Perguntar
Fechar
Quais os efeitos colaterais da utilização do hormônio do crescimento (GH)?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O hormônio do crescimento (GH) geralmente causa poucos efeitos colaterais e é bem tolerado, desde que seja utilizado corretamente, segundo a prescrição médica. 

Nos adultos, os principais efeitos colaterais do GH relacionam-se com a retenção de água que o hormônio do crescimento pode promover, causando inchaço, dores articulares ou musculares e formigamentos de extremidades.

Em alguns casos mais raros, podem ocorrer reações no local da aplicação da injeção, como dor e vermelhidão.

O uso de GH pode causar, raramente, hipertensão intracraniana benigna, que provoca dor de cabeça, vômitos, alterações da visão, agitação ou alterações no ato de caminhar.

Como é o tratamento com GH?

O tratamento com hormônio do crescimento é realizado por meio de injeções subcutâneas, aplicadas diariamente em regiões com maior concentração de gordura, como coxas, braço, nádegas ou abdômen. 

Em crianças com baixa estatura que precisam de GH, o uso do hormônio do crescimento é mantido até que a pessoa atinja a altura planejada no início do tratamento.

Para determinar até quando será mantido o GH, não se utiliza a idade, mas sim o crescimento ósseo e o crescimento apresentado pela pessoa até então. Muitas vezes, o uso de GH é mantido até o fim da vida.

O que é GH?

GH é a sigla em inglês para "hormônio do crescimento". O GH está presente em todas as pessoas e é produzido pela glândula hipófise, localizada na base do crânio, sendo muito importante para o crescimento a partir dos primeiros anos de vida.

Quando o uso de GH é indicado?

O tratamento de reposição com hormônio do crescimento é indicado para qualquer pessoa, adultos ou crianças, que tenha deficiência na produção de GH.

Na infância, o GH pode ser benéfico para meninas com Síndrome de Turner devido à baixa estatura das mesmas, bebês com tamanhos pequenos para a idade gestacional, portadores da Síndrome de Prader-Willi, crianças com insuficiência renal crônica, entre outras indicações.

Existem contraindicações para o uso de GH?

Sim, há casos e situações em que o uso do hormônio do crescimento não é indicado, tais como:

  • Câncer;
  • Presença de tumores benignos dentro do crânio;
  • Diabetes descompensado;
  • Retinopatia diabética;
  • Complicações após cirurgia cardíaca, cirurgia abdominal, traumatismos;
  • Insuficiência respiratória aguda. 

O hormônio de crescimento (GH) deve ser prescrito pelo médico endocrinologista.

Saiba mais sobre o assunto nos links:

Existe alguma forma para estimular o crescimento?

Até que idade uma pessoa cresce?

Quantas horas preciso ficar deitada com a pomada ginecológica?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

Não existe um intervalo de tempo recomendado para ficar deitada quando se usa uma pomada ginecológica. No entanto, é indicado fazer a aplicação da pomada à noite, antes de dormir, para garantir que ficará agindo no canal vaginal durante o período de sono.

Aconselha-se a aplicação da pomada ginecológica na posição horizontal (deitada, de barriga para cima) e com as pernas dobradas e um pouco afastadas. Assim, fica mais fácil e confortável para introduzir o aplicador.

Utilize o medicamento até o fim do tratamento, pelo período indicado pelo médico. Se tiver alguma reação, como coceira, fale com o médico antes de pensar em parar de usar.

Você pode se interessar:

Referências:

Gyno-Icaden. Bula do medicamento.

Gino-Canesten. Bula do medicamento.

Trivagel-N. Bula do medicamento.

Nódulo na tireoide é perigoso? Qual é o tratamento?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Os nódulos na tireoide geralmente não são perigosos, já que se tratam de tumores benignos na grande maioria dos casos. Em alguns casos não é necessário nenhum tratamento, em outros casos pode ser necessário realizar acompanhamento clínico, cirurgia ou administração de iodo radioativo, dependendo do tipo de nódulo.

O risco de um nódulo na tireoide ser câncer é baixo, uma vez que apenas cerca de 10% dos nódulos são malignos.

Contudo, mesmo que não seja canceroso, o nódulo de tireoide pode produzir grandes quantidades de hormônios tireoidianos e causar hipertireoidismo. Os sintomas nesses casos podem incluir ansiedade, irritabilidade, dificuldade para dormir, apetite voraz, perda de peso, cansaço, entre outros.

Em algumas situações, o nódulo de tireoide pode crescer muito e comprimir estruturas e órgãos vizinhos, como esôfago e traqueia, causando dificuldade para engolir e respirar,no entanto esse tipo de situação é rara.

O tratamento para os nódulos na tireoide depende do tipo de nódulo diagnosticado. Tumores benignos pequenos, que não produzem hormônios, podem ser apenas monitorados pelo médico clínico.

Para casos de nódulos cancerosos ou suspeitos é indicada a remoção cirúrgica da tireoide, conhecida como tireoidectomia. Após a cirurgia, o tratamento pode continuar com iodo radioativo. O objetivo é destruir eventuais células cancerosas que podem ter permanecido no local.

O tratamento para os nódulos de tireoide que produzem hormônios ou comprimem estruturas próximas também é feito através de cirurgia ou com iodo radioativo.

Se o nódulo não aumentar de tamanho, nenhuma intervenção é necessária. Contudo, se o nódulo começar a crescer, pode ser indicada a sua remoção cirúrgica.

A avaliação e acompanhamentos de nódulos pequenos e benignos pode ser realizado pelo médico de família e comunidade. Em casos de tumor ou produção excessiva de hormônios é necessária a avaliação por um médico endocrinologista.

Também podem lhe interessar:

Quais os sintomas de nódulo na tireoide?

O que pode causar tireoide alterada?

Caroço no pescoço, o que pode ser?

Um nódulo benigno pode virar maligno?

O que é nódulo hipoecoico? Pode ser grave?

Quais são os sintomas de tireoide alterada?

Referência

CBRDI. Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem.

O que fazer em caso de ataque epilético?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Em caso de ataque epilético, siga os seguintes procedimentos de primeiros socorros para socorrer a vítima:

  1. Primeiro, verifique se está respirando normalmente;
  2. Abra espaço para a pessoa, afaste móveis ou objetos próximos, proteja a pessoa de ferimentos;
  3. Coloque a pessoa de lado, para que ela não se engasgue com a própria saliva;
  4. Chame ajuda, NUNCA deixe a pessoa sozinha;
  5. Retire acessórios, como óculos, anéis, gravata, o que possam provocar ferimentos ou prejudicar na respiração,
  6. No caso de roupa apertada no pescoço, como colarinho e gravata, desaperte a roupa;
  7. NÂO coloque nada na boca da pessoa, evitando que morda e se machuque, basta deixá-la de lado;
  8. Proteja a cabeça com roupas, ou almofadas nas laterais, se achar necessário;
  9. Não segure a vítima para tentar impedi-la de se movimentar, pode se machucar e machucar a pessoa;
  10. Não dê tapas nem jogue água no rosto;
  11. Não ofereça nada para cheirar muito menos para beber;
  12. Não tente abrir a boca da vítima.
  13. Se o ataque epilético durar mais de 2 minutos, chame uma ambulância.

Veja também: Quais são os sintomas de epilepsia?

O que fazer após o ataque epilético?

Após a crise, é normal que a pessoa se mantenha um tempo confuso, sonolento ou com queixa de dores de cabeça. Nesse momento o mais importante é que você se mantenha perto e: 

  1. Mantenha a pessoa de lado;
  2. Certifique-se que a pessoa está respirando normalmente;
  3. Não dê nenhum remédio;
  4. Leve a vítima para um pronto-socorro ou chame uma ambulância.

Saiba mais em:

Epilepsia pode matar?

Epilepsia tem cura?

Quem tem epilepsia pode dirigir?

Quem tem epilepsia pode doar sangue?

O que é candidíase?
Dr. Ivan Ferreira
Dr. Ivan Ferreira
Médico

Candidíase é a infecção causada por um fungo, geralmente a Candida albicans, que pode ocorrer em várias regiões do corpo como boca (também conhecida por monilíase oral), esôfago, vagina, vulva e pele.

O fungo está presente normalmente no corpo sem causar algum problema ou sintoma. Porém, em algumas situações, como a gestação, períodos de muito estresse, queda da imunidade ou o uso de antibióticos, a quantidade desse fungo pode sofrer um aumento, causando a infecção. Pessoas com diabetes mellitus também têm maior risco para a candidíase.

A candidíase é o nome pelo qual é mais conhecida a infecção na vulva e vagina causada pela cândida. Os seus sintomas são: corrimento claro, esbranquiçado e sem cheiro, dor e ardência para urinar, coceira intensa na vagina e nas regiões próximas a ela, dor e ardência na relação sexual.

O seu tratamento baseia-se no uso de medicamentos antifúngicos por via oral e/ou vaginal. Caso o parceiro apresente sinais e sintomas como vermelhidão e coceira no pênis (glande), ele também deve ser avaliado pelo médico para um possível tratamento.

O ginecologista é o especialista indicado para diagnosticar e tratar pacientes com candidíase. No caso de suspeita de candidíase no homem, o urologista poderá ser consultado.

Saiba mais em:

Candidíase vaginal: tratamentos com medicamentos e remédios caseiros

Fungos na pele podem causar micose?

Adenomiose tem cura? Qual o tratamento?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A adenomiose pode sim, ter cura, o tratamento definitivo, quando indicado, é através da remoção cirúrgica do útero - histerectomia, ou com a chegada da menopausa. Entretanto, existem tratamentos menos agressivos para controle dos sintomas, até a necessidade desta opção.

O tratamento da adenomiose pode ser feito com hormônios (anticoncepcionais, DIU, implantes subcutâneos) ou cirurgia. Pode incluir:

  • Medicamentos hormonais, como os anticoncepcionais com progesterona;
  • Anti-inflamatórios não esteroides (AINE);
  • Analgésicos;
  • Dispositivo Intrauterino (DIU) de levonorgestrel;
  • Anel vaginal;
  • Implantes subcutâneos;
  • Cirurgia para remoção do nódulo, em casos de adenomiose localizada;
  • Cirurgia para retirar o útero (histerectomia total).

O tratamento não cirúrgico da adenomiose tem como objetivo amenizar os sintomas e melhorar a qualidade de vida da mulher, além de permitir uma gravidez desejada. Esses métodos visam conter ou diminuir o(a):

  • Sangramento;
  • Cólica menstrual;
  • Dor pélvica;
  • Tamanho do útero, que está aumentado na adenomiose.

Porém, apesar de ser uma alternativa a tratamentos radicais como a retirada total do útero, o tratamento clínico da adenomiose é limitado devido aos efeitos colaterais, além de que os sintomas reaparecem com a interrupção do tratamento.

Uma boa opção de tratamento não cirúrgico é o uso do anel vaginal, quando tolerável, pelas seguintes vantagens:

  • Método seguro e confiável;
  • Não precisa ser inserido diariamente;
  • Liberta uma quantidade constante de hormônio;
  • Provoca menos efeitos colaterais;
  • Não altera o peso corporal;
  • Discreto e fácil de usar.

Fale com seu/sua médico/a ginecologista para maiores esclarecimentos quanto às indicações, vantagens e desvantagens de todas as formas de tratamento para a adenomiose.

Leia também:

O que é adenomiose e quais os sintomas?

Útero aumentado, quais as principais causas?

Quem tem adenomiose pode engravidar?

Referência

Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia - FEBRASGO

Fissura anal tem cura? Qual o tratamento?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sim, a fissura anal tem cura. A fissura anal cura-se espontaneamente na maioria dos casos. Em outros, a fissura anal pode ser curada através da aplicação local de cremes, uso de laxantes e lavagem do local com água morna.

Quando os sintomas permanecem por vários dias e não há resposta ao tratamento, o quadro deve ser reavaliado. Nesses casos, a origem da fissura anal pode estar em doenças que afetam o intestino, como a Doença de Crohn. Quando o tratamento conservador não apresenta resultados satisfatórios, pode ser necessário realizar cirurgia.

Qual é o tratamento para fissura anal?

O tratamento da fissura anal irá depender se ela é aguda ou crônica. O objetivo do tratamento é aliviar a dor e o espasmo além de curar a ferida.

A maioria dos casos apresenta uma boa melhora apenas com o tratamento conservativo. Esse pode ser feito com aumento da ingestão de líquidos e uma dieta rica em fibras.

Também é indicado o uso de pomadas com anestésico local, além de banho de assento com água morna para aliviar a dor.

Em alguns casos, a cirurgia pode ser indicada para uma melhor resolução da fissura anal.

O que é fissura anal?

A fissura anal é uma ferida localizada no ânus, que causa dor, sangramento e coceira. As principais causas de fissura anal incluem a prisão de ventre devido ao endurecimento das fezes, diarreia e inflamação do canal anal.

Caso você apresente fissura anal, procure o/a médico/a de família, clínico/a geral ou proctologista para uma avaliação detalhada.

O que é curetagem e como é feita?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A curetagem é uma raspagem da parte interna do útero, feita por via vaginal e sob anestesia geral ou raquidiana, em ambiente hospitalar. No procedimento, realizado pelo/a ginecologista, a cavidade do útero é raspada cuidadosamente com um instrumento cirúrgico parecido com uma colher, chamado cureta, e o material é enviado para análise.  

Para que o/a médico/a tenha acesso à cavidade uterina, é preciso que o colo do útero esteja dilatado. Se não houver uma dilatação espontânea, frequente nos casos de abortamento em curso, o colo uterino deve ser dilatado por meio de instrumentos ou medicamentos.

A curetagem uterina é indicada para esvaziamento uterino nos casos de abortos retidos ou incompletos, investigação e tratamento de sangramento anormal do útero e obtenção de amostras para diagnóstico.

Leia também: O que são restos ovulares e como surgem?

Em geral, a mulher pode voltar para casa cerca de 6 horas após a curetagem. Devido à anestesia, a alimentação no dia do procedimento deve ser leve. Na ausência de complicações, o período de repouso varia entre 24 e 72 horas e a mulher já pode retomar as suas atividades.

Também pode lhe interessar: Quanto tempo depois da curetagem posso ter relações novamente?