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Tomei o Saúde da Mulher no primeiro dia da menstruação...
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A garrafada "Saúde da Mulher", é um produto descrito como medicamento natural ou fitoterápico, indicado para ajudar a engravidar ou regular a menstruação. No entanto, não existe comprovação científica para essa indicação.

A ANVISA (agência nacional de vigilância sanitária) é o órgão responsável pela liberação de medicamentos, mesmo fitoterápicos. Através dos critérios determinados, o órgão é capaz de determinar, doses, segurança, confiabilidade, efeitos colaterais e contraindicações das medicações.

Não existem registros ou regulamentação para qualquer garrafada, seja saúde da mulher ou outras. Quando não existe comprovação científica ou regulamentação para o uso, mesmo medicamentos ditos naturais ou fitoterápicos, estes não devem ser utilizados.

O que são as garrafadas?

As garrafadas são em geral, produzidos pela combinação de plantas medicinais e bebidas alcoólicas. O vinho é a bebida mais utilizada como veículo para a sua produção. As indicações são muitas e dependem das ervas e substâncias incluídas nessa mistura.

Não existe comprovação científica ou regulamentação que indique o consumo desses produtos.

Inclusive no ano de 2016, houve uma determinação de recolhimento dessas garrafadas na cidade de Minas Gerais, pelo órgão regulador, devido a queixas e efeitos colaterais relatados.

Vale ressaltar ainda, que de acordo com os produtores das garrafadas, pessoas com pressão alta, diabetes, doenças renais e gestante, não devem tomar as garrafadas, sem avaliação médica prévia.

Para maiores esclarecimento, procure o seu médico de família ou ginecologista para maiores esclarecimentos.

Leia mais sobre como aumentar as chances de engravidar no artigo: Quero engravidar: o que devo fazer?

Referência:

  • Márcia Maria Barros dos Passos & cols.; A disseminação cultural das garrafadas no Brasil: um paralelo entre medicina popular e legislação sanitária. Saúde debate vol.42 no.116 Rio de Janeiro Jan./Mar. 2018.
  • ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária
Tive relação 2 dias antes da injeção, posso engravidar?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Dificilmente. A injeção te protege o mês inteiro desde que tome regularmente. O risco estimado de gravidez com uso regular da medicação é de 0,1% ou menos.

O anticoncepcional injetável, assim como o oral, atua no organismo mantendo as taxas hormonais estáveis, impedindo assim que ocorra o pico de hormônio responsável pela ovulação, consequentemente impedindo a gravidez. Entretanto, seus níveis no sangue atingem os valores adequados, protegendo em até 99% a mulher quanto a possível gravidez, após 1 mês de uso.

Por isso, no primeiro mês, é indicado o uso de mais um contraceptivo de barreira, para maior segurança. Após os 30 dias, deve fazer a nova injeção, e desde então, a mulher pode se considerar protegida pelo método.

Inclusive, o esquecimento ou atraso da injeção por menos de 24 h, não interfere na eficácia da medicação. Alguns medicamentos tem descrito pelo fabricante, a segurança mantida por até 1 semana de esquecimento. O mais indicado é sempre manter rigorosamente a data estipulada, evitando assim as falhas.

Como no seu caso, já está em uso regular há dois anos, o risco de engravidar é de 0,1% ou menos, mantendo relações em qualquer dia do mês, é indiferente. Apenas mantenha o uso correto da medicação e não correrá riscos.

Contudo, vale sempre ressaltar que o anticoncepcional injetável evita a gravidez, mas não previne quanto a doenças sexualmente transmissíveis (DST). Por isso, mesmo em uso de anticoncepcional, é indicado o uso de preservativo (masculino ou feminino) em todas as relações sexuais.

Para maiores esclarecimentos, fale com seu/sua médico/a ginecologista.

Leia também: Dúvidas sobre Anticoncepcional Injetável

Quero mudar o horário do anticoncepcional, como devo fazer?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Você pode mudar o horário de um dia para o outro, sem correr riscos de engravidar, se não ultrapassar 12h sem a medicação, lembrando que quanto menos tempo ficar sem a medicação é melhor para o organismo.

Por exemplo, se até ontem costumava tomar às 18:00, hoje pode tomar às 22:00, e depois manter esse horário daqui por diante, sem riscos de engravidar. As trocas não devem ser frequentes, apenas quando necessário. O mais importante é fazer o uso de um comprimido por dia, sem esquecimento.

O uso do contraceptivo oral é uma forma bastante segura de proteção quanto aos riscos de gravidez, porém vale lembrar que além da gravidez, uma relação implica riscos de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), algumas delas sem tratamento ou cura ainda conhecidos.

Por isso, é recomendado, além do uso de anticoncepcional, sempre fazer o uso associado de um contraceptivo de barreira, como a camisinha, para evitar doenças danosas à sua saúde.

Leia também: Atrasei o anticoncepcional mais de 1 hora posso engravidar?

Quais são os sintomas do lúpus?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Os sintomas do lúpus eritematoso sistêmico são decorrentes das reações inflamatórias e variam conforme a fase da doença e o órgão acometido. As fases podem ser surto (ativa) ou remissão (inativa). Os locais mais acometidos são: a pele, articulações, nervos, cérebro, rins, pleura (pulmão) e pericárdio (coração).

Existe ainda uma classificação de casos de lúpus eritematoso, aonde só acomete a pele, e lúpus sistêmico, que como o nome diz, acomete todos os sistemas, principalmente órgãos internos.

Em casos mais graves de lúpus, pode haver comprometimento renal com alterações urinárias, complicações cardíacas, confusão mental, convulsões e até mesmo morte.

Os sintomas gerias de lúpus, que acometem todos os tipos da doença são:

Alguns sintomas são gerais como a febre, emagrecimento, perda de apetite, fraqueza e desânimo. Outros, específicos de cada órgão como dor nas juntas, manchas na pele, inflamação da pleura, hipertensão e/ou problemas nos rins.

  • Febre baixa;
  • Mal-estar,
  • Emagrecimento,
  • Perda de apetite,
  • Desânimo,
  • Fraqueza,
  • Manchas na pele,
  • Dores articulares,
  • Inflamação da pleura (pleurite) e pericárdio (pericardite),
  • Problemas renais.

Outros sintomas mais específicos, que não são comuns a todos os tipos, podem ser:

  • Queda de cabelo, dores musculares, cansaço extremo,
  • Sensibilidade ao sol,
  • Dedos das mãos ou pés pálidos ou roxos,
  • Aparecimento de gânglios pelo corpo,
  • Anemia, leucócitos e plaquetas baixas.

Os sinais e sintomas podem surgir de maneira isolada, em conjunto ou sequencialmente.

Manchas vermelhas na pele

As lesões na pele estão presentes em mais de 80% dos casos de acordo com a evolução da doença. São lesões que acometem as maçãs do rosto e nariz, dando aspecto semelhante a uma "asa de borboleta". Não costumam deixar, e são mais evidentes em áreas expostas à luz.

As manchas causadas pelo lúpus não provocam dor, ficam diferentes com o passar do tempo, não causam muita coceira e podem surgir em qualquer parte do corpo, apesar de serem mais frequentes no rosto.

Dor nas articulações

Quase todos os pacientes com lúpus irão apresentar em algum período da doença dores nas articulações das mãos, joelhos e pés. A dor costuma ser intensa e pode vir acompanhada de inchaço e tendinite (inflamação no tendão), alternando períodos de melhora e piora.

Vasculite

A vasculite é uma inflamação dos vasos sanguíneos que dificulta o fluxo para diversas partes do corpo, levando ao aparecimento de manchas dolorosas vermelhas ou arroxeadas nas pontas dos dedos das mãos ou dos pés.

Trata-se de uma complicação do lúpus que pode causar diversos sinais e sintomas, como febre, dores musculares, articulares e abdominais, cansaço, escurecimento da urina, perda do apetite, emagrecimento, fraqueza, entre outros.

Sensibilidade ao sol

O lúpus provoca uma sensibilidade exagerada ao sol. Poucos minutos de exposição à claridade ou luz solar já podem ser suficientes para desencadear o aparecimento de sintomas como febre, fadiga ou manchas na pele.

Queda de cabelo

É muito comum pessoas com lúpus terem queda de cabelo, sobretudo quando a doença está ativa. Contudo, em grande parte dos casos tratados, os fios voltam a crescer normalmente.

Dor no peito e falta de ar

Outra complicação comum do lúpus é a pericardite e a pleurite. A primeira é uma inflamação do pericárdio, uma membrana que recobre o coração, enquanto a segunda é uma inflamação da pleura, membrana que recobre os pulmões.

Essas inflamações podem ser leves e não causar sintomas ou, em outros casos, pode provocar dor no peito. Na pericardite, a dor pode ser acompanhada por aumento dos batimentos cardíacos e falta de ar. Na pleurite, a pessoa sente dor no peito ao respirar e pode apresentar ainda falta de ar e tosse seca.

Nefrite

A nefrite é uma inflamação nos rins. Afeta aproximadamente metade das pessoas com lúpus eritematoso sistêmico, sendo uma das complicações mais graves da doença. Nos casos severos, pode causar sinais e sintomas que incluem aumento da pressão arterial, inchaço nos membros inferiores e redução do volume de urina, que se torna espumosa.

Sem um tratamento rápido, a nefrite pode afetar seriamente o funcionamento dos rins, levando à insuficiência renal. Nos casos avançados acaba por ser indicado transplante renal ou tratamento conservador com diálise.

Alterações no sistema nervoso

Embora seja menos comum, o lúpus também pode afetar o sistema nervoso e causar convulsões, depressão, mudanças de humor ou comportamento, alterações na medula espinhal e nervos periféricos.

Anemia, hemorragias e baixa imunidade

O lúpus é uma doença autoimune, ou seja, o sistema imunológico desenvolve anticorpos contra as células do sangue do próprio corpo, causando a destruição delas.

Assim, pode haver anemia devido à redução do número de hemácias (glóbulos vermelhos), diminuição da imunidade pela destruição de glóbulos brancos (células de defesa) e hemorragias devido à destruição de plaquetas, que são responsáveis pela coagulação sanguínea.

O que é lúpus?

O lúpus é uma doença crônica inflamatória autoimune, de causa desconhecida, embora saibamos que existem fatores genéticos, ambientais e emocionais que participam desse processo, provocada por anticorpos que atacam o próprio organismo. Acometendo diferentes sistemas do corpo, incluindo articulações, pele, rins, coração, pulmões, vasos sanguíneos e cérebro.

Quais os tipos de lúpus?

Lúpus eritematoso sistêmico: é o mais comum. Compromete órgãos internos e externos (pele), de graus de intensidade variados.

Lúpus discoide: causa uma erupção cutânea que não desaparece. Saiba mais em: O que é lúpus discoide e quais são os sintomas?

Lúpus cutâneo subagudo: causa bolhas após exposição ao sol.

Lúpus induzido por drogas: Literalmente esse tipo se origina, é induzido por certos medicamentos. Geralmente desaparece quando a pessoa para de tomar o medicamento.

Lúpus neonatal: Não é comum e afeta recém-nascidos. É provável que seja causado por certos anticorpos da mãe.

Lúpus tem cura?

Lúpus não tem cura. Trata-se de uma doença autoimune, em que o organismo produz anticorpos que atacam o próprio corpo. Não existe um medicamento ou tratamento capaz de impedir a produção desses anticorpos e curar o lúpus. Porém, com medicamentos e cuidados gerais é possível manter a doença sob controle.

Os objetivos do tratamento do lúpus são: evitar surtos, aliviar os sintomas e reduzir danos aos órgãos e outras complicações.

Como é o tratamento para lúpus?

O tratamento do lúpus inclui medidas de cuidados gerais e o uso de medicamentos para reduzir a inflamação e a dor, evitar ou diminuir os surtos, ajudar o sistema imunológico, diminuir ou evitar danos nas articulações e equilibrar níveis hormonais.

O tratamento do lúpus é feito com medicamentos, exercícios, repouso, dieta, controle do estresse e não exposição ao sol.

Medicamentos

Os medicamentos mais usados para tratar o lúpus são os anti-inflamatórios, que reduzem a inflamação e a dor, sobretudo nas fases agudas do lúpus. Os corticoides são especialmente indicados nos casos graves de lúpus e nos tipos cutâneos e articulares.

Também são utilizados medicamentos que ajudam a equilibrar o sistema imunológico, imunossupressores (diminuem a resposta inflamatória autoimune), imunoglobulinas e terapia biológica.

Além de tomar medicamentos para o lúpus, pode ser necessário tomar medicações para problemas relacionados ao lúpus, como colesterol alto, pressão alta ou infecções.

Exercício físico e repouso

Além dos medicamentos, é muito importante manter um equilíbrio adequado entre exercício físico, preferencialmente fisioterapia, e repouso.

Dieta

A alimentação deve ser ajustada de acordo com o caso, principalmente quando há comprometimento dos rins.

Não se expor ao sol

No tratamento do lúpus, é fundamental evitar a exposição ao sol ou a raios ultravioleta artificiais. A luz solar pode desencadear surtos, com comprometimento na pele e em outros órgãos.

Recomenda-se o uso de protetor solar com fator de proteção (FPS) superior a 15, sempre que a pessoa estiver ao ar livre, além de evitar a exposição direta ao sol nas horas mais quentes do dia e usar roupas compridas e chapéu para se proteger dos raios solares.

O reumatologista é o especialista responsável pelo diagnóstico e tratamento do lúpus, que pode envolver médicos de outras especialidades, conforme os órgãos acometidos pela doença.

Saiba mais em:

Pessoa com lúpus pode fazer selante no cabelo?

Quem tem lúpus pode engravidar?

O que significa útero em AVF?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

AVF é a abreviação da posição anatômica do útero em relação ao corpo. Nesse caso significa ânteroversoflexão, ou apenas anteroversão.

Quais são as variações de posição do útero?

As variações de posição são:

  • Anteroversão
  • Medioversão e
  • Retroversão.

A anteroversão é a variação anatômica do útero mais encontrada, caracterizada pela posição do órgão voltada para frente, como se o útero estivesse "dobrado" na direção anterior do corpo.

Na medioversão o útero se encontra na posição mediana do corpo, situado dentro da bacia. Posição mais comum nas mulheres de meia idade e na menopausa.

A retroversão, útero retrovertido ou popularmente conhecido por útero "invertido", é a posição em que se encontra voltado para trás. Variação menos comum, costuma representar pouco mais do que 5% das mulheres.

Todas as três variações são consideradas normais, embora a retroversão esteja mais associada a casos de infertilidade, quando a posição é ocasionada por processos inflamatórios, como as doenças inflamatórias pélvicas (DIPs).

Importância de avaliar a posição do útero nos exames

A indicação e importância da avaliação da posição do útero, se dá especialmente quando a mulher apresenta queixas como dor pélvica intermitente, cólicas durante o período menstrual, dor na relação sexual, ou ainda infertilidade.

A posição de retroversão, sobretudo, está relacionada a casos de dor crônica, cólicas menstruais de difícil tratamento e infertilidade. E nesses casos, pode estar indicada a abordagem cirúrgica para correção da posição ou cicatrizes que possam existir naquela localização.

Nos demais casos não há indicação de abordagem, como no seu caso de AVF.

Leia também: Quem tem útero retrovertido pode engravidar?

Portanto, se seu exame apresentou como resultado o útero em AVF, significa que está normal. Contudo, é importante que leve o resultado para demais esclarecimentos.

Tem como saber se meu marido é estéril no esperma a olho nu?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Não é possível avaliar a qualidade do esperma a olho nu.

O exame que avalia com detalhes o esperma é o espermograma.

Nele, o/a profissional de saúde observará no microscópio a quantidade de espermatozoides presente, bem como suas características de mobilidade entre outras.

O espermograma é um dos exames realizados na avaliação do casal infértil. Essa avaliação inclui exames da mulher e do homem para compreender as causas da infertilidade e orientar adequadamente o tratamento apropriado.

Por isso, caso o casal está há mais de 15 meses seguidos tentando engravidar e não conseguiu, é indicado uma consulta de planejamento familiar com o ginecologista, médico de família ou clínico geral.

Para saber mais sobre espermograma, você pode ler:

Como é feito o espermograma?

Entendendo os Resultados do Espermograma

Ejaculo pouco esperma, pode dificultar ter filhos?

Referências

Bradley D Anawalt, et cols. Approach to the male with infertility. UpToDate: May 13, 2019.

Sociedade Brasileira de Urologia – SBU.

Tomei Nimesulida e não sabia que estava grávida?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Os anti-inflamatórios como o Cimelide (nimesulida) só devem ser usados na gestação sob orientação e prescrição médica, já que podem aumentar o risco de complicações no desenvolvimento do feto e podem prejudica o seguimento da gravidez.

Alguns estudos indicam que o uso de anti-inflamatório aumenta o risco de abortamento quando usado continuamente nos primeiros meses de gravidez.

O uso da nimesulida só deve ser orientado quando os benefícios da medicação superarem os riscos, pelo menor tempo e menor dose de medicamento possível, por isso a orientação médica é essencial.

No terceiro trimestre a nimesulida e outros anti-inflamatórios estão contra-indicados por riscos importantes ao desenvolvimento fetal e complicações durante o parto como atonia uterina, distocia e prolongamento do tempo de parto.

Os anti-inflamatórios quando usados no terceiro trimestre podem induzir o fechamento precoce do ducto arterial, causando disfunções cardíacas graves.

Pode tomar nimesulida durante a amamentação?

Durante o período de amamentação o uso de nimesulida também é contra-indicado, já que não está bem determinado se o medicamento é ou não excretado pelo leite materno.

Nimesulida provoca infertilidade?

Alguns estudos mostram que a nimesulida interfere na fertilidade, dificultando a gravidez em mulheres que desejam engravidar, portanto, o seu uso também é contra-indicado para mulheres que desejam engravidar.

Para mais informações sobre o efeito da nimesulida e de outros anti-inflamatórios na gestação e lactação consulte o seu médico ginecologista ou médico de família.

Útero aumentado, quais as principais causas?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

As principais causas de útero aumentado são: a adenomiose, a presença de miomas e tumores.

Entretanto, é importante saber que o útero pode variar de tamanho durante toda a vida da mulher, devido a condições normais. A gravidez e a menopausa, estão entre as alterações hormonais naturais do organismo da mulher, que leva ao aumento uterino.

Conheça neste artigo as doenças mais comuns que levam ao aumento do tamanho uterino e os seus sintomas. Para definir o melhor tratamento, o ginecologista precisa ser consultado.

Adenomiose

A adenomiose uterina acontece quando o tecido que reveste a parede interna do útero (endométrio) cresce para dentro da musculatura uterina. Apesar de provocar o aumento do volume uterino, a adenomiose não evolui para o câncer.

Os sintomas da adenomiose incluem:

  • Menstruação longa e de sangramento abundante,
  • Cólicas menstruais intensas,
  • Dor durante as relações sexuais,
  • Dor pélvica,
  • Sangramentos fora do período menstrual,
  • Dificuldade de engravidar (em alguns casos)

Como tratar? O tratamento é feito com analgésicos para aliviar a dor e o uso de anticoncepcionais orais. Para o tratamento adequado e definitivo da adenomiose é preciso passar pela avaliação de um ginecologista. Nos casos mais graves, pode ser indicado a retirada do útero (histerectomia).

Mioma

O mioma é um tumor benigno que pode ocorrer no útero e é formado, principalmente, por tecido muscular. Nem sempre causa sintomas, mas nos casos de mioma volumoso, pode apresentar:

  • Sangramento menstrual mais longo e intenso que o habitual,
  • Dor ou sensação de peso no baixo ventre durante, ou entre uma menstruação e outra,
  • Vontade de urinar com maior frequência,
  • Prisão de ventre,
  • Aborto espontâneo e
  • Sensação de inchaço na barriga.

Como tratar? Muitas vezes não tem indicação de tratamento, mas quando causam incômodos ou são muito grandes, são indicados analgésicos para aliviar os sintomas e hormônios para reduzir o tamanho dos miomas. Quando os miomas são muito grandes é indicado tratamento cirúrgico para a sua retirada. O ginecologista é o especialista indicado para avaliar o melhor tratamento, caso a caso.

Câncer de útero

O câncer de útero, inicialmente não causa sintomas. Com o seu desenvolvimento e resultar nos seguintes sintomas:

  • Sangramento entre as menstruações,
  • Menstruações irregulares e mais longas que o normal e
  • Perda de peso.

Como tratar? O tratamento do câncer de útero consiste na retirada do tumor e em casos, mais graves, do próprio útero, tubas uterinas e/ou ovários. Em algumas situações é necessário também realizar quimioterapia ou radiologia.

Qual o tamanho normal do útero?

Em uma mulher a adulta, o tamanho do útero pode variar entre 50 a 90 cm3 e pode ser medido durante a realização de ultrassonografia abdominal e transvaginal.

Se você perceber anormalidades como sangramento irregular, menstruações longas e dolorosas, do durante o ato sexual, sensação de pressão ou peso na região inferior do abdome, procure um ginecologista para definir a causa e definir o melhor tratamento.

Para saber mais sobre tamanho e aumento do útero, leia os seguintes textos:

Referências:

Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia - FEBRASGO

Primo, W.Q.S.P.; Corrêa, F.J.S.; Brasileiro, J.P.B. Manual de Ginecologia da Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia de Brasília. SBGO, 2017.

Anabolizantes podem suspender a ovulação e causar infertilidade?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Sim, anabolizantes podem suspender a ovulação e causar infertilidade, pois os hormônios presentes nos anabolizantes inibem a produção do hormônio FSH, responsável pela maturação dos óvulos. Sem ovulação, a mulher deixa de menstruar e já não pode engravidar.

Os anabolizantes quase sempre são feitos com testosterona, um hormônio masculino que, em grandes quantidades no corpo da mulher, diminui a ação dos hormônios femininos.

Como resultado, a mulher começa a desenvolver características masculinas:

  • A voz fica mais grossa;
  • O corpo perde as suas formas arredondadas;
  • Os pelos crescem além do normal;
  • O maxilar fica mais largo.

Além disso, o clitóris fica maior, os seios menores e o apetite aumenta.

Porém, suspendendo o uso do anabolizante, a mulher volta a ovular e a menstruação fica regularizada. Cerca de 3 meses depois da interrupção, o organismo volta ao normal.

O uso de anabolizantes também dificulta a fixação do embrião na parede do útero, provocando abortos. No caso da gravidez vingar, há maiores riscos de malformação fetais, pois prejudica o desenvolvimento dos órgãos genitais do bebê.

Veja também: Anabolizantes cortam o efeito do anticoncepcional?

Quais são os outros efeitos colaterais dos anabolizantes?

Tanto em homens como mulheres, os anabolizantes produzem os seguintes efeitos colaterais:

  • Aumento de acnes;
  • Queda do cabelo;
  • Distúrbios na função do fígado;
  • Explosões de raiva ou comportamento agressivo;
  • Paranoia;
  • Alucinações;
  • Psicoses;
  • Coágulos sanguíneos;
  • Retenção de líquido;
  • Aumento da pressão arterial;
  • Aumento do colesterol ruim (LDL) e diminuição do bom colesterol (HDL);
  • Aumento do risco de câncer de fígado.
O uso de anabolizantes é sempre contraindicado?

Os hormônios presentes nos anabolizantes podem ser usados ocasionalmente, para reposição hormonal em homens, desde que sejam prescritos e usados sob orientação de um médico endocrinologista.

Mesmo quando há necessidade, os pacientes tomam apenas doses mínimas de hormônios, o suficiente para regular a sua disfunção.

O uso de anabolizantes sem orientação médica é proibido e traz grandes riscos para a saúde.

É possível fazer inseminação artificial após laqueadura?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Não é possível fazer inseminação artificial após laqueadura, a menos que a mulher desfaça a laqueadura. Para haver fecundação e, consequentemente, uma gravidez, é preciso que haja o encontro do espermatozoide com o óvulo, o que não é possível se a mulher tiver feito laqueadura, mesmo através de inseminação artificial, pois esse procedimento depende do adequado funcionamento de pelo menos uma tuba uterina.

A gravidez só é possível se a mulher desfizer a laqueadura ou realizar o tratamento de fertilização in vitro. No entanto, a reversão da laqueadura é um processo lento, com poucas chances de sucesso de engravidar, pelo que a fertilização in vitro é a mais indicada nesses casos.

A diferença entre o tratamento de fertilização in vitro e a inseminação artificial é que na fertilização in vitro a fecundação do óvulo ocorre fora do corpo da mulher, em laboratório, sendo a seguir transferido para o útero. Já na inseminação artificial a fecundação ocorre no útero, o óvulo é inserido dentro do útero e fecundado nas tubas uterinas, por isso esse é um processo que fica impedido de ocorrer se a mulher tiver sido laqueada.

A mulher deve consultar o seu médico ginecologista para avaliar qual o melhor procedimento a adotar.

Leia também:

Mulher sem trompas pode engravidar?

Até que idade uma mulher pode engravidar?

Qual o tratamento para herpes genital?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

O tratamento para herpes genital inclui higiene local, uso de pomadas e comprimidos antivirais. A doença é causada por um vírus (herpes simples), transmitido sobretudo por relações sexuais. Os principais sinais e sintomas incluem vermelhidão, dor e bolhas no local afetado.

O medicamento mais usado para tratar o herpes genital é o aciclovir, normalmente administrado por via oral ou diretamente sobre as lesões, sob a forma de pomada.

Quanto mais cedo o herpes genital começar a ser tratado, mais eficaz é o resultado. O ideal é começar o tratamento no máximo 2 dias após a manifestação dos sintomas.

O tratamento do herpes genital é eficaz e as lesões podem desaparecer inclusive sem deixar cicatrizes. Contudo, mesmo sem manifestar sintomas, o vírus permanece "adormecido" nas células nervosas. Portanto, em qualquer momento em que a imunidade da pessoa estiver baixa, ele pode voltar a se manifestar e provocar novas lesões.

Veja também: Herpes genital tem cura?

Quais as possíveis complicações do herpes genital?

O herpes genital é uma doença relativamente pouco grave. Entre as suas principais complicações estão a encefalite herpética, que é a infecção do cérebro causada pelo vírus, embora seja uma complicação rara.

Outra forma grave da doença é o herpes congênito, transmitido da mãe para o bebê, principalmente durante o parto.

Leia também:

Herpes na gravidez é perigoso? Como tratar?

Quem tem herpes pode engravidar?

Para saber o tratamento mais adequado para cada caso, é preciso consultar-se com o/a clínico/a geral, médico/a de família, ginecologista ou urologista.

Veja também:

Quais são os principais sintomas do herpes genital?

Como se pega herpes genital?

É possível engravidar tendo implante contraceptivo?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

É muito difícil engravidar tendo implante contraceptivo, uma vez que a eficácia desse método anticoncepcional é de 99,95%. Em cada 10.000 mulheres que usam o implante contraceptivo, apenas 5 terão alguma falha, o que faz dele um dos métodos anticoncepcionais mais seguros.

A eficácia do implante contraceptivo é superior a de todos os outros contraceptivos hormonais, como pílulas, sistema intrauterino, adesivo, injeções e anel vaginal.

Durante 3 anos, o implante contraceptivo libera diariamente na corrente sanguínea as doses de hormônio necessárias para inibir a ovulação, evitando assim a gravidez. Portanto, durante esse período, a mulher estará muito bem protegida contra uma gravidez indesejada. 

Os implantes contraceptivos são uma boa opção para mulheres que possuem contraindicações para usar métodos anticoncepcionais hormonais combinados.

Além disso, por não ser de utilização diária, ter grande eficácia e apresentar índices elevados de satisfação e continuidade de uso, o implante pode ser recomendado como a primeira opção de contraceptivo para mulheres em idade reprodutiva, sobretudo adolescentes.

De acordo com os estudos, os implantes contraceptivos estão entre os melhores métodos reversíveis para prevenir a gravidez, juntamente com o DIU.

Para maiores esclarecimentos sobre o implante contraceptivo, fale com o/a seu/sua médico/a ginecologista, clínico/a geral ou médico/a de família.