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Quais são os sintomas do lúpus?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Os sintomas do lúpus eritematoso sistêmico são decorrentes das reações inflamatórias e variam conforme a fase da doença e o órgão acometido. As fases podem ser surto (ativa) ou remissão (inativa). Os locais mais acometidos são: a pele, articulações, nervos, cérebro, rins, pleura (pulmão) e pericárdio (coração).

Existe ainda uma classificação de casos de lúpus eritematoso, aonde só acomete a pele, e lúpus sistêmico, que como o nome diz, acomete todos os sistemas, principalmente órgãos internos.

Em casos mais graves de lúpus, pode haver comprometimento renal com alterações urinárias, complicações cardíacas, confusão mental, convulsões e até mesmo morte.

Os sintomas gerias de lúpus, que acometem todos os tipos da doença são:

Alguns sintomas são gerais como a febre, emagrecimento, perda de apetite, fraqueza e desânimo. Outros, específicos de cada órgão como dor nas juntas, manchas na pele, inflamação da pleura, hipertensão e/ou problemas nos rins.

  • Febre baixa;
  • Mal-estar,
  • Emagrecimento,
  • Perda de apetite,
  • Desânimo,
  • Fraqueza,
  • Manchas na pele,
  • Dores articulares,
  • Inflamação da pleura (pleurite) e pericárdio (pericardite),
  • Problemas renais.

Outros sintomas mais específicos, que não são comuns a todos os tipos, podem ser:

  • Queda de cabelo, dores musculares, cansaço extremo,
  • Sensibilidade ao sol,
  • Dedos das mãos ou pés pálidos ou roxos,
  • Aparecimento de gânglios pelo corpo,
  • Anemia, leucócitos e plaquetas baixas.

Os sinais e sintomas podem surgir de maneira isolada, em conjunto ou sequencialmente.

Manchas vermelhas na pele

As lesões na pele estão presentes em mais de 80% dos casos de acordo com a evolução da doença. São lesões que acometem as maçãs do rosto e nariz, dando aspecto semelhante a uma "asa de borboleta". Não costumam deixar, e são mais evidentes em áreas expostas à luz.

As manchas causadas pelo lúpus não provocam dor, ficam diferentes com o passar do tempo, não causam muita coceira e podem surgir em qualquer parte do corpo, apesar de serem mais frequentes no rosto.

Dor nas articulações

Quase todos os pacientes com lúpus irão apresentar em algum período da doença dores nas articulações das mãos, joelhos e pés. A dor costuma ser intensa e pode vir acompanhada de inchaço e tendinite (inflamação no tendão), alternando períodos de melhora e piora.

Vasculite

A vasculite é uma inflamação dos vasos sanguíneos que dificulta o fluxo para diversas partes do corpo, levando ao aparecimento de manchas dolorosas vermelhas ou arroxeadas nas pontas dos dedos das mãos ou dos pés.

Trata-se de uma complicação do lúpus que pode causar diversos sinais e sintomas, como febre, dores musculares, articulares e abdominais, cansaço, escurecimento da urina, perda do apetite, emagrecimento, fraqueza, entre outros.

Sensibilidade ao sol

O lúpus provoca uma sensibilidade exagerada ao sol. Poucos minutos de exposição à claridade ou luz solar já podem ser suficientes para desencadear o aparecimento de sintomas como febre, fadiga ou manchas na pele.

Queda de cabelo

É muito comum pessoas com lúpus terem queda de cabelo, sobretudo quando a doença está ativa. Contudo, em grande parte dos casos tratados, os fios voltam a crescer normalmente.

Dor no peito e falta de ar

Outra complicação comum do lúpus é a pericardite e a pleurite. A primeira é uma inflamação do pericárdio, uma membrana que recobre o coração, enquanto a segunda é uma inflamação da pleura, membrana que recobre os pulmões.

Essas inflamações podem ser leves e não causar sintomas ou, em outros casos, pode provocar dor no peito. Na pericardite, a dor pode ser acompanhada por aumento dos batimentos cardíacos e falta de ar. Na pleurite, a pessoa sente dor no peito ao respirar e pode apresentar ainda falta de ar e tosse seca.

Nefrite

A nefrite é uma inflamação nos rins. Afeta aproximadamente metade das pessoas com lúpus eritematoso sistêmico, sendo uma das complicações mais graves da doença. Nos casos severos, pode causar sinais e sintomas que incluem aumento da pressão arterial, inchaço nos membros inferiores e redução do volume de urina, que se torna espumosa.

Sem um tratamento rápido, a nefrite pode afetar seriamente o funcionamento dos rins, levando à insuficiência renal. Nos casos avançados acaba por ser indicado transplante renal ou tratamento conservador com diálise.

Alterações no sistema nervoso

Embora seja menos comum, o lúpus também pode afetar o sistema nervoso e causar convulsões, depressão, mudanças de humor ou comportamento, alterações na medula espinhal e nervos periféricos.

Anemia, hemorragias e baixa imunidade

O lúpus é uma doença autoimune, ou seja, o sistema imunológico desenvolve anticorpos contra as células do sangue do próprio corpo, causando a destruição delas.

Assim, pode haver anemia devido à redução do número de hemácias (glóbulos vermelhos), diminuição da imunidade pela destruição de glóbulos brancos (células de defesa) e hemorragias devido à destruição de plaquetas, que são responsáveis pela coagulação sanguínea.

O que é lúpus?

O lúpus é uma doença crônica inflamatória autoimune, de causa desconhecida, embora saibamos que existem fatores genéticos, ambientais e emocionais que participam desse processo, provocada por anticorpos que atacam o próprio organismo. Acometendo diferentes sistemas do corpo, incluindo articulações, pele, rins, coração, pulmões, vasos sanguíneos e cérebro.

Quais os tipos de lúpus?

Lúpus eritematoso sistêmico: é o mais comum. Compromete órgãos internos e externos (pele), de graus de intensidade variados.

Lúpus discoide: causa uma erupção cutânea que não desaparece. Saiba mais em: O que é lúpus discoide e quais são os sintomas?

Lúpus cutâneo subagudo: causa bolhas após exposição ao sol.

Lúpus induzido por drogas: Literalmente esse tipo se origina, é induzido por certos medicamentos. Geralmente desaparece quando a pessoa para de tomar o medicamento.

Lúpus neonatal: Não é comum e afeta recém-nascidos. É provável que seja causado por certos anticorpos da mãe.

Lúpus tem cura?

Lúpus não tem cura. Trata-se de uma doença autoimune, em que o organismo produz anticorpos que atacam o próprio corpo. Não existe um medicamento ou tratamento capaz de impedir a produção desses anticorpos e curar o lúpus. Porém, com medicamentos e cuidados gerais é possível manter a doença sob controle.

Os objetivos do tratamento do lúpus são: evitar surtos, aliviar os sintomas e reduzir danos aos órgãos e outras complicações.

Como é o tratamento para lúpus?

O tratamento do lúpus inclui medidas de cuidados gerais e o uso de medicamentos para reduzir a inflamação e a dor, evitar ou diminuir os surtos, ajudar o sistema imunológico, diminuir ou evitar danos nas articulações e equilibrar níveis hormonais.

O tratamento do lúpus é feito com medicamentos, exercícios, repouso, dieta, controle do estresse e não exposição ao sol.

Medicamentos

Os medicamentos mais usados para tratar o lúpus são os anti-inflamatórios, que reduzem a inflamação e a dor, sobretudo nas fases agudas do lúpus. Os corticoides são especialmente indicados nos casos graves de lúpus e nos tipos cutâneos e articulares.

Também são utilizados medicamentos que ajudam a equilibrar o sistema imunológico, imunossupressores (diminuem a resposta inflamatória autoimune), imunoglobulinas e terapia biológica.

Além de tomar medicamentos para o lúpus, pode ser necessário tomar medicações para problemas relacionados ao lúpus, como colesterol alto, pressão alta ou infecções.

Exercício físico e repouso

Além dos medicamentos, é muito importante manter um equilíbrio adequado entre exercício físico, preferencialmente fisioterapia, e repouso.

Dieta

A alimentação deve ser ajustada de acordo com o caso, principalmente quando há comprometimento dos rins.

Não se expor ao sol

No tratamento do lúpus, é fundamental evitar a exposição ao sol ou a raios ultravioleta artificiais. A luz solar pode desencadear surtos, com comprometimento na pele e em outros órgãos.

Recomenda-se o uso de protetor solar com fator de proteção (FPS) superior a 15, sempre que a pessoa estiver ao ar livre, além de evitar a exposição direta ao sol nas horas mais quentes do dia e usar roupas compridas e chapéu para se proteger dos raios solares.

O reumatologista é o especialista responsável pelo diagnóstico e tratamento do lúpus, que pode envolver médicos de outras especialidades, conforme os órgãos acometidos pela doença.

Saiba mais em:

Pessoa com lúpus pode fazer selante no cabelo?

Quem tem lúpus pode engravidar?

Lúpus é contagioso? Como se pega lúpus?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Não, lúpus não é contagioso, o que significa que não se pega, nem se transmite. Pessoas com lúpus eritematoso sistêmico desenvolvem a doença porque o seu sistema imunológico produz anticorpos que atacam o seu próprio corpo. A causa do lúpus é desconhecida, embora já se saiba que a genética, bem como fatores hormonais e ambientais podem favorecer o aparecimento da doença.

O lúpus eritematoso sistêmico (LES) é uma doença autoimune. Por isso, o lúpus não é contagioso, já que não é causado por vírus, bactérias ou qualquer micro-organismo que possa ser transmitido de pessoa para pessoa.

O lúpus é muito mais comum em mulheres do que em homens. Pode ocorrer em qualquer idade. No entanto, aparece com mais frequência em pessoas entre 15 e 44 anos de idade.

Quais as causas do lúpus?

A causa do lúpus eritematoso sistêmico não é totalmente conhecida. A origem da doença pode estar associada a fatores genéticos, ambientais e hormonais, bem como ao uso de certos medicamentos.

A produção anormal de anticorpos ocorre devido a uma predisposição genética associada a outros fatores, como exposição ao sol e infecções.

Esses anticorpos atacam o tecido conjuntivo do próprio indivíduo, o que faz com que o lúpus se manifeste em qualquer parte do corpo que tenha tecido conjuntivo, como pele, nariz, orelhas, articulações, pulmões, rins, cérebro, entre outras.

Quais os sintomas do lúpus?

Os principais sintomas do lúpus eritematoso sistêmico incluem febre, mal estar, inflamações e dores articulares, manchas na pele, distúrbios respiratórios, feridas na boca e presença de nódulos ou caroços pelo corpo.

Cerca de metade das pessoas com lúpus apresenta uma erupção cutânea em forma de "borboleta", que surge principalmente nas bochechas e no nariz. A erupção ou “rash" cutâneo pode se espalhar e piora com a luz do sol.

Outros sintomas do lúpus eritematoso sistêmico incluem ainda:

  • Dor no peito ao respirar profundamente;
  • Fadiga;
  • Inquietação ou indisposição;
  • Queda de cabelo;
  • Perda de peso;
  • Sensibilidade à luz solar.

Os sintomas do lúpus também variam de acordo com a parte do corpo afetada:

Cérebro e sistema nervoso: dor de cabeça, dormência, formigamento, convulsões, problemas de visão e alterações de personalidade;Tubo digestivo: dor abdominal, náuseas e vômitos;Coração: problemas nas válvulas cardíacas, inflamação do músculo cardíaco (miocardite);Pulmão: acúmulo de líquido no espaço pleural, dificuldade para respirar;Pele: cor da pele irregular e dedos que mudam de cor quando está frio (fenômeno de Raynaud).Rim: insuficiência renal.

Os sintomas do lúpus variam de pessoa para pessoa e podem aparecer e desaparecer. Algumas pessoas têm apenas sintomas de pele. É o chamado lúpus eritematoso discoide.

Contudo, todas as pessoas com lúpus eritematoso sistêmico sofrem de dores e inchaço nas articulações em algum momento. Algumas desenvolvem artrite. O lúpus geralmente afeta as articulações dos dedos, mãos, punhos e joelhos.

Qual é o tratamento para lúpus?

O tratamento do lúpus é feito com medicamentos corticoides e imunomoduladores. Para tratar distúrbios de coagulação, são usados medicamentos anticoagulantes.

Formas leves de lúpus podem ser tratadas com:

  • Anti-inflamatórios não esteroides para alívio dos sintomas articulares e da pleurisia;
  • Corticoides em baixas doses, como prednisona, para a pele e para a artrite;
  • Cremes com corticoides para tratar as erupções cutâneas;
  • Hidroxicloroquina, um medicamento que também é usado no tratamento da malária;
  • Belimumab, um medicamento biológico que pode ser útil em alguns casos.

O tratamento dos casos graves de lúpus eritematoso sistêmico é feito com doses elevadas de corticoides e medicamentos imunossupressores. Estes últimos são utilizados se não houver melhora do quadro com os corticoides ou se os sintomas piorarem quando o medicamento deixa de ser usado.

Os medicamentos mais usados para tratar lúpus são: micofenolato, azatioprina e ciclofosfamida. Devido à sua toxicidade, o uso de ciclofosfamida é permitido apenas por períodos de 3 a 6 meses. Da mesma forma, o rituximab é usado apenas em alguns casos.

O lúpus eritematoso sistêmico não tem cura. O objetivo do tratamento é controlar os sintomas. Casos graves que envolvem coração, pulmões, rins e outros órgãos geralmente precisam de tratamento especializado.

Contudo, muitas pessoas com LES apresentam sintomas leves. O prognóstico depende da gravidade da doença. A maioria das pessoas com lúpus precisam tomar medicamentos por longos períodos de tempo.

Quais as possíveis complicações do lúpus?

Algumas pessoas com lúpus têm depósitos anormais de fatores imunológicos nas células renais. Isso leva a uma condição chamada nefrite lúpica, que pode causar insuficiência renal. Nesses casos, pode haver necessidade de diálise ou transplante de rim.

Uma biópsia renal é feita para detectar a extensão do dano e ajudar a orientar o tratamento. Se a nefrite estiver ativa, é necessário tratamento com medicamentos imunossupressores, incluindo altas doses de corticoides juntamente com ciclofosfamida ou micofenolato.

Outras possíveis complicações do lúpus eritematoso sistêmico:

  • Formação de coágulos sanguíneos nas artérias ou nas veias das pernas, pulmões, cérebro ou intestinos;
  • Destruição de glóbulos vermelhos e anemia;
  • Inflamação da membrana que envolve o coração (pericardite);
  • Inflamação do coração (miocardite ou endocardite);
  • Presença de líquido ao redor dos pulmões;
  • Danos nos tecidos pulmonares;
  • Problemas durante a gravidez, incluindo aborto;
  • Derrame cerebral;
  • Lesão no intestino com dor e obstrução intestinal;
  • Inflamação do intestino;
  • Plaquetas baixas (essas células são responsáveis pela coagulação sanguínea, portanto interrompem sangramentos);
  • Inflamação dos vasos sanguíneos.

Muitas mulheres com LES podem engravidar e dar à luz um bebê saudável, principalmente se receberem tratamento adequado e não tiverem problemas cardíacos ou renais graves. No entanto, a presença de certos anticorpos na circulação sanguínea da gestante aumenta o risco de aborto espontâneo. Além disso, o lúpus e os medicamentos usados para tratar a doença podem prejudicar o feto.

O diagnóstico e o acompanhamento do lúpus eritematoso sistêmico é da responsabilidade do médico reumatologista.

O que é osteopenia e quais os sintomas?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Osteopenia é uma diminuição de massa óssea. Situação natural de envelhecimento do organismo, que se inicia em média, na terceira década de vida.

A osteopenia não tem "cura", porém existem formas de retardar o seu início e sua evolução. Se não for tratada, a osteopenia evolui mais rapidamente para a osteoporose, que caracteriza-se pela perda de massa óssea acentuada, aumentando os risco de fraturas.

Esta condição não causa sintomas, por isso, a única forma de detectar o problema é através do exame de densitometria óssea, que mede a densidade do osso. 

Pode acometer tanto homens quanto mulheres, embora as mulheres sejam acometidas com mais frequência, especialmente após os 50 anos de idade, devido a queda de estrogênio no período de menopausa, já que este hormônio é responsável também pela absorção de cálcio no tecido ósseo. A baixa produção do estrógeno favorece a perda de massa óssea e dificulta a formação de células novas, ocasionando a osteopenia e osteoporose.

Nos homens, a osteopenia se apresenta com maior frequência após os 60 ou 70 anos de idade, quando se inicia a redução da testosterona.

A densitometria óssea é indicada de acordo com base em alguns critérios, como, menopausa, história de fraturas prévias, história familiar, tabagismo, alcoolismo, sedentarismo, entre outros. 

Uma vez detectada, a osteopenia pode ser tratada e estabilizada através de hábitos de vida saudáveis, como atividade física regular, principalmente musculação, alimentação saudável e exposição solar, para manter as concentrações de vitaminas e minerais adequados no sangue.

O diagnóstico da osteopenia é da responsabilidade do/a médico/a ortopedista.

Saiba mais em: 

Osteopenia tem cura? Qual o tratamento?

Quais são os riscos de ter osteoporose?

Tenho osteoporose, que cuidados devo ter?

Qual é a diferença entre artrite e artrose?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Artrite é uma inflamação da articulação, enquanto que artrose é uma doença crônica em que há perda da cartilagem articular e degeneração dos ossos que fazem parte da articulação.

Apesar de serem doenças distintas, a artrite e a artrose estão diretamente relacionadas. Isso porque a inflamação da artrite provoca desgaste ou destruição da cartilagem articular; com a diminuição da cartilagem, os ossos entram em contato um com o outro, gerando a artrose. 

Portanto, se não for devidamente tratada, a artrite pode evoluir para artrose.

As articulações, popularmente chamadas de "juntas", são locais do corpo em que se encontram dois ossos ou mais. Alguns exemplos: joelho, tornozelo, quadril, cotovelo, punho, etc. 

Nas extremidades ósseas estão as cartilagens, que evitam o contato direto entre os ossos e amortecem o contato entre eles, permitindo movimentos suaves e sem dor.

Na artrose, ocorre um desgaste dessa cartilagem da articulação, prejudicando os movimentos e causando dor. 

Quais são as causas da artrite e da artrose?  Artrite

Uma artrite pode ser causada por infecções ou processos inflamatórios que acometem os componentes articulares, como cartilagem, cápsula articular, ligamentos e menisco, podendo ocorrer em qualquer articulação do corpo.

Artrose

A artrose tem como causa a diminuição da cartilagem articular, o que pode ocorrer por fatores genéticos, excesso de uso da articulação, traumatismos e degeneração da cartilagem decorrente da idade.

Quais são os sintomas da artrite e da artrose?  Artrite

Os principais sintomas da artrite são: dor, inchaço, calor, vermelhidão e rigidez na articulação afetada.

Artrite

Esses sinais e sintomas são típicos de um processo inflamatório (artrite é uma inflamação na articulação), com exceção da rigidez. A dor pode ser constante ou não, podendo ocorrer em repouso ou durante o movimento.

Artrose

Os sintomas da artrose podem incluir dor, rigidez, inchaço, perda da mobilidade e mudanças no formato da articulação afetada.

Ocorrem principalmente nos dedos das mãos e nos joelhos, mas também são comuns no quadril e na coluna vertebral. A dor da artrose normalmente piora com o frio.

Como é o tratamento da artrite e da artrose? Artrite

O tratamento da artrite depende da causa da inflamação, podendo incluir medicamentos anti-inflamatórios, analgésicos, antibióticos, corticoides, imunossupressores e biológicos, fisioterapia, terapia ocupacional, perda de peso e cirurgias. O objetivo é diminuir a dor, a inflamação e o inchaço, além de manter ou recuperar os movimentos da articulação.

Artrose

O tratamento da artrose pode ser feito com medicamentos analgésicos e anti-inflamatórios, injeções locais, repouso, perda de peso, fisioterapia, uso de talas e sapatos ortopédicos e, em alguns casos, cirurgia.

O/a médico/a reumatologista é especialista responsável pelo diagnóstico e tratamento da artrite e da artrose.

O que é cisto sinovial e quais os sintomas?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Cisto sinovial é um nódulo, semelhante a uma bolsa, cheio de um líquido proveniente de uma articulação ou tendão (líquido sinovial). Pode surgir repentinamente junto a qualquer articulação do corpo, embora seja mais frequente nas mãos e nos punhos.

O interior do cisto cisto sinovial contém um fluido denso e claro, semelhante ao da articulação. O seu tamanho pode variar bastante, podendo ser pequeno como uma ervilha ou grande como uma bola de golfe. 

O cisto sinovial é o tumor benigno de mão ou punho mais comum e acomete, principalmente, pessoas entre 15 e 40 anos de idade. 

Os cistos sinoviais surgem quando há um defeito no processo de produção de um fluido espesso que lubrifica as articulações e os tendões. O tecido que produz esse fluido recobre as articulações e os tendões e chama-se sinóvia.

À medida que o cisto vai se enchendo com o líquido sinovial, ele aumenta de volume e fica saliente, com o aspecto de um nódulo.

A origem do cisto sinovial está relacionada com condições de fragilidade na cápsula da articulação ou na bainha do tendão, como acontece nas tendinites, artrose, lesões traumáticas e no reumatismo.

Os sintomas do cisto sinovial caracterizam-se pelo aparecimento de uma bolinha palpável que pode ou não provocar dor. Em geral, os cistos sinoviais não são dolorosos, especialmente no início. 

A dor, o desconforto e tamanho do cisto podem aumentar quando se usa mais a mão e o punho. A dor aumenta principalmente ao pegar objetos ou durante a flexão e extensão do punho.

A região do cisto sinovial pode ficar inchada e desfigurada, podendo até ocorrer rompimento e extravasamento do líquido, aumentando a pressão das estruturas vizinhas.

O diagnóstico do cisto sinovial pode ser feito pelo/a médico/a ortopedista, reumatologista, clínico/a geral ou médico/a de família.

Leia também:

Cisto sinovial pode virar câncer?

Qual o tratamento para cisto sinovial?

Cisto sinovial pode desaparecer sem tratamento?

Como posso saber se tenho artrose? Quais são os sintomas?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Os sintomas da artrose podem incluir dor, rigidez, inchaço, perda da mobilidade e deformidade na articulação afetada. Os sinais e sintomas manifestam-se principalmente nos dedos das mãos e nos joelhos, mas também são comuns no quadril e na coluna vertebral.

Os sintomas da artrose normalmente evoluem lentamente, podendo desaparecer e reaparecer, em crises. A inflamação na articulação pode desencadear períodos de inchaço, observado principalmente nos dedos das mãos e nos joelhos.

À medida que a artrose evolui, aumenta a limitação dos movimentos na articulação afetada. Nas artroses mais avançadas, surgem deformidades articulares, que podem ser observadas sobretudo sob a forma de nódulos nas articulações dos dedos das mãos.

Dor da artrose

A dor da artrose normalmente piora com o frio e ao longo do dia, com os movimentos e esforços físicos. Ao repouso, a dor costuma aliviar. 

Embora a dor se manifeste quase sempre na articulação afetada, em alguns casos de artrose de quadril, a dor pode ser sentida na virilha e irradiar para o joelho.

Nas artroses de coluna que afetam a coluna lombar, a dor pode irradiar para as pernas, enquanto que nas artroses da coluna cervical, a dor pode irradiar para os membros superiores, cabeça e tórax.

Normalmente, as dores não ocorrem durante a noite e não costumam interferir com a qualidade do sono. Porém, em casos muito avançados de artrose, principalmente nos joelhos e quadril, a dor também pode ocorrer durante a noite.

Vale ressaltar que não existe uma relação entre a intensidade da dor e o grau de lesão na articulação. Há pessoas com artrose avançada que sentem pouca dor, enquanto outras com um grau leve de artrose podem sentir muitas dores.

O que é artrose?

Artrose é uma doença crônica em que há perda da cartilagem articular e degeneração dos ossos que fazem parte da articulação. A cartilagem é uma estrutura responsável pela redução do impacto e do atrito entre os ossos.

Uma vez que a cartilagem articular é fundamental para o movimento adequado da articulação, a dor vai piorando com o tempo e os movimentos vão sendo cada vez mais afetados. Com a imobilidade, a musculatura fica atrofiada, a articulação fica mais instável e as lesões pioram.

Com o tempo, a articulação torna-se incapaz de exercer a sua função, pois perde a cartilagem articular e apresenta crescimento ósseo na sua periferia. A pessoa vai ficando cada vez mais limitada, até não conseguir movimentar a articulação sem precisar fazer muito esforço e sentir dor intensa.

Trata-se de uma condição crônica que tende a agravar com o passar do tempo. O diagnóstico adequado permite a indicação de algumas medidas que podem reduzir a progressão da artrose e melhorar os sintomas.

Qual é o tratamento para artrose?

O tratamento da artrose inclui medidas não farmacológicas (perda de peso, fisioterapia, fortalecimento e alongamento muscular, uso de sapatos amortecidos e ortopédicos), medicamentos (analgésicos, anti-inflamatórios), injeção local e, em alguns casos, cirurgia.

As formas de tratamento dependem do acometimento em cada pessoa, da intensidade da dor e da rigidez da articulação atingida.

Consulte o seu médico de família ou clínico geral para uma avaliação e acompanhamento necessários.

Derrame articular, o que é?
Dr. Ivan Ferreira
Dr. Ivan Ferreira
Médico

O derrame articular é o acúmulo de líquido na articulação, também conhecida como junta.

É causado por uma inflamação de alguma estrutura dessa articulação. A inflamação na articulação pode ter várias causas como o trauma provocado por atividades físicas ou contusões, doenças como gota, artrites, artroses, neuroartropatia crônica, sendo que nos casos de doenças sistêmicas (atingem todo o organismo), como o lúpus eritematoso sistêmico, geralmente o derrame articular está acompanhado de outros sinais e sintomas e pode afetar mais de uma articulação.

Os sinais e sintomas do derrame articular podem ser dor, dificuldade para movimentação, inchaço (edema), calor e vermelhidão no local. O seu tratamento vai depender da sua causa e localização podendo ser realizado com anti-inflamatórios, antibióticos, retirada do líquido por meio de uma agulha para aspiração (drenagem), repouso, redução de peso, fisioterapia, tratamento da doença causadora da inflamação e tratamento cirúrgico.

O ortopedista ou o reumatologista são os especialistas para realizar o diagnóstico e tratamento dos problemas articulares.

Saiba mais em: Joelho inchado: o que pode ser?

O que fazer em caso de derrame articular?
Dr. Ivan Ferreira
Dr. Ivan Ferreira
Médico

O derrame articular deve ser tratado conforme a sua causa, por isso, inicialmente deve ser identificada a origem deste problema. O derrame articular ocorre devido à um acúmulo de líquido na articulação, também conhecida como junta. Esse acúmulo é provocado por uma inflamação em alguma estrutura da articulação e pode ter várias causas como o trauma provocado por atividades físicas e ferimentos,  doenças como gota, artrites, artroses, lúpus eritematoso sistêmico e neuroartropatia crônica, sendo que nesses casos o derrame articular está acompanhado de outros sinais e sintomas e pode afetar mais de uma articulação.

Dependendo da sua causa e localização o tratamento a ser realizado pode incluir anti-inflamatórios, antibióticos, retirada do líquido intra-articular por meio de uma agulha para aspiração (drenagem), repouso, redução de peso, tratamento da doença causadora da inflamação e tratamento cirúrgico.

O ortopedista ou o reumatologista podem realizar o diagnóstico e tratamento dos problemas das articulações.