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Enfisema pulmonar tem cura?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Enfisema pulmonar não tem cura. Quando associado ao quadro de bronquite crônica constitui a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), que provoca lesões pulmonares irreversíveis. O tratamento deve ser mantido durante toda a vida e é feito principalmente com medicamentos, exercícios e abandono do cigarro.

O objetivo do tratamento do enfisema pulmonar não é curar a doença, mas controlar os sintomas. Quanto mais cedo o enfisema for diagnosticado, mais eficaz será o tratamento.

Qual é o tratamento para enfisema pulmonar?

Boa parte dos medicamentos usados para tratar o enfisema são administrados por inalação. Dentre os remédios utilizados estão os broncodilatadores e os corticoides. Os broncodilatadores e os corticoides servem para facilitar a respiração.

Também podem ser usados outros medicamentos para auxiliar a parar de fumar ou reduzir o consumo de cigarro.

O tratamento do enfisema pulmonar pode incluir ainda programa de exercícios físicos para reabilitação pulmonar, uso de oxigênio como suporte, cirurgia e até transplante de pulmão em casos muito graves.

A reabilitação pulmonar consiste de exercícios respiratórios, que ajudam a melhorar a qualidade de vida e a funcionalidade do paciente de um modo geral.

Na cirurgia, retira-se as partes mais danificadas do pulmão e pode ser necessária nos casos mais graves.

O transplante de pulmão só é indicado quando os outros tratamentos são resultam, sendo portanto a última opção de tratamento.

Parar de fumar é benéfico em qualquer fase do enfisema pulmonar, mas é ainda mais importante enquanto a obstrução nos pulmões for leve ou moderada. Abandonar o tabagismo nesse período pode retardar a instalação de uma falta de ar incapacitante.

O que é o enfisema pulmonar?

O enfisema pulmonar é uma doença degenerativa dos pulmões que tem como principal causa o hábito de fumar. A exposição à poluição do ar e outros poluentes, como fumaça de cigarro e substâncias no trabalho, também podem aumentar as chances de desenvolver a doença. Os principais sintomas são falta de ar, tosse, secreção e expectoração.

Apesar de não ter cura, o diagnóstico e tratamento precoce do enfisema pulmonar pode interromper a evolução da doença e diminuir os sintomas, melhorando a qualidade de vida da pessoa.

Como prevenir o enfisema pulmonar?

A melhor forma de prevenir o enfisema pulmonar é não fumar, evitar exposição à fumaça de cigarro e outros poluentes e praticar atividade física regularmente.

O paciente com enfisema pulmonar também deve evitar se expor à fumaça do cigarro de outros fumantes, bem como a outros tipos de poluentes, como fumaça de automóveis, poluição do ar, algumas tintas, entre outros.

O pneumologista é o especialista responsável pelo diagnóstico e tratamento do enfisema pulmonar.

Bronquite é contagiosa?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A bronquite não é contagiosa. A bronquite é classificada em formas aguda e crônica. A forma aguda é uma reação inflamatória dos brônquios, decorrente principalmente de infecção por vírus ou bactérias (bronquite infecciosa). Neste caso, a pessoa contaminada pode transmitir esse vírus ou bactérias. Portanto, o contágio não é da bronquite, mas da "virose" ou infecção adquirida pela pessoa.

Já bronquite crônica não é transmissível, pois neste caso a doença é quase sempre consequência do tabagismo ou outras doenças crônicas.

Quais as causas da bronquite aguda?

A bronquite aguda é, na maioria dos casos, causada por infecções virais ou bacterianas, sendo transmitida da mesma forma que uma gripe: através da inalação de gotículas de saliva ou secreção expelidas pela pessoa infectada ao falar, tossir ou espirrar.

É importante lembrar que a bronquite aguda também pode ser provocada pela inalação de agentes químicos irritantes, como poeira, fumaça, tinta, entre outros. Nestes casos não existe contágio.

Saiba mais em: Pelo de gato dá asma ou bronquite?

Quais as causas da bronquite crônica?

A bronquite crônica, embora possa ser uma extensão da bronquite aguda, quase sempre é provocada pela fumaça do cigarro. Não há agentes infecciosos como vírus e bactérias, portanto ela não é contagiosa.

Como evitar o contágio e a transmissão de viroses que desencadeiam bronquite?
  • Lave as mãos frequentemente com água e sabão;
  • Evite colocar as mãos na boca ou no nariz;
  • Cubra a boca e o nariz quando for tossir ou espirrar, mas não use as mãos e sim o braço para cobrir o rosto; caso contrário, estará apenas evitando propagar os micróbios pelo ar, já que as mãos estarão carregadas de vírus ou bactérias e a doença poderá ser transmitida da mesma forma;
  • Abra portas e janelas para deixar o ar circular;
  • Evite permanecer por muito tempo em lugares fechados ou com grande aglomeração de pessoas.

O tratamento da bronquite é feito principalmente com medicamentos corticoides e broncodilatadores inalatórios.

O médico pneumologista é o responsável pelo tratamento de doenças que atingem o trato respiratório, como a bronquite.

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Quais são os sintomas da tuberculose pulmonar e como é o tratamento?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Os sintomas da tuberculose pulmonar incluem febre, tosse, transpiração noturna excessiva, mal-estar geral, emagrecimento e perda de apetite. Os sintomas iniciais da tuberculose são leves, de evolução lenta e inespecíficos, podendo ser confundidos com muitas outras doenças.

A febre geralmente é baixa, com tendência para surgir no final da tarde e início da noite. A perda de peso é progressiva, levando a um emagrecimento acentuado após alguns meses que causa grande debilidade física.

O mal-estar geral caracteriza-se como uma fraqueza e fadiga. No início da tuberculose pulmonar, esse mal-estar é sentido principalmente no final do dia e surge junto com a febre. Com a evolução da doença, a fraqueza e a fadiga podem estar presentes durante todo o dia.

Já a tosse pode ser leve e seca no início, tornando-se mais intensa e produtiva com presença de sangue no catarro. Dependendo do grau de evolução da tuberculose, a pessoa pode chegar a tossir sangue.

Qual é o tratamento para tuberculose pulmonar?

O tratamento da tuberculose pulmonar é feito com medicamentos antibióticos. Os remédios devem ser tomados todos os dias, por via oral, durante um tempo que é determinado pelo médico.

O Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza gratuitamente os remédios usados para tratar a tuberculose pulmonar.

Os sintomas diminuem e o paciente melhora significativamente após o início do tratamento. Contudo, é fundamental continuar tomando a medicação até o fim do período estabelecido para evitar recaídas e resistência das bactérias aos antibióticos.

Tuberculose pulmonar é contagiosa?

A tuberculose pulmonar é altamente contagiosa. Por isso, o diagnóstico e tratamento devem ser estabelecidos o quanto antes. Com o início do tratamento, a quantidade de bactérias expelidas pelo paciente reduz bastante, pelo que o risco de transmitir a doença também diminui consideravelmente. 

Veja também: Tuberculose é contagiosa? Como se transmite?

Em caso de tosse com pelo menos 3 semanas de duração, associada aos sintomas descritos anteriormente, consulte um médico clínico geral ou médico de família para uma investigação adequada.

O tratamento da tuberculose pulmonar é da responsabilidade do/a médico/a de família, clínico/a geral, infectologista ou pneumologista.

O que é o soluço e quais são as suas causas?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

O soluço é uma contração vigorosa e involuntária do diafragma, o músculo responsável pela inspiração e que separa o tórax do abdômen. Esse espasmo do diafragma faz com que o ar entre nos pulmões a uma velocidade muito maior que o normal, seguido pelo fechamento súbito da glote que produz o som característico do soluço.

Contudo, a causa do soluço ainda não é totalmente conhecida. Sabe-se que o mecanismo está relacionado com um reflexo que envolve o nervo frênico, que inerva o diafragma, o nervo vago, que inerva boa parte do aparelho digestivo, e as conexões desses nervos no sistema nervoso central.

As situações mais comuns que podem provocar soluço incluem estresse, comer ou beber demais, fumar, mascar chicletes, alteração no nervo do diafragma, uso de medicamentos (anestésicos, corticoides, ansiolíticos) e refluxo gastroesofágico.

Porém, o soluço também pode ter origem em alterações metabólicas causadas por alcoolismo ou diabetes não controlado, além de doenças do sistema nervoso central como meningite ou tumores.

Os soluços podem ser classificados em 3 tipos: episódicos, persistentes e intratáveis. Os episódicos podem ocorrer quando a pessoa come demais (hiperdistensão do estômago), ingere bebidas com gás, engole ar ao mascar chicletes ou fumar, ou quando é submetida a uma insuflação gástrica durante uma endoscopia.

Já os soluços persistentes e intratáveis podem causar desnutrição, emagrecimento, insônia, cansaço e estresse, interferindo negativamente na qualidade de vida do indivíduo. Esses tipos de soluço ocorrem principalmente em homens idosos com doenças associadas.

Saiba mais em: Soluço constante, o que pode ser?

Ainda não foi encontrada nenhuma função fisiológica para o soluço. Acredita-se que os soluços do bebê, enquanto ainda está no útero materno, sejam um tipo de exercício respiratório.

Veja também: Soluço constante em bebê é normal? O que pode ser e o que fazer?

O soluço episódico desaparece espontaneamente e não precisa de nenhum tipo de avaliação ou tratamento. Contudo, soluços que persistem por mais de 48 horas precisam ser investigados. Se houver alguma doença associada, o tratamento é direcionado para a doença.

Existem algumas técnicas que podem ajudar a parar o soluço, como prender a respiração, soprar contra uma resistência, beber água gelada, ou ainda manipular o diafragma pressionando as coxas sobre o abdômen ou apoiando o tórax contra uma superfície.

Veja aqui qual é a melhor forma de parar o soluço.

Soluços persistentes ou intratáveis podem ser tratados com medicamentos, hipnose e acupuntura.

Em caso de soluço persistente por mais de 48 horas, consulte um médico de família ou um clínico geral para investigar as possíveis causas do soluço.

Também pode lhe interessar: Remédios podem causar soluços?

Qual é o tratamento para enfisema pulmonar?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

O tratamento do enfisema pulmonar pode incluir medicamentos broncodilatadores e corticoides, terapia com oxigênio, programa de exercícios para reabilitação pulmonar, cirurgia de redução dos pulmões e até transplante de pulmão. 

Uma vez que o enfisema pulmonar não tem cura, o tratamento deve ser mantido até ao fim da vida. O objetivo é diminuir os sintomas e retardar a evolução da doença. Portanto, quanto mais precoce for o diagnóstico, mais eficaz será o tratamento e maior será a qualidade e tempo de vida da pessoa.

Além dos medicamentos, exercícios e outras opções terapêuticas, é fundamental parar de fumar, sobretudo nas fases mais iniciais do enfisema pulmonar. Deixar de fumar enquanto a obstrução ao fluxo de ar ainda é leve ou moderada pode retardar o aparecimento de uma falta de ar incapacitante.

O tratamento do enfisema também pode incluir remédios que ajudam a parar de fumar ou diminuir o consumo de cigarro.

Os broncodilatadores e os corticoides visam melhorar a respiração e torná-la mais fácil. A reabilitação pulmonar é feita com exercícios respiratórios que melhoram a qualidade de vida e a funcionalidade da pessoa com enfisema.

Pessoas com enfisema pulmonar em fases mais avançadas podem necessitar do uso de oxigênio em casa, às vezes durante todo o dia.

Já a cirurgia permite retirar as porções mais danificadas do pulmão e pode ser indicada nos casos mais graves. O transplante de pulmão é a última opção de tratamento para o enfisema pulmonar e só é utilizado em alguns pacientes, quando todas as outras terapias não são eficazes.

O paciente com enfisema pulmonar também deve evitar se expor à fumaça do cigarro de outros fumantes, bem como a outros tipos de poluentes, como fumaça de automóveis, poluição do ar, algumas tintas, entre outros.

O pneumologista é o especialista responsável pelo diagnóstico e tratamento do enfisema pulmonar.

Saiba mais em: 

Enfisema pulmonar tem cura?

Quais são os sintomas do enfisema pulmonar?

Enfisema pulmonar é câncer?

O que é derrame pleural e quais os sintomas?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Derrame pleural é o acúmulo anormal de líquidos na pleura, uma membrana que envolve os pulmões. O derrame pleural é uma manifestação comum de várias doenças diferentes, portanto, uma vez diagnosticado o derrame, investigar a sua causa é o próximo passo.

O que é a pleura?

A pleura é uma fina membrana dupla de tecido fibroso que envolve os pulmões e o interior da cavidade torácica. Em pessoas saudáveis, é normal haver um fluxo constante de líquido entre as duas camadas da pleura. Em situações normais, a quantidade de líquido presente entre as duas camadas da pleura é de 15 ml.

Raio-x de tórax com derrame pleural

Contudo, em casos de doenças que afetam a pleura, pode haver acúmulo de líquido nesse espaço, dando origem ao derrame pleural. As principais doenças causadoras de derrame pleural são a tuberculose, o câncer e a pneumonia.

Se não for devidamente tratado, o derrame pleural pode causar falta de ar grave, podendo levar à morte.

Quais são os sintomas do derrame pleural?

Falta de ar: quanto mais rapidamente se formar o derrame pleural e quanto maior for o acúmulo de líquido na pleura, mais intensa será a falta de ar. Existem derrames pleurais que podem ter até 4 litros de volume, o suficiente para comprimir completamente o pulmão afetado. A falta de ar pode ser muito intensa e vir acompanhada de cianose (extremidades do corpo azuladas ou arroxeadas), o que indica falta de oxigênio nos tecidos. .Dor torácica: dor em pontada, que piora quando a pessoa respira fundo ou tosse. A dor pode ainda irradiar para o ombro.

Tosse: costuma ser seca, intensa e acompanhada de dor torácica. Pode causar vômitos e falta de ar. A presença de tosse com secreção normalmente indica a presença de lesão no pulmão.

A dor e a falta de ar são os dois sintomas próprios do derrame pleural. Os demais sintomas que normalmente também aparecem costumam surgir devido à doença de base, como febre e tosse na pneumonia; tosse com sangue no câncer de pulmão; ascite na cirrose; pernas inchadas na insuficiência cardíaca, e assim por diante.

Quais são as causas do derrame pleural?

O derrame pleural pode ser constituído de dois tipos de líquido: transudato e exsudato. Sua determinação é importante para que se descubra a doença que levou ao derrame pleural. Esta é possível após a análise do líquido pleural através da retirada pela toracocentese.

As causas de derrame pleural do tipo transudato incluem: insuficiência cardíaca, cirrose hepática, síndrome nefrótica, insuficiência renal e hipotireoidismo descompensado.

As causas de derrame pleural do tipo exsudato são: pneumonia, tuberculose, câncer metastático para a pleura, câncer da pleura (mesotelioma), linfoma, embolia pulmonar, doenças auto-imunes, como lúpus eritematoso sistêmico e artrite reumatoide, pancreatite, radioterapia, doenças abdominais, como peritonites e abscessos, síndrome de hiperestimulação ovariana, com uso de citrato de clomifeno.

Há ainda outros tipos de líquidos que podem ficar acumulados na pleura, como sangue (hemotórax), urina (urinotórax) e triglicerídeos e lipídeos (quilotórax).

O derrame pleural tem como principais causas as doenças da pleura ou dos pulmões, mas também pode ter origem em doenças que afetam o coração, os rins, o fígado e o pâncreas, doenças sistêmicas como a artrite reumatoide, reação a drogas e câncer.

O derrame pleural é suspeitado no exame clínico e o diagnóstico confirmado com a radiografia do tórax. É prudente a coleta do líquido pleural se houver suspeita da doença que causou o derrame pleural, para o tratamento adequado.

Qual é o tratamento para derrame pleural?

O tratamento do derrame pleural consiste da desinfecção da cavidade pleural, através de medicamentos, drenagem e lavagem da pleura com produtos desinfectantes, além de reexpansão dos pulmões através de drenagem torácica e fisioterapia respiratória.

A recuperação funcional dos pulmões também é feita com fisioterapia respiratória. Em caso de encarceramento dos pulmões, pode ser necessário realizar uma cirurgia.

A fisioterapia deve ter início o mais rapidamente possível, de maneira a diminuir os riscos de sequelas pulmonares.

Se você apresentar os sintomas supracitados deve procurar um pronto atendimento médico para melhor avaliação.

Como identificar uma crise de asma?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A crise de asma pode ser identificada com o aumento progressivo de alguns dos sintomas respiratórios, como tosse seca persistente, falta de ar, chiado no peito, sensação de aperto no peito e incapacidade de falar frases longas.

A crise de asma pode ocorrer em pacientes já asmáticos ou em pessoas que nunca tiveram asma, sendo uma primeira manifestação doença. A crise pode ser classificada como leve, moderada ou grave, podendo ser necessário internação hospitalar e uso de oxigênio.

O que pode causar uma crise de asma?

Em geral, uma crise de asma é uma resposta a algum agente externo ao qual o paciente apresenta uma reação alérgica (vírus, ácaros, mofo, pelos de animais, baratas, pólen, poluentes, fumaça de cigarro, etc). Porém, alguns pacientes podem ter início súbito da crise sem uma clara exposição a um tipo específico de alérgeno.

O paciente com suspeita de crise de asma deverá ser avaliado por um/a médico/a em serviço de urgência e seguir o tratamento ambulatorial para controle da doença. Quem já tem o diagnóstico de asma e possui um plano de auto manejo deve seguir como a recomendação médica.

O que é asma e quais são os sintomas?

A asma é uma doença inflamatória crônica das vias aéreas definida por um histórico de sintomas respiratórios e uma limitação na expiração do fluxo de ar. As crises de asma geralmente começam na infância, embora a doença possa aparecer em qualquer idade.

Os sintomas incluem tosse, chiado no peito, falta de ar, sensação de aperto no peito com esforços físicos, cansaço e dificuldade em realizar tarefas do dia-a-dia.

Com o passar do tempo, os sintomas da asma podem variar significativamente, podendo inclusive desaparecer espontaneamente. Porém, mesmo sem manifestações, a asma continua estando presente, uma vez que a doença não tem cura.

Qual é o tratamento para asma?

O tratamento da asma é feito com controle dos alérgenos do ambiente e com o uso de medicamentos anti-inflamatórios (sendo os corticoides inalados os mais comuns). O objetivo do tratamento da asma é controlar a inflamação dos brônquios e das vias aéreas. Além dos anti-inflamatórios, podem também ser prescritos medicamentos broncodilatadores e imunomoduladores.

A exacerbação da asma está associada algumas vezes ao não seguimento do tratamento de controle diário que o paciente deve fazer.

Essa piora da doença é um quadro agudo ou subagudo que vai necessitar de uma mudança no esquema de tratamento habitual do paciente.

O tratamento da asma deve ser contínuo e os cuidados para prevenir as crises devem se diários. O diagnóstico precoce e o manejo da crise de asma pode salvar a vida do paciente.

Com o tratamento adequado e a doença controlada, a pessoa com asma pode ter uma vida normal, sem limitações profissionais, esportivas ou nas atividades de vida diária.

Para que serve e como tomar acetilcisteína? É indicado para tosse?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Acetilcisteína® é um expectorante indicado para tosse, com objetivo de auxiliar a expectoração e eliminar as secreções pulmonares. Especialmente na presença de secreção densa e viscosa de difícil expectoração.

É utilizado em casos de bronquite crônica, pneumonia, enfisema pulmonar, atelectasias pulmonares (fechamento dos brônquios) e mucoviscidose (doença hereditária que provoca a produção de muco espesso chamada de fibrose cística).

Pode ainda ser usado para casos de intoxicações por paracetamol.

Pacientes com asma e bronquite aguda devem ser avaliados antes de fazer uso da medicação, pelo risco de broncoespasmo.

Como tomar acetilcisteína®?

Não é necessário prescrição médica para adquirir a acetilcisteína®, entretanto, é importante seguir a orientação médica para seu uso.

Acetilcisteína® xarope

Acetilcisteína pediátrico 20 mg/ml

Crianças de 2 a 4 anos: devem usar 100 mg (5 ml) de 2 a 3 vezes ao dia.

Crianças acima de 4 anos: devem utilizar 100 mg (5 ml) de 3 a 4 vezes ao dia.

Acetilcisteína adulto 40 mg/ml

Para os adultos, a dose de 600 mg (15 ml) é indicada 1 vez ao dia, de preferência à noite.

Acetilcisteína® granulado

Acetilcisteína pediátrico granulado de 100 mg

Crianças de 2 a 4 anos: devem usar 100 mg (1 envelope) de 2 a 3 vezes ao dia.

Crianças acima de 4 anos: devem utilizar 100 mg (1 envelope) de 3 a 4 vezes ao dia.

Acetilcisteína adulto 200 mg e 600 mg

Granulado de 200 mg: deve-se usar 200 mg (1 envelope) de 2 a 3 vezes ao dia.

Granulado de 600 mg: deve-se usar 600 mg (1 envelope), 1 vez ao dia e, de preferência à noite.

O tratamento deve durar de 5 a 10 dias para acetilcisteína xarope ou granulado e se os sintomas persistirem o médico precisa ser contactado.

Acetilcisteína é indicado para tosse?

O medicamento é indicado para pessoas que apresentam tosse produtiva (com secreção). A acetilcisteína® age modificando as características da secreção, tornando-a mais líquida e fluida, o que facilita sua expectoração.

Contraindicações da acetilcisteína®
  • Pessoas alérgicas à acetilcisteína e componentes da fórmula;
  • Mulheres grávidas ou que estão amamentando;
  • Crianças menores de 2 anos.
Precauções ao uso de acetilcisteína®
  • Pessoas que têm ou tiveram úlcera péptica, uma vez que o uso do medicamento pode irritar a mucosa gástrica;
  • Pessoas idosas e crianças pequenas com dificuldade para expectorar, devido ao risco de bronco aspiração;
  • Pacientes asmáticos que apresentarem broncoespasmo devem ter o tratamento com acetilcisteína suspenso;
  • Pessoas diabéticas devem ter cuidado ao uso de acetilcisteína, pois a medicação contém sacarose (açúcar).
Efeitos colaterais da acetilcisteína®

Os efeitos colaterais mais comuns associados ao uso oral de acetilcisteína são gastrointestinais.

Reações alérgicas como choque anafilático, broncoespasmo, edemas e coceira têm sido mencionadas com menor frequência.

Antes do uso de qualquer medicamento, consulte o seu médico. Utilize acetilcisteína conforme a prescrição médica.

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Tosse com catarro: o que fazer?

Secreção pulmonar: qual o tratamento?