas terapias, pode ser indicado material externo, como as órteses, que mantém aquela articulação paralisada e na posição correta, promovendo o alivio da dor.

Práticas de relaxamento, meditação e yoga, também apresentam importante alívio dos sintomas de dor crônica.

Que médico devo procurar? Como é feito o diagnóstico?

O médico especialista em dor neuropática é o neurologista. No caso de dor crônica (dor que dura mais de 3 meses), não demore procurar um especialista, porque embora a dor não seja uma doença visível, tem complicações graves, psicológicas e físicas, que podem ser evitadas com o tratamento correto.

O diagnóstico é feito com base no exame médico e exame neurológico, além de exames complementares.

Os exames mais solicitados são: exames de sangue, com análise de vitaminas, função renal e hepática, exame de imagem (ressonância magnética) e os estudos de condução dos nervos, a eletroneuromiogrfia (ENMG).

Causas de dor neuropática

As causas mais comuns de dor neuropática são:

  • Compressão de nervo: Síndrome do túnel do carpo, hérnia de disco;
  • Trauma
  • Diabetes mellitus
  • Alcoolismo
  • Infecção: HIV, herpes zoster, pós-zika e chikungunya
  • Carência de vitaminas (complexo de vitamina B)
  • Pós quimioterapia (tratamento de câncer)
  • Genética (doenças hereditárias - ex.: Charcot-Marie-Tooth)
A fibromialgia é uma dor neuropática?

Não. A fibromialgia é uma doença crônica, caracterizada por dor muscular generalizada, associada a sono não reparador, distúrbios de humor e dificuldade de memória, sem causa ainda conhecida. O tratamento pode ser feito com reumatologista ou neurologista.

A dor neuropática é o comprometimento de um ou mais nervos, que levam uma resposta anormal para o cérebro. Com isso desencadeiam um distúrbio na sensibilidade.

Referência:

  • ABN - Academia Brasileira de Neurologia
  • Lilian Hennemann-Krause et al.; Systemic drug therapy for neuropathic pain. Revista Dor. Rev. dor vol.17 supl.1 São Paulo 2016.
Como aliviar a dor de dente insuportável?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Algumas medidas que podem ser feitas em casa para aliviar a dor insuportável são:

  1. Use fio dental ou escova de dentes com cerdas macias para limpar restos de alimentos e outros resíduos.
  2. Bocheche água morna.
  3. Aplique gelo ou compressa gelada na gengiva próximo ao dente que dói ou no rosto na região do dente dolorido.
  4. Mastigue um cravo da índia, pois o cravo possui propriedades analgésicas.
  5. Tome um analgésico como o paracetamol, caso não tenha nenhuma contra indicação ao uso.

Lembre-se de procurar um médico dentista mesmo após a dor ter passado, pois a causa da dor deve ser diagnosticada e tratada rapidamente, para impedir que o problema piore. Cáries não tratadas podem, por exemplo, evoluir para uma lesão do interior do dente ou mesmo para um abcesso, exigindo tratamentos mais complexos.

Referências:

Evidence-Based Complementary and Alternative Medicine: “Ethnomedicinal Plants Used by Traditional Healers to Treat Oral Health Problems in Cameroon.”

Mau jeito nas costas: o que fazer?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Se você deu um mau jeito nas costas e a sua coluna está travada, existem algumas medidas que podem ajudar:

  1. Aplique uma bolsa de gelo ou compressa gelada para aliviar, se estiver com dor intensa;
  2. Aplique uma bolsa quente ou compressa quente para aliviar a rigidez muscular, caso sinta que a coluna está muito travada ou rígida. O calor pode ajudar a desfazer os pontos de contratura;
  3. Evite ficar demasiado tempo deitado, tente continuar a realizar as tarefas diárias normalmente. A dor na coluna tende a diminuir ao se movimentar e tende a piorar. quando se fica muito tempo parado.;
  4. Faça alongamentos e exercícios para a coluna. Comece com pequenos exercícios, respeitando os limites do seu corpo, sem forçar, à medida que sentir que a musculatura está mais solta pode aumentar mais a intensidade.
  5. Faça massagem. A massagem relaxa a musculatura e ajuda a aliviar a dor e a tensão dos músculos.

Se a dor persistir mesmo com todos os cuidados recomendados, consulte um clínico geral ou médico de família. Em algumas situações pode ser necessário o uso de medicamentos anti-inflamatórios, como o ibuprofeno, ou relaxantes musculares.

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Referências:

Back pain: In depth. National Institute of Arthritis and Musculoskeletal and Skin Diseases. https://www.niams.nih.gov/health-topics/back-pain/advanced. Accessed June 22, 2020.