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Sexo oral posso pegar algum tipo de corrimento na garganta?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Sim, pode pegar algum tipo de infecção incluindo Infecções sexualmente transmissíveis como o HPV, o herpes, a sífilis e a gonorreia e a infecção por clamídia. Algumas dessas doenças podem gerar sintomas como dor de garganta, desconforto ou eventualmente secreção na garganta. Por isso, é importante usar preservativo mesmo durante o sexo oral.

A transmissão de algumas doenças como o HIV, hepatite B e Hepatite C acontecem mais raramente por essa via sexual, mas há um risco de transmissão baixo se houver feridas ou lesões na boca, já que a principal forma de transmissão é com o sangue contaminado.

O risco de infecções aumenta se houver feridas ou pequenas lesões na boca, que podem ser desencadeadas pela própria escovação dos dentes.

A ejaculação na boca também aumenta o risco de contaminação, embora em algumas doenças como no caso do herpes, sífilis e gonorreia já exista um risco de transmissão mesmo que não ocorra contato oral com o sêmen.

O risco também é maior para quem faz o sexo oral do que para quem o recebe, contudo em algumas situações é possível haver uma contaminação de quem recebe, por exemplo, no caso do herpes oral, da gonorreia e da sífilis.

HPV e sexo oral

O HPV é um vírus que pode ser transmitido através da relação sexual por via oral, pode não causar nenhum sintoma ou mesmo desaparecer espontaneamente durante algum tempo. No entanto, alguns estudos vem demonstrando que a relação entre a infecção da orofaringe pelo HPV e o aumento do risco de câncer de garganta.

A transmissão no sexo oral ocorre principalmente quando uma pessoa faz sexo oral em uma outra que apresenta o pênis ou a vagina contaminados com o HPV.

Sífilis e sexo oral

Pode ser transmitida pelo sexo oral, é uma doença que pode também passar despercebida logo após a sua contaminação, já que pode originar uma lesão ulcerada indolor que desaparece espontaneamente com o tempo, mas a bactéria causadora da doença fica latente no organismo podendo ser transmitida e causar diferentes sintomas meses ou anos após a infecção inicial.

A transmissão da sífilis no sexo oral pode acontecer tanto na pessoa que faz sexo oral em uma outra que apresenta sífilis, ou na pessoa que recebe sexo oral de outra pessoa que apresenta sífilis.

Herpes vírus

O herpes é um vírus causador de lesões bolhosas que contém líquido no seu interior (vesículas), que estouram e formam crostas, essas lesões costumam ser muito dolorosas e levam a uma sensação de queimação no local onde estão presentes.

Também nesse caso a transmissão também ocorre de duas formas, tanto em fazer sexo oral a um parceiro com herpes na área genital, ânus, nádegas ou no reto pode resultar em herpes nos lábios, boca ou garganta, quanto receber sexo oral de um parceiro com herpes nos lábios, boca ou garganta pode resultar em herpes na área genital, ânus, nádegas ou reto.

Gonorreia

A bactéria da gonorreia pode ser transmitida pelo sexo oral com uma pessoa infectada, o que leva a faringite gonocócica, que é uma infecção que pode não causar sintomas ou pode levar a dor ou desconforto da garganta e ser confundia com outras infecções de garganta.

Fazer sexo oral em um homem com um pênis infectado pode causar gonorreia na garganta ou receber sexo oral de um parceiro com gonorreia na garganta também pode resultar em gonorreia.

Caso apresente sintomas sugestivos de algumas infecção sexualmente transmissível ou tenha mais dúvidas sobre a forma de prevenção consulte um médico de família.

Tenho alguns pontinhos brancos na glande, na parte de baixo?
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

Esses pontinhos que citou podem ser glândulas de muco que todos os homens tem ao redor da glande, mas para ter certeza do que é somente procurando um médico para que ele te examine e possa dizer para você o que é.

O que é cancro mole e quais os sintomas?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Cancro mole é uma doença sexualmente transmissível (DST), altamente contagiosa, causada pela bactéria Haemophilus ducreyi, que penetra na pele através de microlesões causadas pelo atrito sexual. Os sintomas surgem após um período de incubação de 4 a 10 dias, que pode chegar até 35 dias.

O cancro mole é transmitido através de relação sexual vaginal, anal ou oral sem proteção com uma pessoa infectada.

O cancro mole é mais comum nas regiões tropicais, sobretudo nas comunidades com maus hábitos de higiene. A prevalência em homens é muito superior que nas mulheres, na proporção de 20 homens para cada mulher.

Quais são os sintomas do cancro mole?

Os sintomas do cancro mole caracterizam-se por lesões tipo úlceras, de 1 a 2 cm, geralmente dolorosas, de borda irregular, com contornos inchados, vermelhos e fundo irregular, coberto por uma secreção (exsudato) amarelada, purulenta ou necrótica, de odor fétido. Quando esse exsudato é removido, nota-se um tecido de granulação que sangra com facilidade.

O sinal inicial do cancro mole é o aparecimento de uma ferida pequena com pus, que pode surgir isoladamente ou em grupo. Depois, a lesão fica úmida e causa muita dor, que irradia para outras partes do corpo e aumenta de intensidade. A seguir, aparecem outras lesões ao redor das primeiras.

Duas semanas depois do início dos sintomas, pode surgir um nódulo doloroso e avermelhado na virilha (íngua). Esse nódulo pode se abrir e libertar um pus de consistência espessa e coloração esverdeada, juntamente com sangue.

Os sinais e sintomas do cancro mole podem vir acompanhados de dor de cabeça, fraqueza e febre.

As lesões do cancro mole são parecidas com aftas e estão mais espalhadas que no herpes genital, em que as vesículas concentram-se numa área avermelhada. Quando as lesões do herpes genital são acompanhadas de candidíase, podem ser confundidas com cancro mole.

Sintomas de cancro mole no homem

O cancro mole no homem localiza-se geralmente no prepúcio, frênulo e sulco balanoprepucial (extremidade do pênis).

Lesões fora dos órgãos genitais não são muito frequentes. Dependendo do estágio em que a doença é diagnosticada, 30 a 50% dos pacientes homens apresentam "íngua" unilateral (em apenas um lado). A íngua surge na região inguinal (virilha), é extremamente dolorosa e tem evolução aguda, que culmina com o extravasamento de uma grande quantidade de pus.

Sintomas de cancro mole na mulher

Na mulher a infecção pode não manifestar sintomas. Quando surgem, as lesões localizam-se no ânus, na entrada da vagina e na face interna dos grandes lábios. Podem também surgir lesões com sintomas discretos no colo uterino e na parede vaginal.

Vale lembrar que, na mulher, mesmo quando a lesão não é visível, há dor durante a relação sexual e a evacuação.

Qual é o tratamento para cancro mole?

O tratamento do cancro mole é feito à base de antibióticos, além do uso de sabonetes, loções e higienização intensa do local. Durante o tratamento e até que a doença esteja completamente curada, a pessoa não deve ter relações sexuais.

A pessoa que está sendo tratada deve ser acompanhada até a resolução completa das lesões.

Pode ser indicada a aspiração dos linfonodos regionais acometidos, por meio de agulhas de grosso calibre, para aliviar a tensão nos mesmos. A retirada dos gânglios afetados ou a drenagem dos mesmos através de cortes é contraindicada.

O tratamento do cancro mole pode ser realizado gratuitamente nas unidades de saúde do Sistema Único de Saúde. A prevenção da doença é feita com uso de preservativos em todas as relações sexuais.

Impotência sexual tem cura? Como é o tratamento?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Sim, impotência sexual tem cura. O tratamento pode incluir terapia sexual, medicamentos administrados por via oral ou por injeção no local, ou ainda cirurgia, com implante de prótese peniana. A escolha do tratamento irá depender da causa da impotência.

Os remédios mais utilizados para tratar a impotência sexual são aqueles que contém sildenafila, o nome comercial mais comum é Viagra, com uma taxa de sucesso que ronda os 70%. Tais medicamentos favorecem o fluxo sanguíneo necessário para que ocorra ereção.

Contudo, essas medicações são mais eficazes quando a disfunção erétil tem causas psicológicas. A eficácia não é a mesma se a impotência tiver origem em problemas vasculares ou neurológicos.

A injeção aplicada diretamente no pênis é indicada principalmente para diabéticos. O tratamento consiste na aplicação de um medicamento que dilata os vasos sanguíneos, favorecendo o fluxo de sangue e a ereção.

O tratamento cirúrgico para a impotência sexual consiste sobretudo no implante de uma prótese peniana. Essas próteses normalmente são feitas de silicone e servem para dar rigidez ao pênis e permitir a penetração. A ejaculação, o desejo e o prazer não sofrem qualquer alteração. Outra opção de tratamento cirúrgico é a cirurgia arterial, indicada apenas na minoria dos casos.

O médico urologista é o especialista responsável por diagnosticar a causa da disfunção erétil e indicar o tratamento mais adequado.

Leia também: Quais são as causas da impotência sexual?

Como controlar a ejaculação precoce?

Existem alguns exercícios que podem ajudar a controlar a ejaculação precoce, embora não resolvam o problema. Algumas técnicas que podem auxiliar no controle do tempo de ejaculação são a distração mental, a compressão do pênis e o exercício de start-stop (começa-pára).

Os exercícios start-stop estão entre os mais conhecidos para controlar a ejaculação precoce. A técnica consiste em se masturbar e interromper os movimentos quando estiver prestes a ejacular. Quando a sensação da ejaculação desaparecer, o homem deve reiniciar os movimentos.

Isso também pode ser feito com a parceira, durante a relação sexual. Neste caso, recomenda-se que o homem fique numa posição em que ele tenha o controle dos movimentos. Assim, ele deve iniciar a penetração e interromper completamente os movimentos quando perceber que vai ejacular. 

O objetivo desse exercício é fazer com que o homem reconheça os sinais que antecedem a ejaculação de maneira a poder controlá-la. Esta técnica também pode ser utilizada juntamente com a distração.

A técnica da distração consiste em fixar o pensamento em alguma situação que não está relacionada com sexo, como a conta bancária ou o futebol, por exemplo. Quando o homem perceber que está perdendo a ereção, deve voltar a se fixar na parceira.

Ao usar essa forma de distração algumas vezes durante o ato sexual, pode ser que ele consiga prolongar o tempo de penetração e controlar a ejaculação precoce.

Outra forma de tentar retardar a ejaculação é comprimir a base da glande (cabeça do pênis) durante cerca de 5 segundos logo a seguir à primeira sensação de excitação. A compressão dificulta a circulação sanguínea no pênis e pode atrasar a ejaculação.

Lembrando que essas técnicas podem ajudar a prolongar o tempo de penetração, mas não resolvem o problema da ejaculação precoce. O tratamento dessa disfunção é feito com psicoterapia e medicamentos.

Saiba mais em: Ejaculação precoce tem cura? Qual é o tratamento?

Quando urino sinto ardência e secreção?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Ardência no pênis associada à dor ao urinar e secreção peniana é indicativo de infecção.

Pela descrição, uma possibilidade é a gonorreia, doença sexualmente transmissível (DST) causada por uma bactéria. Caso não tratada e prevenida, a doença pode ser transmitida para outras pessoas. A gonorreia pode vir associada a outras doenças sexualmente transmissíveis como clamídia, sífilis, HIV, hepatite B, etc. Sendo assim, é importante uma avaliação médica para o diagnóstico e tratamento corretos bem como o tratamento da/o parceira/o sexual.

Essa infecção tem tratamento e com o uso da medicação indicada, é possível acabar com a ardência, a dor ao urinar e a secreção peniana.

Procure um serviço de saúde para uma avaliação e indicação do tratamento adequado no seu caso.

Saiba mais em:

O que pode causar ardência ao urinar?

Ardência ao urinar no homem, o que pode ser?

Dor ao urinar, o que pode ser?

Micose no pênis é grave, posso contaminar minha parceira?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A maioria das micoses (infecções fúngicas) na pele não são graves, tem tratamento e resposta bastante satisfatória, quando é feito de maneira correta e acompanhada pelo médico especialista, o Urologista.

Porém, pode sim contaminar sua parceira, por isso, não é indicado manter relações até que termine o tratamento, e em caso de sintomas, a mulher também deve realizar o tratamento prescrito pelo ginecologista, evitando uma reinfecção.

O tipo mais comum é a candidíase.

Embora a candidíase não seja considerada uma doença sexualmente transmissível, e não seja frequente esse meio de transmissão, é possível a transmissão através da relação sexual.

Leia também: Candidíase no homem: como reconhecer, tratar e prevenir a candidíase masculina

O fungo Candida Albicans, responsável pela doença candidíase, habita normalmente na pele e intestino de mais de 55% da população, entretanto não causa doença em pessoas saudáveis. Apenas com a queda da imunidade, o organismo permite seu crescimento e sintomas.

Causas de queda da imunidade

Algumas situações e doenças comprovadamente alteram a imunidade de pessoas, como:

  • Diabetes,
  • HIV,
  • Situações de estresse e ansiedade,
  • Uso de antibióticos frequentes (e de maneira irregular),
  • Uso crônico de corticoides e
  • Quimioterapia.

O médico urologista é o responsável pelo diagnóstico e tratamento de casos de micose no pênis. Agende uma consulta para avaliação e tratamento adequados.

Fumar pode causar ejaculação precoce?
Dr. Ivan Ferreira
Dr. Ivan Ferreira
Médico

Fumar não aumenta o risco para a ejaculação precoce. A sua principal causa  está relacionada à fatores emocionais. É possível que as causas da ejaculação precoce sejam biológicas e psicológicas como ansiedade, hipersensibilidade do pênis e alterações do sistema nervoso.

A ejaculação precoce é o distúrbio sexual mais comum nos homens até os 40 anos. Pode ser primária, quando se inicia com a primeira experiência sexual e se mantêm pela vida, ou secundária, quando surge progressivamente ou de repente, após já ter tido ejaculações normais anteriormente.

A ejaculação precoce ocorre geralmente ou sempre antes da penetração vaginal ou até um minuto após com a incapacidade de atrasar essa ejaculação gerando incômodo, angústia, frustração e aversão à intimidade sexual.

O tratamento da ejaculação precoce é feito com medicamentos, terapia comportamental e psicossexual. Embora o homem geralmente fique inibido em discutir esse problema com o médico, isso deve ser feito porque o tratamento pode contribuir muito para a melhoria da sua atividade sexual.

O urologista é o médico indicado para orientar o tratamento para a ejaculação precoce.

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Estou com um problema estranho, no freio que vem da minha...
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Existem algumas diferentes causas para esse quadro, sendo a mais comum o abscesso, que significa uma coleção de pus abaixo da pele, originada de um processo infeccioso. Além do abscesso existem outras causas possíveis, como uma ferida infectada, um folículo piloso inflamado ou até um tumor. Outras situações mais comuns nessa região, porém não costumam causas drenagem purulenta, são a orquite, orquiepididimite, epididimite ou mesmo um pelo inflamado.

Abscesso

Consiste em uma coleção de pus no subcutâneo, nesse caso na região do testículo, podendo ser secundário a um processo inflamatório não tratado, como por exemplo uma complicação de um quadro de orquite, epididimite; ou ainda secundário a um pelo inflamado, evoluindo com infecção de pele. Os sintomas são de dor local, edema, calor e vermelhidão, associada a drenagem de material purulento (amarelado), de odor fétido. O diagnóstico é clínico. E o tratamento do abscesso deve ser baseado na drenagem (por vezes cirúrgica) e antibiótico oral e ou local.

Ferida infectada

Uma ferida infectada pode acumular secreção no local, calor e dor, porém não apresenta ainda uma coleção de pus "organizada" para ser considerada um abscesso. O tratamento é semelhante, sobretudo mais simples.

Tumor

Um processo tumoral é uma opção menos provável, mas da mesma forma deve ser investigado. Os tumores podem se apresentar como uma ferida de difícil cicatrização, e por isso acaba por infectar mais facilmente, especialmente se localizado em uma região exposta a germes, calor e umidade como a região perianal.

Orquite

Processo inflamatório ou infecioso, que acomete os testículos, podendo ser de origem viral ou bacteriana. O vírus mais frequentemente associado a orquite é o vírus da caxumba. A bacteriana costuma ser secundária à infecções do trato urinário ou infecção sexualmente transmissível. Os sintomas são de dor local, edema e vermelhidão. Raramente evolui com febre, a não ser que evolua com infecção complicada, dando origem a um abscesso.

Epididimite

É a inflamação do epidídimo, um órgão que se localiza por trás do testículo, e responsável pelo armazenamento e transporte dos espermatozoides. Nesse caso a infecção apresenta como sintomas, a dor, vermelhidão e edema dos testículos,ainda a febre alta e maior risco de evoluir com abscesso quando não tratada a tempo. Os germes mais associados são a clamídia e gonococo, por infecções sexualmente transmissíveis.

Orquiepididimite

Na orquiepididimite, a inflamação acomete tanto os testículos quanto o epidídimo, ao mesmo tempo. O quadro é de dor intensa, vermelhidão, edema e febre. E o tratamento assim como da epididimite e orquite complicada, devem ser avaliados a base de antibióticos e drenagem quando preciso.

Portanto, a presença de pus indica um processo infeccioso, e qualquer situação de infecção leva a riscos para a saúde, por isso é fundamental que procure um médico urologista, para uma avaliação e conduta adequada.

Pode lhe interessar também: Epididimite: Quais os sintomas e como é o tratamento? e O que é um abscesso?

Fiz uma Postectomia por razões estéticas e para melhora...
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

Este tipo de lesão cicatricial residual precisa ser retirado cirurgicamente, em alguns casos a pomada resolve (pode levar meses). Seu urologista talvez terá que reoperar e retirar esse nódulo (se for possível ou indicado).

Quais são as causas do caroço na virilha que dói quando aperta?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

A causa mais comum para o caroço na virilha que dói quando aperta são as ínguas. Outras causas possíveis são as hérnias e a foliculite (devido a pelos encravados). Veja algumas características de cada uma delas.

Íngua

As ínguas aparecem quando há infecção ou inflamação, principalmente nas regiões próximas à virilha. Elas são os gânglios linfáticos aumentados. Podem aparecer apenas no lado onde está o problema. Alguns exemplos do que pode causar as ínguas na virilha são:

  • Infecção ou inflamações nas extremidades inferiores (pés e pernas) — incluindo as de pele
  • Inflamações ou infecções nos órgãos reprodutores (inclusive as sexualmente transmitidas)
  • Câncer

Observe se há alguma lesão nos seus pés ou pernas, como bolhas ou feridas. Perceba se, além do caroço na virilha que dói quando apertado, tem lesões, corrimento ou secreção na vulva, na vagina ou no pênis. Dor em outros lugares ou cólica também são sinais importantes que podem indicar inflamação.

Perceba se há ínguas em outras regiões do corpo além da virilha, como nas axilas e na região do pescoço. Isso pode indicar a presença de doenças. Nesses casos, há outros sinais e sintomas associados. Alguns exemplos de doenças que podem causar ínguas pelo corpo são:

  • Mononucleose
  • Leishmaniose
  • Tuberculose
  • HIV
  • Lúpus
  • Sarcoidose
  • Febre maculosa
  • Elefantíase (filariose)

Se você tem gatos, uma causa possível são os arranhões que eles fazem, que podem causar a doença da arranhadura do gato. O uso de medicamentos anticonvulsivantes também pode ser uma causa das ínguas.

Se tiver tatuagens nos pés, pernas ou virilha, os gânglios linfáticos podem acumular o pigmento delas e aumentar. Você pode sentir dor ao apertá-los.

Muitas dessas causas precisam de tratamento. Se você tem uma íngua, procure um médico de família para ver se é o seu caso.

Hérnia

As hérnias na virilha aparecem como caroços. É possível que sejam mais visíveis e palpáveis quando algum esforço é realizado. Podem causar desconforto e dor.

São mais fáceis de serem notadas em pessoas magras ou com peso ideal. São causadas por um defeito no tecido que mantém os órgãos dentro do abdômen. É como se esse tecido estivesse rasgado ou furado. Com o esforço (ao tossir, espirrar ou forçar os músculos da barriga), o que está para dentro passa para fora do abdômen através da abertura. É assim que o caroço se forma.

Algumas pessoas já nascem com uma hérnia. Outras podem surgir após esforços, por exemplo. Elas podem aumentar com o envelhecimento.

Nos homens, são mais comuns e mais fáceis de serem diagnosticadas. O médico de família ou clínico geral consegue saber se há uma hérnia nos homens com o exame físico. Na mulher, muitas vezes é necessário fazer um ultrassom para visualizar a hérnia.

O tratamento indicado para as hérnias é a cirurgia que conserta o defeito. Nem toda hérnia precisa de tratamento.

Depois da cirurgia, elas podem voltar. Esse pode ser o seu caso se você já operou uma hérnia e está novamente com um caroço na virilha.

Foliculite

A presença de carocinhos que coçam e doem na virilha é sinal de foliculite. Eles podem ser parecidos com espinhas ou bolinhas vermelhas sem pus. Um dos principais fatores causadores da foliculite é o pelo encravado. É como se o pelo crescesse para dentro e espetasse a pele, causando inflamação superficial ou mais profunda.

Alguns fatores que podem causar a foliculite são a depilação da região, calor, atrito e roupas apertadas. Ela surge principalmente quando uma lâmina é usada para a depilação. Por isso, a foliculite na virilha é mais comum nas mulheres.

Geralmente, a foliculite é leve e cura-se espontaneamente. Pode deixar manchas na pele da região. Por ser um processo inflamatório, pode causar ínguas pela proximidade dos gânglios linfáticos.

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Foliculite (caroço tipo espinha) na virilha após depilação: como tratar e evitar

Referências:

Evaluation of peripheral lymphadenopathy in adults. UpToDate

Balasubramanian I, Burke JP, Condon E. Painful, pigmented lymphadenopathy secondary to decorative tattooing. Am J Emerg Med. 2013; 31(6): 1001.e1-2.

Shakil A, Aparicio K, Barta E, Munez K. Inguinal Hernias: Diagnosis and Management. Am Fam Physician. 2020; 102(8): 487-92

Infectious folliculitis. UpToDate

Ansiedade e remédio podem causar impotência sexual?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Caso o problema tenha começado após o uso do medicamento, pode sim ser a causa, apesar da ansiedade, por si só, ser uma das causas mais comuns de impotência sexual atualmente.

A impotência sexual é definida como a dificuldade em conseguir ou manter uma ereção adequada para se ter uma relação sexual satisfatória.

As causas mais comuns de impotência são:

  • Distúrbios de humor, como ansiedade e depressão;
  • Estresse;
  • Idade;
  • Doenças físicas, como hipertensão e diabetes mal controladas, entre outras;
  • Cirurgias;
  • Tabagismo;
  • Abuso de álcool;
  • Uso de medicamentos.

Sabendo que a maioria dos casos de impotência tem origem em fatores orgânicos e psicológicos associados.

Os principais fatores de risco relacionados com a impotência sexual incluem diabetes, hipertensão arterial, arritmia cardíaca, aterosclerose, doenças coronárias, renais e neurológicas, tabagismo, consumo excessivo de bebidas alcoólicas, obesidade, doenças da próstata, depressão e idade.

Há ainda outras condições que podem causar dificuldade de ereção, como a doença de Peyronie (pênis curvado), diminuição dos níveis de testosterona, hiperplasia benigna da próstata e tratamento do câncer de próstata.

Cerca de 50% dos homens com diabetes e aproximadamente 40% daqueles que têm doenças cardiovasculares apresentam algum grau de impotência.

A idade é outro importante fator para a impotência sexual. Cerca de metade dos homens com mais de 40 anos podem ter algum grau de dificuldade de ereção.

Entre os homens mais jovens, a impotência sexual tem como principal causa fatores psicológicos.

Se o problema da impotência persistir, não pare o uso do medicamento por conta própria! Volte ao médico que o prescreveu para uma reavaliação, esclarecimentos e ajuste do tratamento.

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