Perguntar
Fechar
Dor no pênis. O que pode ser?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Dor no pênis pode ser causadas por ereção prolongada, inflamações na glande ("cabeça do pênis") ou na próstata, presença de pequenas fissuras, doenças sexualmente transmissíveis, ou por traumas no pênis provocados durante a penetração, principalmente se os movimentos forem mais intensos.

Ereção prolongada

A ereção prolongada pode acarretar uma má oxigenação dos corpos cavernosos, que se enchem de sangue quando o pênis está ereto e são responsáveis pelo seu aumento de tamanho e volume.

A diminuição da chegada de oxigênio a essas estruturas pode resultar em dor no pênis se ele permanecer ereto por muito tempo.

Balanite

A inflamação da glande é chamada de balanite e pode ou não estar associada a uma infecção. A balanite normalmente está relacionada com micro-organismos infecciosos transmitidos através de relação sexual desprotegida.

A inflamação também pode ser causada por doenças de pele, alergias, traumas, má higiene ou ainda câncer de pênis.

Os principais sintomas da balanite são dor na cabeça do pênis, vermelhidão e aumento da temperatura local. Também pode haver inchaço e feridas na glande.

Quando há infecção, também podem estar presentes bolhas com pus, além de coceira e secreção com mau cheiro.

Prostatite

Outra causa de dor no pênis é a prostatite (inflamação na próstata), que também pode provocar dor no abdômen inferior, dor durante a ejaculação e dores na região do períneo, que fica entre os testículos e o ânus.

A ejaculação dolorosa é um dos principais sintomas de prostatite. A dor costuma surgir logo após a ejaculação e pode durar horas ou dias. Uma possível causa de prostatite são as doenças sexualmente transmissíveis, sobretudo em homens jovens.

Leia também:

O que é prostatite e quais os sintomas?

Dor na hora da ejaculação é normal? O que pode ser e o que fazer?

Doenças sexualmente transmissíveis

Doenças como Sífilis, Gonorreia ou infecção pela Clamídia costumam causar coceira e vermelhidão, mas também em alguns casos podem levar a quadro de dor local, ou pequenas fissuras.

 Em caso de dor no pênis, consulte um médico urologista para que a causa da dor seja devidamente identificada e tratada.

Também podem lhe interessar:

Tenho o pênis inchado, o que pode ser?

Corrimento no pênis: o que pode ser e como tratar?

Coceira no pênis, o que pode ser?

Tenho feridas no pênis. O que pode ser e o que fazer?

Rompimento no freio do pênis: o que fazer?

Pênis sensível após relação é normal?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sim, sentir o pênis sensível após a relação é normal.

O pênis pode ficar mais sensível depois de uma relação sexual devido ao atrito durante a penetração, que provoca microlesões na glande (cabeça do pênis). Às vezes, a sensibilidade é tanta que pode tornar uma segunda relação impossível. 

O que vocês podem fazer para tentar aliviar o problema é usar camisinha e gel lubrificante para diminuir o atrito.

Porém, se a sensibilidade for muito intensa ou se surgirem lesões no pênis, o mais indicado é o seu namorado consultar o/a médico/a de família, clínico/a geral ou urologista para uma avaliação.

Saiba mais em: 

Dor no pênis. O que pode ser?

Tenho o pênis inchado, o que pode ser?

Meu filho tem 10 anos e seu pênis é muito pequeno...
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O especialista para maiores esclarecimentos nessa área é o Pediatra ou urologista pediátrico.

Entretanto, segundo seu relato, seu filho apresenta um desenvolvimento do pênis considerado normal para idade.

Como é o desenvolvimento normal do pênis da criança?

O desenvolvimento normal do pênis de criança é se manter nas mesmas proporções durante toda a infância, e iniciar seu crescimento apenas quando a puberdade se inicia, devido à ação da testosterona, o que acontece em média aos 12 anos de idade.

Esse crescimento se dá por etapas, e pode durar até os 18 anos de idade ou mais. As primeiras estruturas a crescer e se desenvolver são os testículos e a bolsa escrotal, por vezes parece bastante desproporcional, dando a impressão de um pênis ainda menor.

Em seguida, por volta dos 14 ou 15 anos, o pênis começa a ganhar comprimento. Só ao final da puberdade que acontece o aumento na largura (espessura), ganhando a forma final do órgão, que permanece durante toda fase de vida adulta.

O que é pênis recolhido?

O pênis pode se encontrar recolhido, por exemplo em caso de exposição maior ao frio, em situações de medo e ansiedade.

Pode ser considerado pênis recolhido ou pênis "embutido", aqueles que parecem um tipo de pênis muito pequeno, ou menor do que o esperado, mas na verdade é resultado da presença de grande quantidade de gordura abdominal. Comum em meninos com sobrepeso ou obesidade.

Outras situações, que devem ser investigadas pelo especialista, essas sim são alterações que precisam de acompanhamento e tratamento, são o micro pênis, pênis pequeno, pênis sepultado e fusão peno escrotal. Porém, são situações raras que o pediatra é capaz de diagnosticar precocemente.

Para mais esclarecimentos, consulte um médico pediatra ou urologista pediátrico.

Veja também: com quantos anos o pênis começa a crescer?

Dor no pé da barriga em homens: as 10 causas mais comuns e como tratar?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A dor no pé da barriga em homens é comum quando envolve a próstata e os testículos. Também pode ser provocada por problemas do sistema urinário, intestinal ou outros órgãos do sistema reprodutivo.

O tratamento da dor no baixo ventre nos homens é feito de acordo com a sua causa. O médico urologista é o responsável por avaliar as causas e definir o tratamento mais indicado.

A seguir detalhamos um pouco mais as causas frequentes, para ajudar na identificação de sinais e sintomas que possam auxiliar o médico nesse diagnóstico.

1. Prostatite

A prostatite é uma inflamação da próstata, uma glândula que fica logo abaixo da bexiga que é responsável pela produção do sêmen.

Sintomas: É comum que os homens sintam dor no pé da barriga, na parte inferior das costas, no pênis, nos testículos e no períneo (região entre o escroto e o ânus). Além disso, pode ocorrer:

  • Vontade de urinar frequentemente e com urgência
  • Dor ao urinar
  • Dificuldade ou dor com a ereção ou ejaculação
  • Dor ao defecar

Quando causada por bactéria, o homem pode ainda apresentar febre, calafrios e sangue na urina.

Como tratar?

O tratamento feito para aliviar os sintomas e tratar a inflamação incluem:

  • Massagem periódica da próstata: é feita pelo médico proctologista que coloca o dedo no reto para massagear a próstata,
  • Banhos de assento quente: conforme orientação médica,
  • Técnicas de relaxamento dos músculos pélvicos para aliviar as dores, de preferência, com acompanhamento de um fisioterapeuta,
  • Uso de laxantes, para aliviar a dor ao defecar,
  • Uso de analgésicos e anti-inflamatórios para alívio da dor e inflamação e
  • Antibióticos, em casos de prostatite bacteriana.

Quando a prostatite não é causada por bactérias, a sua cura é mais difícil e nem sempre acontece.

Em último caso, se mesmo com os tratamentos os sintomas piorarem, pode ser necessária a retirada parcial da próstata. Para escolher o tratamento mais adequado e seguro consulte um proctologista.

2. Orquite

A orquite é uma inflamação nos testículos que geralmente é provocada pelo vírus da caxumba e pode afetar ambos os testículos ou apenas um deles.

Sintomas: dor intensa no testículo afetado que irradia para o baixo ventre do mesmo lado, por exemplo, se o testículo inflamado for o esquerdo a dor é sentida no pé na barriga deste mesmo lado. Além da dor o homem pode sentir inchaço, vermelhidão, calor e sensação de peso nos testículos.

Como tratar?

A orquite é tratada com:

  • Repouso no leito,
  • Aplicação de bolsas de gelo sobre os testículos,
  • Analgésicos para aliviar a dor e antibióticos, quando causada por bactérias.

Devido à dor intensa, a orquite pode ser considerada uma urgência urológica. Nestes casos, procure uma unidade de emergência para alívio da dor e avaliação médica, de preferência, de um urologista.

3. Epididimite

A epididimite é uma inflamação do epidídimo, um órgão que tem forma de “C” que se localiza atrás do testículo. Ele funciona como um ducto que coleta, armazena e transporta os espermatozoides produzidos no testículo até a próstata.

Sintomas: dor forte na região dos testículos que irradia para o pé da barriga acompanhada de:

  • Inchaço
  • Febre baixa e constante
  • Calafrios
  • Dor ao urinar e durante o ato sexual
  • Ínguas na virilha
  • Presença de sangue no sêmen.

Como tratar?

O tratamento da epididimite envolve uso de medicamentos e alguns cuidados simples como:

  • Manter o repouso,
  • Evitar pegar peso,
  • Aplicar compressas de gelo na área dos testículos,
  • Anti-inflamatórios e analgésicos para tratar a inflamação e amenizar a dor,
  • Antibióticos em caso de infecção bacteriana.

Como pode ser causada por infecções sexualmente transmissíveis, para prevenir a doença, use sempre camisinha nas relações sexuais. A avaliação de um urologista é indispensável ao tratamento da epididimite.

4. Vesiculite

A vesiculite (vesiculite aguda seminal) é a inflamação das vesículas seminais, glândulas que produzem o líquido seminal. Geralmente ocorre por infecção bacteriana, ou quando o homem desenvolve uma prostatite e não efetua o tratamento adequado.

Sintomas:

  • Dor no baixo ventre, que piora após a ejaculação e irradia para virilha e região do períneo
  • Vontade de urinar urgentemente
  • Ardor ao urinar
  • Dificuldade de esvaziar a bexiga
  • Ejaculação prematura
  • Presença de sangue no sêmen e na urina
  • Febre e calafrios
  • Redução do desejo sexual.

Como tratar?

O tratamento da vesiculite envolve:

  • Repouso: para manter os movimentos intestinais e evitar a piora do quadro,
  • Manter uma dieta equilibrada e saudável sem alimentos condimentados e álcool,
  • Evitar relações sexuais durante o tratamento,
  • Uso de antibióticos, anti-inflamatórios e analgésicos conforme recomendação médica, a fim de tratar a infecção, inflamação e amenizar a dor.

Nos casos em que os sintomas persistem ou pioram, é necessário tratamento cirúrgico.

5. Estenose uretral

A estenose uretral é o estreitamento de uma parte da uretra que pode resultar em redução ou interrupção do fluxo urinário. As causas mais comuns são o trauma ou lesões na uretra e as infecções sexualmente transmissíveis.

Sintomas:

  • Diminuição do fluxo de urina
  • Dificuldade e ardor ao urinar
  • Jato espalhado ou duplo, gotejamento de urina após a micção
  • Necessidade de urinar mais vezes ao dia, acordar à noite para urinar e, em alguns casos, incontinência urinária.

Como tratar?

A estenose uretral deve ser tratada em ambiente hospitalar. O procedimento mais simples para o seu tratamento consiste na introdução de uma sonda de plástico na uretra para causar a sua dilatação. Se este procedimento não tiver resultados positivos, pode ser necessária a realização de cirurgia.

Somente a avaliação de um urologista poderá definir a melhor forma de tratamento.

6. Torção testicular

A torção testicular ocorre quando o testículo torce sobre o cordão espermático e bloqueia a circulação sanguínea para o testículo. É uma emergência urológica que deve ser tratada em até 12 horas, pois este quadro pode causar lesão grave ou perda do testículo.

Sintomas: dor súbita e intensa em um dos testículos, inchaço do testículo afetado e dor na região do pé da barriga são os principais sintomas. O paciente também pode apresentar náuseas, vômitos, febre e vontade frequente de urinar.

Como tratar?

Por ser uma emergência em que, além da dor intensa, o homem corre o risco de perder o testículo é importante buscar atendimento em uma emergência hospitalar o mais rápido possível. O tratamento é cirúrgico e consiste em destorcer o cordão espermático para recuperar a circulação sanguínea para o testículo.

7. Hiperplasia prostática benigna

A hiperplasia prostática é um aumento do tamanho da próstata que não tem relação com câncer e, por este motivo, se diz que é benigna. O homem começa a sentir os sintomas quando a próstata bloqueia a fluxo de urina.

Sintomas:

  • Dor no pé da barriga
  • Dificuldade de iniciar a micção ou sensação de não ter esvaziado completamente a bexiga
  • Dor no pé da barriga ou na região da pelve
  • Necessidade de urinar mais vezes - geralmente, durante a noite (noctúria)

Na medida em que a próstata vai crescendo, os sintomas se tornam mais intensos e o paciente pode apresentar aumento da dor, presença de sangue urina e infecções frequentes.

Como tratar?

Geralmente, quando o homem apresenta poucos sintomas e acordam uma ou duas vezes à noite para urinar, não é necessário tratamento. Entretanto, é preciso acompanhamento com urologista para verificar o crescimento da próstata e realizar exame de PSA periodicamente.

Se houver sangue na urina, dor intensa no pé da barriga e infecção as opções de tratamento são:

  • Medicamentos para melhorar o fluxo de urina e para inibir os hormônios masculinos responsáveis pelo aumento do tamanho da próstata e
  • Cirurgia: é feita em último caso nos casos em que os medicamentos não tiveram eficácia e consiste na retirada de parte da próstata.
8. Síndrome da dor pós-vasectomia

A síndrome da dor pós-vasectomia é uma complicação da cirurgia de vasectomia, um método anticoncepcional definitivo efetuado nos homens que consiste em bloquear ou cortar os ductos que transportam os espermatozoides.

Sintomas: os homens com esta síndrome sentem dor constante ou intermitente (dor que vai e volta) em um ou em ambos os testículos. Esta dor irradia para o baixo ventre e pelve e se torna mais forte durante relação sexual, ereção e ejaculação e esforços físicos intensos. Pode causar disfunção erétil.

Como tratar?

A dor pós-vasectomia tende a diminuir e desaparecer com o tempo e resultado de uma adaptação do corpo à cirurgia. Neste caso, recomenda-se:

  • Repouso,
  • Evitar esforço físico e
  • Evitar relações sexual.
  • Se a dor persistir é importante consultar o urologista para avaliar a região da cirurgia.
9. Hérnia inguinal

A hérnia inguinal se caracteriza pela saída de parte do intestino ou outro órgão abdominal através de uma abertura na parede abdominal na virilha. É mais comum em homens e pode se estender pela virilha e entrar no escroto.

Sintomas: as hérnias provocam uma protuberância na virilha ou no escroto que, inicialmente, não causam dor. Entretanto, a dor pode ocorrer de forma moderada no pé da barriga ou escroto na medida em que a pessoa se movimenta ou faz esforço físico.

Como tratar?

O tratamento da hérnia inguinal é feito com cirurgia. É importante que a hérnia seja avaliada o mais rapidamente possível por um cirurgião para evitar complicações com estrangulamento da hérnia e morte de parte do intestino.

10. Síndrome da dor pélvica

A síndrome da dor pélvica só ocorre em homens e é a dor, pressão ou desconforto localizada no baixo ventre, períneo, genitais que apresenta duração de mais de 3 meses. É também chamada de prostatite crônica não bacteriana, devido à longa duração da dor e pelo fato de não ser causada por bactérias.

Sintomas: dor no pé da barriga, pênis, testículos e região do períneo, dor ao urinar e ejacular, disfunção erétil, fluxo urinário lento e aumento da frequência urinária. Alguns pacientes também podem apresentar dores musculares e nas articulações e fadiga sem causa aparente.

Como tratar?

O tratamento da síndrome da dor pélvica é feito com base na avaliação, principalmente, da dor e da disfunção sexual. Além disso é indicado:

  • Aplicar compressas mornas na região genital,
  • Praticar exercícios de baixo impacto como natação e caminhadas,
  • Alimentar-se de forma saudável e equilibrada e
  • Usar medicamentos para dor neuropática (antidepressivos, opioides), antibióticos, anti-inflamatórios e relaxantes musculares, de acordo com a indicação médica.
Quando devo me preocupar?

Alguns sintomas são sinais de alerta para que você busque rapidamente um serviço de saúde. Estes sintomas indicam situações que necessitam de intervenção rápida e incluem:

  • Dor intensa e de início súbito, principalmente, se afetar um ou ambos os testículos,
  • Inchaço (edema) nos testículos e/ou pênis,
  • Presença de sangue no sêmen ou urina,
  • Dor ao ejacular e
  • Dor durante ou depois do ato sexual.

Ao perceber estes sintomas procure uma emergência hospitalar o mais rápido possível. Os profissionais mais indicados para tratar estas doenças são o proctologista, urologista ou cirurgião geral.

Lembre-se que alguns destes problemas são causados por infecções sexualmente transmissíveis e podem ser evitados com o uso de camisinha.

Se você quer saber mais sobre dor no pé da barriga, leia

Dor incômoda no pé na barriga e vontade de urinar: o que pode ser?

Dor no pé da barriga: o que pode ser?

Referências

  • Bigan, T.; Wilson, N.; Bindler, R.; Daratha, K. Examining Risk for Persistent Pain among Adults with Overweight Status. Pain Management Nursing, 19(5): 549-556, 2018.
  • Federação Brasileira de Urologia
  • Kamboj, A.K.; Hoversten, P.; Oxentenko, A.S. Chronic Abdominal Wall Pain: A Common Yet Overlooked Etiology of Chronic Abdominal Pain. Mayo Clinic Proceedings, 94(1): 139-144, 2019.
  • Sociedade Brasileira de Proctologia
Bolinha em bolsa escrotal o que fazer?
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

Se você percebeu uma bolinha ou caroço no testículo, é importante buscar um médico de família ou urologista. Somente este profissionais podem definir a causa do nódulo para que sejam efetuados o diagnóstico e o tratamento adequados.

O nódulo no saco escrotal é comum em homens de qualquer idade, desde as crianças até os idosos, e pode significar cistos, hidrocele (acúmulo de líquido), inflamações ou tumor no testículo.

Encontrei uma bolinha na bolsa escrotal, o que devo fazer?

É importante que você saiba que o nódulo no testículo não deveria existir. Por este motivo, você deve procurar um urologista ou médico de família para uma avaliação detalhada. Fique atento se você sentir:

  • Dor intensa e repentina
  • Febre e calafrios
  • Náuseas e vômitos
  • Inchaço do testículo
  • Sensação de peso na bolsa escrotal
Causas mais comuns de nódulo na bolsa escrotal 1. Varicocele

A varicocele costuma ser a causa mais comum de bolinhas ou caroços na bolsa escrotal. É uma má formação da bolsa escrotal provocada pelo aumento das veias dos testículos, o que leva ao acúmulo de sangue e à sensação de nódulo.

Estas dilatações causam alterações estéticas, dor e sensação de peso no testículo e bolsa escrotal.

Geralmente a varicocele é tratada somente com uso de analgésicos. Entretanto, é necessário a consulta a um urologista para ele avalie o risco de infertilidade. Se esta possibilidade existir é necessário cirurgia para correção do problema.

2. Cisto

O cisto é um pequeno saco cheio de líquido que é sentido, inicialmente, como um caroço endurecido do tamanho de uma ervilha que não provoca dor.

Quando não tratado, este cisto pode crescer com o passar do tempo. Nestes casos, ele pode grudar-se na parede do testículo e causar dor e desconforto.

Geralmente estes cistos não apresentam riscos à saúde do homem, mas necessitam de tratamento feito com analgésicos ou antibióticos quando surgem os sintomas. O tratamento dura em torno de duas semanas e se o cisto não desaparecer pode ser preciso retirá-lo com cirurgia.

3. Hidrocele

A hidrocele se caracteriza pela presença de uma pequena bolsa de líquido próximo ao testículo que pode provocar a formação de uma bolinha no saco escrotal. Normalmente a hidrocele é indolor e pode afetar um dos lados (unilateral) ou o lado direito e o esquerdo (bilateral).

O tamanho pode variar e quanto maior for a hidrocele, maior a chance de causar dor e desconforto na bolsa escrotal.

Geralmente a hidrocele regride sozinha, sem tratamento. No entanto, se você sentir dor poderá ser necessária uma pequena cirurgia para retirar a hidrocele.

4. Epididimite

A epididimite consiste na inflamação do epidídimo, um pequeno ducto localizado na região posterior do testículo no qual ocorre a maturação e o armazenamento dos espermatozoides.

O sintoma mais comum é a presença de um nódulo dolorido no testículo acompanhado de inchaço, sensação de calor na região da bolsa escrotal, calafrios e febre.

A inflamação do epidídimo ocorre principalmente por infecção bacteriana devido a prática de sexo sem proteção. O tratamento consiste no uso de antibióticos prescritos após avaliação do urologista.

5. Torção do testículo

A torção testicular é a torção de um dos testículos sobre o seu cordão espermático. Esta torção interrompe a circulação sanguínea para o testículo e pode provocar a sua perda caso não seja corrigida entre 6 e 12 horas após a interrupção.

É caracterizada por uma dor intensa que se inicia de forma repentina. Além da dor, ocorre a presença de um caroço e inchaço do testículo e bolsa escrotal. O paciente pode ainda sentir necessidade frequente de urinar, náusea, vômitos e febre.

Por ser uma emergência médica, o paciente deve procurar um hospital imediatamente. O tratamento consiste em um procedimento cirúrgico que deve ser feito nas primeiras 12 horas para não ocorrer a perda do testículo.

6. Hérnia Inguinal

Embora não seja um problema relacionado diretamente à bolsa escrotal, a hérnia inguinal pode sair para dentro do saco escrotal, o que causa a sensação de caroço na bolsa. Geralmente, este caroço não provoca dor. Entretanto, se a hérnia aumentar de tamanho pode provocar desconforto.

O tratamento da hérnia inguinal é cirúrgico e consiste em recolocar a porção do intestino que provocou a hérnia de volta na cavidade abdominal.

7. Câncer de testículo

O câncer de testículo é uma condição rara. Entretanto, a bolinha ou o caroço no testículo é o seu sintoma mais comum. Geralmente, este nódulo não provoca dor nenhuma e tem crescimento lento e sem um motivo aparente.

É importante buscar um urologista o mais rapidamente possível, pois o tratamento precoce aumenta a chance de cura.

A perceber um nódulo na bolsa escrotal, busque o mais rapidamente possível um urologista ou médico de família. Não inicie qualquer tratamento ou use qualquer medicamento sem orientação médica.

Referência:

Sociedade Brasileira de Urologia

Quem tem pressão alta pode tomar Viagra?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Depende. Algumas pessoas com pressão alta podem tomar Viagra, enquanto outras não.

Quem tem pressão alta e quer fazer uso do Viagra deve consultar o/a médico/a que está em acompanhamento clínico para uma avaliação inicial e a liberação para o uso.

Aqueles com pressão alta e que tomam remédios da classe Nitratos, não podem tomar Viagra.

Isso porque os nitratos presentes nos medicamentos para pressão alta são vasodilatadores, ou seja, relaxam os vasos sanguíneos para reduzir a pressão arterial e o Viagra pode potencializar muito esse efeito hipotensor, podendo causar quedas acentuadas da pressão arterial, desmaios e até isquemia cardíaca (infarto).

No entanto, há estudos que indicam que, o paciente que esteja tomando medicamentos sem nitrato e esteja com a pressão arterial controlada, pode fazer uso do Viagra.

Regra geral, recomenda-se que pacientes com pressão alta não controlada ou que usam dois ou mais medicamentos anti-hipertensivos, sejam avaliados pelo/a médico/a cardiologista antes de tomar Viagra.

Leia também:

Tomar viagra faz mal? Quais os efeitos colaterais?

HPV: o que é e como se transmite?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O HPV (Papiloma Vírus Humano) é um vírus capaz de causar infecções na pele e mucosas. Entre elas, as verrugas de pele, verrugas genitais, a papilomatose respiratória e o diferentes tipos de câncer relacionados ao HPV, o principal deles é o câncer de colo de útero, outros também relacionados são o câncer de garganta e de ânus.

Existem centenas de tipos de HPV, e cada grupo deles é responsável por um tipo diferente de manifestação. Cada pessoa pode ser contaminada por diferentes tipos ao longo da vida.

Vale lembrar que as verrugas, que caracterizam o HPV, não são causadas pelos tipos de HPV que provocam câncer, já que existem mais de 150 formas desse vírus. Desses, cerca de 40 tipos costumam causar herpes genital, enquanto outros 12 estão mais relacionados ao desenvolvimento de câncer no local da infecção, ou seja, boca, garganta, colo do útero, vagina, pênis e ânus.

Como ocorre a transmissão do HPV? Relações sexuais

O HPV é transmitido sobretudo pelo contato direto com a pele ou as mucosas de pessoas infectadas pelo vírus. Por isso, sua principal via de transmissão é através de relações sexuais desprotegidas (sem preservativo), seja qual for a forma de contato sexual (oral, genital ou anal).

Até mesmo o contato manual com o local afetado pelo HPV parece ter relação com a transmissão do vírus. Isso significa que não é necessário haver penetração, mesmo com camisinha, para que o HPV seja transmitido.

O HPV é altamente contagioso, por isso entra no corpo através de feridas, mesmo que pequenas, as quais nem sempre são visíveis a olho nu. 

Gravidez

Mães portadoras de HPV também podem transmitir o vírus ao bebê no momento do parto.

Uma vez que o HPV não circula na corrente sanguínea, como o HIV, por exemplo, a infecção da mãe para o filho ocorre no momento do parto, nos casos em que esteja com feridas ativas no canal do parto, e não enquanto o bebê ainda está no útero. Portanto, nesses casos está indicada inclusive o parto via cesariana.

Leia também: HPV durante a gravidez: quais os riscos e como tratar?

Autoinfecção

Outra forma de contágio é a autoinfecção, que ocorre quando a pessoa tem ferimentos pequenos na pele ou mucosas, que atuam como porta de entrada para o vírus em outras partes do corpo.

Objetos contaminados

Apesar de mais raro, parece que a transmissão do HPV pode ocorrer por objetos contaminados, como vaso sanitário, toalhas, ou até mesmo pelo uso de piscinas, já que o vírus sobrevive por mais tempo em ambientes externos com secreções.

Quais os sintomas e tratamento para o HPV?

Quando transmitido pela via sexual, o HPV normalmente provoca o aparecimento de verrugas na glande (cabeça do pênis), vagina, ânus, colo do útero, boca e garganta. 

O tratamento da infecção pelo HPV varia conforme a doença e as respectivas manifestações. No caso das verrugas, o tratamento inclui medicamentos específicos e cauterização das lesões. Já o câncer é tratado com cirurgia, radioterapia e quimioterapia.

Veja mais sinais e sintomas do HPV nos artigos Quais são os sintomas do HPV? e 

HPV na garganta: Quais os sintomas e como tratar?

O Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza gratuitamente a vacina contra o HPV para meninas dos 9 aos 14 anos, meninos dos 11 aos 15 anos incompletos, bem como para pessoas entre 9 e 26 anos que foram transplantadas, estão em tratamento para o câncer com quimioterapia e radioterapia ou têm AIDS/HIV.

Sabendo que a previsão do Ministério da Saúde é de ampliar a vacinação nos meninos, tal como nas meninas, a partir dos 9 anos, em breve.

Conheça mais sobre a vacina contra o HPV em: 

Quem deve tomar a vacina contra HPV?

A vacina HPV tem efeitos secundários?

A vacinação tem como objetivo prevenir câncer de pênis, boca e garganta, verrugas genitais, lesões pré-cancerosas nas regiões anal e genital, além de reduzir a ocorrência de câncer de colo de útero e vulva.

Na suspeita de infecção por HOV você deve procurar o quanto antes um médico/a ginecologista ou infectologista para avaliação e conduta adequadas.

Saiba mais sobre o assunto em:

Quem tem HPV pode engravidar?

Quais são os tratamentos para HPV?

HPV tem cura definitiva?

Toda verruga é HPV?

Como é feito o diagnóstico do HPV?

Quem tem HPV pode doar sangue?

Quais os valores normais de FSH?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Os valores normais para o exame FSH (Hormônio Folículo Estimulante) podem variar, um pouco, dependendo do laboratório e métodos utilizados para análise.

Variam também de acordo com a idade, com o gênero, e para as mulheres, de acordo com a fase do ciclo menstrual.

Sendo assim, a forma mais segura de avaliar se o exame está normal, é comparar aos valores dados como referência, que estão indicados no próprio exame. No entanto, esses valores estão sempre próximos aos descritos abaixo:

Valores normais para Mulheres
  • Antes da puberdade: até 10 UI/ml;
  • Fase folicular (início do ciclo - até o 12º dia): 2,8 até 12 mUI/mL;
  • Ovulação (em média no 14º dia do ciclo menstrual): 12 até 25 mUI/mL;
  • Fase lútea (do 16º dia do ciclo até a próxima menstruação): 1,2 até 12 mUI/mL;
  • Durante a gravidez: varia de 3 a 10 UI/ml;
  • Menopausa: > 30 mUI/mL.
Valores normais para Homens
  • FSH = 0,7 até 10 mUI/mL.

Algumas referências citam até 8, enquanto outras aceitam até 12 mUI/ml, como um valor normal.

Valores normais para Crianças

As crianças antes da puberdade tem o valor de FSH bem baixo, por vezes até indetectáveis.

  • FSH = menor ou até 4 mUI/mL.

Vale ressaltar que é importante entender sobre a sua saúde e resultados de exames, porém todo o exame deve ser levado para o médico que o solicitou. Ele(a) saberá interpretar os resultados e com o exame clínico e demais exames que tenha solicitado, poderá oferecer o melhor tratamento, quando necessário.

Para as alterações nos níveis do FSH, deverá procurar um médico endocrinologista, ginecologista (para as mulheres), ou urologista (para os homens).

Leia também: