Perguntar
Fechar
Acordei com um caroço logo abaixo da mandíbula...
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Um caroço ou nódulo abaixo da mandíbula pode representar diversas patologias, sendo a mais comum, um linfonodo aumentado, conhecido popularmente como "íngua".

Procure um médico clínico geral ou médico de família para uma avaliação inicial e diagnóstico correto.

O que são linfonodos aumentados?

O pescoço é uma região que concentra grande quantidade de linfonodos, essas estruturas fazem parte do sistema linfático, uma espécie de "filtro" do organismo. Armazenando as células residuais e limpando o sangue. Por isso, na presença de qualquer sinal de inflamação ou infecção, a cadeia de linfonodos mais próxima reage aumentando de tamanho, com objetivo de aumentar a filtração e auxiliar os anticorpos a combater os germes ou substâncias nocivas encontradas.

Enquanto os linfonodos estão aumentados de tamanho podemos palpá-los facilmente, especialmente na região do pescoço, axilas e virilhas, depois retornam aos seus tamanhos iniciais.

Algumas vezes, esses linfonodos aumentam tantas vezes de tamanho, que não retornam mais ao seu volume inicial, permanecendo um pouco aumentados, por isso palpáveis para sempre, sem que represente um problema.

Outras causas de caroço no pescoço

Outras causas possíveis são: lipoma (acúmulo de gordura), cistos dermoides, tumor de mandíbula, aumento de uma das glândulas submandibulares, ainda, abscesso dentário ou outros problemas dentários, resquício embrionário e aumento da glândula tireoide.

Saiba mais sobre o assunto no link: Caroço no pescoço, o que pode ser?

Nódulo na tireoide é perigoso? Qual é o tratamento?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Os nódulos na tireoide geralmente não são perigosos, já que se tratam de tumores benignos na grande maioria dos casos. Em alguns casos não é necessário nenhum tratamento, em outros casos pode ser necessário realizar acompanhamento clínico, cirurgia ou administração de iodo radioativo, dependendo do tipo de nódulo.

O risco de um nódulo na tireoide ser câncer é baixo, uma vez que apenas cerca de 10% dos nódulos são malignos.

Contudo, mesmo que não seja canceroso, o nódulo de tireoide pode produzir grandes quantidades de hormônios tireoidianos e causar hipertireoidismo. Os sintomas nesses casos podem incluir ansiedade, irritabilidade, dificuldade para dormir, apetite voraz, perda de peso, cansaço, entre outros.

Em algumas situações, o nódulo de tireoide pode crescer muito e comprimir estruturas e órgãos vizinhos, como esôfago e traqueia, causando dificuldade para engolir e respirar,no entanto esse tipo de situação é rara.

O tratamento para os nódulos na tireoide depende do tipo de nódulo diagnosticado. Tumores benignos pequenos, que não produzem hormônios, podem ser apenas monitorados pelo médico clínico.

Para casos de nódulos cancerosos ou suspeitos é indicada a remoção cirúrgica da tireoide, conhecida como tireoidectomia. Após a cirurgia, o tratamento pode continuar com iodo radioativo. O objetivo é destruir eventuais células cancerosas que podem ter permanecido no local.

O tratamento para os nódulos de tireoide que produzem hormônios ou comprimem estruturas próximas também é feito através de cirurgia ou com iodo radioativo.

Se o nódulo não aumentar de tamanho, nenhuma intervenção é necessária. Contudo, se o nódulo começar a crescer, pode ser indicada a sua remoção cirúrgica.

A avaliação e acompanhamentos de nódulos pequenos e benignos pode ser realizado pelo médico de família e comunidade. Em casos de tumor ou produção excessiva de hormônios é necessária a avaliação por um médico endocrinologista.

Também podem lhe interessar:

Quais os sintomas de nódulo na tireoide?

O que pode causar tireoide alterada?

Caroço no pescoço, o que pode ser?

Um nódulo benigno pode virar maligno?

O que é nódulo hipoecoico? Pode ser grave?

Quais são os sintomas de tireoide alterada?

Referência

CBRDI. Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem.

Tireoidectomia: quais os riscos e as consequência da cirurgia da tireoide?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A cirurgia de retirada da tireoide pode acarretar em algumas complicações como:

  • Formação de quelóide no local da cicatriz;
  • Infecção local;
  • Hipoparatireoidismo e consequente hipocalcemia (queda dos níveis de cálcio no sangue);
  • Paralisia transitória das cordas vocais com alteração temporária da voz;
  • Necessidade do uso de hormônio tireodiano;
  • Hematoma no local da cirurgia;
  • Dor e desconforto na região cervical.

Em geral, a cirurgia da tireoide é bem tolerada e apresenta boa resolutividade.

A tireoidectomia é indicada em alguns casos como tratamento do hipertireoidismo, bócio, câncer da tireoide, nódulos ou cistos suspeitos.

Também pode lhe interessar: Quais são os sintomas de câncer de tireoide?

Após a realização da cirurgia, a pessoa deve realizar as orientações do pós operatório passadas pelo/a médico/a.

O que pode causar hemorroida?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

O desenvolvimento de hemorroidas está associado a diversas situações como:

  • Constipação crônica;
  • Esforço ao evacuar;
  • Ficar sentado por muito tempo;
  • Envelhecimento;
  • Diarreia;
  • Gravidez;
  • Tumor pélvico.

A região anal possui uma vasta musculatura responsável pelo esfíncter que controla a saída das fezes. Com o avançar da idade, esse tecido pode se afrouxar e permitir que as veias da região fiquem protusas para fora do ânus, originando a hemorroida.

Quando há excesso de esforço durante a evacuação,  essa musculatura torna-se hipertrofiada, fazendo-se uma pressão maior na região do esfíncter anal e também originando a hemorroida.   

Para evitar o aparecimento da hemorroida, é orientado a ingestão de uma dieta rica em fibras (frutas, vegetais, legumes, etc) e líquidos (água) além de atividade física regular.

Leia mais em:

Como saber se tenho hemorroida e quais são os sintomas?

Como tratar hemorroida?

Anticoncepcional pode causar nódulo ou câncer de mama?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Na verdade ainda não existe um consenso sobre esse assunto. Esse é um tema bastante estudado e controverso, com publicações constantes sobre o aumento do risco, benefícios e as características principais dos anticoncepcionais.

No entanto, no Brasil, a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO), defende que o uso dessas medicações, é sim segura e que não causa nódulo ou câncer de mama.

Dependendo das opções de vida da mulher e indicação do seu uso, a medicação é bastante benéfica. Especialmente com os anticoncepcionais mais novos, desde que devidamente indicados e acompanhados pelo ginecologista.

Quem tem fibroadenoma na mama pode tomar anticoncepcional?

Na grande maioria das vezes sim, um fibroadenoma não contraindica o uso de anticoncepcionais. Entretanto, no caso de nódulo sem diagnóstico, ou fibroadenoma em crescimento, deve ser primeiro avaliado pelo ginecologista assistente, de forma individual para analisar os fatores de risco e os benefícios.

Um nódulo ainda em investigação, história familiar de câncer de mama, história de tromboses, entre outras questões de saúde podem sim contraindicar essa medicação.

Em 2017, um trabalho grande sobre o assunto na Dinamarca, mostrou que sim, o uso do anticoncepcional hormonal foi relacionado ao aumento do risco de câncer de mama, quando comparado a mulheres que não o fazem. Porém, um risco ainda considerado baixo. Porém, concluiu também que existe um benefício no seu uso, de proteção contra o câncer de endométrio, ovário e intestino.

Portanto, é fundamental analisar caso a caso com um especialista, ginecologista ou mastologista.

Benefícios dos anticoncepcionais

Os pontos aceitos pela maioria dos pesquisadores nesta área mostram os seguintes fatores benéficos para o uso de anticoncepcionais:

1. O uso de medicamentos antigos, com dosagens maiores de hormônios aumentam o risco de câncer de mama;

2. O uso contínuo por mais de 10 anos, parece aumentar o risco de câncer de mama;

3. A história familiar de câncer, seja de mama ou outro órgão, aumenta o risco pela predisposição genética, por isso deve ser avaliado com mais cautela a sua indicação;

4. Obesidade, sedentarismo, uso abusivo de bebidas alcoólicas, são comprovadamente fatores de maior risco para câncer de mama, que pode aumentar ainda mais com a associação de anticoncepcionais;

5. Existem também evidências bem estabelecidas e aceitas de que a pílula anticoncepcional pode ajudar a prevenir além do câncer de ovário, endométrio e intestino, protegem contra:

  • Miomas;
  • Endometriose;
  • Pólipos;
  • Cistos no ovário;
  • Alguns tipos de infecção vaginais e as
  • Alterações benignas das mamas.

Leia mais sobre o assunto nos artigos:

Caroço no seio que se movimenta e não dói o que pode ser?

Além de impedir a gravidez, para que pode servir o anticoncepcional?

Fale com o/a seu/sua médico/a ginecologista sobre os eventuais riscos e os benefícios da pílula anticoncepcional e faça regularmente seu auto exame de mama.

Referência:

  • FEBRASGO - Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia
  • Lina S Morch, et al.; Contemporary Hormonal Contraception and the Risk of Breast Cancer. N Engl J Med. 2017 Dec 7;377(23):2228-2239.
Lipoma tem cura? Qual o tratamento?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sim, lipoma tem cura e o tratamento é cirúrgico. A cirurgia para retirar o lipoma é indicada apenas quando a localização do tumor causa incômodo do ponto de vista estético ou comprime órgãos e estruturas vizinhas, causando dor, desconforto ou outras complicações.

Se houver dúvidas quanto à benignidade do lipoma, o tratamento cirúrgico também é indicado. Nesses casos, o tumor geralmente tem um crescimento rápido, apresenta dor à palpação ou tem um aspecto endurecido.

Lipoma

Outras indicações para a retirada do lipoma incluem alterações nervosas, limitação dos movimentos, crescimento do lipoma, irregularidades nas suas características, tamanho superior a 5 cm de diâmetro, entre outras.

Porém, uma vez que o lipoma não causa sintomas na maioria dos casos, o tratamento muitas vezes não é necessário.

Como é feita a cirurgia para retirar o lipoma?

O lipoma pode ser removido através de cirurgia ou lipossucção (aspiração da gordura do interior do lipoma). O tipo de tratamento depende do tamanho e da localização do tumor.

A cirurgia é simples e pode ser feita em consultório, com anestesia local e sedação, sem necessidade de internamento.

A cirurgia é realizada com anestesia local e um corte na pele, através do qual o lipoma é removido. Depois, a incisão é suturada com pontos, que são retirados após 10 a 14 dias, conforme o tamanho e a localização do lipoma.

A remoção cirúrgica do lipoma é a única forma de garantir que ele não vai voltar a crescer, pois retira o tumor na totalidade, garantindo a cura definitiva do problema.

A vantagem da cirurgia, daí ser o procedimento mais usado no tratamento do lipoma, é garantir que o tumor seja completamente retirado. Se partes do tumor não forem retiradas, é provável que ocorra o crescimento de um novo lipoma.

O número de lipomas que podem ser retirados na cirurgia depende das condições clínicas e pessoais do paciente, como doenças associadas, medicamentos, trabalho, tempo para recuperação, entre outras.

Já a lipossucção só é indicada para os lipomas menores. O procedimento é pouco invasivo e deixa uma cicatriz pequena, mas as chances do tumor não ser totalmente retirado são maiores, uma vez que a visualização do mesmo é limitada.

O/a médico/a dermatologista é o/a responsável pelo diagnóstico do lipoma. O tratamento cirúrgico pode ser feito pelo/a próprio/a dermatologista ou por um/a cirurgião/ã geral.

O que é prolapso uterino e como é o tratamento?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Prolapso uterino é a exteriorização do útero para o canal vaginal e/ou vulva.

O útero é um órgão que fica na parte inferior do abdômen, na região pélvica. Ele fica suspenso e apoiado por seus ligamentos e pelo fundo da vagina. Com o passar da idade e o declínio dos níveis hormonais após a menopausa, pode ocorrer uma flacidez dos ligamentos uterinos e o útero sem sustentação desce e fica dentro da vagina. Em casos mais graves, ele pode sair da vagina. Essa situação recebe o nome de prolapso uterino, também conhecido como útero baixo.

O prolapso uterino pode ser classificado de 4 formas, conforme o grau do prolapso:

  • 1º grau: quando o colo do útero desce em direção à vagina;
  • 2º grau: quando o colo do útero alcança a saída da vagina;
  • 3º grau: quando o colo do útero sai da vagina;
  • 4º grau: quando todo o útero fica fora da vagina.

O útero baixo normalmente está associado a outras condições, como bexiga caída e herniação de alças do intestino delgado ou intestino grosso em direção à vagina.

Dentre as causas mais comuns do prolapso uterino estão: partos normais múltiplos, enfraquecimento dos músculos pélvicos devido à idade, perda de força ou do tônus dos tecidos após a menopausa, diminuição dos níveis do hormônio estrógeno, tosse crônica, constipação intestinal, tumores pélvicos, excesso de peso e cirurgias na pelve.

Mulheres com útero baixo sentem sintomas como dor na região da coluna lombar baixa, sensação de que alguma coisa está saindo pela vagina, dor durante a relação sexual, dificuldade para urinar ou evacuar e também para caminhar.

O tratamento do prolapso uterino é feito através de exercícios, medicamentos, cirurgia e introdução de um dispositivo (pressário) para sustentar o útero.

Para prevenir o útero baixo, recomenda-se perder peso (quando necessário), combater a prisão de ventre, realizar exercícios específicos para fortalecer a musculatura pélvica e evitar levantar pesos.

O diagnóstico e tratamento do prolapso uterino pode ser feito pelo/a médico/a ginecologista ou médico/a de família.

Pode também lhe interessar o artigo:

Existe algum tratamento para quem tem útero baixo?

Fibroadenoma mamário pode virar câncer?
Dra. Ângela Cassol
Dra. Ângela Cassol
Médico

O risco de um fibroadenoma mamário virar câncer é extremamente baixo, já que se trata de um tumor benigno. Quando ocorre, o tumor maligno provavelmente não se originou do fibroadenoma. Casos de transformação maligna são muito raros.

A relação entre fibroadenoma e câncer pode ser calculada pela presença de células malignas dentro do fibroadenoma, risco de malignização dos nódulos e o risco de ter câncer no   futuro, no caso das mulheres que já tiveram fibroadenoma mamário.

Contudo, as chances de um fibroadenoma ter áreas de malignização no seu interior é bastante baixa, apenas 0,1%. Por outro lado, existe uma probabilidade, embora muito pequena, de um fibroadenoma originar um tipo específico de câncer de mama.

Apesar do fibroadenoma mamário evoluir para câncer apenas em casos muito raros, mulheres que já tiveram fibroadenoma podem ter um risco ligeiramente maior de desenvolver câncer de mama no futuro.

Vale lembrar que os nódulos benignos na mama são o resultado de um crescimento exagerado das suas estruturas, sendo o fibroadenoma o tumor benigno de mama mais frequente.

O médico mastologista deverá orientá-la sobre os riscos do fibroadenoma mamário e sobre a necessidade de tratamento.

Saiba mais em:

Um nódulo benigno pode virar maligno?

O que é um fibroadenoma mamário e quais os sintomas?

Qual o tratamento para fibroadenoma mamário?