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Mal-estar, tontura, náuseas, fraqueza, dor de cabeça. Posso estar grávida?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Mal-estar, tontura, náuseas, fraqueza e dor de cabeça não são propriamente sintomas de gravidez. Até porque, se não houve penetração e o seu namorado estava de cueca e você com short e calcinha, as chances de você estar grávida são praticamente nulas, mesmo que tenha havido ejaculação.

Se tudo aconteceu da maneira como você disse, é quase impossível que os espermatozoides tenham conseguido chegar até ao canal vaginal para poder gerar uma gravidez.

Para haver possibilidade de gravidez, é necessário que ocorra penetração. Só assim pode haver a união do óvulo com o espermatozoide para ocorrer a concepção.

Além disso, os primeiros sintomas de gravidez não surgem dois dias depois da relação, mas a partir da 5ª ou 6ª semana de gestação. O primeiro deles é o atraso da menstruação, que vem acompanhado de mamas doloridas e inchadas, escurecimento dos mamilos, aumento da frequência urinária, náuseas, vômitos, cansaço e sonolência.

Outros sinais e sintomas que podem surgir na gravidez incluem: mudanças de humor, inchaço, sangramento leve, cólicas, prisão de ventre, intolerância a certos alimentos e cheiros, desejos alimentares, dor de cabeça, dor nas costas, aumento ou diminuição da acne.

O sangramento de nidação, que ocorre no momento da implantação do embrião no útero, raramente é observado.

De qualquer maneira, embora a probabilidade de você estar grávida seja praticamente nula, espere pela menstruação. Se ela atrasar uma semana, faça um teste de gravidez. Contudo, é importante ressaltar que as chances de gravidez no seu caso são de praticamente 0%.

Procure um/a médico/a clínico/a geral ou médico/a de família se esses sintomas não passarem, pois eles devem ter outra causa que precisa ser diagnosticada.

Parei de tomar o anticoncepcional e a menstruação não veio mais. Isso é normal?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Após a parada do uso do anticoncepcional, a mulher retorna o seu ciclo menstrual geralmente nas próximas 4 semanas.

No entanto, é possível que o ciclo menstrual demore um pouco mais para retornar e voltar ao normal, algumas mulheres podem apresentar atraso menstrual, ciclos irregulares ou mesmo a ausência de menstruação até 6 meses após parar de tomar a pílula, ou anticoncepcional injetável.

Após esse período é provável que a amenorreia ou irregularidade se deva a outras razões e não ao uso do contraceptivo. Por isso, caso a sua menstruação demore mais do que 3 meses para voltar, procure já um médico para uma avaliação.

É importante avaliar se a ausência da menstruação se deve ao uso prolongado da pílula ou é secundária a outras condições, como gravidez, disfunções hormonais ou outras doenças.

Além disso, diferentes condições podem afetar a regularidade da menstruação ou mesmo provocar a sua ausência e coincidir com a parada do uso do contraceptivo. Alguns fatores que podem fazer com que a mulher deixe de menstruar ou apresente ciclos irregulares são:

  • Obesidade;
  • Excesso de exercícios físicos;
  • Magreza excessiva;
  • Estresse;
  • Síndrome dos ovários policísticos,

Quando a mulher parar de tomar a pílula anticoncepcional o primeiro sangramento observado é chamado de sangramento de abstinência e ocorre por conta da diminuição repentina dos níveis hormonais, portanto apenas o segundo sangramento após interromper a pílula corresponde a menstruação.

Vale ressaltar que a ausência da menstruação ou alterações menstruais podem ocorrer em usuárias de qualquer forma de contraceptivo hormonal, seja pílula ou injeção.

Caso após parar de tomar a pílula a mulher tenha mantido relações sexuais desprotegidas é possível a ocorrência de gravidez, mesmo que o ciclo menstrual ainda apresente irregularidades. Na suspeita de gravidez é importante a realização de um teste diagnóstico, como o Beta-HCG na urina ou no sangue.

Para mais informações consulte o seu ginecologista ou médico de família.

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Chá de arruda faz descer a menstruação? Pode provocar aborto?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sim, o chá de arruda pode fazer descer a menstruação e provocar aborto. A arruda possui em suas folhas um elemento chamado rutina, que tem como principal ação provocar ou acelerar a menstruação, propriedade conhecida como emenagoga. Por isso, o chá de arruda é contraindicado durante a gravidez.

A rutina presente na arruda estimula as fibras musculares do útero, provocando contrações uterinas que podem causar sangramentos. Se a mulher estiver grávida, pode levar ao aborto e à morte do feto. Caso não ocorra um aborto, pode haver anomalias ou malformações fetais.

A rutina é um flavonoide presente nas folhas da arruda. Por estimular e acelerar a menstruação, o chá de arruda é frequentemente usado por mulheres em casos de ausência ou atraso da menstruação.

Além de ser abortivo, o chá de arruda faz mal à saúde?

Além de ser emenagogo e abortivo, o chá de arruda pode provocar intoxicações no organismo se for consumido em grandes quantidades.

Em excesso, o chá de arruda pode causar ainda ansiedade e fobias, além de irritar o intestino. Quando consumido regularmente, o chá de arruda pode ser prejudicial para o fígado e para os rins.

Além das gestantes, o chá de arruda também é contraindicado para crianças com menos de 6 anos de idade e pessoas com doença hepática ou renal, doença inflamatória do intestino, colite e úlceras.

É importante ressaltar que a arruda é considerada uma planta tóxica. A ingestão de 120 g da planta pode causar forte dor estomacal e complicações que podem levar à morte.

O consumo de arruda considerado seguro para pessoas saudáveis e mulheres que não estão grávidas é de 30 mg por dia.

Quais os outros chás que podem causar aborto?

Outros chás que são considerados abortivos ou teratogênicos (que podem causar malformação no feto) e por isso são contraindicados durante a gestação: alecrim, arnica, artemísia, barbatimão, boldo, buchinha do norte, cambará, cânfora, carqueja, cipó-mil-homens, confrei, erva-de-bicho, espirradeira, erva-de-santa-maria, eucalipto, gengibre, melão-de-são-caetano, pinhão-de-purga ou pinhão-paraguaio e poejo.

Para maiores esclarecimentos sobre os chás que podem fazer descer a menstruação ou causar aborto, fale com o seu médico ginecologista.

Sangramento após tomar pílula do dia seguinte é normal? Por que ocorre?
Dra. Ângela Cassol
Dra. Ângela Cassol
Médico

Pode haver pequenos sangramentos e irregularidade menstrual após tomar a pílula do dia seguinte e ocorrem porque a pílula do dia seguinte contém hormônios em altas dosagens, que podem fazer o endométrio descamar, levando a sangramento.

O sangramento pode assumir várias formas: pode ser como uma menstruação normal ou pode diferente (pouco e claro ou pouco e tipo borra de café, ou pode até ter um sangramento forte como uma hemorragia).

É importante lembrar que a eficácia da pílula do dia seguinte é inferior à do anticoncepcional comum. Sendo assim, o fato de ter tido o sangramento não significa que não há possibilidade de gravidez, embora a chance seja pequena.

Tive sangramento 7 dias após tomar a pílula do dia seguinte, o que significa?

Geralmente, um sangramento pode ocorrer após 15 dias da ingestão da pílula do dia seguinte. Portanto, se você teve um sangramento 7 dias após tomar a pílula, ele é considerado normal e esperado devido à variação hormonal provocada pelo hormônio.

Sangramento após o uso da pílula do dia seguinte aumenta a sua eficácia?

A eficácia da pílula do dia seguinte independe da presença ou ausência de sangramento. Contudo, se após tomar a pílula, sua menstruação atrasar por mais de duas semanas da data esperada, é necessário realizar um exame de gravidez.

É importante lembrar que o uso da pílula não previne doenças sexualmente transmissíveis. Use o preservativo em todas as relações sexuais.

Para saber mais sobre a pílula do dia seguinte, você pode ler:

Referência:

FEBRASGO. Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia

Dor no pé da barriga durante a gravidez, o que pode ser?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A dor no pé da barriga ou na região inferior da barriga durante a gravidez é comum, principalmente a partir do 2º trimestre e deve-se, geralmente, à compressão das estruturas internas do abdômen causadas pelo aumento do volume do útero e pelo estiramento dos ligamentos pélvicos.

É importante observar se há outros sinais e sintomas associados a essa dor, como sangramentos, perda de líquido pela vagina ou febre, por exemplo.

Conheça neste texto as causas mais comuns de dor no pé da barriga durante a gravidez.

1. Aumento do tamanho do útero

O útero é do tamanho de uma mão fechada e, com o desenvolvimento da gravidez e alterações hormonais, ele vai aumentando de tamanho, o que pode provocar dor no pé da barriga, cólica ou desconforto, especialmente do 1o ao 3º mês de gestação.

Dos 4 aos 6 meses de gestação (2º trimestre), a dor no pé da barriga ocorre, principalmente, por causa do afrouxamento dos músculos e do deslocamento dos órgãos internos do corpo para acomodar o bebê em desenvolvimento.

Nestes casos não é indicado nenhum tratamento, pois estas alterações são consideradas normais e correspondem a adaptação do corpo da mulher à gestação, sendo necessário apenas o acompanhamento pré-natal de rotina.

2. Contrações

No segundo trimestre de gravidez (4 a 6 meses), a dor no pé da barriga também pode acontecer devido às chamadas contrações de treinamento (contrações de Braxton Hicks).

Estas contrações são leves, espaçadas, não duram mais do que 60 segundos e desaparecem espontaneamente.

É preciso estar atenta a dores no pé da barriga parecidas com uma cólica menstrual forte, especialmente se elas se tornarem intensa e frequentes. Nesta situação, procure o médico obstetra para avaliar o desenvolvimento da gravidez.

3. Gravidez ectópica

A dor no pé da barriga pode ser causada pela gravidez ectópica. Entretanto, neste caso a dor pode ser intensa e vem acompanhada de sangramento vaginal e atraso menstrual.

Esta é uma dor que se irá iniciar logo no começo da gestação logo no primeiro ou segundo mês de gestação, e pode permanecer no máximo até o terceiro mês de gestação, já que a gravidez ectópica tende a não progredir.

A gravidez ectópica se caracteriza pela implantação do embrião fora do útero, sendo as tubas uterinas o local mais frequente deste tipo de gestação.

Esse tipo de gravidez não consegue evoluir e oferece risco para mãe. Por isso, na suspeita de gravidez ectópica, é importante que busque o mais rapidamente possível um serviço de emergência hospitalar.

4. Aborto espontâneo

Em caso de aborto espontâneo, a dor no pé da barriga ocorre logo durante os três primeiros meses de gravidez.

Além da dor intensa no pé da barriga a mulher pode sentir calafrios, febre, dor de cabeça, apresentar sangramento e perda de líquido pela vagina.

Se perceber estes sintomas, busque rapidamente uma emergência médica, para que você e seu bebê sejam avaliados e o tratamento adequado seja efetuado.

Quando devo me preocupar?

Alguns sintomas indicam que algo grave pode estar acontecendo com você ou com seu bebê, independentemente do tempo de gestação. Você deve estar atenta aos seguintes sinais:

  • Dor intensa no pé da barriga ou em outras regiões do abdome,
  • Febre,
  • Calafrios,
  • Dor de cabeça,
  • Sangramento vaginal leve que perdura por mais de 3 dias,
  • Sangramentos vaginais intensos,
  • Perda de líquido pela vagina.

Na presença de qualquer um destes sinais ou sintomas de alerta, procure uma emergência hospitalar para detectar a sua causa, avaliar o seu estado de saúde e do seu bebê e efetuar o tratamento mais efetivo e seguro.

Deve ser realizado um exame clínico para avaliar outras possíveis causas para as dores abdominais, como constipação intestinal, formação de gases, verminoses, cálculos nas vias urinárias ou infecção urinária.

O médico obstetra, clínico geral ou médico de família deve ser consultado sempre que houver dúvidas em relação ao desenvolvimento da gravidez.

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Referências

FEBRASGO - Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.

5 causas de barriga tremendo e quando devo me preocupar
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A sensação de barriga tremendo ocorre, principalmente, em pessoas com tendência a formar excesso de gases. Também é comum durante a gravidez, no período menstrual e nos casos de síndrome do intestino irritável.

Todas essas são situações podem ser resolvidas de forma simples e não oferecem riscos de vida. No entanto, outra causa possível desse sintoma é o aneurisma de artéria aorta.

O aneurisma de aorta é uma doença grave, que oferece risco de morte. Por isso, se perceber algo "batendo" ou "pulsando" na barriga, como as batidas do coração, procure imediatamente um serviço de urgência.

1. Gases intestinais

Os gases intestinais são a principal causa de barriga tremendo ou "movimentos" na barriga. Isso ocorre pela produção aumentada de gases pelas bactérias intestinais, quando comemos com muita pressa, quando comemos conversando, engolindo ar, ou quando a alimentação é muito gordurosa ou de difícil digestão.

A sensação pode vir acompanhada de barriga inchada, azia e cólicas. Para evitar o excesso de gases procure se alimentar com calma, mastigar mais vezes, evitar alimentos pesados e beber líquidos durante a refeição.

2. Gravidez

Na gravidez é possível perceber o bebê mexendo a partir do quarto mês. Algumas mulheres percebem antes, em meados do terceiro mês. A barriga aumenta de tamanho, se torna mais endurecida e os movimentos estarão presentes no "pé da barriga".

Se suspeitar de gravidez, pelo atraso menstrual ou devido à relação desprotegida, entre outros sintomas, é importante realizar quanto antes um teste de gravidez e dar início ao pré-natal no posto de saúde mais próximo.

3. Menstruação

A menstruação é a descamação da parede mais interna do útero, quando não ocorreu a fecundação, ou seja, uma gravidez. Essa descamação pode causar cólicas ou sensação de "tremores no pé da barriga".

Nesse caso, a mulher estará no período menstrual. Se a cólica ou os tremores forem muito incômodos, pode tomar um medicamento para aliviar, como o buscopan®. Mas é importante conversar com o médico para ter certeza da causa e de não haver contraindicações.

4. Síndrome do Intestino Irritável

A síndrome do intestino irritável (SII) é uma alteração na motilidade do intestino. Causa mudanças frequentes no hábito intestinal, que intercala em episódios de constipação e diarreia. Além do hábito intestinal, apresenta sintomas de dor e distensão abdominal, excesso de gases e urgência para evacuar.

A causa ainda não foi bem definida, mas parece ter forte relação com situações de ansiedade e estresse. O tratamento se baseia nas mudanças de hábitos de vida, especialmente com a dieta FODMAPs, certos medicamentos e psicoterapia.

A FODMAPs é atualmente uma das dietas mais recomendadas e com ótimo resultado no tratamento de SII. A dieta não restringe alimentos, mas busca o equilíbrio entre os nutrientes. O consumo de lacticínios (leite, iogurtes, sorvete e queijos), frutose e doces, deve ser evitado, enquanto o consumo de produtos sem lactose, sementes e certos grãos, estimulado.

5. Aneurisma de Aorta

O aneurisma é uma malformação vascular, que pode acometer qualquer vaso do corpo. Como a artéria aorta é a maior artéria que temos e a mais calibrosa, um aneurisma nessa região é muito perigoso. A sua ruptura tem uma alta incidência de morte.

Por isso, se perceber um tremor ou pulsação na barriga, especialmente se sentir essa pulsação quando aperta com as pontas dos dedos, procure imediatamente o seu médico de família, ou um serviço de urgência para avaliação.

O médico especialista nesse caso é o cirurgião vascular ou angiologista.

Quando se preocupar?

O sintoma de barriga tremendo associado a gases ou cólicas intestinais podem não oferecer riscos. Já o aneurisma de aorta ou um problema na gestação sim. Se o tremor vier acompanhado de um dos sinais e sintomas abaixo, procure uma emergência imediatamente:

  • Pulsação na barriga, como se fosse o coração batendo,
  • Excesso de gases que evolui com dor e rigidez na barriga,
  • Gestante com tremor e dor na barriga,
  • Sangramento vaginal,
  • Febre alta (acima de 38º)
  • Desmaios, sonolência.
Tremores no pé da barriga

Quando os tremores estão localizados no pé da barriga, pode sugerir gravidez, especialmente quando associado ao atraso menstrual.

As cólicas menstruais também causam dor e sensação de tremor nessa região, pela contração muscular uterina. E os próprios gases intestinais, que podem se localizar em qualquer região do abdome.

Na suspeita de gravidez, procure realizar o teste antes de recorrer a qualquer medicação. O uso de medicamentos durante a gestação, especialmente nos primeiros meses, pode causar abortamento ou malformação no bebê.

Para maiores esclarecimentos converse com o seu médico de família.

Referências:

Harvard Heatlh Publishing. Try a FODMAPs diet to manage irritable bowel syndrome. Updated: September 17, 2019.

Ministério da Saúde do Brasil. Práticas integrativas e complementares: plantas medicinais e fitoterapia na atenção básica. Brasília: Ministério da Saúde, 2012. (Série A. Normas e Manuais Técnicos) (Cadernos de Atenção Básica; n. 31).

Quais os sintomas de inflamação no útero?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Os principais sinais e sintomas de inflamação no útero são:

  • Corrimento vaginal (leucorreia), secreção que pode vir com mal cheiro e com coloração amarelada;
  • Dor abdominal / dor pélvica (região inferior da barriga);
  • Dor para urinar (disúria), dor e ardência ao urinar, por vezes de forte intensidade;
  • Dor durante as relações sexuais (dispareunia);
  • Sangramento, após a relação sexual ou espontânea, fora do período menstrual.

Os sintomas de inflamação no útero ocorrem principalmente durante a relação sexual e variam bastante de acordo com a localização da inflamação, que pode ocorrer no colo do útero (cervicite) ou na região interna do útero (endometrite).

Cervicite

A inflamação mais comum no útero é aquela que ocorre no colo do útero (cérvix ou cérvice), que é a região mais estreita do útero localizada no fundo da vagina e por onde o sangue menstrual é eliminado. A inflamação do colo do útero não interfere, na gestação, desde que seja tratada adequadamente.

Entretanto, a cervicite muitas vezes não apresenta sintomas, o que pode levar à progressão dessa infecção e inflamação para regiões próximas como os ovários, as trompas e a região interna do útero (endometrite), causando a Doença Inflamatória Pélvica (DIP).

A DIP é uma situação mais grave e pode apresentar além dos sintomas típicos, um quadro de febre, náuseas e vômitos.

Quais as causas da cervicite?

A principal causa dessa inflamação no útero são as infecções causadas por fungos, vírus ou bactérias, o que inclui as infecções sexualmente transmissíveis (IST), como gonorreia, clamídia, herpes, tricomoníase, entre outras.

A cervicite também pode ser causada pelo uso de anticoncepcionais hormonais e por traumatismos no colo do útero.

Quais os sintomas da cervicite?

Os sintomas da cervicite incluem dor abdominal, dor na coluna lombar, dor na região da pelve, dores nas relações sexuais, sangramento vaginal, corrimento e odor desagradável na vagina.

Qual é o tratamento para cervicite?

O tratamento da cervicite depende dos sintomas apresentados pela paciente e dos resultados dos exames solicitados. Em geral, é realizado com medicamentos antibióticos orais e tópicos. Nos casos mais graves, a medicação precisa ser administrada pela via endovenosa, em hospital, embora sejam casos raros.

Recomenda-se que a mulher não tenha relações sexuais até o fim do tratamento e desaparecimento completo dos sintomas, o que leva cerca de uma semana.

Endometrite

Endometrite é uma inflamação do endométrio, que é a camada mais interna do útero. Sem tratamento, essa inflamação no útero pode provocar sérios danos no aparelho reprodutor da mulher, podendo causar inclusive infertilidade.

Quais as causas da endometrite?

A principal causa de endometrite são as infecções causadas por bactérias, nomeadamente infecções sexualmente transmissíveis (IST's) como gonorreia, clamídia e sífilis.

A endometrite ocorre com mais frequência depois do parto, abortos e após exames que podem provocar infecção do útero com bactérias, como histeroscopia, colocação de DIU, curetagem, entre outros.

Quais os sintomas da endometrite?

Os sintomas da endometrite incluem febre, dor acima do púbis, mal-estar, cólicas menstruais, corrimento e sangramento vaginal.

Qual é o tratamento para endometrite?

O tratamento dessa inflamação no útero é realizado com medicamentos antibióticos. É fundamental seguir o tratamento até o fim para prevenir recaídas e complicações.

O exame Papanicolau (preventivo) é utilizado para diagnosticar as inflamações do colo do útero e o(a) médico(a) de família ou ginecologista são especialistas indicados para o tratamento dessas inflamações do útero.

Saiba mais sobre esse assunto nos artigos:

Qual o tratamento para a inflamação do útero?

Inflamação no útero pode atrasar a menstruação?

Dor no útero: 7 causas mais comuns e o que fazer

FEBRASGO. Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.

Estou sentindo meus seios inchados e doloridos, o que pode ser?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Seios inchados e doloridos podem ser causados por diversas situações, sendo as mais frequentes: período pré-menstrual (TPM), alterações hormonais, amamentação, uso de anticoncepcional e gravidez. Contudo, o inchaço e a dor nas mamas podem ter causas mais graves, como tumores.

Principais causas de seios inchados

A principal causa de inchaço e dor nos seios quando a mulher não está grávida são as alterações hormonais que ocorrem durante o ciclo menstrual. Esses sintomas tendem a intensificar nos dias antes de menstruar, na fase pré-menstrual.

Os próprios anticoncepcionais hormonais também podem deixar os seios inchados, sendo outra causa comum de inchaço nas mamas.

Se os seios estiverem inchados e doloridos e a menstruação estiver atrasada, pode ser um sinal de gravidez. Nesses casos, outros sintomas que podem estar presentes incluem cansaço, tontura, sonolência e inchaço abdominal.

Na TPM (tensão pré-menstrual) e nos casos de alterações hormonais, os seios podem ficar inchados e doloridos devido à retenção de líquidos causada pelas variações hormonais nas diferentes fases do ciclo menstrual.

Durante a amamentação, os seios também podem ficar inchados e doloridos. Nesses casos, a dor costuma ocorrer em uma das mamas e há vermelhidão no local.

A mulher com inchaço e dor nos seios pode observar as características do inchaço e dessa dor como, por exemplo, se ocorrem em ambos os seios ou apenas em um, se atingem a região da axila, se há presença de algum nódulo ("caroço"), se os sintomas são mais presentes em algum momento do ciclo menstrual, etc.

Procure o/a médico/a ginecologista, clínico/a geral ou médico/a de família para uma avaliação completa e detecção da causa do inchaço e dor nos seios.

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Faz mal tomar a pílula do dia seguinte tomando anticoncepcional?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Não. A mulher que já faz uso de anticoncepcional não apresenta riscos adicionais ao tomar a pílula do dia seguinte.

Quando o anticoncepcional é usado corretamente, na hora certa e sem esquecimento, não há necessidade da mulher tomar a pílula do dia seguinte mesmo tendo feito sexo vaginal desprotegido. O anticoncepcional usado rotineiramente apresenta uma boa segurança para evitar gravidez indesejada.

Vale lembrar que a pílula do dia seguinte contém uma quantidade alta de hormônio capaz de desequilibrar o ciclo menstrual da mulher e não deve ser tomada constantemente.

A mulher que já usa algum tipo de anticoncepcional (comprimidos, injeção, anel vaginal, DIU, adesivo ou implante intradérmico) só precisa tomar a pílula do dia seguinte em algumas situações como:

  • atraso maior de 24 horas para pílulas com estrógeno e progestágeno;
  • atraso maior de 3 horas para pílulas só com progestágeno;
  • atraso maior de 2 semanas para injeção com Medroxiprogesterona (ex: Depo-Provera® ).

Fora dessas situações, não há necessidade de usar os dois métodos em conjunto.

Links úteis:

Pílula do dia seguinte corta efeito do anticoncepcional?

Esqueci de tomar a pilula, posso engravidar? O que eu faço?

2 pílulas de anticoncepcional tem o mesmo efeito da pílula do dia seguinte?

Quantas pílulas do dia seguinte posso tomar por ano?

A pílula do dia seguinte pode atrasar minha menstruação?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sim. A pílula do dia seguinte pode atrasar a menstruação. A mulher que fez uso da pílula do dia seguinte pode apresentar alteração da data habitual do seu período menstrual. Isso se deve pelo desbalanço hormonal que a pílula provoca e uma readaptação do organismo perante ao hormônio ingerido.

Após a toma da pílula do dia seguinte, a menstruação pode vir em torno de uma semana antes ou depois da data esperada. Cada mulher terá uma reação diferente e esse tempo pode variar para alguns dias antes (antecipando a menstruação) ou depois da data habitual (atrasando a menstruação).

É importante lembrar que a pílula do dia seguinte não é o único método anticoncepcional que causa atraso ou antecipação da menstruação. A injeção anticoncepcional trimestral, o uso de DIU de cobre ou implantes anticoncepcionais também podem provocar irregularidade menstrual, muitas vezes com sangramentos mais intensos e prolongados que aqueles observados com o uso da pílula do dia seguinte.

A pílula do dia seguinte sempre atrasa a menstruação?

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 57% das mulheres que tomam a pílula do dia seguinte não apresenta nenhum atraso ou antecipação da sua menstruação, com a vinda do período na data prevista. A maioria das mulheres que toma a pílula do dia seguinte apresenta pouca ou nenhuma mudança significativa no seu ciclo menstrual.

Cerca de 15% das mulheres que tomam a pílula do dia seguinte podem apresentar um atraso de até 7 dias da menstruação. Em 13% dos casos, a menstruação pode atrasar pouco mais de uma semana.

Por outro lado, a pílula do dia seguinte também pode antecipar a menstruação em até 7 dias, o que ocorre em cerca de 15% das mulheres que tomam o medicamento.

Pílula do dia seguinte desregula definitivamente a menstruação?

Não. Vale ressaltar que as alterações do ciclo menstrual provocadas pelo uso da pílula do dia seguinte resolvem-se espontaneamente e normalmente são bem toleradas pela mulher. Não há evidências científicas de que o uso da pílula cause qualquer dano aos ciclos menstruais.

Contudo, tomar a pílula do dia seguinte repetitivamente e frequentemente pode agravar os distúrbios menstruais e tornar difícil para a mulher reconhecer as fases do seu ciclo menstrual e o seu período fértil.

Se após o uso da medicação a menstruação demorar mais de 4 semanas para vir, é interessante realizar um teste de gravidez para se certificar do seu efeito.

Para maiores esclarecimentos sobre o uso da pílula do dia seguinte e suas possíveis alterações na menstruação, consulte o/a médico/a de família, clínico/a geral ou ginecologista.

Para saber mais sobre pílula do dia seguinte, você pode ler:

Sangramento após tomar pílula do dia seguinte é normal? Por que ocorre?

Vou viajar e ficarei menstruada nessa época, o que faço?

Referência

Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia - FEBRASGO

Teste de farmácia tem que ser feito com a 1ª urina do dia?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Teste de gravidez de farmácia pode ser feito com a urina de qualquer hora, entretanto, dê preferência à primeira urina do dia, quando o HCG está mais concentrado, oferecendo melhores resultados. Quanto mais intensa a cor da risca que aparece no teste, mais beta-HCG está presente na urina.

O ideal é esperar 8 dias de atraso menstrual para realizar o teste, pois após esse período o teste se torna ainda mais fidedigno, alcançando eficácia próxima a 100%.

Dois risquinhos em um teste de farmácia indica resultado positivo, ou seja, você está grávida.

Embora, o teste de gravidez de farmácia possa dar resultado positivo a partir do 1º dia de atraso menstrual, para o teste detectar uma gestação, é necessário que os níveis do hormônio beta-HCG (produzido durante a gravidez) estejam altos o suficiente para serem detectados na urina, o que só ocorre pelo menos 8 dias depois da fecundação.

Portanto, é necessário que ocorra a implantação do óvulo fecundado no útero para que o corpo da mulher comece a produzir esse hormônio. Para evitar os resultados chamados "falso-negativo", o recomendado é aguardar uma semana de atraso menstrual para realizá-lo. Se ainda assim der negativo e ainda houver suspeita de gravidez, o teste deve ser repetido após uma semana ou buscar pedido médico para realização de teste de sangue.

A eficácia do teste de gravidez pela urina varia entre 97% e 99,5%. Resultados falso-positivos, ou seja, a mulher não está grávida e o resultado é positivo, são raros. Portanto, se o resultado for positivo, a probabilidade da mulher estar grávida é muito alta.

O exame de gravidez beta-HCG feito através da análise do sangue é ainda mais confiável que os testes de farmácia, uma vez que a concentração desse hormônio é bem maior na circulação sanguínea do que na urina. Vale lembrar que para fins médicos, a gravidez só é confirmada pelo exame de sangue.

Para maiores esclarecimentos, consulte o(a) médico(a) de família, clínico(a) geral ou ginecologista.

Leia também:

Referência

FEBRASGO. Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.

É possível menstruar no primeiro mês de gravidez?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sim. O início da gravidez pode ser marcado por sangramento vaginal que lembra a menstruação e ocorre no período esperado por ela. Porém, normalmente esse sangramento costuma ter um aspecto diferente do sangramento da menstruação e tende a ser mais curto, em menor quantidade. Essa situação é bem menos comum e menos observada, mas pode ocorrer.

Os sangramentos que ocorrem durante a gravidez surgem na primeira e na segunda metade da gestação.

Quando ocorrem na primeira metade, entre a 20ª e a 22ª semana de gravidez, podem ser um sinal de abortamento, gravidez ectópica (gestação fora do útero) ou doença trofoblástica gestacional. Os sangramentos da segunda metade da gestação podem indicar a presença de placenta baixa.

O sangramento também pode não ter nenhuma relação com a gestação. Quando o sangramento é observado após relações sexuais, por exemplo, pode ser um sinal de lesão no colo do útero. Em geral, não provoca nenhuma complicação para a gestação.

Sangramento e cólicas podem ser sintomas de aborto?

Às vezes, o sangramento pode vir acompanhado de cólicas. Nesses casos, pode ser o resultado de um processo de abortamento. Em caso de descolamento da placenta, observa-se um aumento do fluxo sanguíneo acompanhado de cólicas. Contudo, se for caso de placenta baixa, normalmente não há dor.

Quais são os sintomas de gravidez?

Um dos primeiros sinais de suspeita de gravidez é a ausência de menstruação no período esperado pela mulher, observando um atraso menstrual de 1 ou mais semanas. Nesse início da gravidez outros sinais podem ser observados como náusea, aumento da sensibilidade nas mamas, cansaço e aumento da frequência urinária.

Por isso, caso a mulher tenha feito relações sexuais desprotegidas no período fértil e não esteja em uso de nenhum anticoncepcional, é válido fazer um teste para confirmar a gravidez. Procure uma Unidade Básica de Saúde para uma consulta e orientação mais detalhada.

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