O tratamento de escolha para a hérnia inguinal é cirúrgico e deve ser realizado para todos os pacientes, a não ser que haja contraindicações. Há duas maneiras de realizar o tratamento cirúrgico da hérnia inguinal: incisão (corte) ou videocirurgia (laparoscopia).
Como é a cirurgia convencional da hérnia inguinal?A técnica convencional, em que é realizada uma incisão, com visualização direta da cavidade abdominal, é feita com anestesia peridural (anestesia dos nervos da coluna). A operação é iniciada com um corte de cerca de 10 cm na região inguinal (virilha).
O tamanho do corte depende de vários fatores. Quando a hérnia ocorrer dos dois lados, é necessário realizar um corte de cada lado.
Após a localização da hérnia, a mesma é empurrada para dentro do abdômen e a abertura da parede abdominal é fechada com pontos.
Em todos os casos, exceto em crianças, uma tela é necessária para reforçar a parede abdominal e reduzir a possibilidade de recidiva da hérnia.
Esta tela é feita de um material conhecido como polipropileno, que tem uma elevada resistência e que tem uma reduzida probabilidade de rejeição do organismo.
Como é feita a cirurgia por laparoscopia da hérnia inguinal?De forma geral, o tratamento com videocirurgia é feito com anestesia geral. Inicialmente, é injetado gás carbônico na cavidade abdominal para poder criar um espaço, onde o cirurgião poderá fazer a operação com segurança.
Após a realização de 3 orifícios de 0,5 a 1 cm na parte de baixo do abdômen, uma câmera pequena é colocada na parede abdominal através de um dos furinhos para que o cirurgião e a sua equipe possam visualizar o local da hérnia em um monitor.
Com o auxílio de instrumentos especiais (pinças, tesouras, material de sutura), a hérnia é empurrada para dentro do abdômen e o buraco na parede abdominal é fechado com uma tela.
Quando a hérnia for dos dois lados, não é necessário realizar orifícios adicionais para tratar a outra hérnia.
Como é a recuperação no pós-operatório da cirurgia de hérnia inguinal?A recuperação pós-operatória da cirurgia de hérnia inguinal é rápida. A maioria dos pacientes fica internada no hospital de 12 a 24 horas e pode retornar ao trabalho e realizar todas as atividades, em uma ou duas semanas, desde que não necessitem erguer muito peso.
Não há restrição de dieta. Contudo, nos primeiros dias, o paciente pode apresentar náuseas e vômitos, devido aos medicamentos e anestésicos recebidos.
Esses sintomas geralmente desaparecem em 1 ou 2 dias, após o organismo eliminar os medicamentos recebidos no hospital. Se as náuseas e vômitos persistirem após este período, deve-se procurar o médico.
Os cortes são fechados com pontos, mas é comum haver hematoma ou pequenos sangramentos devidos às incisões. Entretanto, se o corte apresentar sinais e sintomas de infecção, como vermelhidão, dor, inchaço, aumento da temperatura local e presença de secreção de pus ou com cheiro forte, o médico deve ser contactado.
A pessoa deve evitar ficar muito tempo deitada ou sentada e deve andar várias vezes ao dia. Há apenas limitação quanto a levantar peso. O paciente deve evitar erguer peso até aproximadamente três meses após a cirurgia. Após esse período, na maioria dos casos, não há mais limitações para erguer peso.
Na dúvida da presença de hérnia inguinal e para tirar dúvidas sobre o tratamento cirúrgico, deverá ser consultado um médico cirurgião geral ou gastrocirurgião.
Dor na virilha esquerda ou direita pode ter várias causas. As causas mais comuns nas mulheres e nos homens incluem:
- Distensão muscular;
- Osteoartrose ou problemas articulares do quadril;
- Hérnia inguinal;
- Litíase renal (pedras nos rins);
- Infecções e linfonodos aumentados (ínguas).
A virilha é a região localizada na dobra entre a coxa e o abdômen. A virilha não abrange apenas a parte interna da coxa, mas também a região inguinal e a articulação do quadril.
Por se tratar de uma região com muitas estruturas importantes, a dor na virilha pode ter diversas causas. Vejamos algumas causas frequentes:
Artrose do quadril e problemas articularesSe a dor na virilha estiver localizada ou irradiar para a parte externa da coxa, pode estar relacionada com a articulação do quadril, formada pelo fêmur e o osso da bacia.
Nesses casos, a dor piora ao realizar movimentos de rotação ou flexão da coxa, como, por exemplo, entrar ou sair do carro, fletir a perna para colocar uma meia ou calçar um sapato ou ainda sentar-se num assento baixo.
Uma possível causa para a dor na virilha nesses casos é a artrose da articulação do quadril. Trata-se de um desgaste da cartilagem articular, que afeta sobretudo pessoas idosas. Quando ocorre em indivíduos mais jovens, geralmente está associada ao excesso de atividade física.
À medida que o problema evolui, aumenta a dificuldade em realizar determinados movimentos, que causa dor principalmente ao girar a perna ou flexionar a coxa.
Veja também: Dor no quadril, o que pode ser e o que fazer?
Distensão muscularQuando a dor na virilha ocorre depois de praticar esportes, pode estar relacionada com uma lesão muscular, provavelmente uma distensão. Esse tipo de dor na virilha costuma ser facilmente identificada, porque a pessoa normalmente lembra-se bem do momento da lesão.
A dor na virilha nesses casos é bem localizada, situando-se na região da lesão muscular. A dor normalmente piora com o estiramento da musculatura lesionada, como ao abrir as pernas, por exemplo.
Leia também: Distensão muscular: o que é e quais os sintomas?
Hérnia inguinalSe a dor na virilha piora ao fazer força, como tossir, evacuar ou levantar peso e se a pessoa notar alguma saliência na região inguinal, próxima à virilha, pode ser uma hérnia inguinal. Nesses casos, a saliência na virilha surge com o esforço e desaparece com o repouso.
Geralmente a dor da hérnia inguinal se localiza em um dos lados da virilha, ou a esquerda, ou a direita, nas mulheres a dor pode irradiar para os grandes lábios vaginais, já nos homens a dor pode irradiar para os testículos.
Litíase renal (pedras nos rins)A dor que caracteriza a presença de pedras nos rins (cálculos renais), em geral, localiza-se na região inferior e lateral das costas, na região lombar.
Porém, à medida que a pedra se desloca pelo trato urinário, pode causar dor em diferentes partes do corpo. Quando chega à bexiga, pode provocar dor na virilha. Nos homens, a dor também pode atingir os testículos e, nas mulheres, a vagina.
A dor da litíase renal é em cólicas, ou seja, é uma dor que surge e vai aumentando de intensidade gradativamente, atinge um pico de dor e depois começa a passar gradualmente. É uma dor de moderada a forte intensidade.
Outros sinais e sintomas que costumam estar presentes em caso de pedra nos rins incluem a presença de sangue na urina, náuseas e vômitos.
Infecções e formação de ínguasAlguns processos infecciosos como pielonefrite, prostatites ou infecções ginecológicas como, a doença inflamatória pélvica também podem causar dor na virilha e na região pélvica.
Se houver alguma infecção nos membros inferiores, genitais ou órgãos da bacia, pode ocorrer um aumento dos gânglios linfáticos da virilha. Nesses casos, surgem nódulos ou caroços dolorosos na virilha (“ínguas”).
Algumas doenças sexualmente transmissíveis também podem causar aumentos dos gânglios linfáticos, como a sífilis, gonorreia ou linfogranuloma venéreo.
Diferenças entre as causas de dor na virilha em homens e mulheresAlgumas causas específicas de dor na virilha no homem são a prostatite (inflamação da próstata) e a presença de inflamação ou tumor no testículo.
Nas mulheres, gravidez (especialmente nos meses finais), gravidez ectópica, mioma, cisto no ovário e infecções ginecológicas também podem cursar com dor na virilha.
A presença de cisto no ovário, ou de gravidez ectópica pode ocasionar um quadro de dor na região da virilha, ou pelve, de um único lado, ou a esquerda, ou a direita.
O tratamento depende da causa da dor na virilha. Quando a dor na virilha é provocada por distensões musculares, artrose, bursite e gestação, muitas vezes o tratamento é baseado no uso de analgésicos e anti-inflamatórios, além de fisioterapia ou acupuntura.
No caso de apendicite ou hérnia inguinal o tratamento é através da realização de cirurgia.
Se a dor na virilha for provocada por prostatite, infecção de urina, formação de ínguas ou outras infecções, o tratamento pode ser feito com medicamentos antibióticos.
Para o correto diagnóstico da causa de dor na virilha, deve-se procurar um clínico geral ou médico de família, para os casos mais crônicos (que duram semanas a meses), ou um pronto atendimento, se a dor for aguda e especialmente se estiver associada a febre ou outros sintomas como alterações urinárias ou intestinais.
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Umbigo vazando líquido pastoso com odor forte ou a presença de mau cheiro no umbigo e secreção podem ser sinais de umbigo inflamado ou infeccionado. Sujeira, bactérias, fungos podem ficar alojados dentro do umbigo e começar a se multiplicar ou acumular. Isso pode causar uma infecção ou inflamação no umbigo.
Nesses casos, é observada uma secreção com mau cheiro no umbigo. A secreção de odor desagradável pode ter coloração branca, amarela, marrom ou vermelha.
A presença de secreção com mau cheiro no umbigo pode ter ainda como causas a realização de cirurgia e a presença de cistos.
Um umbigo com mau odor pode ser sinal de uma condição que precisa de atenção médica, como uma infecção ou um cisto. Por isso, deve-se procurar outros sinais e sintomas que acompanham essas condições, como:
- Secreção branca, amarela ou verde saindo do umbigo;
- Inchaço e vermelhidão;
- Coceira;
- Dor;
- Formação de crosta ao redor do umbigo;
- Febre;
- Presença de caroço no abdômen.
O umbigo é o lar de quase 70 tipos diferentes de bactérias. Se a pessoa não souber como limpar o umbigo adequadamente, essas bactérias podem causar uma infecção. Piercings no umbigo também podem ser infectados.
Infecção por fungosA candidíase é uma infecção por fungos causada por Candida, um tipo de fungo que normalmente cresce em áreas úmidas e escuras do corpo. Pode ocorrer entre as dobras da pele, como na região da virilha e nos braços. O fungo também pode habitar o umbigo, principalmente se a pessoa não secar e limpar o umbigo adequadamente.
A candidíase deixa o umbigo vermelho e provoca coceira no umbigo, que pode ficar vazando uma secreção espessa e branca.
DiabetesPessoas com diabetes têm maior probabilidade de contrair infecções fúngicas, inclusive no umbigo. Isso ocorre porque o fungo se alimenta de açúcar e o alto nível de açúcar no sangue é um sinal característico de diabetes mal controlado.
CirurgiaQuem passou por cirurgia abdominal recentemente, como reparo de hérnia, pode notar a presença de pus no umbigo. A presença desse tipo de secreção pode ser sinal de infecção, que precisa ser tratada.
Cisto de úracoDurante o desenvolvendo do bebê dentro do útero, a sua bexiga é conectada ao cordão umbilical por um pequeno tubo chamado úraco. É assim que a urina é drenada do corpo do feto. Normalmente, o úraco fecha antes do nascimento. Porém, às vezes não fecha corretamente.
Em alguns casos, pode ocorrer o crescimento de um cisto, que é uma bolsa cheia de líquido, no úraco. O cisto pode ser infectado. Um sinal dessa infecção é a presença de um líquido cinzento ou sanguinolento que vaza do umbigo.
Outros sinais e sintomas dos cistos de úraco incluem: dor abdominal, febre, caroço no abdômen e dor ao urinar.
Cisto sebáceoO cisto sebáceo se forma a partir das glândulas que liberam óleo na pele, chamadas glândulas sebáceas. Se o cisto estiver infectado, libera uma secreção espessa, amarela e com mau cheiro. O umbigo também pode ficar vermelho e inchado devido à presença do cisto.
Qual é o tratamento para secreção com mau cheiro no umbigo?O tratamento depende da causa da secreção e do mau cheiro no umbigo. Para tratar uma infecção, recomenda-se manter a pele do umbigo limpa e seca.
Para tratar uma infecção causada por fungo, é indicado o uso de um pó ou creme antifúngico. Também recomenda-se limitar o açúcar da dieta. Para uma infecção bacteriana, pode ser usada uma pomada com antibiótico.
Quem tem diabetes deve falar com o endocrinologista para garantir que o nível de açúcar no sangue esteja bem controlado.
Em caso de cisto de úraco, pode ser necessário tratar primeiro a infecção com antibióticos. O cisto pode precisar ser drenado. Depois que a infecção desaparece, o tratamento envolve a remoção do cisto com cirurgia laparoscópica, realizada através de uma pequena abertura no abdômen.
Para tratar um cisto sebáceo, podem ser injetados medicamentos no cisto para diminuir o inchaço ou pode ser feito um pequeno corte no cisto para drenar o líquido. Outra opção é remover o cisto inteiro com cirurgia ou laser.
Consulte um médico clínico geral ou médico de família se tiver algum sinal e sintoma de infecção, como vermelhidão, inchaço e secreção com mau cheiro no umbigo.
O tempo total de recuperação de uma cirurgia de apendicite varia entre 15 e 40 dias, dependendo do tipo de procedimento. Se for por laparoscopia, a pessoa pode retornar às atividades normais, incluindo esforços, dentro de 15 a 20 dias após a cirurgia. Caso a cirurgia de apendicite tenha sido por laparotomia, o tempo de recuperação pode ser superior a 40 dias.
A duração da cirurgia de apendicite é de até uma hora, nos casos mais simples. Em casos mais graves, a duração do procedimento pode ser superior.
Um dia ou dois após a retirada do apêndice inflamado, o paciente já recebe alta e a recuperação prossegue em ambiente domiciliar.
Porém, o tempo de internação após a apendicectomia pode variar, em média, de 3 a 7 dias, podendo chegar a um mês ou mais, dependendo de vários fatores.
Como é o pós-operatório da cirurgia de apendicite?O pós-operatório geralmente tem um tempo de duração de 2 a 4 dias. Esse é o tempo que o corpo leva para se reorganizar e funcionar adequadamente depois da cirurgia.
Uma semana depois da operação, normalmente marca-se um retorno ao médico para que a evolução seja avaliada e o paciente receba novas orientações.
Geralmente depois da consulta de retorno da cirurgia, a pessoa já pode voltar ao trabalho e às atividades diárias, desde que não exijam esforço físico. Trabalhos que exijam esforços e os exercícios físicos normalmente só estão liberados depois de 30 dias.
O que pode interferir na recuperação da cirurgia de apendicite?Alguns fatores que interferem no tempo de internação e na recuperação após a apendicectomia incluem:
⇒ Idade: geralmente, quanto mais velha a pessoa, mais tempo será necessário para a sua recuperação.
⇒ Complexidade da cirurgia: as cirurgias complicadas (apendicites supurativas e gangrenosas) necessitam de um tempo maior de internação e de recuperação.
⇒ Técnica cirúrgica: a técnica de cirurgia por videolaparoscopia geralmente conduz à uma recuperação mais rápida do que a técnica de cirurgia aberta.
⇒ Doenças associadas: pessoas com diabetes, problemas cardíacos ou pulmonares podem apresentar mais complicações pós-operatórias que exigem maior tempo de internação e atraso na recuperação.
Como é a dieta depois da cirurgia de apendicite?A dieta nas primeira 24 horas após a cirurgia deve ser composta por líquidos e alimentos pastosos, como cremes, sorvetes, iogurtes, entre outros. Também é importante levantar da cama e começar a andar o quanto antes. Contudo, a caminhada é leve, sem esforço. Carregar pesos ainda é contraindicado nessa fase.
Após o primeiro dia de pós-operatório, a alimentação pode praticamente voltar ao normal. A recomendação é que a pessoa faça várias refeições pequenas ao longo do dia, alimentando-se a cada 3 horas.
Como é feita a cirurgia de apendicite?A cirurgia de apendicite ou apendicectomia é a cirurgia na qual é retirado o apêndice vermiforme, que é uma pequena bolsa com formato fino e longo, como um dedo, localizado no final do intestino grosso.
Essa cirurgia é necessária quando ocorre uma obstrução e inflamação do apêndice. Ele deve ser removido antes que haja uma perfuração com saída de fezes e pus (supuração e gangrena) para a cavidade abdominal.
JejumPara realizar a cirurgia de apendicite é necessário estar em jejum durante pelo menos 8 horas. Se for uma emergência, o procedimento é realizada mesmo sem o jejum apropriado.
Cirurgia por laparoscopiaA maioria das operações é feita por laparoscopia, por ser menos invasiva, trazer menos complicações no pós-operatório e diminuir o tempo de recuperação do paciente. O tempo de internamento costuma ser de, no máximo, 2 dias.
A apendicectomia por laparoscopia é indicada para os casos mais complicados, com apêndice perfurado ou quando a apendicite é numa pessoa obesa.
Quando realizada por laparoscopia, a cirurgia de retirada do apêndice é feita por meio de 3 ou 4 pequenos furinhos feitos no abdômen, com no máximo 2 cm de diâmetro cada um. Depois, nesses orifícios, o médico introduz um tubo com uma câmera acoplada na ponta e também os instrumentos cirúrgicos que irá usar.
Cirurgia abertaA cirurgia aberta é considerada mais segura em casos de apendicite na gravidez. No procedimento cirúrgico para retirar o apêndice pelo método aberto, ou, laparotomia, é necessário realizar uma incisão maior no abdômen.
O tempo de recuperação nesses casos, bem como o retorno às atividades diárias, é mais demorado.
A remoção cirúrgica do apêndice (apendicectomia) é a única forma de tratar a apendicite e deve ser realizada em regime de urgência.
Se não for tratada a tempo, a apendicite pode provocar o rompimento do apêndice, levando ao extravasamento de pus e fezes para a cavidade abdominal. Tal complicação pode desencadear infecções generalizadas que podem ser fatais.
Portanto, o tempo necessário para a recuperação no pós-operatório e para a retomada das atividades normais varia de pessoa para pessoa, conforme a capacidade de recuperação de cada organismo, sendo o gastrocirurgião ou cirurgião geral o responsável por essa orientação.
O tempo de recuperação da cirurgia para retirar pedra da vesícula é de cerca de uma semana. O procedimento, feito geralmente por laparoscopia, leva aproximadamente uma hora e requer 1 dia de internamento se não houver complicações.
Em poucos dias, a pessoa já pode voltar às suas atividades normais, podendo até receber alta no mesmo dia, em alguns casos. A dor no pós-operatório é pouca, devido ao tamanho reduzido dos cortes (cerca de 1 cm) e ao tipo de procedimento utilizado, além de poder ser controlada com analgésicos.
O/a médico/a cirurgiã/o pode recomendar uma dieta leve nos primeiros dias de pós-operatório e sem alimentos gordurosos nas primeiras duas semanas após a cirurgia. Depois desse período, a pessoa pode ter uma alimentação normal, sem restrições.
A cirurgia para retirar pedra da vesícula geralmente remove toda a vesícula biliar (colecistectomia) para evitar complicações e novos episódios de cálculo biliar.
Como é feita a cirurgia para retirar a vesícula? Cirurgia abertaA cirurgia aberta para retirar a vesícula é realizada sob anestesia geral. É feita uma incisão de 12 cm a 17 cm na parte superior direita do abdômen, logo abaixo das costelas. A área é aberta para que o cirurgião possa observar a vesícula biliar e separá-la dos outros órgãos.
A seguir, o ducto biliar e os vasos sanguíneos que irrigam a vesícula são cortados. A vesícula biliar sobe suavemente e é removida do corpo.
Durante a cirurgia, pode ser realizado um exame semelhante ao raio-x, chamado colangiografia. Para fazer o exame, é injetado corante no ducto biliar e é feita uma radiografia. O corante ajuda a encontrar pedras que podem estar fora da vesícula biliar. Se outras pedras forem encontradas, elas poderão ser removidas com um instrumento especial.
Essa forma de cirurgia de retirada da vesícula biliar dura cerca de uma hora.
Cirurgia por laparoscopiaA forma mais comum de retirar a vesícula é através de um instrumento chamado laparoscópio (colecistectomia laparoscópica). A cirurgia é feita por meio de pequenos cortes no abdômen, através dos quais são introduzidas pinças cirúrgicas para tirar a vesícula. A cirurgia é acompanhada através de uma microcâmera, que também é introduzida na cavidade abdominal e permite visualizar o procedimento.
Quando a cirurgia para retirar a vesícula é indicada?A remoção cirúrgica da vesícula biliar é indicada em casos de cálculos biliares e mau funcionamento da vesícula. Os sintomas nesses casos podem incluir má digestão (inchaço, acidez, gases), náuseas, vômitos, dor depois de comer (geralmente na parte superior direita ou média do abdômen).
A cirurgia aberta da vesícula biliar é indicada quando a cirurgia por laparoscopia não pode ser realizada com segurança ou não pode ser concluída com sucesso. Outras razões para retirar a vesícula através de cirurgia aberta:
- Sangramento inesperado durante a laparoscopia;
- Obesidade;
- Pancreatite (inflamação do pâncreas);
- Gravidez (3º trimestre);
- Problemas graves no fígado;
- Cirurgias anteriores na mesma área do abdômen.
Os riscos gerais da anestesia e da cirurgia incluem reações medicamentosas, problemas respiratórios, sangramento, formação de coágulos sanguíneos e infecção. No caso da cirurgia da vesícula biliar, podem ocorrer ainda:
- Danos aos vasos sanguíneos que irrigam o fígado;
- Lesão no ducto biliar comum;
- Lesão no intestino delgado ou intestino grosso;
- Pancreatite (inflamação do pâncreas).
O/a médico/a cirurgiã/o é o/a especialista responsável pela realização da cirurgia para retirar a vesícula biliar.
Em geral, após uma cirurgia é preciso esperar entre 10 e 30 dias para voltar a beber bebida alcoólica, mas esse tempo varia conforme o tipo de cirurgia e a orientação do/a médico/a.
O consumo de qualquer tipo de bebida alcoólica no pós-operatório deve ser evitado pelo menos enquanto o/a paciente estiver tomando os medicamentos prescritos.
Em cirurgias de médio e grande porte, normalmente recomenda-se que o paciente fique 30 dias sem consumir bebidas alcoólicas.
Na cirurgia bariátrica (gastroplastia), os pacientes só devem consumir bebidas alcoólicas depois de 6 meses, pois além de ser muito calórico, o álcool pode danificar as mucosas do estômago e do intestino, diminuindo assim a absorção de nutrientes.
Se a operação for simples, como a retirada de um nódulo pequeno, pode ser necessário esperar somente 24 horas para voltar a beber, desde que não haja outras contraindicações.
Em cirurgias de hérnia de hiato, por exemplo, recomenda-se que o/a paciente fique sem beber cerveja e outras bebidas com gás nos primeiros meses depois da operação, embora essa indicação esteja mais relacionada com o gás do que com o álcool especificamente.
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Por que devo esperar para beber álcool depois da cirurgia?A ingestão de bebidas alcoólicas no pós-operatório deve ser evitada porque o álcool pode:
- Interagir com a medicação ou interferir no seu efeito;
- Debilitar e desidratar o corpo;
- Diminuir a resistência, aumentando assim o risco de infecções;
- Atuar como agente irritante da mucosa que reveste a boca e o sistema digestivo;
- Aumentar o inchaço, pois o álcool dilata os vasos sanguíneos;
- Aumentar o risco de sangramentos.
Para saber quando você pode voltar a beber bebidas alcoólicas depois de uma cirurgia, converse com o/a médico/a que fez a operação e sigas as suas recomendações.
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A recuperação após a cirurgia de retirada da vesícula normalmente é tranquila, sem grandes complicações. A pessoa fica geralmente internada por um dia e pode retomar as suas atividades em aproximadamente uma semana após a remoção da vesícula. Com duas semanas de pós-operatório, já é possível inclusive realizar exercícios físicos.
Contudo, é essencial permanecer em completo repouso após a cirurgia. Mesmo depois que a pessoa já tiver voltado a andar, os esforços físicos ainda devem ser evitados.
O tempo de recuperação da cirurgia por videolaparoscopia é de cerca de 10 dias. Durante o pós-operatório, a pessoa não deve permanecer longos períodos de tempo deitada. É importante se levantar e caminhar um pouco, várias vezes ao dia.
Quais os efeitos colaterais da retirada da vesícula biliar?A diarreia é o efeito colateral mais comum no pós-operatório da retirada da vesícula. Contudo, assim como em outras cirurgias, existe sempre o risco de ocorrer sangramentos, infecções ou alguma reação alérgica à anestesia.
Na presença de sinais e sintomas como febre acima de 38ºC, feridas com pus, icterícia (pele e olhos amarelados), falta de ar e vômitos, deve-se procurar atendimento médico com urgência.
Após passar o efeito da anestesia, pode haver dor abdominal, dor no pescoço ou ainda nos ombros. Para aliviar esses sintomas, são indicados medicamentos analgésicos e anti-inflamatórios.
A retirada da vesícula não traz grandes consequências, já que a digestão não é afetada de forma significativa. O corpo se adapta à ausência da vesícula biliar depois de algumas semanas ou meses e a pessoa pode voltar a comer alimentos gordurosos.
Em alguns casos mais raros, o paciente pode ter diarreias frequentes, que podem ser controladas com uso de certos medicamentos.
Como é feita a cirurgia para retirar a vesícula biliar? Cirurgia por laparoscopiaA cirurgia mais utilizada para remover a vesícula biliar é feita por videolaparoscopia. O procedimento é realizado através de pequenas incisões no abdômen, pelas quais o cirurgião introduz pinças cirúrgicas na cavidade abdominal e retira a vesícula.
Todo o procedimento é acompanhado através de uma câmera (videolaparoscopia), que também é introduzida no abdômen e permite ao médico visualizar a operação.
Cirurgia abertaA cirurgia para retirar a vesícula também pode ser feita pelo método aberto. Nesses casos, a operação é realizada através de um corte no abdômen, bem maior que as pequenas incisões da videolaparoscopia. Por isso, a cicatriz é mais visível e o tempo de recuperação é maior.
Em casos de câncer de vesícula em estágios mais avançados, a cirurgia é mais extensa (colecistectomia radical), com retirada da vesícula, dos gânglios linfáticos próximos ao tumor e de parte do fígado.
Quando a retirada da vesícula biliar é indicada?A cirurgia para retirar a vesícula é indicada principalmente em casos de cálculos ("pedras") biliares. As pedras podem obstruir o fluxo da bile pela vesícula ou por algum dos ductos biliares, causando dor, inflamação ou infecção. A retirada da vesícula também é indicada quando há sinais de câncer.
A vesícula biliar é um pequeno órgão localizado junto ao fígado e que serve para armazenar a bile. A bile é um suco digestivo produzido pelo fígado que atua como um "detergente" sobre as gorduras, favorecendo a digestão das mesmas.
No entanto, mesmo sem a vesícula, o fígado continua produzindo a bile. Por isso, o organismo consegue digerir e absorver os alimentos normalmente sem o órgão.
O cirurgião geral ou cirurgião do aparelho digestivo é o médico responsável pela retirada da vesícula.
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Há diversas causas para dor abdominal. O abdome é a região que mais abriga órgãos do corpo, sendo, portanto, um desafio o diagnóstico quando surge dor nessa região.
Qualquer um dos órgãos localizados no abdômen ou na cavidade pélvica podem causar dor na barriga. Assim como órgãos próximos, também podem ser responsáveis pela dor abdominal.
Na grande maioria dos casos, a dor abdominal não indica nenhuma doença maligna. Muitas vezes é causada por gases ou prisão de ventre, as cólicas intestinais. Porém, existem casos de maior gravidade, como a dor originada de um tumor, uma hemorragia ou inflamação intestinal grave.
Quais as principais causas de dor abdominal? Colecistite e colelitíase (pedras na vesícula biliar)A dor abdominal ocorre quando há uma obstrução do ducto de drenagem da vesícula biliar para o intestino, devido à presença de uma ou mais pedras. Se a obstrução for prolongada, as enzimas produzidas na vesícula, para auxílio na digestão, que não conseguem passar para o intestino, começam a causar lesão na própria parede, gerando uma inflamação, denominada colecistite.
Nesses casos, a dor é contínua, não responde aos medicamentos analgésicos comuns, e pode vir associada à febre, náuseas e vômitos.
A dor da obstrução da vesícula é chamada de cólica biliar e costuma ser localizada na porção superior direita do abdômen e no meio da barriga. É tipicamente uma cólica que se inicia logo após a ingestão de alimentos gordurosos.
Gastrite e úlcera pépticaUsualmente se apresentam com dor em queimação na região superior do abdômen, principalmente na porção mediana, conhecido popularmente como "boca do estômago".
A intensidade da dor abdominal nesses casos é muito variável e nem sempre é suficiente para diferenciar uma úlcera (ferida na parede do estômago), de uma simples gastrite.
A presença de sangue nas fezes ou nos episódios de vômitos, indica uma emergência médica. As principais causas são a úlcera sangrante ou perfuração da parede do estômago. O tratamento é cirúrgico de urgência, devido aos riscos de morte.
Hepatite agudaAs hepatites mais comuns são aquelas causadas pelos vírus A, B ou C, porém, podem surgir por várias outras causas, entre elas a intoxicação medicamentosa ou o uso abusivo de álcool.
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A hepatite aguda costuma causar uma dor mal definida na porção superior direita do abdômen e está geralmente associada à presença de icterícia (pele e olhos amarelados).
Nesses casos a pessoa deve permanecer internada para acompanhamento e monitoramento em setor de urgência e emergência, até que o diagnóstico e o melhor tratamento sejam definidos.
Pancreatite agudaA pancreatite aguda se caracteriza pela inflamação aguda do pâncreas, que pode ser originada pela presença de cálculos biliares, excesso de consumo de bebidas alcoólicas, e mais raramente, por causas genéticas.
A dor abdominal é intensa, localizada em toda região superior do abdômen, podendo irradiar para as costas, descrita como uma dor em "cinturão apertado", ou dor difusa por todo o abdome. Pode durar vários dias e costuma vir acompanhada de náuseas, vômitos e piora da dor após a alimentação.
O tratamento deve ser realizado em ambiente hospitalar, com jejum prolongado e hidratação intensificada, para evitar as complicações. Raramente é indicado cirurgia nessa fase.
Pedras nos rins (cálculo renal)Caracteriza-se por intensa dor na região lombar, em apenas um lado do corpo. Frequentemente a dor irradia para o abdômen, principalmente nos flancos ou para a virilha do lado obstruído pela pedra, mal-estar, suor frio e sangue na urina, mesmo sem dor.
Nos casos de obstrução com infecção, apresenta também febre alta. O tratamento é realizado de acordo com a causa e local da pedra. Por vezes é necessário cirurgia de urgência para drenagem e para evitar complicação nos rins.
O acompanhamento posterior com urologista, ajuda a evitar novos episódios de urgência.
DiverticuliteNa maioria dos casos, manifesta-se como uma dor no quadrante inferior esquerdo do abdômen e em pessoas acima de 60 anos. A dor dura vários dias e pode ou não vir acompanhada de febre e sangue nas fezes.
ApendiciteÉ a inflamação no apêndice, pequeno órgão em forma de saco, localizado no final do intestino delgado. Caracteriza-se por uma dor que piora progressivamente, inicialmente por toda a barriga, ou redor do umbigo, que depois se localiza no quadrante inferior direito do abdômen.
É comum haver febre e vômitos associados, além de falta de apetite e constipação intestinal. Necessita de tratamento cirúrgico de emergência.
Infecção intestinalA manifestação mais comum é a cólica abdominal associada a diarreia e vômitos. Se causada por vírus (maior parte dos casos), não requer tratamento específico. Se associada à evacuação com sangue ou febre, requer tratamento com antibióticos.
No caso de dor abdominal, diarreia com sangue ou febre alta, procure um serviço de emergência para avaliação e prescrição do medicamento.
Obstrução, infarto e isquemia intestinalA obstrução intestinal, infarto e isquemia intestinal, são situações muito graves, com elevado risco de morte.
Clinicamente causam dor abdominal de forte intensidade, que piora rápido e progressivamente e acomete todo o abdômen, constipação e distensão ou inchaço na barriga. O tratamento é cirúrgico de emergência.
Causas ginecológicasDoenças dos ovários, endometriose, mioma uterino e gravidez ectópica são causas comuns de dor abdominal na mulher. Nesses casos, a dor abdominal varia conforme a localização do problema, mas em geral está localizada na região inferior do abdômen (pelve).
Pode vir associada a alterações menstruais, febre, mal-estar e perda de peso, nos casos de tumores.
Cólica menstrualAs cólicas menstruais ocorrem na porção inferior do abdômen e podem irradiar-se para as costas e para as coxas. Sintomas como náuseas, irritabilidade, suor frio, dor de cabeça, fezes amolecidas e tonturas, são frequentemente associados. Também pode lhe interessar: Infecção urinária
Na infecção urinária, a dor abdominal é localizada no baixo ventre, associada a ardência para urinar, sensação de esvaziamento incompleto da bexiga e aumento no número de micções, sempre em pequena quantidade.
O tratamento deve ser feito com antibióticos, antissépticos urinários e boa hidratação, para evitar uma complicação nos rins.
PeritoniteA peritonite é uma infecção difusa dentro do abdômen, portanto costuma ser uma complicação de outras infecções, como a colecistite, apendicite ou pancreatite que não foram tratadas a tempo.
O quadro clínico é de uma dor abdominal difusa e de forte intensidade, que piora com a compressão do abdômen, febre e mal-estar. O tratamento é cirúrgico de urgência, devido ao alto risco de óbito.
Doença de Crohn e retocolite ulcerativaA dor abdominal nessas doenças está normalmente associada a alterações nas fezes e perda de peso. Na retocolite pode haver comprometimento do ânus, com presença de fissuras e sangramento.
Cetoacidose diabéticaCausa dor abdominal difusa, associada a vômitos e alteração na glicemia. Ocorre em pacientes diabéticos com controle alimentar e medicamentoso inadequado.
Sinais de emergênciaOs sinais e sintomas de gravidade, que indicam a necessidade de procurar um serviço de urgência imediatamente são:
- Dor abdominal intensa
- Vômitos
- Fezes com sangue
- Febre
- Icterícia (pele ou olhos amarelados)
- Confusão mental
- Desmaio
Em vista de tantas possibilidades para causar uma dor abdominal e devido ao alto risco em algumas situações, sugerimos que na presença de dor abdominal com sinais e sintomas de gravidade, procure um serviço de pronto atendimento imediatamente.
No caso das dores intermitentes (que vão e vem), de longa duração, procure um médico clínico geral, médico de família ou um gastroenterologista.
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