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Com qual idade o bebê começa a falar?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Quando falamos em desenvolvimento neurológico do bebê é importante lembrar duas coisas, a primeira é que não existem idades exatas para que a criança aprenda e adquira as habilidades que deverá desenvolver.

Cada criança tem seu ritmo de desenvolvimento e é importante não comparar uma criança com outras crianças. A segunda coisa é que a idade gestacional (as semanas) que o bebê nasceu é essencial para determinar se o seu desenvolvimento está adequado ou não. Quando o bebê tem algum grau de prematuridade seu desenvolvimento e aquisição das habilidades não acontecerão nas mesmas idades que crianças que nasceram a termo, ou seja, não prematuras.

Dito isto, em relação ao desenvolvimento da fala, o bebê começa a:

  • Vocalizar com 1 a 4 meses;
  • Falar sílabas com 5 a 9 meses;
  • Falar duas sílabas com 8 a 12 meses;
  • Falar palavras com 8 a 12 meses
  • Falar palavras formando pequenas frases com 12 a 18 meses;
  • Falar frases agramaticais (não segue regras de gramática, por exemplo, diz frases fora de ordem) dos 18 aos 24 meses;
  • Falar frases gramaticais dos 2 aos 3 anos.

O bebê deve fazer avaliação periódica com médico/a de saúde da família ou pediatra para avaliação de diversos aspectos do seu crescimento, desenvolvimento, alimentação, etc. Somente o/a médico/a capacitado/a para tal poderá dizer sobre qualquer tipo de atraso no desenvolvimento neurológico do bebê e encaminhar, quando necessário, para avaliação especializada.

Neuroblastoma infantil tem cura (entenda as chances)
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Quanto mais nova for a criança e menos avançado estiver o tumor, maiores são as chances de cura. Nas fases iniciais, o neuroblastoma pode ser curado em até 90% dos casos. Por outro lado, quando o câncer já se disseminou para outras partes do corpo (metástase), a probabilidade de cura reduz.

Crianças com menos de 1 ano de idade têm mais chances de serem curadas do que as mais velhas, mesmo que o grau de estadiamento do neuroblastoma seja o mesmo.

Tratamento

O tratamento para neuroblastomas pequenos e sem metástases é feito com cirurgia para remoção do tumor. Quando o neuroblastoma já cresceu muito ou se disseminou para outras partes do corpo, o tratamento pode incluir quimioterapia, radioterapia, imunoterapia, terapia com retinoides e transplante de células tronco.

As formas de tratamento dependem do estágio do neuroblastoma, da idade do paciente, entre outros fatores. Muitas vezes é necessário utilizar mais de uma forma de terapia.

Quimioterapia e radioterapia

A quimioterapia e a radioterapia servem para tornar possível a retirada cirúrgica do neuroblastoma, controlar o crescimento local do tumor ou tratar paliativamente o câncer quando este já se disseminou para outras partes do corpo (metástase).

Imunoterapia

A imunoterapia utiliza anticorpos específicos produzidos em laboratório que atacam o neuroblastoma e destroem células cancerígenas.

Terapia com retinoides

Os retinoides são substâncias semelhantes à vitamina A. O tratamento com retinoides diminui o risco do neuroblastoma voltar a aparecer após a quimioterapia e o transplante de células-tronco.

Transplante de medula óssea

O transplante substitui as células da medula óssea que foram mortas com a radioterapia e quimioterapia por novas células-tronco que irão formar novas células sanguíneas. Lembrando que a medula óssea é a parte esponjosa do interior dos ossos longos, onde são produzidas as células sanguíneas.

O transplante de medula óssea é feito após altas doses de quimioterapia e radioterapia. Muitas vezes esse tratamento é utilizado como último recurso, quando não há mais chances de curar o neuroblastoma com os outros tratamentos.

O oncologista pediatra é o especialista responsável pelo diagnóstico e tratamento do neuroblastoma.

Eritema infeccioso é contagioso?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Eritema infeccioso é contagioso e a sua transmissão ocorre através de gotículas de secreção da cavidade oral da pessoa contaminada. A doença é causada por um vírus que vive no nariz e na garganta da pessoa infectada e espalha-se pelo ar quando ela espirra, tosse ou fala.

O vírus causador do eritema infeccioso é o Parvovírus humano B19, transmitido através das secreções das vias respiratórias, geralmente a pessoa infectada pelo vírus o transmite 5 a 10 dias após ter sido contaminado.

No entanto, o período de incubação para que a pessoa comece a manifestar sintomas pode ser mais longo de 4 a 14 dias, portanto, é comum que a pessoa transmita o vírus antes de apresentar sintomas e depois deixa de o transmitir quando começa a apresentar o eritema característico da doença.

Por essa razão, os pacientes têm pouca probabilidade de transmitirem a doença após o surgimento da erupção cutânea típica. Essa característica peculiar do eritema infeccioso difere-o de outras doenças semelhantes, como rubéola, sarampo e varicela, cuja transmissão ocorre durante o período da erupção de pele.

Além do eritema, o parvovírus pode causar em crianças uma vermelhidão facial na zona das bochechas (bochecha esbofeteada), além de outros sintomas sugestivos de quadro viral como febre baixa, coriza, tosse, espirros, dor de garganta, dor de cabeça e mal estar geral. Em adultos também pode ocorrer dores articulares.

Geralmente, os sintomas são leves e não causam maiores complicações, se resolvendo espontaneamente em alguns dias.

Não existe vacina contra o eritema infeccioso. Lavar as mãos e descartar cuidadosamente os lenços de papel usados para limpar o nariz ajudam a evitar a sua transmissão.

A criança doente normalmente não precisa ser isolada, uma vez que os sintomas da doença só aparecem depois do período de maior chance de transmissão.

Caso tenha mais dúvidas consulte o seu médico de família, clínico geral ou pediatra.

Como é o cocô do bebê até completar 2 anos?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

As características do cocô do bebê se alteram desde o nascimento até ele poder se alimentar com outros alimentos além do leite. No começo, as fezes não têm muito cheiro, são mais pastosas e variam de cor entre o amarelo e o esverdeado. Quando outros alimentos além do leite são introduzidos (por volta dos 6 meses), as características ficam mais parecidas com a das fezes de crianças e adultos.

Observar as alterações de 4 características das fezes do bebê pode ajudar a saber se está tudo bem ou se há algum problema com ele. São elas:

  • Cor das fezes
  • Frequência com que o bebê faz cocô
  • Quantidade de fezes
  • Cheiro

Prestar atenção às alterações ajuda a perceber se os alimentos, a quantidade de alimentos ingerida e digestão estão adequados. Isso é importante para o crescimento e ganho de peso do bebê, por exemplo.

Como é o cocô do bebê logo após o nascimento?

As fezes dos primeiros dias do bebê costumam ser escuras. Isso é normal e ocorre devido à saída do mecônio. Ele tem uma consistência pegajosa, é espesso, preto-esverdeado e sem cheiro.

Elas podem ser amareladas ou esverdeadas e mais líquidas durante a primeira semana de vida. Se nesse período a criança faz cocô a cada mamada e está bem, isso é normal. Não é diarreia.

Bebês que têm a barriga inchada e não eliminam o mecônio durante os primeiros três dias de vida podem ter uma obstrução do intestino. Os prematuros têm um risco maior de ter esse problema, que exige cuidados médicos. Também pode ser um sinal de fibrose cística.

Como é o cocô do bebê que se alimenta apenas com leite materno?

Quando o bebê se alimenta somente com o leite materno, é raro que tenha diarreia devido a uma infecção intestinal. O cuidado que você deve ter para evitar a infecção intestinal é lavar as mãos antes de amamentar o bebê.

Até você começar a introduzir os alimentos, vai perceber que as fezes não mudam muito. A cor varia um pouco de coloração entre o amarelo e os tons esverdeados. É recomendado que o bebê seja alimentado somente com o leite até os 6 meses.

A frequência com que o bebê faz cocô pode variar. O bebê pode fazer cocô uma vez ao dia, várias vezes ao dia ou uma vez por semana. Se o bebê estiver bem e ganhando peso, você não precisa se preocupar.

As fezes são pastosas quando o bebê se alimenta com leite materno. O bebê não faz força para fazer cocô.

O leite materno é um alimento sempre pronto para você dar para o bebê, não causa alergias, é limpo, hidrata e protege o bebê de infecções.

E se o bebê toma alguma fórmula, o cocô é diferente?

Os bebês amamentados com fórmulas mamam com menos frequência. Por isso, também fazem cocô com menos frequência, principalmente nas primeiras semanas de vida.

A cor do cocô não difere entre os bebês amamentados no peito ou com fórmulas. Ela varia entre o amarelo e o esverdeado. Entretanto, nos bebês alimentados com fórmula, a quantidade de fezes pode ser menor.

Há algumas fórmulas que podem deixar as fezes mais duras. Para não aumentar esse problema, sempre prepare a fórmula conforme o que está descrito na embalagem. Nunca coloque menos água que o indicado.

Quando você alimenta o bebê com fórmula, tem que ter mais cuidado com a higiene durante o preparo e com a mamadeira, além de usar água limpa. Isso diminui as chances de o bebê ter uma infecção que cause diarreia.

Caso o bebê vomite e tenha diarreia sem febre quando começar a tomar a fórmula, procure um médico. Algumas vezes, é necessário mudar a fórmula para que o bebê pare de ter esses problemas.

Como é o cocô a partir dos 6 meses

A introdução de alimentos pode alterar as fezes do bebê. As fezes vão ficar gradualmente mais parecidas com as das crianças e adultos.

O bebê deve começar a receber outros alimentos por volta dos 6 meses. Alguns alimentos só podem ser introduzidos quando o bebê faz 1 ano(como o mel e os peixes) e outros, como o açúcar, alimentos adoçados e o chocolate, só aos 2 anos. Por isso, é a partir dessa idade que o bebê poderá fazer as refeições iguais aos adultos e as fezes ficam semelhantes em relação à cor, consistência e cheiro.

As fezes começam a ficar mais marrons, mas ainda podem ficar esverdeadas quando você colocar verduras escuras na papinha. Podem ficar com uma coloração mais avermelhada quando der beterraba no suquinho. Isso é normal.

A orientação de introduzir um alimento de cada vez serve para observar o aparecimento de intolerâncias e alergias. O bebê pode ter diarreia e cólicas, por exemplo, quando o alimento causa um desses problemas.

A alimentação da mãe também pode influenciar a cor e a consistência do cocô do bebê enquanto ele mama no peito. Alguns alimentos podem dar mais cólicas também. São aqueles que causam mais gases. Cuidar bem de você, do seu corpo e da sua saúde psicológica, também é cuidar bem do seu bebê.

Alimentos e suplementos à base de ferro

O ferro dos alimentos ou de suplementos que a criança ou a mãe tomam pode deixar as fezes do bebê mais escuras ou esverdeadas. Também pode deixar o intestino um pouco mais preso. Como o uso de suplemento de ferro é recomendado a toda criança entre 6 a 24 meses para evitar a anemia, essas alterações podem ser percebidas especialmente nessa fase.

Bebês com icterícia

Os bebês que têm icterícia (nascem amarelados) fazem cocô com mais frequência e mais esverdeados nos primeiros dias de vida.

Observe a cor da pele do bebê. É preciso que o bebê seja avaliado com urgência por um profissional enfermeiro ou médico quando o tom amarelado:

  • Aparece nas primeiras 24 horas de vida
  • Se torna intenso
  • Se espalha por todo o corpo atingindo pernas e braços
  • Dura mais de duas semanas
Quando preciso me preocupar?

Há uma escala de cores das fezes na Caderneta de Saúde da Criança. Ela é fornecida a todas as crianças até o momento em que tomam a primeira vacina. A escala pode ser usada nos primeiros 2 meses para verificar se a cor do cocô está normal. As fezes esbranquiçadas são um sinal de que é necessário procurar um médico.

Há alguns problemas genéticos e intestinais que, apesar de raros, precisam ser investigados quando o bebê tem diarreia:

  • Que começa dias após o nascimento;
  • Que persiste por mais de 2 semanas;
  • É intensa,

Isso não é normal. Procure um médico com urgência.

Além da frequência aumentada, você sabe que precisa procurar um serviço de saúde:

  • Quando as fezes são caracterizadas por um alto teor de líquido e não têm forma;
  • Quando as fezes são gordurosas, com mau cheiro e cor pálida, podendo ter uma aparência "fofa";
  • Quando as fezes contêm sangue, são pretas ou se parecem com carvão;
  • Quando as fezes estão esbranquiçadas.

Há outros sinais que podem indicar que algo não está bem quando o bebê está fazendo cocô com mais frequência ou mais mole. Observe se o bebê:

  • Está mais molinho, sonolento e parado;
  • Está vomitando;
  • Tem febre;
  • Está com a urina escura

Nesses casos, você deve procurar com urgência um serviço de saúde.

As diarreias que aparecem nos bebês que tomam fórmulas ou já têm outros alimentos além do leite na dieta podem ser causadas por infecções ou por alergias / intolerâncias. Por isso, procure um médico quando isso acontecer.

Se quiser saber mais sobre o assunto, leia também:

Fezes com muco em bebês e crianças é grave? O que pode ser?

Cocô verde em crianças ou adultos, o que pode ser?

Referências:

Caderneta de Saúde da Criança. Ministério da Saúde. 12ª ed. Brasília — DF. 2018.

UpToDate. Meconium aspiration syndrome: Pathophysiology, clinical manifestations, and diagnosis

UpToDate. Approach to chronic diarrhea in neonates and young infants (<6 months)

Shang-Ling W, Ding D, Ai-Ping F, Pei-Yan C, Si C, Li-Peng J, Yu-Ming C, Hui-Lian Z. Growth, Gastrointestinal Tolerance and Stool Characteristics of Healthy Term Infants Fed an Infant Formula Containing Hydrolyzed Whey Protein (63%) and Intact Casein (37%): A Randomized Clinical Trial. Nutrients. 2017; 9(11): 1254

Quem amamenta pode tomar Gripeol?
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

O ideal é não associar esse remédio com a amamentação, em principio existe uma contra-indicação relativa ao uso desse medicamento nesta situação (isso significa que o benefício deve ser maior que o risco), no caso como ele é um remédio para gripes e resfriados, o benefício trazido para você, não justifica o risco para o bebê.

Autismo leve pode piorar?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

Apesar dos sinais de autismo leve parecerem piorar com o avançar da idade, nem sempre é isso o que está acontecendo. Muitas vezes os sinais vão se manifestando à medida que o autista precisa de determinada capacidade e não tem. Assim, a intensidade do autismo pode variar conforme as situações, o ambiente ou oscilar com o tempo.

Por exemplo, olhando para as habilidades sociais e de comunicação: quando a criança é pequena e convive quase exclusivamente com a família, não é tão fácil perceber a falta dessas capacidades. Mas, à medida que a criança cresce e seu círculo social aumenta, fica mais evidente a dificuldade de socializar e se comunicar.

Entretanto, o contrário também pode acontecer. Quando um autista faz tratamento e é acompanhado por profissionais, os sinais de autismo podem ficar mais leves. Isso acontece porque o autista pode, por exemplo, desenvolver estratégias e obter apoio para lidar com os desafios que enfrenta para se relacionar.

O tratamento do autismo é multidisciplinar, podendo envolver psicólogos, educadores e a família.

Referência:

Manual diagnóstico e estatístico de transtornos - DSM-5 [American Psychiatnc Association, tradução Maria Inês Corrêa Nascimento ... et al.]; revisão técnica: Aristides Volpato Cordioli... [et al.]. Porto Alegre: Artmed, 2014. p. 50-9.

Sulkes SB. Transtornos do espectro autista. Manual MSD.

Síndrome de Rett: Quais são as causas e os sintomas?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

A Síndrome de Rett é uma doença genética que provoca uma desordem no desenvolvimento neurológico. Está relacionada a mutações em um gene específico do cromossomo X e ocorre praticamente apenas em meninas.

Embora os casos dentro da mesma família sejam raros, a Síndrome de Rett pode ter uma componente hereditária, ou seja, pode ser passada de pais para filhos. Contudo, esses representam menos de 1% dos casos, já que a grande maioria das ocorrências ocorre aleatoriamente.

O gene que sofre as mutações na Síndrome de Rett é o gene MECP2, localizado no cromossomo X. Esse gene é essencial para controlar outras características genéticas, já que está diretamente ligado a uma proteína que bloqueia a ação de outros genes durante o desenvolvimento do sistema nervoso.

Sintomas

O desenvolvimento do bebê nos primeiros 5 meses de vida não aparenta ter nenhuma anormalidade. Os primeiros sinais e sintomas da Síndrome de Rett começam a se manifestar entre o 6º mês e o 2º ano de idade. Nessa fase, a criança pode apresentar:

  • Lentidão no ritmo de crescimento do crânio;
  • Perda das capacidades motoras;
  • Emagrecimento;
  • Movimentos descoordenados ao andar e movimentar o tronco;
  • Movimentos estranhos com as mãos, com torções e entrelaçamento dos dedos.

Outras características comuns observadas nesse período inicial de manifestação dos sintomas são o fim das brincadeiras, a aversão ao convívio social e deficiência intelectual. Algumas crianças podem sofrer ainda convulsões.

Casos de convulsões são tratados com anticonvulsivantes. O tratamento da Síndrome de Rett é multidisciplinar e pode envolver neurologista, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, fonoaudiólogo, pediatra, entre outros especialistas e tem o objetivo a qualidade de vida das pacientes com a síndrome.

Meu filho engoliu pilha de relógio, é perigoso? O que devo fazer?
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

Deve procurar um serviço de emergência para radiografar e ver onde está a pilha e fazer um controle para ver se ela está seguindo o caminho natural de saída, mas fique tranquila, como é um objeto pequeno e sem pontas, normalmente ele sai sem nenhum problema. O importante é verificar as fezes para ver se a pilha saiu ou não.