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Como engravidar rápido? 7 dicas para engravidar rapidamente
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Existem algumas estratégias simples que podem ajudar os casais que querem engravidar.

Conhecer o período fértil, evitar hábitos ruins como tabagismo e consumo de álcool, adotar alimentação mais saudável e buscar formas para reduzir a ansiedade, como a prática de atividade física são medidas comprovadamente eficazes.

É também importante consultar o ginecologista para avaliar a saúde reprodutiva do casal.

1. Faça exames laboratoriais

Procure um ginecologista para fazer os seus exames de sangue, já bem definidos como rotina de pré-natal, especialmente a dosagem de hormônios.

É importante dosar hormônios da tireoide, pois eles influenciam na fertilidade. As disfunções da tireoide podem provocar tanto a infertilidade, como o aborto. O hormônio tireoestimulante (TSH) e a tiroxina (T4) são os principais hormônios a serem analisados.

A prolactina, hormônio responsável pela produção do leite materno, também deve ser avaliada. Se estiver em concentração elevada no sangue, pode provocar o bloqueio da menstruação e, por isto, infertilidade.

Portanto, atualize todos os seus exames ginecológicos.

2. Suspenda os contraceptivos

Pare de usar o anticoncepcional assim que decidir engravidar. Independente de quanto tempo você usou contraceptivos, o corpo leva um período para se ajustar a ausência de hormônios sintéticos. Ele precisará voltar a produzir os seus hormônios novamente, sem interferência do anticoncepcional.

O organismo pode levar semanas ou meses para regularizar a produção natural dos hormônios e a ovulação. Não existe uma regra ou prazo comprovado.

Quem utiliza anticoncepcionais não tem período fértil e, por este motivo você ainda não sabe quando vai ovular. A presença de cólicas e atrasos menstruais são comuns e significam que o corpo está se reajustando.

3. Conheça o seu ciclo menstrual

Conhecer o ciclo menstrual é importante para identificar o período fértil, no qual as chances de engravidar são maiores.

Alguns estudos mostraram que a possibilidade de gravidez aumenta se a relação sexual ocorrer dois dias antes da ovulação, pois os espermatozoides sobrevivem dentro do corpo da mulher por até 5 dias. Já o óvulo, quando sai dos ovários para as trompas de Falópio, local onde ocorre a fecundação, somente pode ser fecundado entre 12 e 24 horas.

Conhecendo o ciclo é possível calcular o dia da sua ovulação, sem esquecer que organismo não é um relógio perfeito, e que alterações podem ocorrer: a ovulação pode adiantar ou atrasar um pouco. Mesmo assim, sabendo o provável dia da ovulação, aumenta a chance da gravidez.

Veja também: Como calcular o seu período fértil?

4. Cuide da sua alimentação

Consumir fast food, cafeína, álcool ou drogas pode atrapalhar a sua fertilidade. Se você está se preparando para engravidar, adote uma alimentação saudável com menos alimentos industrializados, menos gorduras, mais carnes magras, frutas, verduras e legumes, ricas em minerais e vitaminas.

Ovos e grão-de -bico são exemplos de alimentos que atuam no sistema hormonal e parecem ajudar a engravidar mais rápido.

Hábitos alimentares saudáveis fazem com que o organismo funcione melhor e promova ovulações mais efetivas com óvulos de melhor qualidade, o que favorece a fecundação e a gestação sadia.

5. Tenha relações sexuais em dias alternados

Ter relações sexuais em dias alternados, dia sim e dia não, disponibiliza um maior número de espermatozoides de qualidade para que a fecundação aconteça.

Este intervalo de um dia sem relação sexual é indicado para que a produção de espermatozoides se dê no tempo adequado, para que eles ganhem mobilidade, motilidade e estejam mais fortes e aptos à fecundação do óvulo.

Alguns estudos descrevem que, as relações sexuais em dias alternados durante o período fértil, aumentam as chances de gravidez. Se o casal tiver relações com esta frequência durante todo o ciclo menstrual e não somente durante o período fértil, a probabilidade de ocorrer a gestação aumenta ainda mais.

6. Pratique atividade física

A prática de atividade física é benéfica para o estado de saúde geral e melhora o funcionamento de todo o organismo.

Entretanto, o excesso de exercícios físicos interfere na fertilidade da mulher e pode até levar à amenorreia (suspensão da menstruação por tempo superior a 3 meses), comum em mulheres atletas. Para quem deseja engravidar o recomendado é que a atividade física seja incorporada na sua rotina de forma moderada.

Além de ajudar na manutenção da saúde, os exercícios físicos ajudam a reduzir a ansiedade, um evento comum em mulheres que desejam engravidar, que pode levar a alterações do ciclo menstrual, interferindo no processo da gravidez.

7. Evite as infecções

O casal que deseja engravidar deve redobrar os cuidados para não adquirir infecções. Algumas bactérias podem alcançar o colo do útero, entrar na cavidade uterina e atingir as trompas, provocando uma doença inflamatória pélvica, causa frequentes de infertilidade na mulher.

Se após um ano (12 meses) de consecutivas tentativas, o casal não conseguir engravidar, se faz necessário buscar um médico especializado para uma avaliação mais profunda e detalhada. Nesta avaliação, são analisadas as possibilidades de tratamentos para a gravidez, como a indução da ovulação ou fertilização in vitro.

O homem também deve ser examinado, pois, 50% dos casos de dificuldade para engravidar estão relacionados à problemas masculinos.

Leia também: Quero engravidar:o que devo fazer?

Sangramento durante o resguardo é normal?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Sim, sangramento durante o resguardo é normal. Esse sangramento após o parto chama-se lóquios e ocorre porque o corpo está eliminando os tecidos que revestiam o útero durante a gravidez.

A parte interna do útero, onde a placenta estava "colada", ainda está se regenerando e cicatrizando. Por isso a mulher pode sangrar no resguardo, durante um período que varia entre 3 e 6 semanas.

O lóquios apresentam coloração avermelhada nos primeiros dias, depois fica rosado, marrom, amarelado, até se tornar transparente.

Enquanto estiver perdendo sangue, é recomendado que a mulher deve use absorventes higiênicos, isto porque os tampões vaginais não são indicados pois podem causar infecções.

Apesar do sangramento no resguardo ser normal, a mulher deve estar atenta a algumas características que podem indicar problemas. O cheiro deve ser semelhante ao da menstruação. Se o sangramento apresentar odor forte, coágulos grandes ou a mulher tiver febre, pode ser sinal de alguma infecção. Se isso acontecer, procure o seu médico ginecologista.

Também podem lhe interessar:

Posso engravidar durante o resguardo?

Posso tomar pílula do dia seguinte no resguardo?

Que cuidados devo ter durante o resguardo?

Beta HCG ajuda a detectar gravidez molar?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sim. O exame beta-hCG também serve para detectar gravidez molar e acompanhar sua evolução durante o tratamento.

A gravidez molar é um dos tipos de doença trofoblástica gestacional caracterizada pelo crescimento anormal de algumas células. Ela pode ser diagnosticada por meio de ultrassonografia ou com o exame de sangue beta-hCG.

O resultado do exame beta-hCG em casos de gravidez molar é, em geral, muito mais elevado comparado com o da gravidez uterina (gravidez habitual). Na gravidez molar, os níveis de hCG podem ser superiores a 100.000 mUI/mL.

Após o tratamento da gravidez molar, é feito o acompanhamento do nível de beta-hCG que, ao longo do passar do tempo, deve ir reduzindo, demonstrando a eficácia do tratamento.

Todo exame deve ser mostrado ao/à médico/a para que o acompanhamento clínico seja efetivo e integral.

Para saber mais você poder ler:

Fiz dois Beta-HCG e o segundo foi menor, estou com...

Após aborto em quanto tempo beta-HCG dá negativo?

Como entender os resultados do exame de gravidez Beta-hCG?

FEBRASGO. Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.

As 8 principais causas de menstruação prolongada e como parar o sangramento
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

As principais causas de menstruação prolongada são: os miomas, pólipos, distúrbios de coagulação, uso de medicamento, adenomiose e a presença de um tumor.

É considerada menstruação prolongada, a menstruação que dura mais de 8 dias, mesmo que com pouco fluxo, visto que a menstruação considerada normal tem a duração de 4 a 8 dias apenas.

Contudo, a menstruação prolongada também pode ser normal, se acontecer nos extremos da vida reprodutiva da mulher, como na adolescência, ou próximo à menopausa. Nesse caso, a melhora acontece naturalmente, quando os hormônios estabilizarem.

Para definir a causa e o tratamento, é preciso procurar um ginecologista, e por vezes, realizar exames complementares como ultrassonografia ou exames de sangue.

1. Pólipos

Os pólipos são formações anormais de tecido que se forma dentro do útero. São considerados tumores benignos, que podem não causar sintomas, mas quando apresentam, os sintomas principais são de menstruação prolongada, dolorosa, com ou sem presença de coágulos e também é comum, apresentar eventos de sangramento fora do período menstrual.

O tratamento definitivo dos pólipos é através de pequenas cirurgias, podendo ser realizadas em consultórios, quando pequenos, ou ambiente hospitalar, se o médico entender mais seguro.

2. Miomas

Os miomas são tumores benignos, encontrados especialmente nas mulheres em idade reprodutiva, que podem não causar sintomas, ou desencadear sangramento prolongado com presença de coágulos e cólicas durante a menstruação.

A regressão desse tumor pode ser conseguido com uso de medicamentos, como as pílulas anticoncepcionais, ou com cirurgia para a ressecção do tumor. Cabe ao médico, de acordo com as condições de saúde e intensidade dos sintomas, decidir o melhor tratamento.

3. Problemas de coagulação

Os distúrbios de coagulação, como a hemofilia, e doença de von willebrand, também têm como sintoma típico, o prolongamento dos dias de menstruação. Além disso, apresenta outros sinais de sangramento espontâneo, como sangramento gengival durante a escovação de dentes e manchas roxas em áreas de protuberância óssea.

Na suspeita de problemas de coagulação, procure um hematologista, para avaliação e planejamento do tratamento mais indicado, o mais rápido possível.

4. Distúrbios hormonais

Como citado no início do artigo, nos primeiros ciclos menstruais, devido a imaturidade e constantes oscilações hormonais, é comum que a menina menstrue por mais dias, e passe um ou dois meses sem menstruar. Após o primeiro ano, as irregularidades não devem mais ser entendidas como algo normal.

Da mesma forma, as mulheres que estão próximas da menopausa, experimentam irregularidades menstruais, principalmente a ausência da menstrual, devido a falência ovariana. Mesmo assim, episódios de menstruação prolongada também podem acontecer, e são eventos normais.

5. Câncer

O tumor maligno, é uma causa mais rara de menstruação prolongada, porém deverá ser descartada. Principalmente nos casos de mulher com história de falta de apetite, perda de peso ou sangramento espontâneo, sem motivo aparente.

Cabe ao ginecologista analisar todos esses fatores, avaliar a necessidade de pedir exames de sangue e, definindo a causa, planejar junto a paciente o melhor tratamento.

6. Medicamentos que "afinam" o sangue

Mulheres que usam medicamentos anticoagulantes, aqueles que "afinam" o sangue, podem ter como efeito colateral, o aumento do fluxo da menstruação ou prolonga o tempo de sangramento, semelhante ao que ocorre nas pessoas com doenças hematológicas.

É preciso manter o controle rigoroso das doses dos medicamentos e informar imediatamente ao seu médico, se observar piora ou prolongamento do seu sangramento na menstruação.

7. Adenomiose

A adenomiose é a presença de nódulos de endométrio (tecido da camada interior do útero), na camada exterior do útero, o miométrio. Caracterizada por aumento do fluxo menstrual, cólicas e infertilidade.

O tratamento da adenomiose pode ser feito com medicamentos hormonais, cirurgia para retirada dos nódulos (se estiverem localizados) ou ainda cirurgia para remoção total do útero.

8. Abortamento

Um sangramento prolongado, que não é habitual do ciclo da mulher, acompanhado de cólicas intensas e presença de coágulos, pode sinalizar um problema grave, como um abortamento. Por isso, se houver atraso menstrual, possibilidade de gravidez, e iniciar esse tipo de sangramento, procure imediatamente um atendimento médico para avaliação e devido tratamento.

Menstruação prologada pode ser gravidez?

Não. No início da gravidez, pode até acontecer um discreto sangramento rosado, de pequeno volume, referente ao momento da implantação do óvulo no útero. Um sangramento que não dura mais de 3 dias e não causa mais sintomas.

Portanto, na suspeita de gravidez e início de sangramento, com presença de coágulos e/ou cólica, entre em contato imediatamente com o seu médico, ou um serviço de emergência, para avaliação médica.

Como parar o sangramento prolongado?

Para interromper ou reduzir o sangramento de uma menstruação prolongada, pode ser indicado é preciso procurar um ginecologista para definir o motivo desse sangramento, e assim, planejar a melhor opção de tratamento.

Os medicamentos frequentemente usados são:

  • Pílulas anticoncepcionais,
  • Dispositivo intrauterino (DIU),
  • Ácido Tranexâmico,
  • Anti-inflamatórios não esteroidais (como o ibuprofeno),
  • Cirurgia, em casos que não respondem ao tratamento.

O mais importante, é procurar um ginecologista para diagnosticar e tratar o problema de forma correta e segura.

Quando procurar uma emergência?

Alguns sinais e sintomas são sugestivos de problemas mais graves, que devem ser avaliados rapidamente, em serviço de urgência médica. São eles:

  • dor abdominal,
  • febre alta,
  • sangramento com mau cheiro ou
  • suspeita de gravidez.

No entanto, se não houver sinais de alarme, mas a menstruação prolongada permanecer, procure um ginecologista para dar início a investigação do seu caso e oferecer as devidas orientações.

Conheça um pouco mais sobre esse assunto nos seguintes artigos:

Tenho menstruação abundante: posso fazer alguma coisa para diminuir?

Existe um remédio para diminuir a menstruação?

O que fazer para parar a menstruação?

Referência:

  • FEBRASGO - Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.
  • Andrew M Kaunitz, e cols.; Approach to abnormal uterine bleeding in nonpregnant reproductive-age patients. UpToDate; Oct 29, 2020.
  • Elizabeth A Stewart, et al.; Uterine fibroids (leiomyomas): Treatment overview. UpToDate; Jun 11, 2020.
Falta de vitamina D na gravidez: o que pode causar e o que fazer?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A falta de vitamina D na gravidez pode prejudicar o desenvolvimento dos ossos do feto, sobretudo se a carência da vitamina ocorrer no 3º trimestre de gestação, podendo provocar ainda abortos e pré-eclâmpsia.

Além disso, sabe-se que filhos de gestantes com deficiência de vitamina D apresentam mais chances de desenvolver esclerose múltipla.

A falta de vitamina D durante a gestação pode ainda levar ao desenvolvimento diabetes gestacional, vaginose bacteriana, baixo peso ao nascimento, além de aumentar o risco de doenças cardiovasculares e diminuir a massa óssea da criança durante a infância.

A vitamina D atravessa a placenta e ajuda na construção da estrutura óssea do feto. Consequentemente, o estoque materno da vitamina D pode ficar reduzido.  

Por isso, a gestante deve ingerir uma quantidade adequada diária de vitamina D para propiciar uma boa saúde nos ossos do feto e evitar a deficiência nos seus próprios ossos.

Prevenção

Para evitar que as reservas de vitamina D fiquem baixas nessa fase, recomenda-se que as grávidas tenham uma ingestão diária de vitamina D de 600 a 800 UI, associada à exposição solar moderada.

Se a dieta da mulher não contemplar produtos derivados do leite, peixe, ovos ou alimentos acrescidos de vitamina D, pode se considerar uma suplementação.

As consultas frequentes do pré-natal são muito importantes para acompanhar o desenvolvimento do feto e o bem estar da gestante.

Leia também:

Insuficiência de vitamina D: Quais os sintomas e complicações?

Para que serve a vitamina D?

Quais os sintomas ou doenças causadas pela falta de vitamina D?

Dor do lado esquerdo da barriga: o que pode ser e como tratar?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A dor na barriga, localizada do lado esquerdo, pode ter muitas causas, sendo as mais comuns: a diverticulite, problemas no baço, excesso de gases e problemas nos rins.

Nas mulheres devemos pensar ainda nos problemas relacionados com o ciclo menstrual, como a cólica menstrual, cisto no ovário e a endometriose.

Mais raramente, a dor pode sinalizar um problema grave, como a gravidez tubária, pancreatite ou um tumor do intestino. Por isso, é importante ter atenção aos sinais de gravidade e perceber quando é preciso procurar um atendimento médico.

Causas de dor do lado esquerdo da barriga. O que fazer? 1. Diverticulite

A diverticulite é a inflamação de um ou mais divertículos. O divertículo é uma pequena bolsa que se forma na parede do intestino grosso, semelhante a um dedo de luva. Situações como alimentação pobre em fibras, constipação crônica ou devido ao envelhecimento natural do corpo, favorecem a formação de divertículos.

A presença de diversos divertículos no intestino é chamada diverticulose e é mais frequente em pessoas acima de 50 anos, sobretudo quando associado a hábitos de vida ruins, como o tabagismo, sedentarismo e alcoolismo.

O problema dos divertículos é que podem acumular fezes no seu interior, com isso desenvolver inflamação local. Os sintomas são de dores na região inferior esquerda da barriga, que dura vários dias e pode vir acompanhada de febre baixa, náuseas e vômitos.

O que fazer?

Em casos de diverticulite leve, o tratamento envolve dieta líquida e repouso. Nas diverticulites mais graves, além da dieta é indicado o uso de antibióticos e mais raramente, a cirurgia.

2. Problemas no baço

O baço é um órgão localizado na parte superior esquerda do abdome, logo abaixo das costelas e tem como principais funções: armazenar sangue, eliminar as hemácias velhas ou danificadas, além de participar da produção de glóbulos brancos (anticorpos).

Por isso, doenças do sangue, infecções ou tumores podem aumentar o tamanho do baço, que passa a "trabalhar" mais, causando a dor deste lado. Um trauma na barriga, dependendo da intensidade, também pode causar dor por uma ruptura deste órgão, situação grave, que pode evoluir com hemorragia interna e risco de morte.

O que fazer?

Se o médico desconfiar de "baço aumentado" ou trauma no baço, deve ser realizado um exame de imagem para confirmar ou descartar esse problema. No caso de trauma ou sangramento do baço, é indicada cirurgia de urgência.

3. Gases em excesso

O acúmulo de gases intestinais provoca dor de barriga e é bastante comum em pessoas com predisposição a prisão de ventre. Isso acontece devido ao maior tempo de permanência das fezes no intestino, permitindo a fermentação das bactérias, gerando os gases. O acúmulo de gases na região abdominal pode também acontecer pelo consumo exagerado de refrigerantes.

Pode ocorrer arrotos frequentes, barriga inchada, mal-estar e falta de apetite.

O que fazer?

A alimentação saudável e atividade física regular, auxiliam na prevenção de gases. Os alimentos que devem ser evitados, devido a maior predisposição de formar gases intestinais, são as bebidas gaseificadas, feijão, repolho.

Durante a dor, a medicação com melhor resposta é a dimeticona (Luftal®).

4. Pedras nos rins

O cálculo renal ou pedra nos rins tem como principal sintoma uma dor intensa que começa subitamente, geralmente na região lombar e depois se irradia para a barriga. No caso de pedra no rim esquerdo, a dor será localizada do lado esquerdo.

A dor é tão intensa que pode dificultar até a sua descrição e vem acompanhada de sintomas como náuseas, vômitos, febre, calafrios e sangue na urina (ou urina escura).

O que fazer?

O tratamento do cálculo renal (pedra nos rins) envolve o alívio da dor com analgésicos e anti-inflamatórios potentes e fragmentação da pedra com uso de ultrassom ou procedimentos cirúrgicos mais modernos. O médico urologista é o responsável por essa avaliação e tratamento.

5. Cólicas menstruais

As cólicas no período menstrual, incomodam bastante as mulheres, mas que, em geral, não impede a mulher de realizar as suas tarefas habituais do dia a dia. Inclusive, a presença de cólicas intensas e incapacitantes durante a menstruação devem ser investigadas, não deve ser considerada normal. Uma causa comum é a endometriose.

Os sintomas são de dor tipo cólicas, principalmente no "pé da barriga", que pode vir associada a dor nas pernas, mal-estar, irritabilidade e por vezes, falta de apetite.

O que fazer?

Para aliviar a cólica menstrual coloque uma compressa de água morna na barriga, beba bastante água e se a dor permanecer, pode fazer uso de um antiespasmódico (Buscopan®) ou um anti-inflamatório (ibuprofeno), para aliviar o sintoma.

6. Cisto no ovário

Existem diversos tipos de cistos no ovário. Os cistos são formados pelos estímulos hormonais da mulher durante a vida, mas não manifestam sintomas. Porém, por vezes, os cistos podem crescer muito ou sofrer uma torção, causando uma dor intensa, do lado que está localizado (a direita ou a esquerda).

Nesse caso é comum a queixa de dor durante o ato sexual, enjoos, náuseas, vômitos, vontade de urinar frequentemente e dificuldade ou vontade súbita de evacuar. Mais raramente pode apresentar também sangramento vaginal.

O que fazer?

O tratamento dos cistos ovarianos varia com a idade da mulher e os sintomas apresentados. Inicialmente é apenas acompanhado através de exames de ultrassom, mas quando os sintomas não desaparecem ou aumentam de tamanho, a recomendação é a retirada por cirurgia.

7. Gravidez ectópica

A gravidez ectópica é a implantação de um óvulo fertilizado, em uma das trompas de Falópio. É também conhecida como gravidez tubária. Essa condição é uma emergência médica, porque a trompa pode se romper causando um sangramento grave na mulher.

Os sintomas são de dor abdominal intensa, do lado da trompa acometida (direito ou esquerdo), associado a cólicas, náuseas, vômitos, suor frio, queda da pressão. O atraso menstrual reforça a possibilidade dessa condição.

O que fazer?

O tratamento da gravidez ectópica é uma emergência médica. Tem indicação cirúrgica de urgência, e a proposta de cirurgia deve ser direcionada pelo ginecologista ou cirurgião geral.

8. Pancreatite aguda

A pancreatite aguda consiste na inflamação do pâncreas, causado por obstrução devido a cálculo biliar ou uso abusivo de bebidas alcoólicas. Os sintomas são: dor intensa em toda a região superior da barriga, irradiando para as costas, formando um "cinturão de dor".

A dor em pode vir acompanhada de febre, calafrios, náuseas e vômitos. A dor dura vários dias e piora após as refeições.

O que fazer?

O tratamento da pancreatite aguda deve ser feito em ambiente hospitalar e privilegia a hidratação intensa, jejum absoluto com suporte de reposição nutricional adequado e uso de analgésicos para alívio da dor abdominal. E cirurgia para desobstrução do ducto, quando a causa for cálculo impactado.

Para o diagnóstico da causa da dor abdominal pode ser necessário o uso de exames específicos de sangue, ultrassonografia abdominal ou tomografia computadorizada.

Em caso de dor abdominal, busque sempre avaliação médica e não utilize medicamentos sem prescrição.

Quando procurar o médico?

Procure um médico, sempre que junto com a dor na barriga, apresentar um dos seguintes sintomas:

  • Febre
  • Náuseas e vômitos
  • Sangue nas fezes
  • Perda de peso sem motivo aparente
  • Pele amarelada (icterícia)

Esses sintomas não devem ser considerados como normais. Procure um médico de família ou clínico geral para dar início a essa investigação, e não atrasar o início desse tratamento.

Referência:

  • Hayley You et al.; The Management of Diverticulitis: A Review of the Guidelines.
  • Med J Aust. Nov;211(9):421-427, 2019.
  • UpToDate - Robert M Penner et al.; Causes of abdominal pain in adults. Nov 17, 2019.
  • FBG - Federação Brasileira de Gastroenterologia
Quais as vantagens e desvantagens do parto humanizado?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

As principais vantagens do parto humanizado para a mulher são:

  • Poder ter a presença de um(a) acompanhante escolhido(a) pela parturiente;
  • Liberdade para escolher a posição de parto no momento da expulsão e para caminhar durante o trabalho de parto;
  • Possibilidade de receber técnicas de relaxamento (massagens, banhos mornos, música) para aliviar a dor, o que permite uma participação mais ativa e autônoma da mulher durante o trabalho de parto;
  • Desde que o parto seja normal, a alimentação não precisa ser suspensa, podendo ser mantida e oferecida de maneira natural, com alimentos leves que forneçam energia, como frutas e sucos;
  • Menos exposição aos riscos associados à cirurgia, como infecção e efeitos colaterais da anestesia e dos medicamentos;
  • Maior facilidade de adaptação ao pós-parto, uma vez que não haverá a ferida e a dor resultantes da cirurgia ou a dificuldade em se movimentar;
  • Ambiente mais aconchegante, que favorece o conforto da mulher e do seu acompanhante, além de lhes proporcionar maior privacidade;
  • As condutas do parto humanizado são recomendadas pela Organização Mundial de Saúde.
Quais as vantagens do parto humanizado para o bebê?
  • Após o parto, os riscos de ocorrer doenças respiratórias e haver passagem de secreção do parto para o pulmão do bebê (broncoaspiração) são menores;
  • Início precoce da amamentação, uma vez que o leite materno desce mais rápido após o parto humanizado, por não haver efeitos colaterais das medicações utilizadas em uma anestesia e do pós-cirúrgico;
  • Melhores índices de vitalidade do bebê após o nascimento;
  • Redução das intervenções, como aspiração com sonda;
  • Menor risco associado às manobras cirúrgicas;
  • Não há o afastamento da mãe logo a seguir ao parto.
Quais as desvantagens do parto humanizado?
  • O parto humanizado pode ser realizado em ambiente não hospitalar, o que pode dificultar alguns procedimentos e tomadas de decisão caso haja alguma complicação. Por exemplo, demorar para interromper o parto normal e optar pela cesárea pode trazer sérias consequências para a mãe e para o bebê em uma situação de urgência;
  • Sentir todas as dores do trabalho de parto;
  • O processo de parto é longo, uma vez que o parto humanizado é realizado com o mínimo de intervenções;
  • Não é recomendado em casos de gravidez tardia ou na adolescência, bem como gravidez de gêmeos ou posição desfavorável do bebê;
  • Não é indicado para gestantes que tiveram anemia, diabetes e hipertensão arterial antes do parto.

O principal objetivo do parto humanizado é resgatar o nascimento pela sua simplicidade e promover mudanças no comportamento e nas atitudes dos profissionais envolvidos no processo.

Para maiores esclarecimentos sobre o parto humanizado, fale com o/a seu/sua médico/a obstetra.

Saiba mais sobre o assunto em: O que é parto humanizado?

Dúvidas sobre nidação
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A nidação é a fase em que o óvulo fecundado penetra na parede do útero para buscar nutrição através dos vasos sanguíneos e, assim, formar a sua placenta.

Após a nidação, o embrião começa efetivamente a ser formado. Por isso, é uma das fases mais importantes do desenvolvimento da gestação.

O que é sangramento de nidação?

É o sangramento causado pela implantação do óvulo fecundado na parede do útero. Essa penetração causa uma lesão na musculatura do útero, que se manifesta com um discreto sangramento no meio do ciclo menstrual.

Porém, esse sangramento não é comum, apenas 20% das mulheres apresentam esse sinal.

Quais são os sintomas da nidação?
  • Sangramento discreto, de consistência mais líquida, coloração rosada ou marrom clara e curta duração (1 a 2 dias), no meio do ciclo menstrual e
  • Cólica na região inferior do abdômen, de leve intensidade.
Como diferenciar sangramento de nidação e menstruação?

A melhor forma de diferenciar os dois tipos de sangramento é através do período do ciclo menstrual. A menstruação ocorre no início do ciclo, nos primeiros dias, enquanto o sangramento de nidação ocorre no meio do ciclo, no período fértil.

Além do período, outras caraterísticas que auxiliam nessa diferenciação são a duração e coloração do sangramento.

O sangramento de nidação tem uma duração mais curta, dura em média 1 a 2 dias, de qualidade mais "aguada" e coloração rosada ou marrom-claro. A menstruação dura de 3 a 7 dias, com o sangue mais denso, podendo haver coágulos, de coloração vermelho vivo ou vermelho-escuro.

Lembrando que as mulheres que fazem uso de anticoncepcionais, devem se basear no período do ciclo, visto que um dos efeitos colaterais comuns dos contraceptivos, é a redução do fluxo sanguíneo, podendo causar dúvidas entre os dois tipos de sangramento.

A nidação ocorre quantos dias antes da menstruação?

Na verdade, a nidação não acontece antes da menstruação, acontece 14 dias depois, se houver uma gravidez.

A nidação é o início de uma gestação, sendo assim, quando a nidação ocorre, significa que o óvulo se fixou ao útero e a gravidez aconteceu. Durante os próximos 9 (nove) meses de gravidez, não haverá menstruação.

Sangramento de nidação dá cólicas?

Sim. Um dos sintomas comuns no processo de nidação são as cólicas, de intensidade leve, na região pélvica ou inferior do abdômen.

Processo de Nidação Quando ocorre a nidação?

A nidação costuma ocorrer por volta do sexto dia após a fecundação do óvulo, podendo levar até 13 dias dependendo de cada organismo.

Quais são as características do sangramento de nidação?

As principais caraterísticas são a coloração mais clara, rosada ou marrom-claro, e a consistência mais líquida do que a observada na menstruação.

Quantos dias dura o sangramento de nidação?

O sangramento de nidação dura de 1 a 2 dias, no máximo 3 (três).

Depois da nidação, o que acontece?

A nidação, ou implantação do óvulo, quando acontece de maneira satisfatória, representa um início de gestação bem sucedida, sendo assim, após a nidação a gravidez ocorre naturalmente.

Qual a cor do sangramento de nidação?

O sangramento de nidação tem a coloração mais rosada ou marrom clara.

Quantos dias após a nidação o exame de gravidez dá positivo?

Aproximadamente 8 (oito) dias. Cerca de uma semana após a nidação, começa a ser produzido o hormônio hCG em quantidades crescentes, os quais serão identificados nos exames de sangue e de urina da mãe. Após uma semana, em média 8 dias, o exame será positivo.

O sangramento da nidação tem cheiro?

Não. Não existem relatos de cheiro específico para esse tipo de sangramento. O odor é típico de um sangue natural.

A nidação ocorre no dia da menstruação?

Não. A nidação não ocorre junto com a menstruação, porque a nidação significa o início de uma gravidez. A menstruação acontece quando não acontece uma gravidez, e por isso a parede do útero descama, causando o sangramento conhecido por menstruação.

Qual a quantidade de sangue na nidação?

Não existe uma medida exata para o sangramento da nidação, porém sabendo que é menor que uma menstruação normal, podemos estimar que seja por volta de 5 ml no total dos 2 ou 3 dias, ou menos.

Existe nidação tardia?

Não. A nidação é considerada normal entre o 6º e o 13º dia após a fecundação. Esse período varia de acordo com a ovulação, com as taxas hormonais e vitalidade dos espermatozoides.

Não existem os termos "precoce" ou "tardia" para essa etapa.

A nidação pode ter sangue coagulado?

Sim, pode haver, mas é muito raro. O sangramento típico da nidação é mais líquido e rosado. Por isso, nesses casos é preciso informar imediatamente ao seu médico obstetra para uma avaliação individualizada.

Como diferenciar nidação de menstruação adiantada?

A melhor forma de diferenciar os dois tipos de sangramento é através do período do ciclo menstrual. A menstruação ocorre no início do ciclo, nos primeiros dias, enquanto o sangramento de nidação ocorre no meio do ciclo, no período fértil.

Além disso, o sangramento de nidação tem uma duração mais curta, dura em média 1 a 2 dias, pequena quantidade e coloração mais clara e aquosa. A menstruação dura de 3 a 7 dias, com fluxo mais intenso e coloração vermelho vivo ou vermelho-escuro, podendo haver ainda a presença de coágulos.

Fecundação x nidação

A fecundação é o processo de união do espermatozoide com o óvulo. Esse processo costuma acontecer ainda na trompa. Em seguida o óvulo fecundado segue para o útero, quando se fixa à parede interna, o endométrio, para se desenvolver.

A fixação desse óvulo no endométrio é chamada nidação.

A nidação pode durar 7 dias?

Não. Em média a nidação dura de 1 a 3 dias. O tempo que o óvulo fecundado leva para encontrar e se fixar em um ambiente receptivo para o seu desenvolvimento.

A presença de sintomas como sangramento, cólica e dor na região inferior do abdômen por mais de 3 dias, deve ser imediatamente informada ao médico obstetra, ou um atendimento de urgência médica para avaliação.

Depois da nidação posso fazer o teste de farmácia?

Sim. O mais indicado é aguardar 8 dias após a nidação para um teste mais fidedigno.

Quanto tempo dura a cólica da nidação?

Os sintomas da nidação, quando acontecem, duram em média de 1 a 2 dias, no máximo 3 dias. Tanto a cólica quanto o sangramento.

Para mais esclarecimentos sobre nidação, fale com o seu médico da família ou ginecologista.

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Referências:

FEBRASGO - Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.