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Para que serve e como usar durateston®?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Durateston® é um medicamento a base de testosterona recomendado para tratamentos em homens com distúrbios de saúde relacionado à falta de testosterona (hipogonadismo masculino).

É indicado quando a deficiência de testosterona é identificada por meio de sinais e sintomas clínicos e exames de sangue. Ao ser administrado, os princípios ativos do Durateston® se transformam em testosterona pelo organismo.

Como usar durateston®

Durateston® é administrado por meio de uma injeção intramuscular profunda em regiões como nádegas, parte superior da perna ou do braço. Por este motivo deve ser administrado por um profissional de saúde.

A dose usual é de uma injeção de 1 ml a cada 3 semanas. Esta dosagem pode ser ajustada pelo/a médico/a de acordo com a resposta individual de cada paciente. Este ajuste é feito com base nos resultados de exames de sangue efetuados antes e durante o tratamento.

Se você achar que o efeito de durateston® está muito fraco ou muito intenso, comunique-se com o/a médico/a o quanto antes.

Os efeitos do medicamento diminuem gradativamente após a sua suspensão.

Precauções quanto ao uso de durateston®

O tratamento com a testosterona e outros hormônios masculinos pode causar o aumento do tamanho da próstata. Este é um efeito comum em homens idosos. Deste modo, é importante que durante o tratamento sejam regularmente avaliadas alterações prostáticas por meio do PSA (testes sanguíneos para o antígeno prostático específico).

Devem também ser efetuados exames de sangue para verificar a hemoglobina (substância que faz transporte de oxigênio nos glóbulos vermelhos). O uso de durateston® pode provocar o aumento do número de glóbulos vermelhos e desencadear complicações. Embora este seja um efeito raro, deve ser monitorado.

Comunique ao seu médico se você tem, já teve ou suspeita que tenha as seguintes condições e saúde:
  • Câncer renal
  • Câncer pulmonar
  • Câncer de mama que se espalhou pelos ossos
  • Doenças de corações, rins ou fígado
  • Apneia do sono
  • Enxaqueca
  • Diabetes
  • Hipertensão arterial (pressão arterial elevada)
  • Epilepsia
  • Doenças na próstata
Contraindicações de durateston®
  • Alergia aos componentes da fórmula
  • Mulheres
  • Crianças menores de 3 anos de idade
  • Pessoas alérgicas à soja ou amendoim
Efeitos colaterais de durateston®

As reações adversas do uso de durateston® incluem:

  • Náuseas
  • Acne
  • Prurido
  • Dor muscular (mialgia)
  • Retenção de líquido
  • Depressão
  • Nervosismo;
  • Transtorno de humor
  • Pressão alta (hipertensão)
  • Alterações na função do fígado
  • Alterações da libido
  • Ginecomastia (crescimento das mamas)
  • Ereção prolongada e dolorosa do pênis
  • Alterações na formação do esperma
  • Câncer de próstata

Respeite as orientações médicas quanto ao uso de durateston®, comunique os seus efeitos e realize os exames solicitados antes e durante o tratamento.

Durateston® somente deve ser utilizado sob orientação e supervisão médica.

Leia também:

Quais os sinais que podem indicar baixa testosterona?

O que fazer para aumentar o nível de testosterona?

Quais os sinais de excesso de testosterona?

Melhores posições para engravidar: isso existe mesmo?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Não existem estudos científicos que comprovem uma determinada posição como melhor para engravidar, principalmente porque a fertilidade está relacionada a diversos fatores, por exemplo, a posição do útero.

Entretanto, um grupo de pesquisadores franceses, publicou em 2011 um estudo sobre o tema, no qual concluiu que as melhores posições para engravidar seriam a de "missionário" e "de quatro", pois durante a penetração a ponta do pênis fica diretamente alinhada ao colo do útero, permitindo um alcance mais profundo do esperma. Embora confirme também, que o excesso de preocupação possa dificultar a concepção.

O fator mais importante é conhecer e assegurar relações durante o período fértil, no qual ocorre a ovulação. Para isso é preciso entender o seu ciclo menstrual e período fértil.

Saiba mais: Como calcular o período fértil?

6 Dicas para Engravidar1. Conhecimento sobre a Anatomia

É importante que homens e mulheres conheçam seus corpos, e saibam como eles funcionam. Especialmente para as mulheres, o conhecimento sobre seu corpo sempre foi um tabu; e para algumas, ainda é. Conhecer o próprio corpo e saber identificar, em seu ciclo menstrual, o período fértil e os sinais de ovulação, são primordiais para aumentar as chances de engravidar.

O muco vaginal elástico e semelhante à clara de ovo, dores abdominais de um único lado do abdômen, temperatura corporal, libido e umidade vaginal aumentadas são alguns sinais de ovulação. A presença de escape, com pequeno sangramento de cor marrom também pode ocorrer, embora não tão frequente.

Para casais que pretendem engravidar, recomenda-se intensificar a frequência das relações sexuais neste período.

2. Parar de tomar anticoncepcional

Aguarde pelo menos duas menstruações ocorrerem antes de iniciar as tentativas de engravidar. Este é um tempo adequado para que os ovários retomem suas funções hormonais normais e o endométrio, tecido que reveste internamente o útero, volte a crescer. Com a recuperação da espessura do endométrio, o útero estará mais preparado para receber o óvulo fecundado. Estudos mostram que a chance de os abortos espontâneos ocorrerem é de 10 a 15% quando a mulheres engravidam logo após a suspensão do uso de anticoncepcional, o que se deve ao fato de o endométrio ainda estar muito fino para sustentar o óvulo.

3. Evitar fumar e/ou utilizar outras drogas

O tabagismo e/ou o uso de outras drogas podem alterar a qualidade dos óvulos e comprometer a fertilidade.

4. Ter cuidado com o peso e a alimentação

O peso interfere na fertilidade. Se o seu Índice de Massa Corporal está muito abaixo ou muito acima da faixa normal, poderá levar mais tempo para conseguir engravidar. Buscar uma alimentação saudável com orientação do nutricionista ajudará a construir um bom plano alimentar que pode tornar seu organismo mais saudável e facilitar a ocorrência de gravidez.

5. Fazer um check-up ginecológico

Informar à ginecologista que você e seu parceiro pretendem engravidar é importante. A partir desta informação, o(a) médico(a) já efetua o exame ginecológico preventivo e os demais exames necessários (hemograma, dosagem de hormônios, entre outros), antes da gestação.

Além disso, poderá oferecer reposição de vitaminas indicados para evitar complicações no neurodesenvolvimento fetal.

6. Ter atenção à idade

O fator isolado mais importante que pode comprometer a fertilidade feminina é a idade. Mulheres com idade superior a 35 anos com tentativas de engravidar durante 6 meses sem sucesso, devem buscar o especialista em fertilidade para não perder muito tempo. Se houver ovários policísticos ou problemas nas trompas, ou o homem apresentar problemas com sêmen, não se deve esperar este prazo de seis meses. O correto é procurar rápido um especialista.

A decisão de engravidar deve ser um plano comum do casal. Ambos devem estar dispostos a cuidar de sua saúde para promover a gestação. É importante que procurem orientação médica e sigam as recomendações para evitar problemas de saúde, preservar a saúde da mãe e do feto e fortalecer os vínculos afetivos.

Para saber mais: Quero engravidar: o que devo fazer?

Contraceptivo natural: quais os métodos naturais para evitar a gravidez?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Os contraceptivos naturais são os métodos que se baseiam no reconhecimento do período fértil para serem efetuados e incluem método Billings, tabelinha, temperatura corporal, sintotérmico, coito interrompido, teste de ovulação e amenorreia lactacional.

Estes métodos são também são chamados de métodos contraceptivos comportamentais, pois para serem realizados é necessária a abstenção sexual durante o período fértil ou uso de práticas em que o esperma não é depositado na vagina.

Vale destacar que este métodos podem ser usados para evitar a gravidez, mas não previnem as infecções sexualmente transmissíveis (IST’s).

Conheça neste artigo os métodos naturais de concepção:

Método Billings ou muco cervical

O método Billings consiste na auto-observação das modificações do muco cervical, secreção produzida no colo do útero pela ação dos hormônios femininos, que torna a vagina úmida e, às vezes, pode ser observado na calcinha.

Após a menstruação é comum que ocorra um período de menos umidade na vagina, ou seja mais seco. A seguir, o muco se torna esbranquiçado e pegajoso, mas se quebra ao ser esticado. Ao se aproximar o dia da ovulação, o muco vai se modificando e se torna escorregadio, transparente e elástico, semelhante à clara de ovo, sinal de período fértil e, portanto, a mulher pode engravidar.

O casal que não deseja engravidar, deve evitar relações sexuais com penetração enquanto o muco cervical semelhante à clara de ovo estiver presente e até quatro dias após o seu desaparecimento.

Coito Interrompido

A realização do coito interrompido consiste na retirada do pênis da vagina, um pouco antes da ejaculação. Apesar de ser bastante utilizado, é um método que apresenta alto risco de falha, uma vez que o líquido que sai do pênis antes da ejaculação (líquido seminal), pode conter espermatozoides.

Além disso, pode ocorrer de o homem não ter controle suficiente para retirar o pênis antes que a ejaculação aconteça, o que caracteriza outra falha bastante comum para casais que sam este método.

Tabelinha

Para fazer a popular tabelinha (Método Ogino Knaus), determinar o seu período fértil e evitar a gravidez, é preciso que você observe, pelo menos 6 ciclos menstruais.

Isto quer dizer que você vai marcar em um calendário o primeiro dia de cada menstruação durantes seis meses seguidos para verificar quantos dias durou cada ciclo menstrual. É a partir destas informações que será calculado o seu período fértil. De preferência, faça este cálculo com a ajuda de um médico de família ou ginecologista.

Sabendo do seu período fértil com aplicação da tabelinha, evite relações sexuais com penetração neste período para evitar um gravidez.

Temperatura corporal

O método da temperatura corporal ou basal se fundamenta na verificação da temperatura do corpo em repouso, durante o ciclo menstrual. Os hormônios femininos fazem com a que a temperatura do corpo da mulher sofra variação de acordo com o período do ciclo menstrual.

Antes da ovulação a temperatura do corpo é mais baixa e durante a ovulação ela aumenta alguns décimos de grau, permanecendo assim até a chegada da menstruação seguinte.

Para utilizar este método, você deve medir a sua temperatura corporal ao acordar pela manhã, antes de levantar, e depois de dormir, no mínimo, por cinco horas. As temperaturas devem ser anotadas em um gráfico.

Para evitar a gravidez, o casal não deve ter relações sexuais com penetração vaginal no intervalo de 4 a 5 dias antes da data prevista para a ovulação até o quarto dia de temperatura mais elevada.

Sintotérmico

O método sintotérmico é o uso combinado da tabelinha, do método Billings (muco cervical), da temperatura basal para a identificação do período fértil.

Além da combinação destes métodos você deve estar atenta a alguns sinais e sintomas que indicam que a mulher está no período fértil são:

  • Sensação de peso ou inchaço nos seios,
  • Dor o aumento do abdome,
  • Aumento do desejo sexual,
  • Mudanças de humor,
  • Aumento de peso e
  • Aumento do apetite.

Deste modo, para evitar a gravidez, o casal deve evitar as relações sexuais com penetração vaginal nos dias considerados férteis de acordo com a tabela, características do muco cervical, elevação da temperatura corporal e presença de sinais e sintomas que indicam que a mulher se encontra em seu período fértil.

Amenorreia lactacional

O método da amenorreia lactacional consiste no uso da amamentação para evitar a gravidez, uma vez que a amamentação inibe a fertilidade da mulher.

Para efetuar o método a mulher precisa realizar amamentação exclusiva nos primeiros seis meses após o nascimento do bebê. Igualmente, é possível associar o método da amenorreia lactacional a outro método contraceptivo que não interfira na amamentação.

Para realizar a amenorreia lactacional como anticoncepcional a mulher:

  • Deve amamentar exclusivamente o seu bebê ao seio na hora que ele desejar (amamentação em livre demanda) por até 6 meses,
  • Não oferecer água, chás ou suco ao seu bebê por até 6 meses e
  • Deve apresentar ausência de menstruação.

Se você voltar a menstruar ou decidir introduzir outros alimentos para o seu bebê, converse com o médico de família ou ginecologista para que, juntos, possam escolher um método contraceptivo eficaz.

Vantagens e desvantagens dos anticoncepcionais naturais

Para a escolha do melhor método contraceptivo natural, é preciso que você conheça suas vantagens e desvantagens. Inclui-se entra as vantagens:

  • São gratuitos,
  • Não produzem efeitos colaterais ou malefícios,
  • Permitem que a mulher entre em contato com o seu corpo e o conheça melhor,
  • Proporciona aprendizado sobre a fertilidade feminina,
  • Não interferem no retorno da fertilidade da mulher.

As desvantagens dos anticoncepcionais naturais se encontram no fato de que estes métodos:

  • Não protegem contra as infecções sexualmente transmissíveis,
  • Não devem ser utilizados por mulheres com ciclos menstruais irregulares.

Se você apresentar irregularidades no ciclo ou tiver passado por aborto, aguarde que ocorram, pelo menos, três ciclos menstruais regulares até adotar um método de anticoncepção natural. Converse com o seu médico de família ou ginecologista para escolher o melhor método contraceptivo para você.

Para saber mais sobre métodos anticoncepcionais, você pode ler:

Melhor anticoncepcional: 5 dicas para ajudar na sua escolha

Dúvidas sobre anticoncepcional

Anticoncepcional oral tem efeitos colaterais?

Referências

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Direitos sexuais, direitos reprodutivos e métodos anticoncepcionais. Brasília: Ministério da Saúde, 2009. 52 p.

Principais causas de dor no testículo e quando devo me preocupar
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

A dor testicular pode atingir homens de qualquer idade, de crianças a idosos. Pode ocorrer no testículo esquerdo, no direito ou em ambos.

As principais causas de dor testicular são: epididimite ou epidídimo-orquite, torção testicular, torção do apêndice testicular, varicocele, hérnia inguinal ou trauma.

Vejamos as principais causas:

Epididimite

O epidídimo é uma estrutura presente no topo do testículo, onde o esperma fica armazenado. Quando esta estrutura fica inflamada tem-se a epididimite. A causa da epididimite geralmente é infecciosa, de origem bacteriana.

As principais bactérias causadoras da epididimite são a N. gonorrhoeae e a C. trachomatis, ambas são transmitidas sexualmente, portanto é uma condição mais frequente em homens jovens sexualmente ativos.

No entanto, também podem existir casos de epididimite originados de outras bactérias como a E. coli e a pseudomonas, principalmente em homens idosos.

Torção testicular

A torção testicular, como o próprio nome diz, ocorre quando o cordão espermático torce, ou seja, gira em torno de si próprio. O cordão espermático é uma estrutura presente no interior do testículo, por onde passam artérias, veias, nervos e o ducto deferente, um canal por onde percorre o esperma.

Este é um quadro mais frequente em crianças recém-nascidas e meninos pós-puberais.

Torção do apêndice testicular

O apêndice testicular é uma estrutura presente nos testículos sem função específica, mas que podem rotacionar e sofrer uma torção, causando dor intensa. Este quadro é mais comum em meninos em idade escolar.

Varicocele

A varicocele corresponde a veias aumentadas de tamanho presente no testículo. Normalmente não causam dor, mas em algumas situações pode gerar desconforto e estar associada a problemas de fertilidade.

Ocorre mais frequentemente em crianças pequenas mas também pode atingir adultos.

Hérnia inguinal

A hérnia inguinal ocorre quando há protusão de conteúdos da cavidade abdominal, como o intestino, por uma falha da parede abdominal na região da virilha. É possível que o conteúdo da hérnia atinja o testículo, aumentando o seu tamanho e causando dor moderada a intensa.

Trauma testicular

O trauma é uma causa frequente de dor testicular, podendo ocorrer durante a prática de esportes ou durante acidentes.

Traumas leves a moderados podem causar dor, inchaço, vermelhidão e hematomas no testículo. Traumas mais intensos podem causar ruptura dos órgãos internos que compõem o testículo, exigindo avaliação médica de urgência.

Qual o tratamento para a dor no testículo?

O tratamento para a dor no testículo irá depender da causa.

Muitas das causas de dor testicular são resolvidas através de procedimentos cirúrgicos. As situações de torção testicular, torção do apêndice testicular e hérnia inguinal são resolvidas através de cirurgia.

Já a epididimite é tratada com o uso de antibióticos.

Em situações de trauma pode ser necessário usar analgésicos, anti-inflamatórios para aliviar a dor. A aplicação de gelo pode também contribuir para o alívio da dor.

Quando se preocupar e procurar um médico?

Algumas situações de dor testicular precisam ser avaliadas por um médico, pois podem corresponder a doenças de maior gravidade que exigem tratamento imediato ou uma investigação mais aprofundada.

Consulte um médico quando:

  • Apresentar dor de forte intensidade e início repentino;
  • Apresentar febre;
  • Notar o aparecimento de um nódulo no testículo;
  • Notar que o testículo está quente, vermelho ou inchado;
  • Apresentar náuseas e vômitos;
  • Sentir dor intensa, que não melhora, após um trauma.

Também pode ser do seu interesse:

Dor no testículo, após a relação é normal?

Dor no pé da barriga em homens: as 10 causas mais comuns e como tratar?

Referências

Acute scrotal pain in adults. Uptodate.2021