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O fluconazol serve para o tratamento de infecções fúngicas, e está indicado para as seguintes condições:
- Candidíase vaginal aguda e recorrente
- Balanite por Candida
- Profilaxia para candidíase vaginal recorrente (3 ou mais episódios por ano)
- Dermatomicoses (incluindo Tínea pedis, Tínea corporis, Tínea cruris, Tínea unguium e onicomicose).
Cada comprimido apresenta 150 mg de fluconazol e o modo de usar depende do local da infecção, gravidade e extensão da lesão, além das características de saúde de cada paciente.
Fluconazol para micosePara dermatomicose, incluindo tinha do corpo, do pé, crural e infecções por cândida, pode ser feito uma dose única semanal, com duração de 2 a 4 semanas; ou nos casos de tinea pedis, o tratamento pode durar até 6 semanas.
Fluconazol para tinha unguealPara tinha ungueal (onicomicose) a dose usualmente prescrita é de 01 comprimido em dose única semanal, até resolução completa da micose. O que deverá ser acompanhado e definido pelo médico dermatologista.
A substituição das unhas das mãos pode levar de 3 a 6 meses enquanto que a dos pés de 6 a 12 meses. Entretanto, a velocidade de crescimento das unhas está sujeita a uma grande variação individual e de acordo com a idade.
Fluconazol para candidíase e balanitePara o tratamento de candidíase vaginal e balanite por cândida, geralmente é administrada uma dose única de Fluconazol, ou pode ser necessário repetir em dois dias a depender da intensidade dos sintomas.
Para reduzir a incidência de candidíase vaginal recorrente, é prescrito uma dose única mensal, com a duração do tratamento individualizada, variando de 4 até 12 meses.
Alguns pacientes podem necessitar de um regime de dose mais frequente. A dose deverá ser ajustada em pacientes com insuficiência renal.
Quais são os efeitos colaterais do fluconazol?O fluconazol normalmente é bem tolerado, entretanto pessoas com doenças graves, como câncer e HIV, que fazem uso do medicamento, podem apresentar disfunção renal e alterações no sangue e nas funções do fígado.
A ocorrência dos efeitos colaterais do fluconazol pode ser classificada como muito comum (um caso em cada 10), comum (um caso em cada 10 a 100 pessoas que tomam a medicação), pouco comum (um caso em cada 1.000 a 10.000 pessoas que tomam a medicação), rara (um caso em cada 10.000) e muito rara (menos de 1 caso em cada 10.000 pessoas que tomam fluconazol).
Efeitos colaterais comuns do fluconazol- Distúrbios gastrintestinais (dor abdominal, diarreia, náuseas, vômitos);
- Distúrbios hepatobiliares (aumento da alanina aminotransferase, aumento da aspartato aminotransferase, aumento da fosfatase alcalina sanguínea);
- Distúrbios da pele e tecido subcutâneo (rash cutâneo).
- Distúrbios psiquiátricos (insônia, sonolência);
- Distúrbios do sistema nervoso (dor de cabeça, convulsões, tontura, parestesia, alteração do sabor, tremores);
- Distúrbios auditivos e do labirinto (vertigem);
- Distúrbios gastrintestinais (dispepsia, flatulência, boca seca);
- Distúrbios hepatobiliares (colestase, icterícia, aumento da bilirrubina);
- Distúrbios da pele e tecido subcutâneo (coceira, urticária, aumento da transpiração, erupção medicamentosa);
- Distúrbios musculoesqueléticos e do tecido conjuntivo (dores musculares);
- Distúrbios gerais (fadiga, mal-estar, febre).
- Distúrbios do sangue e sistema linfático (agranulocitose, leucopenia, neutropenia, trombocitopenia);
- Distúrbios do sistema imunológico (anafilaxia, angioedema);
- Distúrbios metabólicos e nutricionais (hipertrigliceridemia, hipercolesterolemia, hipocalemia);
- Distúrbios cardíacos (Torsade de pointes);
- Distúrbios hepatobiliares (toxicidade hepática, insuficiência hepática, morte celular, hepatite, danos hepatocelulares e morte);
- Distúrbios da pele e tecido subcutâneo (necrólise epidérmica tóxica, Síndrome de Stevens-Johnson, pustulose exantematosa generalizada aguda, dermatite esfoliativa, edema facial).
O fluconazol deverá ser vendido somente com prescrição médica e o paciente deverá seguir as orientações da receita.
O anticoncepcional Adoless® possui alguns efeitos colaterais, que estão listados abaixo:
- sangramento desregulado (escapes);
- ausência de sangramento (menstruação) na pausa;
- tromboses;
- aumento da pressão arterial;
- desconforto da córnea, quando em uso de lentes de contato;
- agravamento de endometriose;
- propensão a contrair infecções vaginais, como a candidíase, por conta da redução da imunidade no corpo;
- sensibilidade, dor, aumento e secreção nas mamas;
- náusea, vômito;
- cefaleia, enxaqueca;
- alterações do humor;
- retenção de líquidos;
- redução da tolerância à glicose;
- alteração do peso corporal (usualmente aumento de peso);
- irritação na pele;
- manchas escuras no rosto (melasma);
- adenoma hepático;
- icterícia colestática;
- exacerbação de estado epiléptico.
É importante frisar que estes efeitos colaterais não ocorrem na maior parte das pacientes. O anticoncepcional deve ser prescrito pelo médico ginecologista.
A ecografia (ou ultrassom) transvaginal serve para avaliar a anatomia dos órgãos genitais femininos, como útero, ovários, trompas e colo do útero.
O exame é feito com a mulher deitada em uma maca, em posição ginecológica (na mesma posição em que é feita a coleta do papanicolau) e é necessário esvaziar a bexiga antes do exame. O médico radiologista introduz, pela vagina, um transdutor revestido por uma camisinha, onde foi aplicado gel. É esse transdutor que capta as imagens dos órgãos examinados e transmite a informação para o computador, onde é possível ver as imagens. O médico ultrassonografista faz as medidas do útero e ovários, além da avaliação do aspecto destes órgãos. Os resultados são emitidos na forma de laudos, juntamente com a impressão das imagens ultrassonográficas, que devem ser interpretadas pelo médico que assiste a paciente.
O exame é realizado pelo médico radiologista ou ultrassonografista.
O hormônio do crescimento (GH) geralmente causa poucos efeitos colaterais e é bem tolerado, desde que seja utilizado corretamente, segundo a prescrição médica.
Nos adultos, os principais efeitos colaterais do GH relacionam-se com a retenção de água que o hormônio do crescimento pode promover, causando inchaço, dores articulares ou musculares e formigamentos de extremidades.
Em alguns casos mais raros, podem ocorrer reações no local da aplicação da injeção, como dor e vermelhidão.
O uso de GH pode causar, raramente, hipertensão intracraniana benigna, que provoca dor de cabeça, vômitos, alterações da visão, agitação ou alterações no ato de caminhar.
Como é o tratamento com GH?O tratamento com hormônio do crescimento é realizado por meio de injeções subcutâneas, aplicadas diariamente em regiões com maior concentração de gordura, como coxas, braço, nádegas ou abdômen.
Em crianças com baixa estatura que precisam de GH, o uso do hormônio do crescimento é mantido até que a pessoa atinja a altura planejada no início do tratamento.
Para determinar até quando será mantido o GH, não se utiliza a idade, mas sim o crescimento ósseo e o crescimento apresentado pela pessoa até então. Muitas vezes, o uso de GH é mantido até o fim da vida.
O que é GH?GH é a sigla em inglês para "hormônio do crescimento". O GH está presente em todas as pessoas e é produzido pela glândula hipófise, localizada na base do crânio, sendo muito importante para o crescimento a partir dos primeiros anos de vida.
Quando o uso de GH é indicado?O tratamento de reposição com hormônio do crescimento é indicado para qualquer pessoa, adultos ou crianças, que tenha deficiência na produção de GH.
Na infância, o GH pode ser benéfico para meninas com Síndrome de Turner devido à baixa estatura das mesmas, bebês com tamanhos pequenos para a idade gestacional, portadores da Síndrome de Prader-Willi, crianças com insuficiência renal crônica, entre outras indicações.
Existem contraindicações para o uso de GH?Sim, há casos e situações em que o uso do hormônio do crescimento não é indicado, tais como:
- Câncer;
- Presença de tumores benignos dentro do crânio;
- Diabetes descompensado;
- Retinopatia diabética;
- Complicações após cirurgia cardíaca, cirurgia abdominal, traumatismos;
- Insuficiência respiratória aguda.
O hormônio de crescimento (GH) deve ser prescrito pelo médico endocrinologista.
Saiba mais sobre o assunto nos links:
O carcinoma ductal da mama é um tumor derivado das células de revestimento dos ductos mamários e representa 80 a 90% dos cânceres de mama.
O carcinoma ductal pode ser dividido em:
- In situ ou intraductal: quando há proliferação de células malignas dentro de um ducto, não ultrapassando os limites da membrana basal, não invadindo estruturas profundas.
- Invasor: quando as células malignas invadem estruturas além da membrana basal.
Os principais sintomas associados ao carcinoma ductal in situ são:
- nódulo ou caroço palpável na mama;
- derrame papilar: saída de secreção espontaneamente pelos mamilos;
- alteração na mamografia, sem sintomas clínicos.
Os principais sintomas associados ao carcinoma ductal invasor são:
- nódulo, caroço ou massa palpável na mama;
- saída espontânea de secreção pelo mamilo;
- alterações na pele, que fica similar a casca da laranja;
- em tumores avançados, pode haver ulceração e grande deformidade da mama.
A evolução do câncer de mama é variável para cada paciente, por diferenças em relação ao crescimento tumoral, capacidade de invasão, potencial metastático e outros mecanismos. Diante deste fato, é importante conhecer estas variáveis no momento do diagnóstico ou da cirurgia, associadas ao tempo livre de doença ou de sobrevida geral, sendo essa a definição de prognóstico.
Os fatores prognósticos do câncer de mama podem incluir:
- idade: pacientes mais jovens, com menos de 35 anos, possuem uma evolução clínica pior do que as pacientes mais velhas, pós-menopausa, pois seus tumores são mais agressivos;
- etnia: mulheres da raça negra e hispânica tem pior prognóstico que as mulheres brancas, que pode estar associado a piores condições de acesso aos serviços de saúde;
- tipo histológico do tumor: o carcinoma ductal tem pior prognóstico em relação a outros tipos histológicos;
- tamanho do tumor: quanto maior, pior prognóstico;
- acometimento de linfonodos: se acometidos, o prognóstico é pior;
- receptores de hormônios (estrogênio e progesterona): tumores com presença destes receptores tem melhor prognóstico;
- outros marcadores moleculares, como oncogenes que, quando presentes, denotam pior prognóstico.
O tratamento de primeira escolha é a remoção cirúrgica completa, que algumas vezes deverá incluir a remoção dos linfonodos axilares também. Outras terapias são quimio e radioterapia, além do uso de medicações que bloqueiam receptores hormonais, como o tamoxifeno.
Toda mulher deve se consultar anualmente com o ginecologista e realizar mamografia anualmente conforme as orientações abaixo:
- mulheres a partir dos 40 anos, sem histórico familiar de câncer de mama;
- mulheres a partir dos 35 anos, que tenham histórico familiar de câncer de mama;
- dez anos antes do diagnóstico de câncer de mama em familiar de primeiro grau.
Na presença de alterações mamárias, deve ser procurado um ginecologista ou mastologista.
O trabalho de parto apresenta as seguintes fases, seguidas dos respectivos sinais e sintomas:
1. Pré-parto ou período premonitório:Começa entre 30 e 36 semanas, estendendo-se até o início do parto. Ocorre a descida do fundo uterino (a barriga "cai"), iniciam-se contrações uterinas esparsas e irregulares, há saída de secreção mucóide com raias de sangue pela vagina.
Estas alterações culminam com o início do preparo do colo uterino para o parto, quando as contrações tornam-se progressivamente mais intensas e regulares, levando à dilatação, amolecimento e centralização do colo uterino (fase latente).
A fase latente do trabalho de parto dura em média de 14 horas em multíparas e 20 horas nas primíparas.
2. Período de dilatação:É o período que se estende da fase latente ao momento em que o colo uterino está dilatado 10 cm. Nas primíparas, dura aproximadamente 10 a 12 horas. Nas multíparas, dura 6 a 8 horas.
Nesta fase, as contrações são regulares, usualmente com intervalo de 3 a 5 minutos e de intensidade moderada a forte. Nesta fase também pode ocorrer a rotura da bolsa das águas, natural ou provocada.
Durante o período de dilatação, pode ser necessária a administração de ocitocina, para melhorar a regularidade das contrações.
3. Período expulsivo:Tem início no final do período de dilatação e termina com a expulsão do bebê. Dura 50 minutos, em média, nas primíparas e 20 minutos nas multíparas.
A gestante sente fortes contrações, com intervalos cada vez menores, apresenta esforços expulsivos e vontade de defecar. Quando a apresentação do bebê está baixa, a gestante faz um esforço expulsivo e o médico auxilia na expulsão do bebê.
4. Período de secundamento:Corresponde ao descolamento e expulsão da placenta e das membranas ovulares. Ocorre cerca de 10 a 20 minutos após o período expulsivo.
5. Quarto período:Tem início no fim do secundamento e estende-se até 1 hora após o parto. Deve ser um período de atenção do obstetra, pelo risco de sangramento uterino.
A atenção ao parto deve ser feita preferencialmente em hospital maternidade, sob a atenção da equipe de obstetras.
As causas de plaquetas altas podem ser:
- fisiológicas (não denotam doenças): exercício, trabalho de parto, uso de epinefrina, após hemorragia;
- infecciosas e/ou inflamatórias: retocolite ulcerativa, poliarterite nodosa, artrite reumatóide, sarcoidose, cirrose hepática;
- distúrbios do baço: após esplenectomia (retirada cirúrgica do baço), atrofia ou agenesia do baço, trombose da veia esplênica;
- neoplasias: carcinomas, linfomas;
- doenças hematológicas: síndromes mieloproliferativas, trombocitose familiar, anemia ferropriva (por deficiência de ferro), anemias crônicas, hemofilia, mieloma múltiplo;
- miscelânea: após procedimentos cirúrgicos e traumas, doenças renais, síndrome de Cushing e uso de medicamentos (epinefrina, isotretinoína, vincristina).
Plaquetas altas podem não causar sintomas ou podem ocorrer náuseas, vômitos, perda de noção espacial (labirintite) e formigamento nas extremidades.
A avaliação da causa da plaquetose e se será necessário tratamento deverá ser feita pelo médico hematologista.
O saco gestacional (SG) irregular uma observação ultra-sonográfica de que o contorno do saco gestacional assimétrico, anfractuoso. O saco gestacional é umas das variáveis estudadas na realização do perfil biofísico fetal, que pretende avaliar a vitalidade ovular da gestação no primeiro trimestre.
Quando existe o saco gestacional de contorno irregular, mas sem indício de um “duplo saco decidual”, com forma alongada e de implantação baixa (heterotópica), existe um risco considerável de abortamento. Além disso, quando se verifica um hematoma subcoriônico com crescimento maior que 50%, o risco de abortamento pode chegar a 95%.
É relevante referir que, se pelo ultra-som transvaginal, não for identificado embrião em SG com diâmetro médio maior do que 20 mm, existe a probabilidade da ocorrência de uma gestação anembrionada (sem embrião).
É importante frisar que a avaliação da viabilidade do embrião é feita através da avaliação de diversos parâmetros ultrassonográficos, inclusive em exames seriados, e clínico-laboratoriais, e não isoladamente.
O médico ginecologista/obstetra deverá orientá-la quanto ao resultado do ultra-som.
O saco gestacional (SG) é a primeira estrutura gestacional visualizada ao ultra-som, a partir da quarta semana de gestação. É umas das variáveis estudadas na realização do perfil biofísico fetal, que pretende avaliar a vitalidade ovular da gestação no primeiro trimestre.
Ao realizar o ultra-som, de preferência pela via transvaginal, o médico radiologista ou obstetra avalia algumas características do saco gestacional, que são:
- implantação
- forma
- conteúdo
- contorno
- tamanho
A presença de SG de contorno irregular, com ausência do sinal do “duplo saco decidual”, com forma alongada e de implantação baixa (heterotópica), se associam a um risco considerável de abortamento. Quando também está presente hematoma subcoriônico maior que 50%, o risco de abortamento pode chegar a 95%.
A identificação ultra-sonográfica de SG menor do que o esperado para a idade gestacional, ou de crescimento reduzido em exames seriados, em gestações de 6 a 9 semanas, está associada a risco de abortamento espontâneo superior a 80%.
Por outro lado, a presença de SG de tamanho e/ou crescimento normais, com batimento cardioembrionário presente, em gestações de 6 a 9 semanas, associam-se a bom prognóstico gestacional, com índices de abortamento espontâneo inferiores a 2%.
Importante salientar que, se pelo ultra-som transvaginal, não for identificado embrião em SG com diâmetro médio maior do que 20 mm, pode-se tratar-se de gestação anembrionada (sem embrião).
É importante frisar que a avaliação da viabilidade do embrião é feita através da avaliação de diversos parâmetros ultrassonográficos, inclusive em exames seriados, e não isoladamente.
O médico ginecologista/obstetra deverá orientá-la quanto ao resultado do ultra-som.
A laqueadura tubária não engorda, não provoca alterações no ciclo menstrual da mulher nem causa diminuição do desejo sexual feminino.
A taxa de complicações é pequena. Quando realizada por laparoscopia ou por minilaparotomia, a laqueadura apresenta uma taxa de complicações de apenas 0,1%. As possíveis complicações podem incluir:
- infecção
- lesão de bexiga
- lesão dos intestinos
- hemorragia interna
- complicações relacionadas à anestesia, como cefaléia.
A taxa de complicação com a técnica histeroscópica é menor ainda, cerca de 0,002%. A complicação mais comum é a lesão da parede do útero, que poderia trazer problemas em futuras gestações, que não é a preocupação da mulher que deseja fazer laqueadura.
As três técnicas de laqueadura tubária mencionadas acima apresentam uma taxa de sucesso acima de 99%.
O médico ginecologista/obstetra deverá discutir os riscos e benefícios da laqueadura tubária, assim como indicar a melhor técnica para realizá-la.
A laqueadura pode ser feita durante a cesariana, ou em outros períodos previamente agendados e discutidos com o médico, sempre seguindo a legislação brasileira, em relação a esse procedimento.
A cirurgia consiste em bloquear as trompas, através de anéis, clipes de titânio, fios de sutura, queimando ou cortando estas estruturas.
Laqueadura de trompas ou ligadura tubária é uma cirurgia que impede a gravidez quase que definitivamente.
Como funciona a laqueadura?A laqueadura funciona como um método anticoncepcional definitivo, seguro e com uma eficácia em torno de 99,9%. Trata-se de uma cirurgia que bloqueia as trompas uterinas, impedindo a comunicação do útero com os ovários, por isso os espermatozoides não se encontram com o óvulo.
Todos os meses, no ciclo menstrual normal das mulheres, um dos ovários seleciona e prepara um óvulo para liberação, através dos estímulos hormonais.
No meio do ciclo esse óvulo selecionado é liberado e capturado pela trompa, que o impulsiona em direção ao útero. Durante esse trajeto costuma ocorrer o encontro desse óvulo com os espermatozoides, caso a mulher tenha relação no período.
Os espermatozoides têm a possibilidade de fecundar o óvulo, dando origem a uma gravidez. O óvulo já fecundado continua o trajeto para o útero, onde é esperado que a gestação evolua.
No entanto, o processo de laqueadura bloqueia essa comunicação, impedindo a fecundação.
De modo geral, a laqueadura é feita através das seguintes técnicas: minilaparotomia, laparoscopia ou histeroscopia.
É possível reverter a cirurgia de laqueadura?O processo de laqueadura é complicado de reverter, depende muito da técnica utilizada e sapude da mulher. Com uma taxa de sucesso que varia muito na literatura médica, mas alguns trabalhos mostram uma taxa de retorno da função de até 60%.
A reversão de laqueadura consiste na reconstrução microcirúrgica das tubas uterinas, religando o trajeto, com o auxílio de um microscópio e ou instrumentos especiais.
Outro procedimento que pode ser a solução para a mulher engravidar novamente, se for o seu desejo, é a fertilização in vitro. Nesse caso, o óvulo é coletado diretamente do ovário, fertilizado em laboratório e o embrião é colocado dentro do útero, através de um cateter.
Tipos de laqueadura 1. Laqueadura por minilaparotomiaProcedimento cirúrgico feito imediatamente após o parto normal ou até dois dias depois. O médico faz uma pequena incisão no abdômen, perto do umbigo e, em seguida, remove uma parte das trompas de Falópio de cada lado.
2. Laqueadura por laparoscopiaRealizada através de uma pequena incisão perto do umbigo e na parte inferior do abdômen, com introdução de um dispositivo chamado laparoscópio, usado para ver as trompas de Falópio. O médico pode usar anéis ou clips para fechar as trompas, ou cauterizá-las através de calor.
3. Laqueadura por histeroscopiaÉ introduzido um histeroscópio através da vagina, que atravessa o útero e chega às trompas, onde será colocado um material cirúrgico, com o objetivo de gerar uma reação inflamatória que leve à fibrose da trompa e consequente obstrução da mesma.
O procedimento é indolor e não precisa de cortes. O aparelho é introduzido pelos orifícios naturais da mulher, sendo uma das grandes vantagens.
A principal vantagem dessa técnica é não precisar de anestesia geral. Ainda podemos citar a ausência de cortes, menos tempo de internação hospitalar, portanto recuperação mais rápida e menor risco de complicações.
Como desvantagens, ressaltamos a necessidade de manter mais um método contraceptivo por pelo menos três meses, pelo tempo que o organismo precisa para produzir a fibrose, e a necessidade de confirmar o resultado satisfatório por exames de imagem.
Após 3 meses deve ser realizado um Raio-X para avaliar se foi eficaz o procedimento. Quando não for conclusivo será preciso a realização de um exame mais invasivo, a histerossalpingografia
Por fim, o risco de eventualmente precisar repetir o procedimento, caso haja dúvida quanto a obstrução total da trompa.
A laqueadura é permitida no Brasil?No Brasil, a laqueadura é permitida e pode ser feita no hospital público ou particular, seguindo algumas regras, que fazem parte da LEI Nº 9.263, de planejamento familiar.
Será permitida a laqueadura ou outra forma cientificamente comprovada de esterilização voluntária, nas seguintes situações:
- Mulher e homem devem estar de comum acordo (nos casos de relação conjugal estável), e com capacidade civil, mental e psicológica completa;
- Maiores de 25 anos e/ou com 2 ou mais filhos vivos;
- No caso de união estável, ambos devem assinar o desejo e permissão da esterilização voluntária, além de confirmar terem recebido as devidas orientações quanto aos riscos, efeitos colaterais e dificuldades em reverter o procedimento;
- Aguardar pelo menos 60 dias após apresentar o desejo, recebendo nesse período aconselhamento, para ter certeza da sua escolha. Atualmente cerca de 10% se arrepende após a esterilização e tem o desejo de engravidar;
- Aguardar 40 dias após o parto. Na cesariana só deve ser feita em casos específicos, de real necessidade;
- No caso de risco à vida ou à saúde da mulher, ou do bebê, testemunhado em relatório escrito e assinado por dois médicos.
Para avaliar a indicação da laqueadura, maiores esclarecimentos e orientações sobre esse método contraceptivo, converse com o seu médico de família ou ginecologista.
Leia também:
É possível fazer fertilização in vitro depois de ter feito laqueadura?
Carcinoma espinocelular, ou carcinoma epidermóide, é o tumor maligno originado nas células epiteliais presentes na pele e na camada escamosa das mucosas (esôfago, laringe, boca, canal anal, pulmões, colo uterino, etc).
É o segundo tipo mais comum de câncer de pele, sendo superado somente pelo carcinoma basocelular. Geralmente ocorre em áreas expostas ao sol, estando relacionado ao dano solar crônico, ou seja, ao dano acumulado pela radiação ultravioleta na pele no decorrer da vida.
Apresenta comportamento mais agressivo nas mucosas, sobretudo na boca e na garganta, com maior risco de metástases e morte. Na pele, o carcinoma espinocelular não é tão agressivo, mas pode gerar metástases.
São fatores de risco para o carcinoma espinocelular:
- pele clara;
- sexo masculino;
- antecedente de exposição crônica aos raios ultravioleta;
- imunossupressão, especialmente transplantados e portadores de AIDS;
- úlceras crônicas e cicatrizes, como queimaduras;
- tabagismo, especialmente associado ao câncer nos lábios e cavidade oral;
- infecção pelo HPV;
- xeroderma pigmentoso;
- exposição à radiação ionizante e arsênico.
O diagnóstico é baseado na história e lesão clínica, além da biópsia.
O tratamento é preferencialmente cirúrgico.
Na presença de ferida que não cicatriza, ou cicatriz que cresce e começa a sangrar, deve ser procurado um médico dermatologista.