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Quais os sintomas da Pangastrite Enantematosa?
Dr. Gabriel Soledade
Dr. Gabriel Soledade
Médico

Os sintomas de todas as gastrites variam conforme a gravidade e a duração da doença, e podem incluir: dor e queimação abdominal, sensação de refluxo ou queimação no peito, náusea e vômitos (que podem inclusive ser com sangue), distensão ("estufamento") abdominal e saciedade precoce (o indivíduo se sente empachado ou "cheio" com pequenas porções de comida).

O termo pangastrite enantematosa não é um tipo diferente de gastrite, mas somente a classificação que o médico dá ao realizar uma endoscopia. Significa apenas que toda a mucosa do estômago estava avermelhada, que é um sinal de inflamação, no momento do exame.

O tratamento deve ser indicado pelo clínico geral ou gastroenterologista que solicitou o exame, e provavelmente incluirá mudanças no hábito alimentar e uso de medicações.

Para saber mais sobre pangastrite, você pode ler:

O que é pangastrite enantematosa leve? Quais os sintomas e como tratar?

Pangastrite enantematosa moderada e urease positivo significa gastrite?

Referência

Federação Brasileira de Gastroenterologia

Quem tem gastrite e esofagite sente dor no peito?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sim, quem tem gastrite e esofagite pode sentir dor no peito, principalmente a esofagite, já que o esôfago fica localizado dentro da caixa torácica. Muitas vezes os pacientes sentem dor no peito por causa da esofagite e ficam preocupados, pois acham que estão sofrendo de alguma doença do coração.

Já na gastrite, a dor localizada na boca do estômago pode irradiar para outros locais, podendo também provocar dor no peito.

Alguns dos sintomas da esofagite e gastrite:

  • Esofagite:

    • Sensação de queimação no peito, pescoço e garganta;
    • Regurgitação ácida;
    • Dificuldade para engolir alimentos;
    • Dor no peito, que nos casos mais graves pode parecer uma dor cardíaca;
    • Rouquidão;
    • Dor de garganta, 
    • Mau hálito;
    • Tosse seca.
  • Gastrite:
    • Dor na boca do estômago que pode irradiar para outras partes do corpo, incluindo o tórax;
    • Azia;
    • Perda de apetite;
    • Náuseas e vômitos;
    • Sangue nas fezes ou no vômito.

Leia também: Quais os sintomas de gastrite?; O que é esofagite erosiva e quais os sintomas?

Dentre as possíveis causas de dor no peito, além de gastrite e esofagite, estão:

  • Gases;
  • Ansiedade;
  • Infarto;
  • Doenças respiratórias, como pneumonia, pleurite, câncer no pulmão, embolia pulmonar;
  • Lesões musculares ou nas costelas;
  • Herpes-zoster;
  • Úlceras.

Para ter a certeza de que a dor no peito é mesmo proveniente da gastrite e da esofagite, é recomendável consultar o/a médico de família, clínico/a geral, ou o próprio gastroenterologista, de maneira a despistar outras possíveis causas mais graves.

Também pode lhe interessar: 

Esofagite causa perda de peso? O que fazer para evitar isso?

Esofagite pode virar câncer?

Sinto pontadas no peito. O que pode ser?

Sangue na urina, o que pode ser?
Dr. Marcelo Scarpari Dutra Rodrigues
Dr. Marcelo Scarpari Dutra Rodrigues
Médico

A presença de sangue na urina, chamada hematúria, é uma alteração do sistema urinário que pode ser visível, através da mudança de cor da urina para um tom mais avermelhado (hematúria macroscópica).

Nesses casos a urina adquire um tom rosado, avermelhado ou bastante similar ao sangue, com coágulos sanguíneos, inclusive, em casos mais graves. Também pode ser invisível, quando a presença de sangue é tão pequena que só consegue ser detectado através de exames laboratoriais (hematúria microscópica).

Uma única gota de sangue já é suficiente para que a urina mude de coloração. Dezenas de condições podem provocar sangramentos na urina, algumas delas inofensivas, outras bem graves, entre elas:

  • Cálculo (Pedra) nos rins ou ureteres (uma das principais causas, deve ser investigada);
  • Infecções urinárias;
  • Câncer dos rins, da próstata ou da bexiga (pessoas geralmente mais idosas);
  • Hiperplasia benigna da próstata (HBP);
  • Uretrites por doenças sexualmente transmissíveis, como clamídia ou gonorreia;
  • Doença policística renal;
  • Doenças do glomérulo, como glomerulonefrites;
  • Lúpus eritematoso sistêmico;
  • Anemia falciforme;
  • Traumas na região do rim, bexiga ou próstata;
  • Procedimentos médicos no trato urinário, como biópsia dos rins biópsia da próstata, litotripsia, endoscopia urinária, etc;
  • Feridas da uretra após passagem de sonda vesical;
  • Cistite rádica (lesão da bexiga por radioterapia);
  • Medicamentos (ex: pyridium, rifampicina, fenitoína, nitrofurantoína, entre outros);
  • Tuberculose urinária;
  • Excesso de cálcio na urina;
  • Endometriose;

Hematúrias inofensivas:

  • Doença da membrana fina: É comum o indivíduo apresentar uma hematúria microscópica sem ter nenhuma causa identificada, mesmo com investigação intensa. Geralmente estes indivíduos apresentam a doença da membrana fina (ou hematúria benigna familiar), uma alteração genética das membranas dos glomérulos que causa perda de sangue na urina sem que isso tenha qualquer significa clínico. Essa alteração não oferece nenhum risco ao paciente.
  • Hematúria após esforço físico: A hematúria após esforço físico é um sangramento urinário, macro ou microscópico, que surge após a realização de qualquer atividade física extenuante. Geralmente é passageira e desaparece depois de alguns dias de repouso. Se o paciente for jovem, saudável, não tiver outras queixas e a hematúria desaparecer com o repouso, não há necessidade de nenhuma investigação mais profunda.

Em caso de sangue na urina, um médico (preferencialmente um urologista) deverá ser consultado. Ele poderá avaliar detalhadamente, através de anamnese, exame físico e eventuais exames complementares, qual o seu diagnóstico correto, orientá-lo e prescrever o melhor tratamento, ou encaminhá-lo a um especialista de outra área se necessário, caso a caso.

Também pode lhe interessar: O que pode deixar a urina vermelha?

Sinto estalos em minha cabeça, como estalar de dedos. O que pode ser?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A sensação de estalos na cabeça pode estar relacionada a problemas no pescoço, disfunção na articulação da mandíbula ou a um estado de ansiedade.

Os problemas podem estar relacionados ao desgaste natural da região, redução de líquido nas articulações e /ou por contratura muscular. Ao movimentar o pescoço ou a cabeça, esses estalos se tornam mais evidentes, principalmente quando está mais tenso e a musculatura do pescoço contraída.

O sucesso do tratamento depende do diagnóstico exato e consiste numa abordagem multidisciplinar, podendo envolver além do dentista, o fonoaudiólogo, o fisioterapeuta, o psicólogo e o médico otorrinolaringologista.

Problemas no pescoço (coluna cervical)

O pescoço é uma região bastante exposta e sobrecarregada, não só pelo peso da cabeça, mas por má postura e tensão muscular constante. Por isso é comum ocorrer contratura muscular, mesmo que não chegue a formar um torcicolo.

O tratamento se baseia no fortalecimento dos músculos dessa região e reeducação nos hábitos de vida. Manter postura adequada, evitar bolsas e mochilas pesadas.

Na suspeita de um problema de coluna cervical, procure um neurologista, ou ortopedista, para avaliação e tratamento neste caso.

Problemas na articulação temporomandibular (ATM)

As desordens temporomandibulares (DTM), são causas frequentes de "estalos na cabeça" ou estalos no ouvido ao abrir a boca. São alterações ósseas e musculares das articulações entre a mandíbula (osso onde estão fixados os dentes inferiores da boca, que é móvel) e ossos craniofaciais.

A ansiedade e tensão muscular podem estar relacionadas a disfunção temporomandibular, mas nem sempre é a causa principal.

O tratamento inclui técnicas de relaxamento, evitar alimentos duros, que necessite de mais tempo de mastigação, evitar chicletes e estresse, sempre que possível. O dentista ou otorrinolaringologista são os responsáveis pelo diagnóstico e tratamento neste caso.

Estado de ansiedade

Ansiedade é um transtorno emocional que gera grande impacto na musculatura da região de pescoço e também na ATM. Com isso, é frequente a associação da ansiedade com dores no pescoço, na ATM e dores de cabeça.

Nesse caso, o médico de família e psicólogo podem oferecer o melhor tratamento e orientações.

Saiba um pouco mais sobre cada uma dessas situações, nos artigos a seguir:

Estalar dedos, coluna e pescoço faz mal?

Dor na mandíbula: o que pode ser?

Quais são os sintomas do transtorno de ansiedade generalizada?

Zumbido e pressão na cabeça: o que pode ser?

Formigamento na cabeça: o que pode ser?

Referência:

Noshir R Mehta and David Keith. Temporomandibular disorders in adults. UpToDate: Sep 03, 2020.

Gosto de Sangue e Dor de Cabeça, o que pode ser?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Gosto de sangue e dor de cabeça pode ser sinusite, rinite, amidalite ou até mesmo resfriado, ou gripe em processo inicial. É importante observar também a presença de outros sinais e sintomas. No caso dessas doenças, podem surgir também:

Sinusite
  • Dor na região anterior da cabeça, ao redor dos olhos, no céu da boca, na testa ou nas bochechas;
  • Sensação de pressão na cabeça;
  • Nariz entupido;
  • Secreção nasal de cor amarela ou esverdeada;
  • Febre;
  • Mal-estar;
  • Perda de apetite;
  • Tosse;
  • Cansaço.
Rinite
  • Corrimento e congestão nasal;
  • Coceira no nariz, nos olhos e no céu da boca;
  • Espirros;
  • Lacrimejamento;
  • Olheiras.
Amigdalite (bacteriana)
  • Dor intensa ao engolir;
  • Febre;
  • Indisposição e mal estar;
  • Dor de cabeça;
  • Calafrios;
  • Placas de pus brancas nas amígdalas;
  • Vermelhidão na garganta;
  • Nódulos ou caroços no pescoço.
Gripe e resfriado

Geralmente apresentam os mesmos sintomas, sendo mais intensos na gripe e mais leves no resfriado.

  • Febre;
  • Tosse;
  • Dor de garganta;
  • Dores no corpo;
  • Mal-estar.

Para saber ao certo o que está causando essa dor de cabeça acompanhada pelo gosto de sangue na boca, o melhor é consultar o médico de família ou otorrinolaringologista para um diagnóstico e tratamento adequados.

Leia também: Gosto de podre na boca o que pode ser?

Formas de aliviar a sensação de bolo na garganta
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Para aliviar a sensação de bolo ou nó na garganta, é necessário entender qual a causa do problema. Para cada uma dessas condições, podemos apresentar formas diferentes de aliviar essa sensação.

Quando o bolo na garganta é uma crise de ansiedade

A ansiedade se caracteriza pelo excesso de preocupação e de medos, de forma involuntária, frequente, que traz grande angústia e desconforto à pessoa. No momento da crise, além da sensação de nó na garganta, pode haver tremores, suor frio, palpitação, aperto no peito e medo de morrer. Medidas que funcionam nesses casos são:

1. Controlar da respiração

Para ajustar o ritmo da respiração e aliviar a angústia no peito, siga os passos descritos abaixo:

  • Primeiro inspire calma e profundamente por pelo menos 5 segundos,
  • Depois prende a respiração por 2 a 3 segundos,
  • Em seguida, solte o ar, como se estivesse soprando algo bem distante, devagar, por mais 5 ou 7 segundos,
  • Repita esse exercício 10 a 15 vezes até sentir que está respirando bem e se sentindo melhor.
2. Mudar o foco

Procure mudar o foco daquele momento. Nem sempre é fácil, mas a crise de ansiedade aumenta ainda mais, quando a pessoa pensa em sair dela.

Por isso uma sugestão é iniciar uma atividade física que precise ter atenção, fazer uma pergunta a alguém ou pedir ajuda a familiares, ou pessoas próximas.

A prática de atividades físicas, promove bem-estar, aumenta a autoestima e aumenta a liberação de hormônios que estabilizam o humor. Por isso é uma maneira indicada para alívio dos sintomas durante a crise, e para prevenir a doença.

Conversar, desabafar e pedir a opinião de amigos, naquele momento, ajuda a dividir as preocupações, compreender outras formas de ver o problema, trazendo um alívio, tranquilidade e autoconfiança, num momento tão difícil.

3. Pensar em lugares que tragam alegria

Usando a imaginação, com os olhos fechados, visualizando os lugares que lhe trazem alegria, tranquilidade e prazer. Essa é uma boa opção para quando não tem uma pessoa próxima que ajuda a desabafar.

Imaginar a realização de um desejo ou relembrar momentos de grande alegria, ajuda de forma inacreditável, a controlar a respiração, afastar pensamentos ruins e aliviar o sintoma de nó na garganta.

4. Ouvir boas músicas

Diversos estudos e pesquisas já comprovaram o efeito positivo da música nesse momento de ansiedade. Procure ouvir uma música instrumental, alegre ou uma música preferida.

Evite músicas barulhentas, com palavras ruins ou estimulantes demais, pode acelerar o seu metabolismo e piorar a ansiedade ao invés de ajudar, mesmo que seja uma das suas preferidas.

Se souber tocar algum instrumento o efeito é ainda mais evidente, porque além do benefício da música, a prática do instrumento exige atenção, mudando o foco naquele momento.

5. Meditar

A meditação é uma prática de relaxamento, com destaque para essas situações, porque atua exatamente no desenvolvimento da concentração e capacidade de lidar com situações adversas, através de técnicas de respiração, pensamentos positivos e musicoterapia.

A técnica da meditação pode levar alguns dias para ser aprendida e alcançar o objetivo, portanto insista, busque orientações, e poderá ver os benefícios dessa atividade.

Vale ressaltar que para a cura completa e definitiva da ansiedade, é preciso consultar um psiquiatra e psicoterapeuta, confirmar o seu diagnóstico e indicar os melhores tratamentos.

Quando é de origem alérgica (alergia)

A reação alérgica se caracteriza pela resposta do organismo a alguma substância ou alimento tóxico para aquele organismo. A resposta pode ser leve, ou grave. Os sintomas mais leves são de placas vermelhas no corpo, coceira e sensação de bolo na garganta, até quadros mais perigosos com falta de ar, inchaço nos lábios e chiado no peito.

Nos casos graves, se não for rapidamente tratado pode acontecer uma interrupção da passagem do ar para os pulmões e risco de vida.

1. Tomar um medicamento antialérgico

Faça uso de medicamentos antialérgicos, que tenha em casa. Pode ser em comprimidos, como por exemplo o Hixizine®, ou pomadas e aguarde a melhora dentre de alguns minutos.

Se não melhorar ou perceber piora dos sintomas, procure uma emergência ou ligue para o SAMU.

2. Chamar uma emergência (SAMU 192)

Na presença de sintomas graves, como a piora das placas avermelhadas, falta de ar, inchaço nos lábios e chiado no peito, chame uma emergência imediatamente.

Não fique sozinho, peça ajuda e fique próximo a alguém que possa ajudar monitorando a sua respiração e batimentos cardíacos. O atendente da SAMU irá orientá-lo (a) na escolha certa a ser feita. Se aguardar a ambulância ou levar a pessoa ao hospital mais próximo.

Quando o bolo na garganta é pressão alta

A pressão alta pode causar a sensação de bolo na garganta. O sintoma pode vir acompanhado de dor no peito, mal-estar, vermelhidão no rosto, náuseas, vômitos, suor frio e dor na nuca ou dor de cabeça. As primeiras medidas a serem tomadas deve ser:

1. Ficar em repouso

O repouso ajuda o organismo a diminuir o metabolismo, reduzindo a necessidade de bombeamento de sangue no corpo e com isso ajuda a diminuir a pressão arterial.

2. Evitar aborrecimentos

O estado emocional interfere diretamente com a pressão. Evitar estresse e aborrecimentos é fundamental para manter a pressão controlada e até mesmo ajudar a diminuir a pressão arterial.

3. Tomar a sua medicação de emergência

Pessoas sabidamente hipertensas, costumam ter uma medicação de emergência, para o caso da pressão subir. O medicamento mais utilizado é o captopril® 12,5 mg ou 25 mg. Se for o seu caso, tome a medicação conforme a orientação pelo seu médico cardiologista.

Se não tiver a orientação de medicamento de emergência e a pressão não abaixar com o repouso e controle emocional, é preciso procurar um serviço de emergência.

O pico hipertensivo é a principal causa de doenças cerebrovasculares, como o AVC (derrame cerebral), por isso não deve ser negligenciado.

Quando a causa é o refluxo

O refluxo gastroesofágico, é o retorno de parte do conteúdo gástrico para o esôfago, devido a uma fragilidade na válvula que separa os dois. O conteúdo gástrico, devido a sua acidez, causa uma irritabilidade na mucosa desse órgão, resultando nos sintomas de bolo na garganta, azia, queimação, dor no peito e mau hálito. Formas de aliviar esses sintomas são:

1. Respiração profunda

Uma das medidas que ajuda na melhora do refluxo é manter-se de pé e respirar com calma e profundamente por alguns minutos.

2. Caminhar um pouco

Caminhar um pouco também pode ajudar na digestão e pela própria ação da gravidade, reduz o refluxo, aliviando os sintomas de bolo na garganta.

3. Não se deitar logo após a refeição

Portadores de refluxo devem aguardar de 30 minutos a uma hora após as refeições, para se deitarem. Se manter em pé ou caminhar após as refeições, facilitar a digestão e evitar o refluxo.

4. Procurar tratamento para parar de fumar

O tabagismo é uma das principais causas de irritação na parede do esôfago e refluxo gastroesofágico. Por isso está recomendado um tratamento e auxílio para interromper o hábito de fumar.

5. Evitar bebidas alcoólicas e/ou com cafeína

O consumo de bebidas alcoólicas ou com cafeína (café, chá preto, chá mate), assim como alimentos cítricos, pioram os sintomas. Evite o consumo desses alimentos.

Quando o bolo na garganta é devido a problemas no esôfago

O espasmo esofagiano por exemplo, é um problema comum do esôfago, no qual a sua musculatura se contrai de forma involuntária, várias vezes durante o dia, o que causa os sintomas de bolo na garganta, dificuldade de engolir, dor no peito, queimação, azia e mau-hálito. Para aliviar os sintomas siga as orientações:

1. Procurar se manter calmo

O sintoma de bolo na garganta associado a dor no peito costuma causar ansiedade e medo do que pode estar acontecendo, por isso é importante buscar tranquilizada para compreender melhor os sintomas e ajudar a relaxar a musculatura do esôfago.

2. Fazer respirações mais lentas e profundas

Da mesma maneira, as respirações profundas e longas ajudam a estabilizar os movimentos da musculatura do esôfago.

3. Ficar em jejum

Não comer nem beber nada durante alguns minutos, acalma a musculatura do órgão.

4. Evitar os fatores de risco

O tabagismo, alcoolismo, estresse e obesidade, são os principais fatores de risco para o espasmo esofagiano. Procure controlar, sempre que possível, esses fatores.

Após a melhora do sintoma, deve agendar uma consulta com gastroenterologista, para identificar a causa desse sintoma e tratar definitivamente. A doença quase sempre tem cura!

Quando a causa é uma infecção na garganta

A faringite é uma infecção na garganta que pode ser causada por vírus, bactérias ou fungos. A faringite viral é a mais comum e os sintomas são de dor e irritação na garganta, coriza, tosse e mal-estar. Na faringite bacteriana ou fúngica, pode haver ainda grande dificuldade para engolir, febre, mal-estar, indisposição e placas purulentas na garganta.

1. Beber mais água

Para ajudar na melhora mais rápido da doença e dos sintomas, é indicado beber pelo menos 1 litro e meio de água por dia.

2. Fazer gargarejos com água morna e sal

Os gargarejos ajudam no alívio dos sintomas e na higiene da boca, por isso é indicado pelos médicos especialistas.

A medida deve ser de 2 (duas) colheres de chá de sal em um copo de água (200 ml), esperar diluir bem e repetir o gargarejo de 2 a 3x ao dia.

3. Ficar em repouso

Como trata-se de uma infecção, é recomendado que se alimente bem e mantenha repouso, para ajudar o organismo a recuperar da doença mais rapidamente.

4. Antibiótico (para casos de infecção bacteriana).

Nos casos de febre alta, falta de apetite, piora da dor na garganta e mal-estar, procure um atendimento médico, porque a faringite pode ter evoluído para uma infecção bacteriana, sendo preciso iniciar um tratamento mais específico, com medicamentos antibióticos.

Quando o bolo na garganta pode ser um tumor?

Felizmente o tumor é uma das causas mais raras de sensação de bolo na garganta. Os sintomas que sugerem a presença dessa doença são de falta de apetite, perda de peso, febre baixa e nódulo palpável geralmente na região do pescoço.

Para aliviar esse sintoma será preciso tratar a doença. Seja com medicamentos, cirurgia de remoção do tumor, radio ou quimioterapia.

O mais importante é, na suspeita de tumor, procurar um médico clínico geral ou médico da família, o quanto antes, para fazer o diagnóstico no início e obter melhor resposta ao tratamento.

Sinais de alarme! Quando procurar uma emergência?

Sabendo que muitas situações e doenças podem causar a sensação de bolo na garganta, e que algumas podem ser fatais, na presença de um sinal de alarme, peça ajude e chame um serviço de emergência médica, de preferência o SAMU no número 192.

Os principais sinais de alarme são:

  • Falta de ar com coloração azulada nos lábios e ponta dos dedos;
  • Formação de edema no rosto e lábios;
  • Presença de placas avermelhadas e coceira no rosto e garganta;
  • Sensação de "garganta se fechando";
  • Falta de ar intensa e progressiva e
  • Confusão mental ou desorientação.

No caso de dúvidas, entre em contato com seu médico de família ou otorrinolaringologista.

Saiba mais:

Dor pélvica na gravidez, o que pode ser?
Dr. Marcelo Scarpari Dutra Rodrigues
Dr. Marcelo Scarpari Dutra Rodrigues
Médico

Dor pélvica na gravidez é bastante comum (ocorre em cerca de 50% das gestantes) e pode ocorrer por diversos motivos, como por exemplo:

  • O aumento da produção do hormônio chamado relaxina, responsável em tornar os ligamentos e articulações da pelve mais elásticas, facilitando a passagem do bebê na hora do parto;
  • Postura física que se modifica com o avanço da gravidez e o peso do bebê, pressionando órgãos, músculos, ligamentos e articulações e ocasionando a dor;
  • Aumento dos gases intestinais;
  • Embora geralmente seja fisiológica (normal), a dor também pode ser devido a causas graves e que requerem intervenção cirúrgica imediata, tais como gestação ectópica, rotura uterina, endometriose, apendicite, etc, por isso sempre consulte seu ginecologista!

Leia também: O que é calcificação pélvica?

Há várias táticas que podem ser adotadas para combater a dor fisiológica na pelve, na virilha e no púbis:

  • Tenha cuidado ao realizar suas atividades diárias. Existem técnicas de fisioterapia que podem ajudar a manter a estabilidade da pelve em tarefas que causam dor, caminhar ou ficar em pé.
  • Pilates ou outros exercícios melhoram a estabilidade da pelve e das costas, sendo muito importante fortalecer os músculos da barriga e do assoalho pélvico.
  • Cintas de suporte são aconselhadas por vários especialistas, pois podem aliviar a dor e ser usada durante toda a gravidez.
  • Calcinhas altas e com costura reforçada no abdome aliviam o peso na bacia.
  • Sessões de massagem suave e fisioterapia podem aliviar o stress acumulado nas costas, bacia e pelve.
  • A acupuntura pode ser uma solução, mas é importante procurar um profissional especializado no tratamento de gestantes.
  • Se você tem dores quando está na cama e tenta se virar de um lado para o outro, pode se levantar usando a seguinte técnica: segure os joelhos, aproximando-os do peito; contraia os músculos do abdome e do assoalho pélvico e dê um impulso para a frente para se sentar. Essa técnica ajudará a manter a estabilidade da pelve.
  • Deve evitar deitar com as pernas esticadas e com a barriga virada para cima. Quando não tem outra solução, coloque um travesseio atrás das costas, perto da cintura e tente manter os joelhos dobrados. Descansar na banheira ou no sofá pode forçar essa posição e por isso outras posições confortáveis devem ser treinadas.  O mesmo se aplica se você for fazer uma massagem.
  • Quando caminhar, faça uma pequena curvatura com as costas e balance os braços, como se estivesse marchando. Esse movimento ajudará a fixar a pelve.
  • Não esqueça de fazer os exercícios de Kegel para o assoalho pélvico com regularidade, porque eles fortalecem a pelve.
  • Evite sempre que puder carregar peso ou mover objetos pesados. Mesmo o carrinho com compras pode prejudicar a situação. Quando for possível, recorra a um serviço de entregas ou peça ajuda para cumprir essa tarefa.
  • Descanse sempre que puder. Sentar em uma bola de ioga pode ajudar, assim como a posição de gato, com as mãos e joelhos no chão.
  • Evite fazer muito esforço físico. Você pode não sentir a consequência na hora, mas a dor pode surgir apenas no fim do dia.
  • Na hora de dormir, uma superfície fofa pode ajudar, por isso deite por cima de um cobertor macio.
  • Quando se vestir, fique sentada na hora de tirar e colocar a calça e a calcinha.
  • Aplicar uma bolsa de água quente pode ajudar a aliviar a dor.

Em caso de dor pélvica na gravidez, um médico (preferencialmente um ginecologista) deverá ser consultado. Ele poderá avaliar detalhadamente, através de anamnese, exame físico e eventuais exames complementares, qual é o seu diagnóstico correto, orientá-la e prescrever o melhor tratamento, caso a caso.

O que é colpite e o que pode causar?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Colpite é uma inflamação da mucosa que recobre o colo do útero e as paredes internas da vagina. Ela pode ser assintomática (sem sintomas) ou apresentar corrimento vaginal, odor, coceira e ardência.

A colpite pode ser causada por bactérias (Gardnerella vaginalis) - colpite bacteriana, fungos (Candida albicans) e protozoários (Trichomonas vaginalis), muitas vezes transmitidos através de relações sexuais sem preservativo.

A candidíase vulvovaginal é a principal causa de colpite causada por fungos. Estima-se que até 75% das mulheres tem pelo menos um caso de candidíase ao longo da vida. Os principais fatores de risco para desenvolver esse tipo de colpite incluem gravidez, uso de anticoncepcional hormonal, diabetes, uso de antibióticos e imunidade baixa.

Existe uma colpite bacteriana, denominada colpite inespecífica, mais comum na infância, cuja principal causa é a bactéria E. coli proveniente do intestino.

Que complicações a colpite pode causar?

Em caso de ausência de tratamento ou tratamento inadequado, a colpite pode causar endometriose, doença pélvica inflamatória (DIP), dor pélvica, infertilidade, gravidez ectópica ou problemas fetais caso ocorra durante a gestação.

Quais os sinais e sintomas de colpite?

A colpite pode não manifestar sintomas. Em outros casos, os sinais e sintomas podem incluir presença de corrimento vaginal branco e leitoso, esverdeado, marrom ou amarelado com odor desagradável, coceira e ardência na vagina.

A colpite bacteriana caracteriza-se pelo aparecimento de corrimento vaginal com cheiro desagradável, por vezes purulento, sangramento, coceira na vagina, inchaço e vermelhidão na vulva, dificuldade ou dor para urinar e dor durante as relações sexuais.

A colpite fúngica e parasitária provocam coceira vaginal, corrimento branco ou amarelado sem cheiro, queimação, ardência, dor ou desconforto para urinar, vontade urgente de urinar, inchaço na vulva e vermelhidão da mucosa vaginal.

Quais os tipos de colpite e como identificar? Colpite difusa

Caracteriza-se por pontilhado vermelho fino que cobre toda a mucosa vaginal e o colo uterino. Quanto maior o número de pontilhados, mais intensa e mais grave é a infecção.

Colpite focal

Provoca o aparecimento de pequenas áreas vermelhas arredondadas ou ovais, separadas do resto da mucosa, normalmente associada à colpite difusa.

Colpite aguda

Leva ao aparecimento de pontilhado vermelho com mucosa edemaciada (inchada).

Colpite crônica

Caracteriza-se por um pontilhado branco ao lado do vermelho.

Colpite por Trichomonas

É uma colpite difusa caracterizada por conteúdo vaginal esverdeado com bolhas gasosas.

Colpite por Candida

Colpite difusa ao lado de placas brancas.

Qual é o tratamento para colpite?

O tratamento da colpite é feito com administração de medicamentos orais e aplicação de cremes e pomadas vaginais. O tipo de medicação varia conforme o agente causador. A colpite bacteriana é tratada com antibióticos, a fúngica com antifúngicos e a parasitária com antibióticos e medicamento específico para o tipo de parasita.

A colpite é diagnosticada através do exame clínico e do exame preventivo. Esses exames devem ser realizados frequentemente por todas as mulheres sexualmente ativas. Caso você apresente algum sintoma de colpite, procure um/a ginecologista, médico/a de família ou clínico/a geral.

Para saber mais sobre colpite, você pode ler:

O que é e como tratar a colpite difusa? Tem cura?

Colpite tem cura? Qual o tratamento?

Referências

Centers for Disease Control and Prevention. CDC. Sexually Transmitted Diseases Treatment Guidelines, 2019. UpToDate®

Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetricia. Guidelines Manual in the lower genital tract and colposcopy. FEBRASGO, 2018.

Primo, W.Q.S.P.; Corrêa, F.J.S.; Brasileiro, J.P.B. Manual de Ginecologia da Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia de Brasília. SBGO, 2017.