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Como é o Sangramento de Nidação e quanto tempo dura?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O sangramento de nidação é um pequeno sangramento vaginal, de coloração mais clara, quase imperceptível, considerado um dos primeiros sinais de gravidez. A sua duração é bem curta, variando de 1 a 3 dias.

Suas principais características são:

1. Coloração rosada

A coloração é mais clara e rosada, mas pode aparecer também em tom vermelho amarronzado, semelhante à borra de café, por este motivo, é muitas vezes confundido com a menstruação.

2. Duração de no máximo 3 dias

O sangramento de nidação deve durar até 3 dias, no máximo. Em média, dura de 1 a 2 dias.

Se o sangramento aumentar em quantidade, durar mais de 3 dias ou se tornar vermelho vivo, é importante consultar o seu médico ginecologista ou obstetra.

3. Não tem cheiro

O sangramento não tem cheiro e quase não é visto, pode apenas sujar a roupa íntima ou ser observado no papel higiênico, após limpar-se.

Qual a diferença entre menstruação e nidação?

O que diferencia o sangramento de nidação da menstruação são principalmente a quantidade do sangramento e a sua coloração.

Na nidação o sangramento é mais clarinho e sempre muito pouco. Na maior parte das vezes, apenas suja a calcinha. A mulher percebe ao se secar com papel higiênico. Além disso, ele tende sempre a diminuir com o tempo e não ultrapassa 3 dias. O mais comum é durar apenas 1 dia.

A menstruação geralmente dura de 3 a 7 dias, com volume maior de sangue, especialmente nos primeiros dias, sendo necessário o uso de absorventes e a sua coloração é mais avermelhada ou marrom escuro.

Nidação dá cólicas?

Sim. Pode haver uma cólica leve, ou sensação de cólicas, com algumas pontadas na região do baixo ventre. Isto ocorre devido ao movimento do embrião para se fixar no endométrio.

As cólicas que ocorrem durante a nidação costumam ser menos dolorosas do que as que acontecem durante o período menstrual.

Quando ocorre o sangramento de nidação?

O sangramento de nidação ocorre quando o embrião se fixa na parede do útero, em média, 7 a 15 dias após a fecundação, no período fértil.

Lembre-se que nem todas as mulheres que engravidam apresentam ou mesmo percebem o sangramento de nidação, e que esse fato não indica nenhum problema. Estima-se que apenas 20% das mulheres observem esse sangramento.

A nidação ocorre antes ou depois do atraso menstrual?

A nidação acontece antes do atraso menstrual. A fixação do bebê no útero, ocorre de 10 a 15 dias depois da menstruação, no período fértil, se a gravidez aconteceu.

Portanto, se após um pequeno sangramento rosado, a menstruação atrasar por mais de 2 semanas, pode ser sim, um sinal de gravidez.

Quanto tempo após o sangramento de nidação posso fazer o teste de gravidez?

Em média, cinco a sete dias após o sangramento de nidação. Isso é uma estimativa, porque acredita-se que a nidação leve de 7 a 15 dias ocorrer. Este é o tempo que o óvulo fecundado demora para se deslocar da trompa até a cavidade uterina.

Entretanto, o mais recomendado é que o teste de gravidez, de farmácia ou o Beta-HCG, seja feito após 15 dias de atraso da menstruação.

Conhecer as fases do seu ciclo menstrual pode ajudar muito a perceber o sangramento de nidação e a outros sinais de gravidez.

Para maiores esclarecimentos sobre o assunto, converse com o/a seu/sua ginecologista, ou equipe de saúde da família.

Veja também:

Melhor anticoncepcional: 5 dicas para ajudar na sua escolha
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A escolha do melhor anticoncepcional irá depender especialmente do estilo de vida de cada mulher, os possíveis efeitos colaterais e o planejamento familiar.

As pílulas são o método mais conhecido para evitar a gravidez, porém com a evolução dos medicamentos e diversidade, as mulheres podem procurar o que mais se adapte às suas necessidades e preferências.

As condições de saúde e condições financeiras, também devem ser consideradas.

1. Considerar o seu estilo de vida

O estilo de vida e o motivo pelo qual pretende usar métodos contraceptivos são muito importantes para essa escolha. Por exemplo, para mulheres ativas que possuem uma vida agitada e esquecem com frequência de tomar medicamentos, a pílula de uso contínuo, que precisa usar diariamente, pode não ser o melhor método.

O fato de esquecer de tomar a pílula compromete a sua eficácia. Deste modo, é recomendado um método mais prático e duradouro como o anel vaginal ou anticoncepcional injetável, que devem ser aplicados uma vez ao mês ou a cada 3 meses.

O implante subdérmico ou DIU também podem ser uma boa opção, se não houver contraindicações de saúde.

2. Conhecer os efeitos colaterais dos anticoncepcionais

Conhecer os possíveis efeitos colaterais de cada um dos métodos anticoncepcionais é a primeira dica. Isso porque além de ajudar na escolha, evita um desconforto e trocas constantes de contraceptivos.

Os efeitos colaterais são a principal causa de desistência das medicações entre as mulheres, especialmente aqueles que apresentam aumento de peso (bastante raro), tontura ou sangramento de escape (episódios de sangramento no meio do ciclo) com o seu uso.

Embora a maioria dos efeitos colaterais tenham uma duração curta, de 1 a 3 meses do início do tratamento, dependendo do caso e condições de saúde, mesmo esse período curto pode ser prejudicial para a mulher ou intolerável.

3. Informar se teve bebê recentemente e sobre amamentação

As mulheres que tiveram bebê há pouco tempo e que estão amamentando, devem utilizar os anticoncepcionais que contenham apenas progesterona. As pílulas com estrogênio e progesterona são as mais comuns, porém o estrogênio passa para o leite materno e pode prejudicar a saúde do bebê.

Portanto, estas mulheres podem utilizar a pílula de uso contínuo, as injeções mensais ou trimestrais de progesterona. O momento ideal para recomeçar o uso de anticoncepcional, mesmo que apenas com a progesterona deve ser definido pelo ginecologista.

4. Analisar as condições de saúde e histórico familiar

Na escolha do anticoncepcional, o estado de saúde e histórico familiar são muito importantes.

A presença de doenças crônicas e uso regular de certas medicações, podem contraindicar o uso de contraceptivos com hormônios, pois aumenta o risco de doenças tromboembólicas como o infarto e o AVC (acidente vascular cerebral).

História familiar de trombose, troboembolismo de AVC também contraindica parcialmente, o uso de algumas classes dessa medicação. Neste caso é preferível o uso de métodos de barreira ou DIU (dispositivo intrauterino), sem hormônios.

Problemas no útero é uma situação que pode contraindicar o uso de DIU, pelo risco de mau posicionamento, ou deslocamento do dispositivo, o que interfere na eficácia do método.

Informe ao médico, especialmente se é portadora de:

  • Enxaqueca e TPM fortes,
  • Acne,
  • Problemas de coagulação do sangue ou trombose,
  • Endometriose e
  • Ovários policísticos.

A avaliação médica e exames laboratoriais e de imagem, devem ser realizadas como rotina, para a definição do melhor método de contracepção, para cada mulher.

O melhor anticoncepcional para uma mulher, pode não ser o mais adequado para a outra.

5. Perguntar sobre o custo

Na escolha do melhor anticoncepcional é preciso conhecer o custo mensal de cada método. Inicialmente pode não ter grande impacto, mas precisa lembrar que o uso pode ser prolongado.

Existem marcas de anticoncepcionais orais (pílulas) ou DIU disponibilizados no Sistema Único de Saúde de forma gratuita, enquanto outros métodos, como os implantes subcutâneos, tem um custo elevado e podem não ser viáveis financeiramente.

Definir o custo adequado à sua situação financeira é uma dica que ajuda a manter o uso correto da medicação, o que é fundamental para a eficácia do remédio. Esquecer algum dia ou atrasar a aplicação da medicação, além de possibilitar uma gravidez não planejada, pode causar complicações como um descontrole hormonal.

Qual o melhor anticoncepcional para não engordar?

Algumas classes de anticoncepcionais estão relacionados com a retenção de líquido, o que acaba dando a sensação na mulher de aumento de peso, embora não aconteça em toda mulheres.

As mulheres que desejam evitar o efeito de retenção hídrica, pode optar pelo anticoncepcional que contém o hormônio drospirenona na sua formulação, por ser uma substância que possui ação diurética, impedindo a retenção de líquido.

São exemplos: o Iumi®, Elani 28®, Yas® e Yasmin®.

No entanto, estudos demonstraram que os anticoncepcionais com essa formulação, possuem um risco aumentado para trombose e doenças tromboembólicas. Sendo assim, antes de iniciar algum desses medicamentos, é fundamental passar por uma avaliação médica criteriosa.

Qual o melhor anticoncepcional para acne?

Para tratamento da pele, evitar aumento de oleosidade e acne na pele, são recomendados os anticoncepcionais combinados, com estrogênio e progesterona. São exemplos dessa classe: o Diane®, Selene®, Diclin® e Belara®.

Entenda melhor sobre as indicações e contraindicações do uso de anticoncepcional, nos seguintes artigos:

Referência:

Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.

Christine Dehlendorf et al.; Contraception: Counseling and selection. UpToDate, Jun 26, 2020.

Monica V Dragoman, et al.; A systematic review and meta-analysis of venous thrombosis risk among users of combined oral contraception. Int J Gynecol Obstet, 2018; 141: 287–294.

O que é clamídia, quais os sintomas e como é a transmissão?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A clamídia é uma infecção sexualmente transmissível (IST), causada pela bactéria Chlamydia trachomatis. É uma infecção muito comum em jovens sexualmente ativos, sobretudo os que têm várias parcerias e praticam relações sexuais sem uso da camisinha.

A clamídia atinge principalmente o canal da urina, causando uretrites, mas também pode causar infecção anal, respiratória e ocular.

A infecção por clamídia pode não causar sintomas, mas pode provocar complicações como: dor pélvica crônica, infertilidade, maior risco para abortamentos e partos prematuros, artrites, doenças urológicas e genitais.

Principais sintomas da clamídia

Os sintomas mais comuns da clamídia incluem dor ou ardência ao urinar, corrimento vaginal e presença de secreção clara saindo do pênis.

A infecção por clamídia muitas vezes não apresenta sintomas ou eles demoram para aparecer. Em outros casos, os sinais e sintomas da clamídia podem ser confundidos com os da candidíase, fazendo com que a infecção não seja tratada adequadamente.

Alguns tipos de clamídia causam infecções genitais e urinárias e, quando transmitida durante a gravidez, podem causar conjuntivite ou pneumonia no bebê.

Outros tipos de clamídia provocam uma lesão genital conhecida como linfogranuloma venéreo. Nesses casos, a lesão aparece no local de contacto com o micro-organismo. Depois de algumas semanas, surge um nódulo inflamado que pode crescer e formar uma placa que geralmente evolui para ferida, podendo cicatrizar e causar inchaço.

Sintomas de clamídia nos homens

Em geral, a clamídia não causa sintomas nos homens. Quando presentes, os sintomas podem incluir dor ou sensação de queimação no períneo (região entre ânus e genitais), nos testículos ou ainda presença de corrimento uretral.

Outros sintomas que podem estar presentes nos homens: ardência ao urinar, epididimite, prostatite ou proctite. Pode ocorrer ainda a chamada síndrome de Reiter, que caracteriza-se pela presença de artrite, conjuntivite e uretrite.

Sintomas de clamídia nas mulheres

Nas mulheres, é comum a clamídia também não causar sintomas. Numa minoria dos casos, pode haver presença de corrimento, ardência e aumento da frequência urinária. Em outros casos podem estar presentes ainda uretrite ou cervicite.

O atraso no início do tratamento da clamídia pode causar graves problemas nos órgãos reprodutivos das mulheres, como a Doença Inflamatória Pélvica (DIP), que pode provocar gravidez fora do útero (ectópica), dor crônica no baixo ventre (pélvica) e esterilidade.

Portanto, de acordo com o Ministério da Saúde do Brasil, está indicado a pesquisa da bactéria de rotina na faixa etária mais prevalente, mulheres entre 25 e 35 anos de idade.

Como é a transmissão da clamídia?

A transmissão da clamídia ocorre através de relação sexual vaginal, anal ou oral sem proteção. A infecção também pode ser transmitida através do canal do parto, da mãe para o bebê.

Qual é o tratamento para clamídia?

O tratamento da clamídia é feito com medicamentos antibióticos, preferencialmente doxiciclina ou azitromicina, os quais devem ser prescritos por médicos/as, em média por 1 semana. Já o tratamento do linfogranuloma venéreo é mais prolongado, com duração de pelo menos 3 (três) semanas.

É importante lembrar que o tratamento da clamídia também deve ser realizado pelo/a parceiro/a. Caso contrário, a infecção pode voltar a aparecer.

O tratamento precoce da clamídia é eficaz e a evolução costuma ser boa, desde que a doença seja diagnosticada e tratada no início.

As complicações são raras quando o tratamento for realizado corretamente.

A prevenção da clamídia é feita através do uso de camisinha em todas as relações sexuais.

O/a médico/a de família, clínico/a geral, ginecologista ou urologista são indicados/as para diagnosticar e tratar a doença ocasionada pela presença de clamídia.

Zolpidem: para que serve e quais são os efeitos colaterais?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Zolpidem é um medicamento sedativo e hipnótico utilizado para o tratamento da insônia ocasional (eventual), transitória (passageira) ou crônica (dificuldade para dormir há mais de 3 semanas).

A medicação age no centro do sono, que se localiza no cérebro, reduzindo o tempo que você demora para dormir e com isso melhora a qualidade do sono, especialmente para as pessoas aonde o maior problema é iniciar o sono. Para casos de micro despertares ou manuteção do sono, pode ser necessário medicamento adicional.

No caso de insônia, procure um médico neurologista para uma avaliação do seu tipo de insônia e tratamento direcionado.

Efeitos colaterais de zolpidem

Os efeitos colaterais de zolpidem podem ser minimizados se o medicamento for administrado imediatamente antes de se deitar. As reações mais comuns são:

  • Alucinação
  • Agitação
  • Pesadelo
  • Sonolência
  • Dor de cabeça
  • Tontura
  • Diarreia
  • Náusea
  • Vômitos
  • Fadiga
Como tomar zolpidem?

Zolpidem começa a agir muito rapidamente. Por este motivo, você deve ingeri-lo imediatamente antes de se deitar ou mesmo quando já estiver deitado/a. O tratamento com zolpidem não deve ultrapassar 4 semanas, exceto sob orientação médica. A duração do tratamento é determinada por um médico/a após a avaliação do seu tipo de insônia e do seu estado de saúde.

Comprimido de 10 mg (via oral)

A dose diária recomendada para adultos abaixo de 65 anos é de 10 mg por dia.

Para pessoas com mais de 65 anos, se recomenda a dose de 5 mg por dia. Esta dosagem só deve ser aumentada em casos excepcionais e não deve exceder 10 mg por dia.

Comprimido de 5 mg (sublingual)

Em adultos se recomenda um comprimido sublingual de 5 mg uma vez ao dia imediatamente antes de se deitar. A dose somente deve ser aumentada sob orientação médica.

Os comprimidos de zolpidem não devem ser partidos ou mastigados.

Contraindicações de zolpidem
  • Pessoas alérgicas ao zolpidem ou qualquer outro componente da fórmula;
  • Portadores de insuficiência respiratória severa ou aguda (redução da função respiratória);
  • Pacientes com insuficiência hepática severa (redução da função do fígado);
  • Pessoas com idade inferior a 18 anos;
  • Pessoas com cansaço extremo ou portadores de doenças neurológicas como a miastenia gravis;
  • Mulheres grávidas ou que estão amamentando.
Precauções quanto ao uso de zolpidem

Zolpidem deve ser usado com cautela e com rigoroso acompanhamento médico em casos de:

  • Pessoas com mais de 65 anos;
  • Portadores de distúrbios psicóticos;
  • Pacientes com quadro de amnésia;
  • Portadores de depressão;
  • Pessoas que apresentam sonambulismo;
  • Evite a ingestão de álcool se estiver em uso de zolpidem;
  • Não conduza veículos ou opere máquinas após a ingestão de zolpidem.

Para que o uso de zolpidem seja seguro e eficaz, respeite sempre os horários, as doses e a duração do tratamento de acordo com as orientações médicas. Não interrompa ou altere o tratamento por conta própria, qualquer dúvida converse com seu médico.

Leia também: Qual o tratamento para insônia?

Pupila dilatada pode ser grave? Saiba como identificar
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sim. As pupilas dilatadas, conhecidas pelo termo técnico de midríase, podem significar um problema grave. Os sinais que indicam gravidade são:

  • Pupilas dilatadas que não voltam rapidamente ao tamanho normal,
  • Pupila dilatada em apenas um dos olhos, fazendo com que os tamanhos das pupilas fiquem diferentes ao comparar um olho com o outro e
  • Pupilas dilatadas que não modificam de tamanho com o estímulo luminoso.

Nestas situações procure imediatamente uma emergência, pois pode ser indicativo de um problema neurológico grave, como um acidente vascular cerebral, o "derrame cerebral".

Contudo, a pupila dilatada nem sempre é sinal de doença grave ligada ao sistema nervoso. A pupila dilatada pode ser provocada por dor intensa, aumento da pressão do olho (glaucoma), por situações de estresse ou pelo uso de certos colírios e drogas ilícitas.

Pupila dilatada significa morte cerebral?

Sim. A pupila dilata nos dois olhos, que não reage ao estímulo luminoso, é um dos sinais de morte encefálica, que é caracterizada pela perda completa e irreversível de todas as funções neurológicas do paciente.

Para saber se reagem à luz as pupilas são estimuladas com uma lanterna. Quando a luz está na direção da pupila, o normal é que ela se contraia. Na medida em que a luz é retirada a pupila volta a se dilatar. Este é um dos exames feitos com o objetivo de avaliar o estado neurológico do paciente.

O diagnóstico de morte encefálica é dado com base em protocolos médicos bem estruturados, que avaliam reflexos cerebrais e a respiração do paciente. O paciente é submetido a diversos testes realizados em diferentes intervalos de tempo para que o diagnóstico de morte encefálica seja dado de maneira totalmente segura.

Pupila dilatada: midríase Quando procurar uma emergência?
  • Pupilas que não reagem à luz, ou seja, não reduz o tamanho quando é exposto a um estímulo luminoso,
  • Febre alta, dor de cabeça e/ou vômitos,
  • Alteração na visão (visão borrada ou visão dupla),
  • Dificuldade de respirar,
  • Dificuldade de falar,
  • Sonolência ou
  • Confusão mental.

Se a midríase (pupila dilatada) está associada a qualquer um destes sinais, procure imediatamente uma emergência hospitalar ou um neurologista, para avaliação e tratamento.

O que pode causar a pupila dilatada? 1. Problemas neurológicos

As doenças neurológicas podem causar dilatação de pupilas em um ou ambos os olhos e geralmente é sinal de algo grave.

A dilatação da pupila é considerada grave quando uma ou ambas as pupilas não reagem à luz. Este quadro é chamado de midríase paralítica. Quando ocorre nos dois olhos é denominada de midríase paralítica bilateral. Quando acontece somente em um dos olhos, chamamos de midríase paralítica unilateral.

É comum em pessoas que sofreram dano cerebral por:

  • AVC
  • Aneurisma cerebral
  • Tumores cerebrais
  • Aumento da pressão intracraniana (dentro da cabeça)
  • Traumatismo craniano
  • Neurite óptica
  • Meningite

Nestes casos é importante que a pessoa seja levada o mais rapidamente possível para um hospital por se tratar de uma emergência médica.

2. Redução da oxigenação cerebral

A diminuição da quantidade de oxigênio disponível para o cérebro pode provocar a dilatação completa das pupilas (midríase). As causas principais da redução do oxigênio cerebral são os distúrbios respiratórios, com crise de asma e os envenenamentos por dióxido de carbono.

3. Dor

Quando sentimos dor as pupilas se dilatam. A dilatação das pupilas varia de acordo com a intensidade da dor. Além disso, a depender da dor, a dilatação pode ser repentina ou prolongada.

A enxaqueca é uma causa de dor associada a midríase (pupilas dilatdas).

4. Consumo de drogas

O uso de drogas como LSD, cocaína e anfetaminas provocam alterações cerebrais que levam à dilatação das pupilas.

Entretanto, o consumo de álcool e drogas derivadas do ópio causam a contração das pupilas, ao que chamamos miose.

5. Uso de colírios

Os colírios utilizados especialmente durante os exames oftalmológicos causam midríase. Nestes casos, a dilatação das pupilas é necessária para que o oftalmologista possa fazer o exame de fundo de olho. Este exame serve para avaliar a região posterior do olho, veias, artérias e nervos da retina, bem como diagnosticar doenças como o glaucoma.

6. Glaucoma

O glaucoma é uma doença que acomete os olhos e é causada pelo aumento da pressão intraocular. Isto provoca lesão no nervo ótico e, com o tempo, compromete a visão. Se não tratado, pode provocar cegueira.

É comum que no início da doença a pessoa não apresente sintomas, entretanto, na medida em que a doença avança é comum a dilatação da pupila e dor ocular.

Se não tratado, pode provocar cegueira. Por este motivo consulte regularmente o oftalmologista, especialmente se você estiver sentindo dificuldade de visão em atividades no dia a dia, como leitura, ou esbarrar constantemente em quinas.

7. Estresse

Sentir medo e tensão causam dilatação das pupilas. É uma reação do corpo que o prepara caso seja necessário fugir de algo ou se proteger de alguma situação.

8. Foco e atenção

Quando estamos muito concentrados e precisamos ter foco, a pupila se dilata naturalmente. Na medida que o foco e a concentração se tornam desnecessários, as pupilas retornam ao seu tamanho normal.

Como é feito o tratamento?

O tratamento na midríase depende da sua causa. Na maior parte das situações, se resolve espontaneamente, entretanto, nos casos da AVC, aneurisma, tumor cerebral ou um trauma crânio encefálico, é preciso avaliação médica com urgência.

Na suspeita de pupila dilatada, procure o médico neurologista.

Pode lhe interessar ainda:

Quais os sintomas de um derrame cerebral?

O que é aneurisma cerebral?

Referências:

  • Academia Brasileira de Neurologia
  • Sociedade Brasileira de Cefaleia
  • Sociedade Brasileira de Glaucoma
Enxaqueca menstrual: remédios e medidas caseiras para aliviar a dor
Dra. Juliana Guimarães
Dra. Juliana Guimarães
Enfermeira doutorada em Saúde Pública

Os anti-inflamatórios não esteroides como o naproxeno e ibuprofeno combinados com medicamentos específicos para a enxaqueca como o sumatriptana ou zoltriptano, são a melhor forma medicamentosa de aliviar a enxaqueca menstrual.

Além dos medicamentos, outras medidas caseiras como chás de gengibre e valeriana, regularização do sono e a adoção de uma alimentação leve também podem ajudar a reduzir a dor.

Este tipo de enxaqueca se caracteriza por uma dor de cabeça intensa que ocorre dois dias antes da menstruação e, geralmente, se intensifica nos três primeiros dias de fluxo menstrual.

Remédios para enxaqueca menstrual

Os tratamentos mencionados neste artigo são indicados para os momentos de crise, ou seja, quando a enxaqueca menstrual aparece dois dias antes da menstruação ou nos três primeiros dias de menstruação.

Treximet® + Cambia®: medicamentos de uso oral

Treximet® (sumatriptana-naproxeno) e Cambia® (diclofenaco) são os dois medicamentos mais usados para o tratamento das crises de enxaqueca menstrual.

Treximet® é um comprimido de uso oral específico para enxaqueca que já vem com um anti-inflamatório (naproxeno) em sua composição. Já o Cambia® é um anti-inflamatório em forma de pó solúvel. Ambos têm ação inicial rápida e, por este motivo, são indicados para o alívio rápido das enxaquecas menstruais.

Outros medicamentos específicos para dor de cabeça da classe dos triptanos também podem ser usados: zolmitriptana, almotriptana, eletriptana, rizatriptana e naratriptano. Estes medicamentos somente devem ser utilizados com prescrição médica.

As triptanas não devem ser usadas em mulheres que possuem doenças vasculares.

Entre os anti-inflamatórios não-esteroides, podem ser também indicados ibuprofeno, cetoprofeno e indometacina.

Sumax® injetável

Sumax® injetável (sumatriptana injetável) é um medicamento de ação muito rápida. Seu efeito para alívio da enxaqueca se inicia em até 10 minutos, se a administração do medicamento for efetuada de forma correta. É indicado

em casos de enxaqueca menstrual acompanhada de vômitos ou náuseas.

Zolmitriptana Nasal, Migranal®, Zogenix®, Valeant®: spray nasal

Zolmitriptana Nasal (zolmitriptana), Migranal®, Zogenix®, Valeant® (Dihidroergotamina) são medicamentos apresentados na forma de spray nasal. A ação do spray nasal é mais rápida do que os comprimidos. Além disso, é bastante útil para a mulheres que apresentam vômitos e náuseas intensos e que preferem não tomar injeção.

Medidas caseiras para aliviar a enxaqueca menstrual

As medidas caseiras não substituem o uso de medicamentos. Por este motivo, ao fazer uso dos chás, não suspenda o uso dos remédios.

Chá de Gengibre

O gengibre é uma raiz que tem ação anti-inflamatória e pode ajudar no tratamento das enxaquecas menstruais. Além disso, o gengibre reduz as náuseas presentes nos quadros de enxaqueca.

Para fazer o chá você deve colocar uma colher de chá e gengibre em pó em uma panela com 250 ml de água durante 5 minutos. A seguir deixe esfriar um pouco, mexa bem para misturar o pó com a água e consuma. Você pode beber esse chá até 3 vezes ao dia. Não consuma chá de gengibre se estiver grávida, se tiver pressão alta e/ou diabetes e se usar anticoagulantes.

Chá de valeriana

O chá de valeriana tem ação calmante, ansiolítica e melhora a qualidade do sono. Estas características fazem com que o chá seja eficaz para ajudar no tratamento das enxaquecas menstruais.

Coloque 1 colher de sopa de raiz de valeriana para ferver durante 10 minutos em uma panela com 300 ml de água. Você pode tomar o chá duas vezes ao dia ou 30 minutos à noite, antes de dormir.

Sintomas de da enxaqueca menstrual

A enxaqueca menstrual ocorre devido a variação hormonal que acontece durante o ciclo menstrual e seus sintomas incluem:

  • Dor de cabeça intensa que começa dois dias antes da menstruação e perdura até o terceiro dia de fluxo menstrual,
  • Náuseas,
  • Vômitos,
  • Sensibilidade à luz e
  • Sensibilidade a sons.

Para aliviar os sintomas, além do uso de medicamentos e dos chás, alguns cuidados simples são importantes, inclusive, para prevenir futuras crises. Estes cuidados são:

  • Beba bastante água para evitar a desidratação, especialmente se a enxaqueca menstrual vier acompanhada de vômitos,
  • Regularize o sono e crie um ambiente tranquilo, silencioso e com pouco luz para o repouso,
  • Evite longos períodos de jejum,
  • Evite o consumo de bebidas com cafeína como café e refrigerantes,
  • Busque evitar situações de estresse excessivo.

Se você sente sintomas de enxaqueca menstrual, procure o médico de família, ginecologista ou neurologista.

Para saber mais sobre enxaqueca, você pode ler:

Enxaqueca: como aliviar a dor de cabeça?

Qual é o tratamento da enxaqueca?

Enxaqueca: causas, sintomas e tratamento

Referências

TEPPER D.; V.M,M. Enxaqueca (migrânia) menstrual. The Journal of Head and Face Pain, 2015:p 407-408.

FERREIRA, K.S.; BOLINELLI, L.P.; PAGOTTO, L.C. Migraine and menstrual cycle synchrony in females: is there a relationship? Case report*. Rev Dor, 2015, 16(2):156-8.

O anticoncepcional desogestrel engorda?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

Um efeito comum do desogestrel é o aumento de peso, que pode acontecer devido à retenção de líquidos ou a um discreto aumento do apetite.

Para controlar o aumento de peso é preciso ter cuidado com a dieta e praticar exercícios físicos para queimar calorias.

A pílula com desogestrel é normalmente indicada para mulheres:

  • Que amamentam;
  • Para as quais o uso de estrogênios pode ser prejudicial (que têm enxaquecas, estão perto da menopausa, são fumantes, hipertensas ou têm risco aumentado de problemas cardiovasculares e de trombose, por exemplo);
  • Que não querem usar o estrogênios.

Se quiser trocar para uma pílula que não cause tão frequentemente aumento do peso, deve consultar seu médico. Caso pare de tomar o anticoncepcional por conta própria e não queira engravidar, utilize um método de barreira, como o preservativo.

Leia também:

Referências:

Desogestrel. Bula do medicamento.

Machado RB. Anticoncepção na Perimenopausa. FEBRASGO.

Poli MEH, Mello CR, Machado RB et al. Manual de Anticoncepção da FEBRASGO. FEMINA. 2009; 37(9): 470-4.

Calhoun AH, Pelin Batur P. Combined hormonal contraceptives and migraine: An update on the evidence. Cleve Clin J Med. 2017; 84(8): 631-8.

Sineflex® emagrece mesmo? Como usar?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Sineflex ® é um suplemento alimentar do grupo dos termogênicos que, segundo a bula, ajuda a acelerar o metabolismo, queimar e bloquear a gordura e, por consequência seria capaz de promover o emagrecimento.

O suplemento também provoca o aumento da sensação de saciedade, estimula a liberação de adrenalina, promove a melhora do funcionamento intestinal e torna mais difícil a absorção de lipídios e colesterol.

Como usar Sineflex®

Há duas apresentações de cápsulas de Sineflex ®:

Cápsulas Pure Blocker

Estas cápsulas atuam diretamente na queima e no bloqueio do armazenamento de gordura.

A recomendação é que sejam administradas 2 cápsulas, duas vezes ao dia: 30 minutos antes do almoço e 30 minutos antes do jantar.

Cápsulas Dynamic Focus

Os compostos presentes nestas cápsulas acelerariam o metabolismo e propiciariam a termogênese, processo que leva ao derretimento de gorduras já armazenadas.

Recomenda-se a administração de uma cápsula 30 minutos antes do almoço.

Efeitos colaterais de Sineflex®

Embora a bula de Sineflex ® não faça referência a efeitos colaterais, o uso de termogênicos pode trazer as seguintes reações adversas:

  • Insônia;
  • Agitação mental;
  • Ansiedade;
  • Taquicardia (elevação da frequência cardíaca);
  • Alterações na pressão arterial;
  • Cefaleias (dores de cabeça);
  • Enjôos;
  • Náuseas.
Contraindicações de Sineflex®

Sineflex ® é contraindicado em casos de:

  • Alergia aos componentes da fórmula;
  • Mulheres grávidas ou que estão amamentando;
  • Portadores de hipertensão arterial;
  • Pessoas que apresentam disfunções cardíacas.
Sineflex emagrece mesmo?

Ainda não há consenso médico sobre a eficácia do uso de suplementos contendo termogênicos no emagrecimento, portanto, embora pareça haver um efeito positivo na perda de peso, ainda são necessários mais estudos que estudem as substâncias termogênicas e sua relação com o emagrecimento, de modo a garantir que esse tipo de suplementação seja segura e eficaz.

Para quem deseja emagrecer o ideal ainda é a associação de um plano alimentar nutritivo e saudável com a prática de atividade física.

Antes de iniciar o uso de Sineflex ® consulte um/a nutricionista ou nutrólogo/a.

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