Os exames que servem para diagnosticar leucemia são o hemograma (exame de sangue) e o exame da medula óssea (mielograma).
Porém, o diagnóstico da leucemia só é confirmado após o exame da medula óssea. O exame consiste na retirada de uma pequena quantidade do material esponjoso de dentro do osso e na análise das células ali encontradas.
Podem ainda ser necessários mais estudos para classificar a leucemia quanto ao seu subtipo e risco, como os exames de biologia molecular.
O tratamento da leucemia vai depender do tipo de leucemia, para onde a doença se espalhou, da idade da pessoa, bem como da presença de outros problemas de saúde. O tratamento pode incluir:
- Quimioterapia: Grupo de medicamentos capazes de matar as células cancerosas;
- Radioterapia: Radiação usada para destruir as células cancerígenas;
-
Transplante de medula óssea: O tratamento consiste na substituição das células da medula óssea mortas na quimioterapia ou radioterapia. A doação dessas células pode vir:
- Do próprio paciente: Retiram-se as células da medula óssea do paciente antes do tratamento ser concluído e colocam-nas de volta depois de ter concluído o tratamento de quimioterapia ou radioterapia;
- De pessoas relacionadas com o paciente, normalmente irmão de mesmo pai e mesma mãe, e cujo sangue seja correspondente ao dele;
- De pessoas sem parentesco com o paciente, mas que têm sangue correspondente ao dele;
- Do cordão umbilical de um bebê recém-nascido, desde que o sangue corresponda ao do paciente;
- Cirurgia: O tratamento pode incluir a remoção cirúrgica do baço.
É importante lembrar que não existe maneiras de prevenir ou diagnosticar precocemente a leucemia.
Mesmo os casos crônicos da doença podem não manifestar sintomas. No hemograma verifica-se uma alteração no sangue, mas o paciente pode não apresentar nenhum sintoma.
O diagnóstico e tratamento da leucemia é da responsabilidade dos médicos hematologista e oncologista.
Saiba mais em:
Leucemia tem cura? Como é o tratamento?
Hemácias altas na urina ou hematúria, significa a presença de sangue na urina e pode ser provocada por doenças como infecção urinária, pedras nos rins, alterações de próstata, bexiga e problemas renais.
O tratamento depende da causa do sangramento. O médico urologista é o especialista nos casos de doença renal, e deve avaliar cada caso de maneira individual.
Existem casos que são conduzidos apenas com orientação alimentar, aumento da ingestão de água e orientações, mas outros podem precisar de cirurgia ou quimioterapia.
7 Causas de hemácias altas na urina1. Infecção urináriaExistem três tipos de infecção urinária: a cistite (infecção da bexiga), pielonefrite (infecção dos rins) e uretrite (infecção da uretra). A mais comum entre elas é a cistite, que tem como sintomas a ardência ao urinar, urgência e vontade de urinar mesmo que você esteja com a bexiga vazia, dificuldade de segurar a urina e sensação de peso na barriga.
No entanto, a hematúria é mais encontrada na pielonefrite, além de febre, calafrios, náuseas, vômitos e dor nas costas.
Como tratar? É importante que você aumente a ingestão de água, entretanto, o tratamento da infecção urinária é feito com uso de antibióticos e, por este motivo, você deve procurar um médico de família, clínico geral ou urologista.
2. Pedra nos rinsPedras nos rins ou cálculo renal são massas duras que se formam no trato urinário e nem sempre produzem sintomas. Quando passam pelo ureter, canal que liga o rim à bexiga, as pedras provocam alguns machucados e a pessoa começa apresentar sangue na urina e dor no baixo ventre.
Além do sangramento, o cálculo renal pode causar dor na região intensa na região lombar, calafrios, febre e mal-estar.
Como tratar? Para evitar formação de cálculos procure se alimentar bem, com pouco sal, aumentar a consumo de água durante o dia e manter acompanhamento com urologista.
Mas se sentir dor intensa, febre ou calafrios, o cálculo pode estar obstruindo o ureter, podendo causar infecção renal grave. Por isso, neste caso é preciso que procure um serviço de urgência imediatamente, para dar início ao tratamento de desobstrução da via urinária, que por vezes exige cirurgia.
3. Alterações na próstataDoenças de próstata como a prostatite e a hiperplasia prostática benigna podem causar o aumento das hemácias na urina. Outros sintomas comuns a essas doenças são: urgência urinária, aumento da frequência de micção com pouco volume de xixi, dor durante a micção, ereção, ejaculação e defecação.
Como tratar? A prostatite é tratada com uso analgésicos, anti-inflamatórios e, quando necessário, com antibióticos. Além disso, pode ser efetuada massagem na próstata, feita pelo urologista, para reduzir a inflamação. No caso da hiperplasia prostática benigna, são indicados medicamentos e, em alguns casos, cirurgia, cabe ao urologista definir a melhor conduta, individualmente.
4. TraumaAcidentes de carro, por exemplo, ou qualquer impacto direto, principalmente, sobre os rins e bexiga podem provocar lesões no sistema urinário, levando a presença de hemácias na urina.
Como tratar? Traumatismo do sistema renal e urinário é considerado uma emergência médica. Por este motivo, o paciente deve ser levado o mais rapidamente possível ao hospital, e ser avaliado por um cirurgião ou urologista.
5. Esforço físicoHemácias altas na urina podem ocorrer devido ao excesso de atividade física. Embora seja uma situação mais rara, pode acontecer em decorrência de desidratação ou lesão na bexiga.
Como tratar? É importante que você aumente a ingestão de líquidos e busque atendimento de um urologista para investigar a causa específica e definir o melhor tratamento.
6. Uso de medicamentosAlguns medicamentos, especialmente, os anticoagulantes e analgésicos, podem ocasionar hemácias altas na urina. A aspirina é um exemplo de medicamento usado como anticoagulante e analgésico que pode causar a este efeito, principalmente em pessoas idosas.
Como tratar? É preciso que você procure o médico que prescreveu o medicamento, pois pode ser necessário ajustar a dosagem ou, quando possível, trocar por outro remédio.
O câncer renal e o câncer de bexiga são duas doenças que causam sangue na urina, acompanhados de febre baixa sem motivo aparente, perda de peso e inchaço no abdome. No câncer renal, a pessoa sente dor entre as costelas e o quadril do lado esquerdo o direito.
Como tratar? Nestes casos, é importante que você busque rapidamente um médico de família, nefrologista ou urologista. Quanto mais precoce for o diagnóstico e o tratamentos maiores são as chances de recuperação.
O que é hematúria?A hematúria é a presença de sangue na urina. Dependendo da quantidade de hemácias na urina, o sangue pode ser visível na urina, tornando a coloração mais avermelhada ou escura, mas em casos de pouca hemácia, não sofre alteração nenhuma e as hemácias são identificadas apenas no exame de urina.
O resultado para as hemácias em um exame de urina normal pode ser descrito de 3 formas diferentes e segue os seguintes valores de referência, a depender do laboratório:
- hemácias ausentes/hemácias raras,
- 3 a 5 hemácias por campo ou
- Menos de 10.000 células/mL.
Além da presença de sangue na urina, alguns sintomas servem de alerta de algo mais grave pode estar acontecendo:
- Presença de sangue na urina por mais de 48 horas,
- Coágulos na urina,
- Pressão alta,
- Febre,
- Suor noturno,
- Inchaço (edema) nas pernas e pés e
- Perda de peso.
Independente da causa, sempre que você apresentar presença de sangue na urina ou se o seu exame de urina indicar hemácias altas, busque um médico de família, urologista ou nefrologista para diagnóstico e tratamento adequados.
Para conhecer mais sobre hemácias altas ou sangue na urina, você pode ler:
Hemácias na urina: o que isso significa?
Hemoglobina na urina é grave? O que pode ser?
Referências
American Urological Association - UHA. Diagnóstico, avaliação e acompanhamento da micro-hematúria assintomática (MHA) em adultos. American Urological Association, 2016.
Brasil. Ministério da Saúde. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Endocrinologia e nefrologia. Brasília: Ministério da Saúde, 2016.
Brasil. Ministério da Saúde. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Urologia. Brasília: Ministério da Saúde, 2016.
O RDW (Red Cell Distribution Widt), em português Amplitude de Distribuição dos Glóbulos Vermelhos, é uma das medidas apresentadas no hemograma, que indica a variação de tamanho das hemácias.
Essa variação de tamanhos recebe o nome de anisocitose, e o valor considerado normal nos adultos e crianças, varia entre 11,6 e 14,5%.
O índice de RDW é geralmente utilizado para identificar os diferentes tipos de anemia. Em conjunto com as outras medidas do hemograma, como o VCM, HCM e CHCM, o RDW é possível identificar a anemia, e iniciar o tratamento mais eficaz.
RDW altoAcima de 14,5%, ou até mais, em alguns casos dependendo da idade e dos valores de referência dos laboratórios, o índice de RDW é considerado aumentado, ou seja, existe grande variedade de hemácias com tamanhos diversos.
As principais causas de RDW elevado são:
- Anemia carencial (por exemplo, devido a deficiências de ferro, folato ou vitamina B),
- β-talassemia (doença hereditária),
- Anemia falciforme,
- Esferocitose hereditária,
- Transfusão de sangue,
- Anemias hemolíticas,
- Estresse oxidativo,
- Doenças renais.
O índice de RDW abaixo de 11%, indica é um sinal de que os glóbulos vermelhos do sangue apresentam pouca variação de tamanho entre eles, o que pode descartar a presença dos tipos mais comuns de anemia, já que nesses casos os valores de RDW costumam estar aumentados.
As principais causas de RDW baixo são:
- anemia aplástica,
- doença hepática crônica,
- quimioterapia,
- certos medicamentos (antivirais, por exemplo).
Nem sempre. O exame de RDW precisa ser avaliado em conjunto com as outras medidas apresentadas no exame de sangue, chamados índices hematimétricos.
O RDW avalia a variação entre os tamanhos das hemácias, o VCM avalia o volume dessas células. O HCM e CHCM avaliam a quantidade média de hemoglobina no sangue. Todos juntos contribuem para analisar todas as características das hemácias e assim, qual doença pode causar essas alterações.
Uma anemia ferropriva, por exemplo, se apresenta com VCM baixo e RDW alto, já que são células menores e de tamanhos mais variados, pela falta de ferro. As anemias de doenças crônicas, como a diabetes mellitus de longa data pode manter as métricas normais.
Portanto, o exame de RDW, assim como outras medidas, não devem ser analisados de forma isolada, mas interpretadas pelo médico que o solicitou, sempre em conjunto, inclusive com as queixas e o exame físico.
Na suspeita de anemia, procure o seu médico de família, ou o hematologista.
Saiba ainda mais sobre esse assunto, nos artigos:
No hemograma, o que significa VCM, HCM e RDW?
Hemácias normocíticas e normocrômicas é anemia?
Referências:
- Leila Monteiro. Valores de referência do RDW-CV e do RDW-SD e sua relação com o VCM entre os pacientes atendidos no ambulatório do Hospital Universitário Oswaldo Cruz - Recife, PE. Rev. Bras. Hematol. Hemoter.
- Giuseppe Lippi, et al.; Red blood cell distribution width: A marker of anisocytosis potentially associated with atrial fibrillation. World J Cardiol. Dec 26;11(12):292-304. 2019.
Muitas condições diferentes podem causar neutrofilia, desde variações normais que acontecem em certas épocas da vida do indivíduo até infecções, inflamações, sangramentos, alguns tipos de câncer e o uso de algumas medicações.
A neutrofilia é o aumento na quantidade de neutrófilos, que é um dos tipos de células do sangue responsável pelo combate a infecções. Por si só, não é uma doença e não precisa ser tratada. Entretanto, ela é o sinal de que algo pode estar acontecendo no corpo, e a causa deve ser investigada.
Saiba mais em: Neutrófilos altos no hemograma: O que significa?
Se a doença for diagnosticada na fase inicial, o paciente tem uma grande chance de ficar curado. Quanto mais cedo a leucemia for detectada, melhor é a resposta ao tratamento e maiores são as probabilidades de cura.
O tratamento da leucemia deve levar em consideração o grau de avanço da doença, podendo incluir quimioterapia, radioterapia e imunoterapia.
O objetivo do tratamento é destruir as células cancerígenas para que a medula óssea possa voltar a produzir células sanguíneas normais. A terapia inclui quimioterapia, controle das complicações decorrentes das infecções e das hemorragias, além da prevenção ou do combate à doença no sistema nervoso central.
Como é o tratamento da leucemia aguda?Nas leucemias agudas, o tratamento é feito com quimioterapia e inclui ainda o controle de complicações como infecções e hemorragias, bem como a prevenção ou combate da doença no cérebro e medula espinhal. Em alguns casos, pode ser necessário realizar um transplante de medula óssea.
O tratamento da leucemia é realizado em etapas. A primeira fase tem o objetivo de obter uma remissão completa da doença com quimioterapia.
Os resultados dessa primeira etapa do tratamento podem ser observados cerca de 30 dias depois do início da quimioterapia. Para confirmar a remissão da leucemia, os exames de sangue e da medula óssea não devem mais indicar a presença de células doentes.
Contudo, muitas vezes permanecem células cancerígenas na circulação e o tratamento precisa ser continuado para a leucemia não voltar.
As etapas seguintes do tratamento dependem do tipo de célula afetada pela leucemia. Nas leucemias linfoides, a duração do tratamento pode ser superior a 2 anos. Já nas leucemias mieloides, o tratamento tende a durar menos de 1 ano. A exceção é para a leucemia promielocítica aguda, cuja duração é de mais de 2 anos.
Leucemia linfoblástica agudaO tratamento da leucemia linfoblástica na fase aguda é dividido em 3 fases: remissão, consolidação (tratamento com quimioterapia) e manutenção (tratamento mais leve e com vários meses de duração).
Durante o tratamento da leucemia linfoblástica aguda, a pessoa pode precisar ficar internada devido às infecções provocadas pela diminuição do número de glóbulos brancos (células de defesa) ou pelas complicações decorrentes do tratamento.
Leucemia mieloide agudaNesse tipo de leucemia, a etapa de manutenção só é mantida para casos específicos e complicados de leucemia, como a leucemia promielocítica aguda, que provoca hemorragias graves.
Nesses casos, os exames da medula óssea podem detectar mutações genéticas específicas e o tratamento é feito com quimioterapia e um medicamento administrado por via oral chamado tretinoina. Com a combinação de ambos tratamentos, as taxas de cura da leucemia são muito elevadas.
Como é o tratamento da leucemia crônica? Leucemia mieloide crônicaNa leucemia mieloide crônica, não é usada quimioterapia. O tratamento para esse tipo de leucemia é feito com um medicamento oral específico que inibe a multiplicação das células cancerígenas. Se o tratamento falhar, pode então haver necessidade de quimioterapia ou transplante de medula óssea.
Leucemia linfocítica crônicaO tratamento da leucemia linfocítica crônica é realizado com quimioterapia, imunoterapia e medicamentos orais. O tipo de tratamento irá depender de fatores como idade, avanço da doença, presença de outras doenças e ainda da capacidade do paciente suportar a quimioterapia.
RadioterapiaA radioterapia pode ser indicada para as áreas com muitos gânglios linfáticos, já que a circulação linfática pode servir de meio para o câncer se espalhar para outros tecidos e órgãos do corpo.
QuimioterapiaA quimioterapia usada na leucemia é agressiva, não só para os glóbulos brancos doentes como também para as células normais.
Leia também: O que é quimioterapia e quais os diferentes tipos?
Daí ser normal os níveis de glóbulos brancos caírem com o tratamento, deixando o paciente suscetível a infecções. Nesses casos, pode haver necessidade de internação hospitalar.
O que é leucemia?A leucemia é um câncer que afeta os glóbulos brancos (leucócitos) do sangue. A doença aumenta a produção de células do sangue pela medula óssea, levando a um acúmulo de células jovens na medula. Essas células jovens anormais acabam por substituir as células sanguíneas normais, caracterizando a leucemia.
Veja também: O que é medula óssea e para que serve?
A confirmação do diagnóstico da leucemia é feito através do mielograma. O exame consiste na retirada e análise de material do interior da medula óssea, localizada dentro do osso.
Assim que o diagnóstico da leucemia é confirmado, realiza-se uma tomografia computadorizada (TAC) para avaliar o grau de avanço da doença e determinar o tratamento.
O especialista responsável pelo diagnóstico e tratamento da leucemia é o médico hematologista.
Os tipos de câncer no sangue mais comuns são os linfomas, as leucemias e os mielomas múltiplos. Muitas vezes os cânceres de sangue não manifestam sintomas nas fases iniciais, sobretudo as leucemias e os linfomas. Quando presentes, os sinais e sintomas podem incluir febre, cansaço, dor nos ossos, infecções frequentes, nódulos ("ínguas") no pescoço, axilas, virilha ou atrás do joelho, manchas vermelhas na pele, perda de peso, entre outros.
Os linfomas são comuns em adultos. A leucemia é mais frequente em crianças e tende a se manifestar na sua forma mais agressiva, enquanto que o mieloma múltiplo afeta sobretudo indivíduos idosos.
O linfoma é um tipo de câncer no sangue que afeta o sistema linfático. A doença tem início nos linfócitos, células de defesa encontradas sobretudo nos linfonodos, também conhecidos como gânglios linfáticos.
O principal sinal dos linfomas é o aumento dos linfonodos, que pode ser notado pela presença de ínguas atrás dos joelhos, no pescoço, nas axilas, na virilha ou na região da clavícula. O crescimento dos gânglios pode ser lento ou rápido, conforme o tipo de linfoma, Hodgkin ou não-Hodgkin.
Veja também: O que é linfoma?
A leucemia é outro tipo de câncer no sangue que afeta os glóbulos brancos (leucócitos). As células começam a se multiplicar descontroladamente e acumulam-se na medula óssea, onde são produzidas.
À medida que se multiplicam, os leucócitos acabam por interferir ou até mesmo impedir a formação das demais células do sangue, como plaquetas, glóbulos vermelhos e outros glóbulos brancos.
Os sintomas da leucemia são decorrentes da falta de produção dessas células, o que pode causar sangramentos nas mucosas do nariz e da boca, manchas rochas no corpo ou pintas vermelhas logo abaixo da pele, anemia, aumento da frequência cardíaca, cansaço e infecções frequentes.
Leia também: O que é leucemia?
O mieloma múltiplo é um câncer que afeta as células do plasma do sangue localizadas na medula óssea. Tratam-se de células que produzem anticorpos e participam das defesas do organismo.
Os sinais e sintomas do mieloma múltiplo podem incluir dor nos ossos do tórax, braços ou pernas, alterações no funcionamento dos rins e insuficiência renal, anemia, fadiga, fraqueza, palidez, infecções frequentes, falta de apetite, náuseas e vômitos, emagrecimento, incontinência urinária ou fecal, aumento do número de micções, entre outros.
O médico hematologista e o médico oncologista são os especialistas responsáveis pelo diagnóstico e tratamento do câncer no sangue.
Saiba mais em:
Ter o LDH baixo é uma condição considerada normal na grande maioria dos casos. Quando o resultado do exame de LDH (lactato desidrogenase) apresenta valores baixos, normalmente não está associado a doenças ou problemas de saúde.
Contudo, há uma condição em especial que pode baixar os níveis de LDH no sangue, que é a ingestão de vitamina C em excesso. Mesmo assim, não se trata de uma doença, mas sim de uma situação temporária observada apenas em alguns casos.
O lactato desidrogenase (LDH) é uma substância que está presente em quase todas as células do corpo. Trata-se de uma enzima que participa nas reações químicas que ocorrem na célula para obter energia a partir da glicose sem utilizar oxigênio (anaerobiose).
Portanto, a quantidade de LDH total no sangue normalmente é baixa, uma vez que o lactato fica dentro das células. Os valores de referência no exame variam entre 115 e 225 UI/L.
Por outro lado, se houver danos ou destruição de algum tecido do corpo, o lactato que estava dentro das células é despejado na circulação, o que deixa o nível de LDH alto.
Daí o exame de LDH ser usado para detectar as causas e saber qual o órgão ou tecido que sofreu danos, bem como monitorar a evolução das lesões progressivas.
O lactato desidrogenase também serve de marcador para acompanhar a resposta ao tratamento do câncer, uma vez que a terapia tende a baixar o nível de LDH.
Saiba mais em: LDH alto, o que significa?
O LDH está distribuído pelo corpo em 5 formas diferentes, conforme o órgão ou tecido em que está localizado. São as chamadas isoenzimas de LDH (LDH-1, LDH-2, LDH-3, LDH-4, LDH-5).
Assim, se o nível de lactato desidrogenase total estiver alto, pode ser solicitado o exame das isoenzimas ou outros exames para ajudar a identificar a origem e a localização das lesões teciduais.
É sempre importante frisar que a interpretação do resultado do exame de LDH deve ser feita pelo médico que o solicitou. Os valores apresentados devem ser correlacionados com a história clínica do paciente, o exame físico feito pelo médico e o resultado de outros exames solicitados.
Leucemia é um tipo de câncer que afeta os glóbulos brancos do sangue, conhecidos como leucócitos. A doença começa quando algumas dessas células sofrem mutações e começam a se multiplicar de forma descontrolada na medula óssea, substituindo as células sanguíneas normais.
Os leucócitos, um tipo de glóbulo branco, estão entre as células mais importantes do sistema imunológico e também são produzidos na medula óssea. Ao microscópio, esses linfócitos não apresentam nenhuma anormalidade. Porém, o seu funcionamento não é normal.
A medula óssea, também conhecida como "tutano", é o local no interior do osso onde são formadas as células sanguíneas (glóbulos brancos, glóbulos vermelhos e plaquetas). Está presente sobretudo nos ossos grandes e largos, como os ossos da bacia e o osso esterno, localizado no meio do tórax.
A leucemia afeta as células estaminais da medula óssea. É a partir dessas células que se originam as células maduras do sangue.
Na leucemia, ocorre um acúmulo de leucócitos jovens anormais na medula óssea, que substituem as células normais do sangue. A doença pode ser classificada como aguda ou crônica, dependendo da velocidade de agravamento.
Na leucemia aguda, essas células apresentam uma maior velocidade de multiplicação, enquanto que na crônica elas têm um tempo de sobrevivência maior.
Leucemia agudaA leucemia aguda geralmente tem uma evolução rápida e os glóbulos brancos cancerígenos não são capazes de exercer as funções dos glóbulos brancos normais. O número de leucócitos doentes aumenta rapidamente e a doença se agrava em pouco tempo.
Leucemia crônicaA leucemia crônica normalmente tem uma evolução lenta. No início, as células cancerosas ainda conseguem realizar algumas funções das células normais. Entretanto, a doença vai piorando lentamente, conforme o número de células leucêmicas aumenta.
Quais são os tipos de leucemia?Há diversos tipos de leucemia. A mais comum é a leucemia linfática crônica, que tem origem em células que formam os glóbulos brancos.
As células estaminais da medula originam 2 tipos de células: linfoide e mieloide. As mieloides formam os leucócitos, as plaquetas e as hemácias (glóbulos vermelhos). Já as linfoides formam os linfócitos (glóbulos brancos) e os plasmócitos.
Quando as células mieloides estão doentes, surge a leucemia mieloide; quando são as linfoides, temos a leucemia linfoide.
Assim, os principais tipos de leucemia são:
- Leucemia linfoblástica aguda: é a leucemia mais frequente em crianças;
- Leucemia mieloide aguda: ocorre em adultos e crianças;
- Leucemia linfoide crônica: ocorre sobretudo em adultos;
- Leucemia mieloide crônica: também é mais comum em adultos.
A leucemia não tem uma causa definida. Porém, existem fatores de risco que aumentam as chances de desenvolver a doença, tais como: idade superior a 60 anos, ser homem, história de leucemia na família (principalmente parentes de 1º grau) e doença autoimune que ataca os glóbulos vermelhos ou as plaquetas.
Quais são os sintomas da leucemia?Os principais sintomas da leucemia são o aumento dos linfonodos (ínguas) e a ocorrência de infecções, uma vez que os glóbulos brancos são as células de defesa do organismo.
Outros sinais e sintomas que podem estar presentes incluem anemia, cansaço, falta de ar, palidez, sangramentos frequentes nas gengivais, na pele e nas mucosas, presença de caroços no corpo (principalmente pescoço, virilhas e axilas), aumento de volume do baço, febre, transpiração noturna e perda de peso.
No início, a leucemia não manifesta sintomas. Quando surgem, são leves e pioram gradualmente, conforme o agravamento da doença.
A leucemia apresenta um desenvolvimento bastante lento, durante meses ou anos. A anemia, as hemorragias e as infecções podem levar anos para se manifestar.
Muitas vezes o diagnóstico ocorre por acaso, ao fazer exames para outras doenças ou situações. Os linfócitos doentes podem se acumular na medula óssea durante meses ou anos sem interferir no funcionamento da medula.
Porém, com o tempo, os glóbulos brancos anormais começam a ocupar todo o espaço da medula óssea, dificultando a substituição das células sanguíneas normais, que acabam por morrer. Nessa fase, surgem os sinais e sintomas da leucemia.
Como é o tratamento da leucemia?O tratamento da leucemia pode incluir quimioterapia, terapia biológica e transplante de medula óssea. O objetivo do tratamento muitas vezes é reduzir o número de glóbulos brancos.
Os médicos oncologista e hematologista são os especialistas responsáveis pelo tratamento da leucemia.
Leia também: Uma infecção no sangue pode virar leucemia?