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Estou amamentando, posso tomar buscoduo?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sim. O Buscoduo pode ser usado durante a amamentação.

O Buscoduo é uma medicação contendo Escopolamina e Paracetamol. Todas essas duas medicações podem ser usadas pela mulher que amamenta. O Buscoduo é uma medicação indicada como tratamento sintomático de dores e cólicas, atuando como analgésico e antiespasmódico.

Apesar de ser secretada pelo leite materno em pequena quantia, essas duas medicações não acarretam problemas no desenvolvimento da criança.

Por isso, a mulher pode usar a medicação Buscoduo e continuar amamentando normalmente.

Use medicamentos apenas com indicação médica e, em caso de dúvidas, procure uma unidade de saúde para uma consulta médica.

Menstruação atrasada na amamentação é normal?
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

Para a mulher que está amamentando o normal é não descer a menstruação, a menstruação até pode vir, mas o mais comum é ela não descer.

Estou amamentando, posso fazer luzes no cabelo?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sim, pode fazer luzes no cabelo enquanto estiver amamentando, desde que não utilize tintas que contenham chumbo.

As tintas que contém amônia também devem ser evitadas porque não existem estudos que comprovem a segurança do seu uso.

Alguns produtos utilizados pela mãe podem passar para a criança através do leite materno como é o caso do chumbo presente em algumas tinturas de cabelo que pode causar problemas no desenvolvimento da criança e em muitos dos seu órgãos.

O/a pediatra, o/a obstetra ou o/a médico/a de família são profissionais que podem dar orientações e tirar outras dúvidas durante a amamentação.

Posso tomar Perlutan amamentando?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Não, o Perlutan é contraindicado nos primeiros 6 meses após o parto para mulheres que estão amamentando, pois o uso de contraceptivos combinados injetáveis pode reduzir a quantidade e a qualidade do leite materno, prejudicando assim a saúde do bebê.

Os métodos anticoncepcionais hormonais permitidos nos primeiros 6 meses depois do parto e durante a amamentação devem conter apenas progesterona, pois aqueles que são combinados com estradiol (estrogênio) inibem a lactação.

Uma vez que o Perlutan contém estrogênio na sua formulação, ele pode interferir na lactação e por isso não pode ser usado durante a amamentação.

O Perlutan também é contraindicado nas primeiras 6 semanas após o parto, mesmo para mulheres que não estejam amamentando, pois a coagulação sanguínea ainda não está normalizada nesse período.

Outros métodos anticoncepcionais devem ser usados pelas mulheres que estão amamentando. Para saber o melhor método, consulte o/a seu/sua médico/a ginecologista, clínico/a geral ou médico/a de família.

Que doenças podem ser transmitidas da mãe para o bebê durante a gravidez e amamentação?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

São várias as doenças que podem ser transmitidas da mãe para o bebê durante a gravidez e a amamentação, como sífilis, HIV, toxoplasmose, rubéola, entre outras.

Durante a gestação, a transmissão pode ocorrer devido à permeabilidade da placenta a esses agentes infecciosos, dependendo do trimestre da gravidez, do tipo de agente infeccioso e do estado imunológico da mãe. A transmissão de doenças pela amamentação já é bem menos comum, mas pode ocorrer.

Algumas doenças que podem ser transmitidas da mãe para o bebê durante a gravidez:

  • Rubéola: Se for adquirida pela mãe no 1º trimestre de gravidez, o feto corre sérios riscos de malformações que podem causar surdez, atraso no crescimento intrauterino, problemas cardíacos e oculares. Há também risco elevado de aborto e parto prematuro. A principal forma de prevenir é através da vacinação que pode ser feita antes da gravidez, já que a vacina é contraindicada em gestantes. Atualmente o Ministério da Saúde não recomenda o rastreamento da rubéola em mulheres assintomáticas durante o pré-natal. Caso a grávida nunca tenha tido a doença e não tenha sido vacina a tempo deve evitar o contato com pessoas infectadas. 
  • Sífilis: Causada por uma bactéria, pode provocar malformações fetais como surdez, hidrocefalia, anomalias nos dentes e nos ossos, além de aumentar o risco de parto prematuro ou abortamento. Cerca de 40% dos fetos infectados morrem ainda no útero. Mesmo nos recém-nascidos, em 40% dos casos a saúde do bebê é gravemente prejudicada, ao ponto de poder levar ao óbito. O exame para detecção de sífilis faz parte da rotina de pré-natal e é importante que seja realizado já que a Sífilis pode passar despercebida nas suas fases iniciais.
  • Toxoplasmose: A doença é adquirida pelo ingestão de carne mal passada, ovos crus, frutas e vegetais mal lavados e leite não pasteurizado ou fervido, contaminados com o parasita que está presente em fezes de gatos. Há 40% de chance da mãe infectar o bebê, o que pode causar problemas no coração, cérebro, olhos, fígado e no desenvolvimento fetal. A longo prazo, o bebê pode apresentar retardo mental, surdez e cegueira; 
  • HIV: O risco de uma mãe portadora do HIV infectar o bebê durante a gravidez é de 25%. No entanto, com o uso dos medicamentos antivirais e acompanhamento médico, esse risco cai para 1%, por isso é importante a realização do exame durante a realização do pré-natal, já que através do uso da medicação é possível reduzir a chance de contaminação do bebê.
  • HPV: O Papilomavírus Humano pode ser transmitido ao bebê durante a gestação e o parto, contudo a frequência de transmissão é relativamente baixa (2,8%). Quando a criança adquire o HPV pode apresentar defeitos renais e mais raramente o HPV pode levar a presença de lesões verrucosas na criança, aborto ou parto prematuro. Sabe-se que o tratamento das lesões ou a escolha da via de parto cesárea não diminui o risco de infecção da criança, portanto o ideal é prevenir o HPV e tratar as lesões antes da gestação.
  • Hepatite B: A presença do vírus no corpo da grávida representa risco de 50% de transmissão para o feto. A mãe também pode transmitir o vírus da hepatite B ao bebê durante o nascimento. A doença causa inflamação crônica do fígado e favorece partos prematuros. A principal forma de prevenção da hepatite B é através da vacinação que pode ser realizada antes ou durante a gestação, lembrando que mulheres que possuem o esquema vacinal incompleto (menos de 3 doses da vacina) podem completá-lo durante o pré-natal.
  • Herpes: Afeta pele, olhos e boca, na maioria dos casos. Se não for devidamente tratado logo na primeira semana, o quadro se agrava, podendo haver comprometimento do cérebro, músculos, fígado e sangue, além de prejudicar a respiração, aumentando o risco de morte.

As doenças que podem ser transmitidas da mãe para o bebê durante a amamentação são:

  • HIV;
  • HTLV-1 e HTLV-2: Vírus da família do HIV. O HTLV-1 está associado a leucemia, paraparesia espástica tropical (doença neurológica) e algumas raras manifestações inflamatórias. É provável que a infecção pelo HTLV-2 não cause doenças (veja também: O que é HTLV? Quer dizer que tenho AIDS?). A infecção por esse ;
  • Vírus Varicela-zoster: Causador da varicela (catapora) e do herpes zoster (reativação da primeira infecção), nessa situação a mãe pode amamentar, exceto se a infecção for adquirida entre 5 dias antes e 3 dias após o parto.
  • Sarampo: Pacientes com sarampo devem ser mantidos em isolamento até 7 dias depois do início das erupções cutâneas e a amamentação deve ser suspensa nesse período.
  • Herpes simples: pode amamentar, exceto se as lesões forem na mama.

Saiba mais em: Mastite na amamentação é perigoso?

Em geral, existem procedimentos básicos que ajudam a preveni-las ou tratá-las em tempo, se forem seguidos corretamente.

Por isso é muito importante a realização do pré-natal, pois pode ajudar a prevenir e tratar algumas dessas doenças, entre outros problemas que podem ocorrer na gravidez. Dessa forma reduz as taxas de mortalidade infantil e materna.

Amamentar aumenta o apetite?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sim, amamentar aumenta o apetite porque a produção de leite queima muitas calorias. É por isso que a amamentação auxilia no processo de redução do peso pós parto, contribuindo para que a mulher recupere o peso que tinha antes da gravidez.

Contudo, esse aumento de apetite proporcionado pela amamentação pode fazer aumentar de peso se não houver atenção com a quantidade e qualidade dos alimentos.

Por outro lado, as calorias da alimentação da mulher que amamenta devem ser reajustadas, pois o seu corpo precisa de mais energia para produzir leite.

Para aproveitar o benefício da amamentação é preciso ter uma alimentação balanceada, com cerca de 2.500 calorias por dia.

Como deve ser a alimentação durante a amamentação?

Não há uma dieta específica que deve ser seguida durante a amamentação, mas é importante que ela seja saudável e rica em nutrientes, com lanches nos intervalos entre as principais refeições e abundante em líquidos.

A alimentação deve ter:

  • Verduras;
  • Legumes;
  • Cereais;
  • Vegetais verde-escuros;
  • Carnes brancas com moderação;
  • Leite e derivados;
  • Frutas.

Saiba mais em: Qual a alimentação ideal para quem está amamentando?

Alimentos ricos em ômega 3, como peixes (sardinha, atum, salmão, arenque), sementes de linhaça, castanhas e nozes, devem ser consumidos pelo menos 2 vezes por semana.

Amamentar também aumenta a sede, pois a produção de leite requer uma grande quantidade de água. Por essa razão, recomenda-se beber pelo menos 2 litros de água por dia durante a amamentação.

Para seguir uma dieta saudável e equilibrada, que garanta os nutrientes e as calorias necessárias para a mulher que amamenta e seu bebê, o mais indicado é consultar o/a nutricionista.

Leia também:

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Dor no seio esquerdo e estou amamentando...
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

Sim. Mulher que amamenta pode facilmente ser acometida de mastite que são inflamações na mama. A redução no número de mamadas pode interferir.

Posso tomar Benzentacil estando amamentando?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sim. Pode tomar Benzetacil durante a amamentação, não há contra-indicações e não vai prejudicar o bebê.

Caso a medicação tenha sido prescrita pelo/a profissional de saúde e você não tenha alergia à penicilina, você pode fazer uso da injeção Benzetacil mesmo estando amamentando. Não há necessidade de interromper a amamentação para tomar a injeção. A amamentação deve ser continuada normalmente sem nenhuma interferência.

Benzetacil é um antibiótico da família da penicilina, bastante usado no combate a algumas infecções, como amigdalite bacteriana comunitária (dor de garganta adquirida fora do ambiente hospitalar), infecções respiratórias e de pele, sífilis, tratamento de longo prazo para prevenção da febre reumática, entre outras.

A Benzetacil começa a fazer efeito de 15 a 30 minutos após a injeção e a sua ação se prolonga por um período que vai de 1 a 4 semanas. Trata-se de um antibiótico seguro para ser usado em bebês, crianças e adultos.

A única forma de tomar Benzetacil é através de injeção intramuscular. O local de aplicação recomendado é na parte superior lateral da nádega. Em crianças pequenas e bebês, a injeção geralmente é aplicada na coxa.

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