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Quais os sintomas de descolamento de placenta?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Os sintomas de descolamento prematuro de placenta mais comuns são a dor abdominal súbita e o sangramento vaginal (80% dos casos). Em 20% dos casos a dor abdominal não vem acompanhada por sangramento vaginal (hemorragia oculta).

A dor provocada pelo descolamento de placenta vai desde um leve desconforto até uma dor intensa, associada a um aumento do tônus uterino (a barriga fica dura). Nos casos em que a placenta apresenta inserção posterior, a dor é na região da coluna lombar.

O quadro clínico do descolamento prematuro de placenta caracteriza-se por:

  • Dor abdominal;
  • Sangramento genital de quantidade variável;
  • Contração uterina;
  • Hipotensão, palidez cutânea.

O descolamento de placenta é mais frequente no segundo trimestre de gravidez, embora possa ocorrer desde o início da gestação. O diagnóstico é feito por exame clínico e ultrassonografia.

Os principais fatores de risco para um descolamento prematuro de placenta são:

  • Traumas (acidentes automobilísticos, trauma abdominal direto);
  • Hipertensão arterial (gestacional ou pré-existente);
  • Uso cocaína e outras drogas;
  • Condições que provocam uma maior distensão uterina, como a gestação de gêmeos;
  • Descolamento de placenta em gestações anteriores;
  • Tabagismo;
  • Idade materna avançada;
  • Ruptura prematura das membranas (amniocentese, cordocentese).

O descolamento prematuro de placenta consiste na separação parcial ou total da placenta da parede uterina. De acordo com os achados clínicos e laboratoriais, o descolamento é classificado em 3 graus.

O descolamento de placenta ocorre em 1% a 2% das gestações, sendo uma das piores complicações obstétricas para a mulher e a principal causa de óbito perinatal.

É da responsabilidade do/a médico/a obstetra o diagnóstico e o tratamento do descolamento prematuro de placenta.

Conheça mais sobre o assunto nos artigos:

Sangramento na gravidez, pode ser normal?

O que é descolamento ovular? É perigoso?

É comum ter dores na panturrilha durante a gravidez?
Dra. Ângela Cassol
Dra. Ângela Cassol
Médico

Sim, é comum ter dores nas panturrilhas durante a gravidez. Uma das principais causas de dores nas panturrilhas é a insuficiência venosa, ou seja, uma ineficiência das veias da perna, causando inchaço e dificuldade de retorno do sangue ao coração.

Na gravidez, pelo aumento do útero em dimensão e peso, acontece uma compressão das veias no baixo ventre (pelve), o que dificulta o retorno venoso e aumenta a chance das veias das pernas se tornarem ineficientes.  Esta alteração anatômica, além das alterações hormonais, é, inclusive, um dos fatores que fazem com que a trombose venosa seja mais comum na gravidez.

É comum na gestação, inclusive, o surgimento de varizes nas pernas e até hemorróidas. Normalmente as alterações regridem após a resolução da gestação. É importante o uso de meias elásticas e a elevação das pernas, especialmente no final da tarde e à noite, e evitar ficar em pé ou sentada durante muitas horas.

É importante a avaliação do obstetra, para avaliar a necessidade de outros tratamentos.

Saiba mais em: É comum ter dores na panturrilha durante a gravidez?

Com quantas semanas a genitália do bebê está totalmente formada?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A genitália de um bebê estará totalmente formada por volta da 10ª ou 12ª semana de gestação, que significa o final do terceiro mês de gravidez.

No entanto, parte desses órgãos ainda estarão dentro do abdômen do bebê, mantendo a aparência externa muito parecida entre os meninos e as meninas.

Por isso, para identificar o sexo do bebê através do exame de ultrassonografia, é preciso aguardar pelo menos o quarto mês de gestação, quando as estruturas externas poderão ser vistas com maior clareza pelo médico radiologista.

Como é formada a genitália do bebê

A formação dos órgãos genitais femininos e masculinos, os ovários e testículos, se iniciam já na 8ª semana (2 meses de gestação), no entanto, se mantendo na cavidade abdominal.

Os caracteres sexuais externos, como a formação da vagina na menina, e do pênis no menino, só começam no final do 3º mês de gravidez (10 a 12 semanas).

Ao final de 13 semanas, início do quarto mês de gravidez, já é possível analisar a genitália do bebê, embora alguns fatores possam interferir nessa avaliação, como a experiência do médico, posição do bebê e aparelho utilizado.

A partir do quinto mês, ou 16 semanas, fica mais segura a avaliação pela ultra e confirmação do sexo do bebê.

Com quantas semanas consigo ver o sexo do bebê?

Pelo exame de sexagem fetal, é possível saber o sexo do bebê a partir da 8ª semana.

O exame é feito através da coletada de uma pequena amostra de sangue da mãe, onde se pesquisa a presença de um marcador genético, específico do sexo masculino (cromossomo Y). A sua presença indica o desenvolvimento de um feto do sexo masculino. A sua ausência, o desenvolvimento de um bebê do sexo feminino.

Existe também um exame de urina, vendido em farmácias, para identificação do sexo do bebê, porém, esse apresenta menor confiabilidade e pode ser realizado a partir da 10ª semana.

E o exame de ultrassonografia, como melhor detalhado no início desse texto, é recomendado para esse objetivo, apenas depois da 13ª semana.

O que é genitália ambígua?

A genitália ambígua é uma anormalidade genética rara, na qual a aparência externa dos genitais não é bem definida.

Em geral, os bebês apresentam a genitália semelhante até a 12ª semana de gestação, com apenas uma pequena protuberância, chamada tubérculo genital. Após 12 ou 13 semanas, essa protuberância começa a se diferenciar em lábios vaginais ou corpo peniano.

Na genitália ambígua, seja por problemas hormonais ou genéticos, isso não ocorre.

Geralmente não indica um problema de saúde grave ao bebê, porém é importante que o médico obstetra seja informado, para avaliar caso a caso, aqueles que precisarão realizar novos exames e investigação mais criteriosa ainda durante a gestação.

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Referência:

FEBRASGO - Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.

Yee-Ming Chan, et al. Evaluation of the infant with atypical genitalia (disorder of sex development). UpToDate: Dec 31, 2018.

Quem tem hérnia umbilical pode engravidar?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Sim, quem tem hérnia umbilical pode engravidar, pois a hérnia não oferece risco para mãe ou para o bebê, desde que a hérnia no umbigo não seja muito grande ou não provoque muita dor. Inclusive a presença da hérnia não interfere na escolha da via de parto, que pode ser normal.

No entanto, o mais indicado é tratar a hérnia umbilical antes da gravidez, principalmente se ela for dolorosa ou aumentar de tamanho. Isto porque, com o aumento da barriga a hérnia pode crescer ainda mais e aumentar o desconforto e a dor.

Tal situação pode ser perigosa devido ao risco de estrangulamento hernial, que ocorre quando a hérnia fica presa na abertura que permitiu o seu extravasamento, levando a sintomas como dor abdominal intensa, náuseas, vômitos, febre e obstipação. 

Para evitar tal complicação, que pode ocorrer independentemente da mulher engravidar ou não, é recomendável tratar a hérnia umbilical nas seguintes situações:

  • Hérnia dolorosa;
  • Hérnia maior que 1,5 cm;
  • Ocorrência de encarceramento ou estrangulamento.

O tratamento da hérnia umbilical é cirúrgico e a operação é bastante simples, com retorno às atividades diárias em apenas 24 horas.

Leia também:

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Uma hérnia pode estourar?

Mulheres que já estão grávidas e tem a indicação de parto cesárea, podem ter o problema corrigido no momento do parto.

Para maiores esclarecimentos, fale com o seu médico obstetra.

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Qual o tratamento para aumentar a imunidade?
Dra. Ângela Cassol
Dra. Ângela Cassol
Médico

O tratamento para aumentar a imunidade depende da sua causa. Se você apresentar uma doença que leve à deficiência imune, como diabetes mellitus e HIV/AIDS, por exemplo, deverá tratá-los adequadamente, para que ocorra melhora da imunidade.

Se você não apresenta nenhuma doença ou está grávida, pode adotar o hábito de ingerir certos alimentos e vitaminas, que são fundamentais para o bom funcionamento do sistema imune. Você deverá ingerir alimentos que possuam:

  • Vitamina C: laranja, morango, acerola, kiwi, vegetais verdes escuros como brócolis, espinafre e couve, também pimentão verde e vermelho.
  • Vitamina A: abóbora, cenoura, brócolis, espinafre, fígado, melão e mamão.
  • Vitamina E: castanhas, amêndoas e nozes.
  • Selênio e zinco: ovo caipira, frutos do mar, castanha do Pará, alho, cebola, cereais integrais, milho e cogumelo.
  • Ácido fólico: vegetais verdes escuros, feijão e fígado.
  • Gengibre

Para uma melhor orientação sobre a imunidade, você pode procurar um médico imunologista.

É normal ficar com a menstruação desregulada depois do parto?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sim. Após o parto, a mulher pode apresentar menstruação desregulada.

Nos primeiros meses após o parto, quando a mulher está amamentando exclusivamente a criança, a menstruação fica interrompida.

Com a introdução de outros tipos de leite e da alimentação na dieta da criança, a mulher voltará a apresentar as menstruações a cada ciclo menstrual. Essa menstruação poderá ter algumas características diferentes daquelas do período anterior à gestação.  

As menstruação que ocorrerão após o parto poderão vir com fluxo mais intenso, durar mais dias e apresentar uma coloração mais forte. Essas alterações são normais.

Deve-se lembrar que mesmo com a menstruação desregulada, a ovulação está presente e a mulher pode engravidar. Por isso, é importante a mulher ter um planejamento familiar adequado juntamente com seu parceiro e que contemple o uso de algum método contraceptivo caso ela não queira engravidar.

Em caso de sangramentos em grande volume, a mulher pode procurar o/a ginecologista, médico/a de família ou clínico/a geral para uma avaliação.

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Quando vem a menstruação depois do parto?

Pressão baixa na gravidez é normal? Quais os sintomas e o que fazer?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Pressão baixa na gravidez é normal e muito frequente. A hipotensão nesses casos é causada pela ação dos hormônios, que relaxam os vasos sanguíneos. Como resultado, as artérias e as veias ficam mais dilatadas e a pressão arterial da grávida diminui.

Também é comum as gestantes apresentarem hipotensão ortostática ou postural, que ocorre quando a mulher está deitada de barriga para cima e fica em pé. A diminuição da pressão arterial nessas situações pode chegar a 20 mmHg ou mais na sistólica e 10 mmHg na diastólica.

Por exemplo, se a pressão arterial da grávida era de 120 mmHg / 80 mmHg ("12 por 8"), na hipotensão ortostática ela pode baixar para 100 mmHg / 70 mmHg ou "10 por 7".

A hipotensão postural é muito comum na gravidez. Suas causas estão relacionadas com a mudança repentina de posição e as adaptações que ocorrem no sistema cardiovascular com o aumento do volume sanguíneo.

Quais são os sintomas de pressão baixa na gravidez?

Os sintomas de pressão baixa durante a gestação podem incluir tonturas, visão turva, tremores, cansaço, fraqueza, transpiração fria, aumento da frequência cardíaca, dor de cabeça, mal estar e desmaios.

O que fazer em caso de pressão baixa na gravidez?

Para aliviar os sintomas da pressão baixa na gestação, recomenda-se beber muitos líquidos e não ficar mais de 3 horas sem comer. Se a pressão cair muito, a gestante pode colocar um pouco de sal embaixo da língua ou comer algo salgado para fazer subir a pressão.

Ao contrário da pressão alta, que traz vários riscos para a gestante e para o bebê, a hipotensão não costuma trazer complicações. Contudo, quedas acentuadas da pressão arterial podem causar tonturas e desmaios, o que não deixa de ser arriscado para a mulher e para o bebê.

Se a gestante notar que a sua pressão arterial está constantemente baixa ou se as crises de hipotensão ortostática forem muito frequentes, ela deve procurar um médico de família ou obstetra para uma investigação.

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Fluoxetina pode ser usada durante a amamentação?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sim. A fluoxetina pode ser tomada durante a amamentação.

A fluoxetina é um antidepressivo bastante seguro para ser usado pelas mulheres que amamentam.

A mulher que toma antidepressivos precisa ser fortemente estimulada a amamentar, pois geralmente apresentam chance maior de abandonar a amamentação. A amamentação deve ser exclusiva nos 6 primeiros meses de vida.

Por isso, o apoio familiar e o incentivo da equipe médica são fundamentais.

Saiba mais em: Quais os efeitos colaterais da fluoxetina?