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Pressão alta (14x8) pode ser ansiedade?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

A pressão 14x8 pode estar sendo causada pela ansiedade, pois é comum que crises de ansiedade levem a pressão arterial a subir.

Além do aumento da pressão, a ansiedade pode ser percebida por outros sinais como:

  • Aumento da frequência cardíaca;
  • Respiração rápida;
  • Transpiração excessiva;
  • Tensão muscular;
  • Náusea, sensação de vazio ou frio no estômago;
  • Tontura;
  • Apreensão;
  • Inquietude;
  • Alterações no sono, como dificuldade para dormir.

A ansiedade frequente ou altos níveis de ansiedade podem aumentar o risco de desenvolver hipertensão arterial. Por isso, é importante cuidar para que ela não seja um problema constante. Exercícios aeróbicos como caminhar, correr, nadar, pedalar e dançar ajudam a controlar a ansiedade.

Se sentir que a ansiedade atrapalha a sua vida, o ideal é que consulte um médico de família, psicólogo ou psiquiatra para entender qual a melhor forma de tratamento. Há casos em que é indicado fazer terapia. Nos casos mais graves, a terapia é associada ao uso de medicamentos.

Você pode querer ler também:

Referência:

Fonseca FCA , Coelho RZ , Nicolato R , Malloy-Diniz LF , Silva Filho. HC. A influência de fatores emocionais sobre a hipertensão arterial. J Bras Psiquiatr. 2009; 58(2): 128-34.

Araújo SRC, Mello MT, Leite JR. Transtornos de ansiedade e exercício físico. Braz. J. Psychiatry. 2007; 29(2): 164-71

Qual é o tratamento para transtorno dissociativo de identidade?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

O tratamento do transtorno dissociativo de identidade é feito geralmente com psicoterapia e medicamentos.

O papel da psicoterapia é fundamental no sucesso do tratamento do transtorno dissociativo de identidade, pois permite reduzir as crises em que ocorrem as mudanças de personalidade.

O objetivo é ajudar a pessoa a identificar o seu problema, mudar os seus comportamentos, vigiar a sua instabilidade e desenvolver o autocontrole.

Contudo, se o paciente for resistente em aceitar o tratamento psicoterápico, os resultados e as mudanças de personalidades podem ser muito limitados.

Os medicamentos servem para tratar e controlar outros transtornos psiquiátricos que podem estar associados à personalidade múltipla, como ataques de pânico, tendências suicidas, depressão, ansiedade, psicoses, entre outros.

Sintomas

O transtorno dissociativo de identidade, também conhecido como transtorno de dupla personalidade ou personalidade múltipla, tem como principal sintoma a presença de pelo menos duas personalidades diferentes que assumem o controle do corpo da pessoa de tempos em tempos.

Essas personalidades muitas vezes não têm conhecimento uma da outra e quando uma está no controle a outra não interfere. Em média, essas pessoas apresentam de 10 a 15 personalidades, embora o número de identidades possa variar muito e chegar a 80, como já foi verificado.

As personalidades costumam ter características bem diferentes, com comportamentos, pensamentos, valores e atitudes próprias.

Algumas personalidades podem identificar familiares, amigos, colegas, trabalho, enquanto outras não chegam nem a reconhecer os da própria família.

Leia também: Quais os sintomas do transtorno dissociativo de identidade?

Diagnóstico

Para que o transtorno dissociativo de identidade seja identificado, a pessoa precisa necessariamente apresentar pelo menos duas personalidades diferentes.

Isso significa que o comportamento, os princípios e os pensamentos esperados do indivíduo sejam diferentes em várias situações.

Para que o transtorno dissociativo de identidade seja diagnostico, também é essencial que pelo menos duas personalidades assumam o controle da consciência e do corpo da pessoa em determinados períodos de tempo.

Vale lembrar que os sintomas não devem ser associados ao consumo de álcool, medicamentos, drogas ou outras substâncias.

O diagnóstico e tratamento do transtorno dissociativo de identidade é da responsabilidade do médico psiquiatra.

Saiba mais em:

Quais as causas do transtorno dissociativo de identidade?

Transtorno dissociativo de identidade significa ter dupla personalidade?

Quetiapina (hemifumarato de quetiapina): quais os efeitos colaterais e que cuidados preciso ter quanto ao seu uso?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Hemifumarato de quetiapina é um antipsicótico utilizado para tratar transtornos mentais como esquizofrenia e transtorno afetivo bipolar em seus episódios de mania e de depressão.

Efeito colaterais de quetiapina

Os efeitos colaterais muito frequentes do hemifumarato de quetiapina, que ocorrem em 1 de cada 10 utilizadores desse medicamento, são:

  • Boca seca
  • Ganho de peso
  • Tontura
  • Sonolência
  • Dores de cabeça
  • Sensação de sonolência
  • Sintomas de descontinuação (sintomas que ocorrem após a suspensão abrupta do medicamento): insônia, náusea, cefaleia, diarreia, vômito, tontura e irritabilidade.

Outros efeitos frequentes, que ocorrem de 1 a 10 pessoas em cada 100 utilizadores desse medicamento, são:

  • Taquicardia (aumento na frequência dos batimentos do coração) e palpitações
  • Visão borrada
  • Constipação (prisão de ventre) e dispepsia (má digestão)
  • Astenia leve (sensação de fraqueza), que pode levar a quedas
  • Edema periférico (inchaço nas extremidades)
  • Disartria (dificuldade na fala)
  • Aumento do apetite
  • Congestão nasal
  • Hipotensão ortostática (queda da pressão arterial na posição em pé), pode causar tontura ou desmaior
  • Sonhos anormais e pesadelos
  • Sintomas extrapiramidais: movimentos involuntários (tremores, contrações musculares, entre outros), dificuldade de andar, lentificação dos movimentos, inquietude.
Efeitos colaterais em crianças e adolescentes (10 a 17 anos de idade)

Neste grupo etário as reações adversas são as mesmas apresentadas pelos adultos. Entretanto, as que ocorrem com mais frequência são:

  • Aumento do apetite
  • Aumento na pressão arterial
  • Vômito
  • Rinite
  • Síncope (desmaio)
  • Raramente ocorrem: inchaço dos seios e produção inesperada de leite em meninos e meninas e, nas meninas, os ciclos menstruais podem não ocorrer ou ocorrerem de forma irregular.
Precauções quanto ao uso de quetiapina

Hemifumarato de quetiapina deve ser usado com cautela em caso de:

  • Presença de sinais e sintomas de infecção
  • Diabéticos ou pessoas com risco de desenvolver diabetes
  • Pessoas que sabem ter triglicérides ou colesterol elevado
  • Portadores de doenças cardíacas ou doenças cerebrovasculares
  • Pessoas com tendência à redução de pressão arterial
  • Portadores de apneia do sono
  • Pacientes em uso de medicamentos depressores do sistema nervoso central
  • Pessoas com risco de pneumonia por aspiração
  • Pacientes com história de convulsões
  • Portadores de discinesia tardia (alterações de movimentos)
  • Pessoas com distúrbios urinários, prostáticos ou intestinais
  • Pacientes com síndrome neuroléptica maligna (se caracteriza por alteração do estado mental, rigidez muscular, elevação da temperatura corporal e hiperatividade autonômica: diminuição da senso-percepção acompanhada de tremores, suor excessivo, ansiedade, agitação, insônia, náuseas e vômitos).

Veja também

Quetiapina (hemifumarato de quetiapina): para que serve, como usar e quais as suas contraindicações?

O consumo de álcool não é recomendado enquanto você estiver em tratamento com hemifumarato de quetiapina.

Esta medicação pode reduzir a sua capacidade de atenção e sua habilidade motora. Por este motivo, não conduza veículos ou opere máquinas quando estiver utilizando hemifumarato de quetiapina.

Hemifumarato de quetiapina somente deve ser usado sob orientação médica.

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Nó e bolo na garganta: saiba se é ansiedade e o que fazer
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

Nó na garganta pode ter outras causas, mas está normalmente associado à ansiedade. Não é à toa que o termo aparece em muitas músicas e poemas, associado a outras manifestações, como o aperto no peito.

Além do nó na garganta e do aperto no peito, outros sintomas comuns de ansiedade são:

  • O coração bate muito rápido;
  • Tremores;
  • Medo intenso;
  • Suor intenso.

Ela também pode causar falta de ar, enjoo, frio na barriga e dor de estômago.

Algumas manifestações da ansiedade são mais leves, outras mais graves.

Sentir ansiedade em alguns momentos é normal. Se está iniciando uma nova atividade, um novo emprego, um novo relacionamento, vai senti-la como uma excitação, associada à alegria.

Também é normal sentir alguma ansiedade em situações que causam desconforto, como foi o caso da pandemia.

Ela passa a ser um problema quando for frequente, por um período prolongado e / ou se for muito intensa. Isto pode fazer com que apareçam sintomas como o nó ou bolo na garganta, falta de ar, dor de estômago e insônia, entre outros.

O que você pode fazer quando o nó na garganta aparece?

Muitas pessoas conseguem resolver o problema e viver sem grandes prejuízos sociais e profissionais apenas usando essas dicas para controlar a ansiedade:

Respire profundamente

Respirar calmamente é uma técnica infalível para controlar uma crise de ansiedade que está começando. Você só respira calma e profundamente quando está calmo e quando faz isso o seu cérebro acredita que esteja tudo bem. A respiração pode ser feita da seguinte maneira: inspire lentamente contando até 3; conte até 3 e retenha o ar; expire lentamente, contando até 6. Você deve manter essa respiração por pelo menos 2 minutos. Feche os olhos durante a prática, se puder.

Morda a língua

Há outra forma de controlar uma crise de ansiedade: morda levemente a ponta da língua. É uma técnica baseada nos conhecimentos da acupuntura e do do-in. Funciona!

Mude o foco

A ansiedade vem como um mecanismo natural do ser humano de tentar evitar a dor. Tente mudar o foco. Busque o que pode lhe dar prazer. Inclua em sua rotina caminhar, entrar em contato com a natureza, ler um bom livro, ouvir boa música, escrever, desenhar, pintar, fazer exercícios físicos ou artesanato, estar com pessoas queridas ou com seus animais de estimação.

Meditação e ioga

As práticas de meditação e de ioga requerem disciplina, pois leva algum tempo para sentir seus resultados.

A meditação ajuda no controle dos sintomas da ansiedade tanto quanto um tratamento com medicamentos. Há vídeos e aplicativos que ajudam a começar.

A prática de ioga traz benefícios para além do exercício físico. Técnicas de respiração, relaxamento, meditação e foco no agora são os pontos que ajudam a controlar a ansiedade e são trabalhados nas aulas.

O que pode causar a ansiedade?

É muito difícil especificar quando o transtorno de ansiedade tem início. Por isso, você pode ter dificuldade para perceber como ele começou e se há uma ou mais causas para isso.

A ocorrência de vários eventos negativos na vida aumenta muito a chance da ansiedade se tornar um problema. Doenças graves como câncer e problemas cardíacos também podem ser responsáveis pelo aumento da ansiedade.

O problema muitas vezes começa na infância e persiste na vida adulta. A ansiedade é um problema de saúde mental comum para crianças e adolescentes.

Manifestações mais graves da ansiedade

Algumas manifestações de ansiedade podem ser disfuncionais, ou seja, atrapalhar seu rendimento nas atividades e sua vida. Neste caso, são problemas de saúde mental que podem causar doenças como a depressão, hipertensão e problemas cardíacos quando persistem por muito tempo. Se você se identificou com o problema, precisa descobrir o que fazer para aliviar os sintomas psicológicos e físicos que ele causa.

São manifestações graves da ansiedade:

Transtornos de ansiedade generalizada

Você pode identificar que está sofrendo um transtorno de ansiedade generalizada se sentir com frequência e por um período prolongado:

  • Apreensão: preocupação excessiva com o futuro; medo do desconhecido; sentir-se “no limite”;
  • Tensão muscular: inquietação, tremores ou dificuldade para relaxar. Pode sentir dores no corpo como consequência;
  • Tontura; sensação de nó ou bolo na garganta; dor ou frio no estômago;
  • Taquicardia, suor excessivo ou respiração ofegante (sem ter feito exercício físico).
Crise de pânico

Uma crise de pânico se caracteriza por uma ansiedade muito intensa em um dado momento. Ela manifesta-se como medo intenso, palpitação, sudorese, dor no peito, tremedeira, enjoo, frio na barriga e medo de morrer. O mal-estar é tão intenso que a pessoa sente necessidade de procurar um médico.

Fobia

É o medo persistente que não tem sentido e que “trava” você em certas situações. São fobias comuns o medo de multidões ou de estar só fora de casa; de sangue; lugares altos, abertos ou fechados; viagens de trem, carro ou avião. Quem tem uma fobia faz de tudo para evitar a situação que causa o medo.

Transtorno obsessivo-compulsivo (TOC)

A pessoa com transtorno de obsessão tem pensamentos indesejáveis. Podem ser dúvidas, pensamentos negativos, sobre contaminação, sexo ou religião, entre outros. Eles causam sofrimento e perda de tempo, atrapalhando a vida da pessoa.

A pessoa com transtorno compulsivo tem comportamentos que não consegue controlar. São as manias de contar, verificar, repetir, tocar em objetos e fazer movimentos. Comer, comprar e beber em excesso também são compulsões. Isto acontece devido à ansiedade. A falta de controle gera ainda mais ansiedade e sentimento de culpa.

No transtorno obsessivo-compulsivo, a pessoa age para aliviar os pensamentos obsessivos. Um exemplo de TOC é lavar as mãos o tempo todo, sem necessidade.

Estresse pós-traumático

Algo muito grave acontece (física ou psicologicamente) como “gatilho” para essa manifestação da ansiedade. A pessoa tem recordações perturbadoras do que aconteceu, pesadelos e até alucinações. Isso causa grande estresse físico e psicológico. As consequências são reações assustadas e irritabilidade, dificuldades de concentração e para se relacionar, falta de motivação e problemas para dormir.

O que fazer quando a ansiedade vai além do nó na garganta?

Se você percebe que a ansiedade atrapalha muito no seu trabalho, na sua vida familiar ou social, é necessário recorrer à avaliação de um médico de família, psicólogo ou psiquiatra para ter certeza do diagnóstico e estabelecer o tratamento mais adequado. As alternativas para tratar os transtornos de ansiedade são:

Psicoterapia

A psicoterapia é usada como tratamento não farmacológico (sem medicamentos). Normalmente é por onde se começa. Ela é considerada fundamental mesmo para quem precisa usar medicamentos.

Há muitas opções. Entre elas, a terapia cognitivo-comportamental se destaca. É muito efetiva, principalmente para os pacientes com ansiedade crônica. São necessárias pelo menos de 8 a 10 sessões. O trabalho consiste em modificar pensamentos e crenças negativas que a pessoa tem e desencadeiam os sintomas físicos.

Farmacoterapia

Alguns dos medicamentos que podem ser indicados são antidepressivos e ansiolíticos. Os antiarrítmicos podem ser indicados para o tratamento de alguns sintomas.

Os ansiolíticos e antidepressivos devem ser receitados por um psiquiatra. Em muitos casos, o tratamento com antidepressivos dura de 6 a 12 meses, mas pode ser mais longo.

O tratamento farmacológico deve estar aliado a tratamento psicológico e psicossocial.

Intervenção psicossocial

As intervenções psicossociais consistem na tentativa de agir sobre fatores sociais e psicológicos externos que podem causar ou acentuar a ansiedade. Problemas familiares, econômicos, de saúde e escolares são os alvos das intervenções.

Envolver as pessoas que convivem com o paciente para que auxiliem na melhora é fundamental para trabalhar estas questões e diminuir a ansiedade que causam.

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Referências:

Gautam S, Jain A, Gautam M, Vahia VN, GautamIndian A. Clinical Practice Guidelines for the Management of Generalised Anxiety Disorder (GAD) and Panic Disorder (PD). J Psychiatry. 2017; 59(Suppl 1): S67–S73.

Narmandakh A, Roest AM, de Jonge P, Oldehinkel AJ. Psychosocial and biological risk factors of anxiety disorders in adolescents: a TRAILS report. Eur Child Adolesc Psychiatry. 2021; 30(12): 1969–1982.

Aktar E, Bögels SM. Exposure to Parents’ Negative Emotions as a Developmental Pathway to the Family Aggregation of Depression and Anxiety in the First Year of

Life. Clin Child Fam Psychol Rev. 2017; 20(4): 369–390.

Como controlar a ansiedade. Tadashi Kadomoto. Youtube

Existe um botão anti-pânico e ansiedade no seu corpo. Peter Liu. Youtube

Para que serve e como usar escitalopram (oxalato de escitalopram)?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Oxalato de escitalopram é um medicamento antidepressivo indicado para o tratamento e prevenção da recaída ou recorrência da depressão, tratamento do transtorno do pânico, com ou sem agorafobia, tratamento do transtorno de ansiedade generalizada, do transtorno de ansiedade social ou tratamento do transtorno obsessivo compulsivo (TOC).

Como usar oxalato de escitalopram? Oxalato de Escitalopram comprimidos (10 mg e 20 mg)

Os comprimidos de oxalato de escitalopram podem ser ingeridos em qualquer momento do dia, com ou sem alimentos. Recomenda-se tomar o comprimido com água sem mastigá-los. É importante manter as tomadas sempre no mesmo horário diariamente.

Oxalato de Escitalopram gotas

Oxalato de escitalopram gotas pode ser administrado em qualquer hora do dia com água. Não há necessidade de ser ingerido durante as refeições, entretanto é importante tomar o medicamento todos os dias no mesmo horário.

Dosagem de oxalato de escitalopram comprimidos (10 mg e 20 mg) e oxalato de escitalopram gotas

A dosagem de oxalato de escitalopram comprimidos ou gotas é individualizada e depende do distúrbio a ser tratado (depressão, transtorno do pânico, transtorno de ansiedade generalizada, transtorno de ansiedade social ou transtorno obsessivo compulsivo).

O tratamento geralmente se inicia com a dose mais baixa durante a primeira semana até que a dose definitiva seja atingida ao final do primeiro mês. Avaliações periódicas são realizadas durante o tratamento para avaliar a evolução do quadro clínico, eficácia da medicação e, se necessário, ajustar a dosagem. A dose máxima diária de 20 mg não deve ser ultrapassada.

A duração do tratamento varia de pessoa para pessoa e, geralmente, sua duração mínima é de aproximadamente 6 meses. Entretanto, o tratamento pode ser prolongado.

Após o desaparecimento dos sintomas o tratamento com oxalato de escitalopram perdura com por alguns meses para reduzir o risco de reincidência dos transtornos. O término do tratamento deve ser cuidadosamente avaliado por um/a psiquiatra ou pelo/a médico/a que está acompanhando o/a paciente. A retirada da medicação deve ser feita de forma gradativa. O tratamento com escitalopram não deve ser suspenso bruscamente.

Contraindicações do oxalato de escitalopram
  • Pessoas alérgicas ao oxalato de escitalopram e/ou demais componentes da fórmula;
  • Idade inferior a 18 anos;
  • Mulheres grávidas ou que estão amamentando;
  • Tratamento concomitante com pimozida;
  • Portadores de arritmias cardíacas;
  • Tratamento concomitante com monoaminoxidase.
Precauções quanto ao uso de oxalato de escitalopram

Oxalato de escitalopram deve ser usado com cautela e com rigoroso acompanhamento médico em casos de:

  • Portadores de epilepsia ou de outros quadros convulsivos;
  • Pessoas com ansiedade paradoxal;
  • Pacientes com histórico de mania/hipomania;
  • Portadores de diabetes;
  • Pessoas com doenças coronarianas;
  • Portadores de arritmias cardíacas;
  • Evitar o uso concomitante com fitoterápicos da erva de São João (Hypericum perforatum);
  • Pessoas em uso de escitalopram devem ser monitoradas quanto ao risco de suicídio, pensamentos suicidas ou piora do quadro clínico;
  • Evitar usar bebida alcoólica durante o tratamento com oxalato de escitalopram;
  • Evitar dirigir veículos ou operar máquinas no início do tratamento até saber como oxalato de escitalopram influenciará na sua capacidade de atenção e habilidades.
Efeitos colaterais de oxalato de escitalopram
  • Cefaleia;
  • Náusea:
  • Redução ou aumento do apetite;
  • Aumento de peso;
  • Ansiedade;
  • Inquietação;
  • Sonhos anormais;
  • Redução da libido;
  • Anorgasmia feminina (incapacidade de chegar ao orgasmo mesmo com excitação);
  • Insônia;
  • Sonolência;
  • Tontura;
  • Parestesia (sensação de dormência e/ou formigamento);
  • Tremores;
  • Sinusite;
  • Diarreia;
  • Constipação;
  • Vômitos;
  • Boca seca;
  • Sudorese;
  • Artralgias;
  • Mialgias;
  • Distúrbios de ejaculação e impotência masculina;
  • Fadiga;
  • Febre.
O que é vigorexia e quais são os sintomas?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Vigorexia é um transtorno psicológico no qual a pessoa desenvolve uma obsessão em ter um corpo musculoso. Indivíduos com vigorexia, também chamada de Síndrome de Adônis ou Transtorno Dismórfico Muscular, têm uma visão distorcida da sua autoimagem e, por isso, estão constantemente insatisfeitos com o corpo e obcecados por músculos. Essa insatisfação e obsessão levam a pessoa a dedicar muito tempo aos exercícios, deixando-a dependente da atividade física.

Assim como na anorexia, em que a pessoa está magra mas vê-se gorda quando se olha ao espelho, na vigorexia o indivíduo acha que está “fraco” ou “franzino” mesmo quando tem uma constituição física adequada ou já está com os músculos bem desenvolvidos. Ele sempre se vê bem menos musculoso do que realmente é.

A maioria dos casos de vigorexia ocorre em homens com idade entre 20 e 40 anos. Em geral, ocorre em indivíduos que não se encaixam nos padrões de beleza estabelecidos pela sociedade e buscam aceitação através de um corpo musculoso.

Muitas vezes, o indivíduo chega a se esconder e evitar se expor perante a sociedade devido aos graves problemas psicológicos que tem, causados pela distorção da sua autoimagem.

Quais são os sintomas da vigorexia?

Os principais sinais de alerta que podem indicar que a pessoa sofra de vigorexia incluem:

  • Excesso de preocupação com o exercício físico devido à insatisfação com a imagem corporal;
  • Abandonar atividades pessoais, profissionais e cotidianas para se dedicar à prática exaustiva de atividade física, podendo permanecer horas na academia;
  • Ansiedade intensa ao expor o corpo;
  • Preocupação com a forma dos músculos;
  • Uso de suplementos alimentares (proteínas, aminoácidos, vitaminas, hipercalóricos);
  • Preocupação com a imagem corporal.
Sintomas psicológicos da vigorexia

Os sintomas psicológicos da vigorexia incluem distorção da autoimagem (o indivíduo se olha no espelho e acha que não está bem, mesmo que já esteja musculoso), irritabilidade, insatisfação, ansiedade, baixa autoestima e até depressão.

Sintomas físicos da vigorexia

Os sintomas físicos da vigorexia são decorrentes do excesso de treino, como dores e lesões musculares constantes, queda da imunidade, falta de apetite, cansaço e ainda impotência.

A pessoa também pode usar anabolizantes e fazer dietas com grandes quantidades de proteínas para ganhar mais massa muscular e aliviar o seu sofrimento interno.

O uso de hormônios anabolizantes pode gerar ainda outros sintomas e complicações, como agressividade, dificuldade de concentração, delírios, ciúmes doentio, impulsividade, pensamentos delirantes de grandeza, tremores, acne, aumento de pressão arterial, crescimento de pelos, impotência, alterações no funcionamento do fígado, crescimento das mamas e da próstata e câncer de fígado.

Qual é o tratamento para vigorexia?

O tratamento da vigorexia é feito com psicoterapia, sendo a terapia cognitivo-comportamental a técnica mais indicada, além de medicamentos antidepressivos.

O tratamento da vigorexia tem como objetivo fazer com que a pessoa aceite o seu corpo como ele é e pode incluir vários profissionais, como nutricionista, endocrinologista, psiquiatra e psicólogo.

Como saber se meu filho é hiperativo?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Para saber se seu filho(a) tem hiperatividade será necessário passar por uma consulta com Neuropediatra, Psiquiatra e/ou Neuropsicólogo/a.

Os sintomas que caracterizam uma criança hiperativa são a falta de atenção, a hiperatividade e a impulsividade. Porém, é comum a associação de outros sinais e sintomas, como:

  • Dificuldade em terminar tarefas e dificuldade na aprendizagem;
  • Dificuldade para se concentrar, distraindo-se facilmente - os pais costumam dizer que o filho está sempre "no mundo da lua";
  • Desorganização e indisciplina;
  • Falar muito e não esperar a conclusão da pergunta para respondê-la;
  • Concentração adequada quando a informação ou tarefa são do seu interesse ou estimula-o (a);
  • Inteligência e criatividade acima da média, porém com fraco desempenho na escola;
  • Aprende com mais facilidade se tiver ajudas visuais ou movimento;
  • Está sempre procurando novidades e aventuras;
  • Ansiedade;
  • Ficar batendo o pé ou o calcanhar no chão, cruzar e descruzar as pernas a todo momento, bater os dedos ou outros objetos na mesa, como canetas;
  • Dificuldade para dormir, como sono ruim, pouco reparador;
  • Diz tudo o que vem à cabeça, sem pensar;
  • Rápidas mudanças de humor;
  • Tiques nervosos, sobretudo nas pernas, durante a noite, na cama.

Para diagnosticar a hiperatividade e classificá-la, os médicos utilizam as referências do DSM IV, o manual de diagnóstico e estatística de perturbações mentais da Associação Americana de Psiquiatria, que aponta 9 sinais e sintomas de déficit de atenção e mais 9 de hiperatividade/impulsividade.

A hiperatividade é detectada quando ocorrem vários desses sinais (ao menos 6 dos 9 itens), em pelo menos 2 ambientes diferentes (casa e escola, por exemplo), durante mais de 6 meses e com intensidade que provoque prejuízos nas relações sociais, familiares ou escolares da criança.

Uma vez que não existem exames específicos para identificar a hiperatividade, o diagnóstico geralmente não é simples, sendo baseado no histórico do paciente junto a todos os critérios mencionados acima. Por isso é tão Importante que seja avaliado por um profissional experiente no assunto.

Além disso, mais da metade dessas pessoas apresentam também dislexia, transtorno bipolar, ansiedade ou depressão.

Caso seu/sua filho/a apresente alguns dos sintomas descritos, é recomendado que agende uma consulta com um/a médico/a psiquiatra ou neuropediatra com experiência no tratamento da hiperatividade.

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Quais as causas do Transtorno Explosivo Intermitente (TEI)?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

O Transtorno Explosivo Intermitente não tem uma causa conhecida. O desenvolvimento do transtorno é provavelmente decorrente de diversos fatores, como o meio em que a pessoa cresce e vive, predisposição genética, presença de outros transtornos mentais ou de personalidade, Mal de Parkinson, lesões cerebrais traumáticas, entre outras possíveis causas.

Já se sabe que existe uma série de fatores de risco que podem favorecer o desenvolvimento do Transtorno Explosivo Intermitente, tais como uso de drogas ou álcool, história de traumas ou abusos físicos na infância, idade (adolescência e entre os 20 e 30 anos) e ser homem, uma vez que o transtorno é menos comum nas mulheres.

Álcool

Em muitos casos, as crises do Transtorno Explosivo Intermitente podem facilmente ser desencadeadas pelo consumo de álcool, mesmo com poucas quantidades de bebida alcoólica.

Quando isso ocorre, a personalidade da pessoa muda subitamente quando ela bebe, tornando-a praticamente irreconhecível. A seguir, vem a fúria e as atitudes agressivas contra pessoas ou objetos. Nesses casos, é comum o indivíduo não se lembrar muito bem do que aconteceu após a crise.

Sem tratamento, o transtorno pode prejudicar significativamente a vida do indivíduo e trazer sérias consequências.

Para maiores informações, consulte um médico psiquiatra, que é o especialista responsável pelo diagnóstico e tratamento do Transtorno Explosivo Intermitente.

Saiba mais em:

Quais os sintomas do Transtorno Explosivo Intermitente (TEI)?

Qual é o tratamento para o Transtorno Explosivo Intermitente (TEI)?