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Estou com 30 semanas de gestação, tenho contração e dilatação do colo do útero (2cm), o que fazer?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

É importante manter a calma, tranquilidade, fazer repouso e ter um obstetra que a acompanhe, aparentemente não há motivo para alarme. É provável que essas contrações sejam contrações de treinamento, também chamadas de contrações de Braxton-Hicks, que são contrações irregulares que podem se iniciar no terceiro trimestre.

O trabalho de parto prematuro é caracterizado pela presença de contrações rítmicas e regulares, sendo que há a presença de 2 a 3 contrações em 10 minutos e dilatação maior ou igual a 2 cm, se essas duas condições não estiverem acontecendo concomitantemente, não se trata ainda do trabalho de parto.

Caso passe a apresentar contrações dolorosas, rítmicas e intensas, que duram 30 segundos ou mais, sendo cerca de 2 a 3 contrações por minutos deve procurar atendimento médico.

Contrações de treinamento e contrações do trabalho de parto

É importante diferenciar as contrações de treinamento de um possível trabalho de parto prematuro, portanto, avaliar a característica das contrações e outros sintomas que possam surgir é essencial.

As contrações de treinamento, geralmente são indolores, desordenadas e irregulares, não se tornam mais intensas com o decorrer do tempo e podem ser facilmente aliviadas as vezes com a simples mudança de posição da mulher.

Já as contrações do trabalho de parto são dolorosas, quanto mais contraída a parede uterina maior é a dor que a mulher sente, começam ou da região superior da barriga ou das costas e descem em direção a pelve.

São mais ordenadas e rítmicas, portanto possuem uma certa regularidade e tornam-se cada vez mais frequentes e intensas a cada vez que se aproxima do momento do parto. Podem durar de 30 a 60 segundo ou um pouco mais.

Rotura da bolsa amniótica

Um outro sinal importante do parto é a rotura da bolsa: a mulher pode perder involuntariamente uma grande quantidade de líquido claro, geralmente transparente, aos poucos ou de uma única vez. Nessa situação a mulher deve procurar imediatamente o atendimento obstétrico.

Outros sinais que merecem atendimento médico imediato são perda de sangue vaginal ou o bebê deixar de mexer por 12 horas seguidas.

Para mais informações sobre o trabalho de parto consulte o seu médico obstetra ou médico de família que acompanha o pré natal.

Falta de vitamina D na gravidez: o que pode causar e o que fazer?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A falta de vitamina D na gravidez pode prejudicar o desenvolvimento dos ossos do feto, sobretudo se a carência da vitamina ocorrer no 3º trimestre de gestação, podendo provocar ainda abortos e pré-eclâmpsia.

Além disso, sabe-se que filhos de gestantes com deficiência de vitamina D apresentam mais chances de desenvolver esclerose múltipla.

A falta de vitamina D durante a gestação pode ainda levar ao desenvolvimento diabetes gestacional, vaginose bacteriana, baixo peso ao nascimento, além de aumentar o risco de doenças cardiovasculares e diminuir a massa óssea da criança durante a infância.

A vitamina D atravessa a placenta e ajuda na construção da estrutura óssea do feto. Consequentemente, o estoque materno da vitamina D pode ficar reduzido.  

Por isso, a gestante deve ingerir uma quantidade adequada diária de vitamina D para propiciar uma boa saúde nos ossos do feto e evitar a deficiência nos seus próprios ossos.

Prevenção

Para evitar que as reservas de vitamina D fiquem baixas nessa fase, recomenda-se que as grávidas tenham uma ingestão diária de vitamina D de 600 a 800 UI, associada à exposição solar moderada.

Se a dieta da mulher não contemplar produtos derivados do leite, peixe, ovos ou alimentos acrescidos de vitamina D, pode se considerar uma suplementação.

As consultas frequentes do pré-natal são muito importantes para acompanhar o desenvolvimento do feto e o bem estar da gestante.

Leia também:

Insuficiência de vitamina D: Quais os sintomas e complicações?

Para que serve a vitamina D?

Quais os sintomas ou doenças causadas pela falta de vitamina D?

É normal a menstruação depois da gravidez ser diferente?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sim, é normal que a menstruação depois da gravidez seja diferente nos primeiros meses, com um fluxo menstrual mais intenso e com um sangramento que dura mais do que antes da gestação, mas isso volta ao normal com o tempo.

É importante lembrar que o sangramento que começa logo após o parto e pode durar cerca de 40 dias não é menstruação, mas sim restos do material que revestia o útero durante a gestação e que o corpo está eliminando. Este fluxo normalmente é mais intenso e irregular que o da menstruação.

Depois desse período, conhecido como resguardo, a mulher ainda pode ficar meses sem menstruar, no caso de estar amamentando exclusivamente, porque os hormônios produzidos durante o aleitamento impedem a ovulação.

No entanto, quando o bebê deixa de ser alimentado exclusivamente com leite materno e começa a ingerir fórmulas ou comidas sólidas, a mulher já pode voltar a ter menstruação, da mesma maneira que ocorria antes da gravidez.

Há casos de irregularidade do ciclo menstrual entre mulheres que ganharam muito peso durante a gestação, mas que tende a normalizar à medida que a mulher reestabelece seu peso.

O fluxo menstrual também pode ser mais leve do que antes da gravidez se a mulher começar a tomar pílula anticoncepcional, usar DIU ou tomar pílulas que são exclusivamente de  progesterona.

Se houver uma alteração muito significativa entre a menstruação antes e depois da gravidez, a mulher pode consultar o/a ginecologista, clínico/a geral ou médico/a de família para uma investigação detalhada.

Qual a equivalência de Beta-HCG para gravidez?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Beta-hCG com resultado 2 mUI/ml significa um exame negativo para gravidez.

Para a maioria dos laboratórios, somente são positivos valores superiores a 25.

É recomendado esperar pelo menos 8 dias de atraso menstrual para fazer o exame de sangue beta-hCG. Isso porque só depois de 8 dias após a concepção os níveis do hormônio beta-hCG estão altos o suficiente para serem detectados no sangue.

O beta-hCG só é produzido pela mulher apenas durante a gravidez, por isso, quando o teste dá positivo é bem provável que a mulher esteja grávida. Porém, com um atraso menstrual pequeno, quando o teste dá resultado negativo, não necessariamente a mulher não está grávida. Isso pode ser devido ao fato de não ter elevado os níveis do hormônio beta-hCG ao ponto suficiente de ser detectado no exame. Por isso, nesses casos, é indicada a repetição do teste.

O hormônio beta-hCG pode ser detectado no sangue ou na urina da mulher após a implantação do ovo (a união do espermatozoide com o óvulo) no útero. Essa implantação geralmente ocorre 7 dias após a fecundação. Por isso, nas primeiras semanas de gestação, ainda não há quantidade suficiente desse hormônio na circulação da mulher capaz de dar positivo o exame. Sendo assim, ela pode estar grávida e o exame beta-hCG ser negativo.

Em geral, valores de Beta-hCG entre 0 e 25 indicam resultado negativo. Porém, mulheres que estão na 1º ou 2º semana de gestação podem apresentar valores menores que 25.

Por isso, se o exame deu negativo, é indicado aguardar mais 10 a 15 dias. Se a menstruação continuar atrasada, recomenda-se repetir o exame.

Resultados com valores entre 25 e 100, na maioria das vezes, são indicativos de gravidez, ou seja, significam “positivo”. Porém, em alguns laboratórios, esses valores podem ser interpretados como indeterminados. Nestes casos, se houver dúvidas em relação à gravidez, espera-se mais 10 a 15 dias. Se o atraso menstrual persistir, deve-se repetir o exame.

Quando o Beta-hCG apresenta valores superiores a 100, o resultado é positivo e é então diagnosticada a gravidez.

Quando há dúvidas quanto a uma possível gravidez, a mulher pode repetir o exame em alguns dias, aguardando um atraso menstrual maior e dando tempo do hormônio ser detectado no sangue ou na urina.

Em caso de atraso menstrual prolongado e teste beta-hCG negativo, a mulher deve procurar o/a médico/a para uma avaliação.

Leia também:

O que é o beta-hCG qualitativo?

Progesterona baixa dificulta a gravidez?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Sim, a progesterona baixa pode dificultar a gravidez, uma vez que a progesterona é um hormônio essencial para preparar o organismo da mulher para a gravidez e também para garantir a evolução da gestação.

Níveis baixos de progesterona podem causar falhas na implantação do embrião no útero, o que dificulta o início de uma gravidez. A progesterona baixa também pode provocar abortos de repetição, prejudicando assim a manutenção da gestação.

A progesterona ativa as células que revestem a parede uterina e aumenta o fluxo sanguíneo, preparando o útero para receber o embrião.

Durante a gravidez, a progesterona mantém a gestação, relaxa a musculatura do útero e estimula o desenvolvimento das glândulas mamárias.

Veja também: Qual a função da progesterona na gravidez?; Progesterona baixa dificulta a gravidez?

Além disso, a progesterona está intimamente relacionada com a fertilidade da mulher:

  • Após a liberação do óvulo, na 2ª fase do ciclo menstrual, a progesterona é o hormônio feminino mais ativo, pois é a sua função garantir o desenvolvimento do embrião até o nascimento, caso o óvulo seja fecundado;
  • A partir dos 35 anos, a produção de progesterona cai, o que reduz as chances de engravidar devido ao envelhecimento dos óvulos e à diminuição do número de óvulos que a mulher armazena.

Se pretende engravidar fale com o seu médico de família ou ginecologista/obstetra.

Meu endométrio está medindo 11mm, pode ser gravidez?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Gravidez é uma das coisas que aumenta o endométrio, caso esteja com atraso menstrual essa é uma possibilidade, nessa situação você pode realizar um teste de gravidez para confirmação diagnóstica. É importante ainda estar atenta a outros possíveis sintomas como sangramentos, irregularidade menstrual ou cólicas menstruais, que podem sugerir outras possíveis causas de aumento endometrial.

Também é importante estar atenta a outros sinais e sintomas da gravidez como náuseas, vômitos, dor ou desconforto pélvico e sensibilidade mamária.

Hiperplasia endometrial

O espessamento do endométrio é chamado de hiperplasia endometrial e se refere a proliferação das células que compõem a camada interna do útero. Essa proliferação ocorre por conta do estímulo estrogênico, por isso uma das causas de hiperplasia endometrial é a terapia de reposição hormonal, utilizada no tratamento dos sintomas da menopausa, essa terapia inclui estrogênio, este hormônio está associado a proliferação das células endometriais.

Outras causas de espessamento do endométrio são:

  • Síndrome do Ovário Policístico;
  • Perimenopausa;
  • Obesidade;
  • Pólipos;
  • Alguns tumores de ovário;
  • Câncer de endométrio.

Alguns outros fatores também estão relacionados ao aumento do risco de hiperplasia endometrial entre eles:

  • Uso prolongado de medicamentos que contêm estrogênio ou substâncias com a mesma ação;
  • Idade maior que 35 anos;
  • Primeira menstruação muito jovem;
  • Tabagismo;
  • Menopausa em idade avançada;
  • Nunca ter estado grávida;
  • História familiar de câncer de útero, ovário ou cólon;

A causa mais provável de espessamento endometrial irá depender do contexto clínico de cada mulher, por isso, é essencial uma avaliação medica.

Leia mais em: O que é hiperplasia endometrial, e quais os sintomas?

Para mais informações e esclarecimentos sobre o espessamento endometrial consulte um ginecologista ou médico de família.

Meu caso é o seguinte, estou grávida!
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

A probabilidade maior de gravidez é da relação ocorrida em 05-07-2011. Isto porque nessa data estava provavelmente mais próxima do seu período fértil, visto que estava no 15º dia do seu ciclo menstrual. A maioria das mulheres que apresentam ciclos menstruais de duração de 28 a 30 dias ovulam por volta de 14 a 16 dias depois do começo da menstruação.

A relação que teve no dia 23 foi no terceiro dia do seu ciclo menstrual não apresenta risco de gravidez, já que os primeiros dias da menstruação estão muito longe ainda do momento da ovulação na grande maioria das mulheres.

Vale lembrar que o coito interrompido é um método contraceptivo pouco seguro com alta taxa de falha, portanto, é possível que mulheres engravidem com esse método.

Como saber qual o meu período fértil?

Para saber qual é o seu período fértil, no qual há maior chance de engravidar é importante saber qual é a duração do seu ciclo menstrual em média. Geralmente, o dia em que ocorre a ovulação está na metade do ciclo menstrual.

Por exemplo, mulheres que apresentam ciclos menstruais de 28 dias irão ovular no 14º dia em média. Considerando esse 14º dia conta- se 3 dias antes e 3 dias depois. Portanto, o período fértil irá do 11º ao 17º dia do ciclo menstrual.

Vale lembrar que esse cálculo é uma média, algumas mulheres podem ovular um pouco antes ou depois da data prevista e assim o período fértil se modifica.

Alguns sinais no corpo da mulher também indicam uma maior proximidade da data da ovulação como: aumento da sensibilidade mamária, umidade vaginal, presença de corrimento em clara de ovo (transparente e elástico) e uma leve dor embaixo ventre próximo a região onde se localizam os ovários, nas porções inferior esquerda ou direita do abdômen.

Para mais informações consulte o seu médico ginecologista ou médico de família.

Pode haver dificuldade de gravidez após gravidez ectópica?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Na maioria das vezes não. As mulheres que tiveram gravidez ectópica não apresentam dificuldade para engravidar novamente, de acordo com os estudos.

Quarenta a 89% das mulheres que já passaram por essa situação, conseguem ter uma gravidez intrauterina (gravidez habitual) após um determinado período, que varia de acordo com o organismo e condições de saúde da mulher.

Vários fatores poderão influenciar a fertilidade da mulher depois de uma gravidez ectópica. Por exemplo, se a mulher estava usando DIU antes da gravidez ectópica, ela apresenta chances menores de apresentar outra gravidez desse tipo nas futuras gestações.

O local mais frequente de implantação da gravidez ectópica é nas tubas (trompas) uterinas.

Gravidez ectópica

Nos casos de ruptura da tuba uterina de um lado, a trompa do lado oposto continuará funcionante e poderá transportar os óvulos do ovário do lado não afetado. Assim, a mulher continua com sua fertilidade preservada e poderá ter outras gestações.

O que é gravidez ectópica?

A gravidez ectópica é uma gestação em que o óvulo é implantado fora da cavidade uterina e o feto se desenvolve fora do útero.

Os principais sintomas da gravidez ectópica incluem dor abdominal, atraso da menstruação, e perdas irregulares de sangue pela vagina. Porém, os sinais e sintomas também incluem as manifestações comuns da gravidez, como aumento da sensibilidade das mamas, náuseas e aumento da frequência urinária.

Apesar de ser mais comum na trompas, a gravidez ectópica pode ocorrer no ovário, no ligamento largo, no colo do útero ou na cavidade abdominal.

Os sintomas da gravidez ectópica normalmente aparecem depois de 6 a 8 semanas que veio a última menstruação. Contudo, se a gestação ocorrer na trompa, os sintomas podem surgir mais tarde.

A gravidez ectópica é de elevado risco para a mulher e requer tratamento de urgência, pois pode causar complicações graves como ruptura da tuba uterina e hemorragia interna.

Leia também:

Gravidez ectópica: o que é e quais são os seus sintomas? O feto sobrevive?

Mulher sem trompas pode engravidar?

Você conhece o sistema reprodutor feminino?

Grávida pode tomar antibiótico para garganta?
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

Sim. Porém precisa tomar algo específico para a garganta que posso ser usado na gravidez e somente com receita médica.

Fazer tatuagem durante a gravidez faz mal? E durante a amamentação?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Fazer tatuagem durante a gravidez ou amamentação pode fazer mal à mãe e ao bebê, por isso recomenda-se que a mãe faça a tatuagem só quando parar de amamentar.

Durante a gravidez, a pele da mulher fica mais esticada, o que pode mudar o aspecto da tatuagem quando a pele voltar ao normal ou ainda provocar estrias no desenho, exigindo retoques posteriores.

A imunidade da mulher fica mais baixa durante a gestação, o que aumenta o risco de infecções e complicações no local da tatuagem.

O uso de material não esterilizado ou não descartável aumenta o risco de contaminação pelos vírus HIV e hepatites B e C, que podem infectar o feto durante a gravidez ou o bebê durante a amamentação.

Alguns pigmentos da tatuagem podem ter efeitos carcinogênicos e provocar câncer de pele.

Para maiores informações, a mulher pode conversar com o dermatologista, o médico de família ou o ginecologista.

Leia também:

Grávida pode usar henna para fazer tatuagem ou sobrancelha?

7 Coisas que uma Grávida Não Deve Fazer

Estresse durante a gravidez faz mal para o bebê?

Corrimento rosado na gravidez: o que pode ser? Quais os sinais de alerta?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O corrimento rosado no início da gravidez, pode ocorrer pela fixação do embrião na parede do útero, um processo natural chamado nidação. Pode ser ainda decorrente de esforço físico ou relações sexuais, situações que não oferecem risco a mãe ou ao bebê.

Porém, o corrimento pode significar ainda situações de risco, como gravidez ectópica (gravidez fora do útero) ou aborto espontâneo. Por isso é importante reconhecer os sinais de alerta para nessa situação, procurar imediatamente um serviço de urgência.

Os sinais são de risco a mãe e o bebê são principalmente:

  • Sangue vermelho vivo,
  • Presença de coágulos,
  • Cólica intensa e
  • Febre.

Entenda um pouco mais de cada uma das possibilidades de sangramento rosado, o que pode auxiliar na identificação do problema. Contudo, todo o sangramento percebido durante uma gestação, deve ser rapidamente informado ao seu médico obstetra.

1. Nidação

A nidação é a implantação do embrião na parede do útero, o que provoca um sangramento rosado em pouca quantidade, sem cheiro e que dura de 1 a 3 dias. Este sangramento é considerado normal e é um sinal inicial de gravidez.

Nem sempre sangramento de nidação é percebido pelas mulheres. Ele pode apenas sujar a roupa íntima ou ser observado como um sangramento rosa claro no papel higiênico após limpar-se. Além disso, pode vir acompanhado de uma cólica leve ou sensação de cólica com algumas pontadas na região do baixo ventre.

Se este corrimento rosado aumentar em quantidade, durar mais de 3 dias ou se tornar vermelho vivo, procure um ginecologista ou obstetra.

2. Fixação da placenta no útero

Na medida em que a gravidez avança, a placenta também vai se desenvolvendo para oferecer nutrientes e oxigênio para o bebê.

O corrimento rosado também pode acontecer devido à ruptura de vasos sanguíneos que acontecem enquanto a placenta se desenvolve e invade a camada muscular do útero para se fixar.

Nestes casos, o sangramento ocorre em pouca quantidade e deve durar até 3 dias.

3. Esforço físico e relações sexuais

O esforço físico e as relações sexuais, especialmente no 1o trimestre de gravidez, podem causar a ruptura de um pequeno caso sanguíneo, o que pode levar à presença do corrimento rosado durante a gravidez.

Nestes casos, o sangramento cessa espontaneamente sem a necessidade de intervenção médica. Entretanto, se você perceber aumento do volume de sangramento ou sentir cólica, busque um ginecologista ou obstetra.

4. Gravidez ectópica

A gravidez ectópica acontece quando o óvulo fecundado não consegue chegar à cavidade uterina para implantação e se implanta nos ovários, nas tubas uterinas, no colo do útero, ou no abdome. O mais comum é implantar-se nas tubas uterinas, ao que chamamos de gravidez tubária.

Os sintomas geralmente só ocorrem quando e estrutura (ovários, tuba uterina, colo do útero ou abdome) que contém a gravidez ectópica se rompem. As mulheres podem apresentar sangramento vaginal que podem ser manchas de sangue ou um corrimento rosado, no início, mas que aumenta de volume e se torna vermelho vivo. Além disso, podem sentir cólicas ou dor forte na região inferior do abdome.

A gravidez ectópica é uma emergência obstétrica, pois o sangramento pode ser fatal para a mulher. Nestes casos, busque urgente um serviço de emergência.

5. Aborto espontâneo

O aborto espontâneo é comum nas 10 primeiras semanas de gestação. Seus sintomas se iniciam com um corrimento rosado que evolui subitamente para um sangramento mais forte com perda de coágulos pela vagina.

A mulher também pode sentir fortes dores abdominais, febre e dor de cabeça.

Nestes casos, é importante buscar atendimento em uma emergência hospitalar o mais rapidamente possível.

Quando devo me preocupar?

Se você está grávida e percebe um sangramento rosa, fique atenta aos seguintes sinais de alerta:

  • Corrimento rosa com mais de 3 dias de duração
  • Sangramento abundante: se, por exemplo, você precisa usar absorvente e trocá-lo de 2 em 2 horas ou de 3 em 3 horas
  • Mudança de coloração para sangramento vermelho vivo
  • Presença de cólicas fortes
  • Dor abdominal intensa
  • Presença de contrações uterinas
  • Febre
  • Dor de cabeça

Nestes casos, procure o mais rapidamente possível um serviço de atendimento hospitalar.

Para saber mais sobre corrimento rosado, leia o artigo: Corrimento rosado, o que pode ser?

Referência:

  • Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia
Tive gravidez anembrionária, quais as causas disso?
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

Uma gestação sem embrião ocorre devido a malformações ou reabsorção do feto em um estágio muito inicial da gravidez quando o bebê e a placenta são uma única massa sólida formada por poucas células.

Não há uma explicação ou causas muito definidas para isso, geralmente, isso acontece porque o bebê que seria gerado dessa gestação seria mal formado, então a própria natureza se encarrega de eliminar um bebê que não seria normal.