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O que é anquilose?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Anquilose é a perda da mobilidade articular em decorrência de uma adesão anormal entre as partes ósseas, articulares ou tecidos moles ao redor da articulação acometida.

Essa articulação sofrerá um processo inflamatório que, em consequência, causará uma rigidez articular e imobilidade característica da anquilose.

A anquilose pode afetar qualquer articulação do corpo. O diagnóstico é feito a partir dos sintomas apresentados pela pessoa associados aos exames complementares como o raio-X.

Quando acomete a articulação têmporomandibular, a pessoa poderá ter problemas para engolir, mastigar e inclusive para falar.

O tratamento da anquilose poderá ser feito de forma conservadora com uso de medicações anti-inflamatória e analgésica com objetivo de aliviar a dor; com abordagem cirúrgica para retirar o tecido anquilosado ou com substituição da articulação por uma prótese.

Transtorno afetivo bipolar: Quais as causas e como identificar?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

As causas do transtorno afetivo bipolar não são totalmente conhecidas. Contudo, sabe-se que a origem do distúrbio está associada a fatores genéticos, alterações em algumas regiões do cérebro e variações dos níveis de neurotransmissores que transmitem os impulsos cerebrais.

Também já se sabe que algumas condições podem favorecer o desenvolvimento do distúrbio bipolar, como crises constantes de depressão ou que começaram muito cedo, pós-parto, períodos prolongados de estresse, uso de medicamentos inibidores do apetite, hipertireoidismo e hipotireoidismo.

Transtorno afetivo bipolar Tipo I

Esse tipo de distúrbio bipolar alterna fases de mania, que duram pelo menos uma semana, com períodos de tristeza e depressão que podem durar de 14 dias a vários meses.

Mania é o termo médico para estados de intensa euforia, excitação, em que pode estar presentes aumento da agressividades e da libido.

As fases de mania e depressão são marcadas por sintomas intensos, com grandes alterações nas atitudes e no comportamento da pessoa, prejudicando as relações pessoais, afetivas, familiares, profissionais e por vezes a sua própria condição financeira.

Nos casos mais graves de transtorno afetivo bipolar, pode ser necessário internar a pessoa devido ao elevado risco de suicídio e ocorrência de outros transtornos psiquiátricos.

Transtorno afetivo bipolar Tipo II

Os sinais e sintomas do transtorno bipolar tipo II caracteriza-se pela alternância entre leves períodos de euforia, excitação, otimismo e até agressividade (hipomania) seguidos por uma fase de depressão.

Contudo, os sintomas desse tipo de transtorno afetivo bipolar não mais leves e não interferem ao ponto de comprometer o comportamento e as vida do indivíduo.

O médico psiquiatra é o especialista responsável por diagnosticar e orientar o tratamento mais adequado para o transtorno bipolar.

Saiba mais em:

Transtorno afetivo bipolar tem cura?

Quais são os sintomas do transtorno afetivo bipolar?

Qual é o tratamento para transtorno dissociativo de identidade?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

O tratamento do transtorno dissociativo de identidade é feito geralmente com psicoterapia e medicamentos.

O papel da psicoterapia é fundamental no sucesso do tratamento do transtorno dissociativo de identidade, pois permite reduzir as crises em que ocorrem as mudanças de personalidade.

O objetivo é ajudar a pessoa a identificar o seu problema, mudar os seus comportamentos, vigiar a sua instabilidade e desenvolver o autocontrole.

Contudo, se o paciente for resistente em aceitar o tratamento psicoterápico, os resultados e as mudanças de personalidades podem ser muito limitados.

Os medicamentos servem para tratar e controlar outros transtornos psiquiátricos que podem estar associados à personalidade múltipla, como ataques de pânico, tendências suicidas, depressão, ansiedade, psicoses, entre outros.

Sintomas

O transtorno dissociativo de identidade, também conhecido como transtorno de dupla personalidade ou personalidade múltipla, tem como principal sintoma a presença de pelo menos duas personalidades diferentes que assumem o controle do corpo da pessoa de tempos em tempos.

Essas personalidades muitas vezes não têm conhecimento uma da outra e quando uma está no controle a outra não interfere. Em média, essas pessoas apresentam de 10 a 15 personalidades, embora o número de identidades possa variar muito e chegar a 80, como já foi verificado.

As personalidades costumam ter características bem diferentes, com comportamentos, pensamentos, valores e atitudes próprias.

Algumas personalidades podem identificar familiares, amigos, colegas, trabalho, enquanto outras não chegam nem a reconhecer os da própria família.

Leia também: Quais os sintomas do transtorno dissociativo de identidade?

Diagnóstico

Para que o transtorno dissociativo de identidade seja identificado, a pessoa precisa necessariamente apresentar pelo menos duas personalidades diferentes.

Isso significa que o comportamento, os princípios e os pensamentos esperados do indivíduo sejam diferentes em várias situações.

Para que o transtorno dissociativo de identidade seja diagnostico, também é essencial que pelo menos duas personalidades assumam o controle da consciência e do corpo da pessoa em determinados períodos de tempo.

Vale lembrar que os sintomas não devem ser associados ao consumo de álcool, medicamentos, drogas ou outras substâncias.

O diagnóstico e tratamento do transtorno dissociativo de identidade é da responsabilidade do médico psiquiatra.

Saiba mais em:

Quais as causas do transtorno dissociativo de identidade?

Transtorno dissociativo de identidade significa ter dupla personalidade?

O que é carcinoma ductal?
Dra. Ângela Cassol
Dra. Ângela Cassol
Médico

O carcinoma ductal da mama é um tumor derivado das células de revestimento dos ductos mamários e representa 80 a 90% dos cânceres de mama.

O carcinoma ductal pode ser dividido em:

  • In situ ou intraductal: quando há proliferação de células malignas dentro de um ducto, não ultrapassando os limites da membrana basal, não invadindo estruturas profundas.
  • Invasor: quando as células malignas invadem estruturas além da membrana basal.

Os principais sintomas associados ao carcinoma ductal in situ são:

  •  nódulo ou caroço palpável na mama;
  •  derrame papilar: saída de secreção espontaneamente pelos mamilos;
  •  alteração na mamografia, sem sintomas clínicos.

Os principais sintomas associados ao carcinoma ductal invasor são:

  • nódulo, caroço ou massa palpável na mama;
  • saída espontânea de secreção pelo mamilo;
  • alterações na pele, que fica similar a casca da laranja;
  • em tumores avançados, pode haver ulceração e grande deformidade da mama.

A evolução do câncer de mama é variável para cada paciente, por diferenças em relação ao crescimento tumoral, capacidade de invasão, potencial metastático e outros mecanismos. Diante deste fato, é importante conhecer estas variáveis no momento do diagnóstico ou da cirurgia, associadas ao tempo livre de doença ou de sobrevida geral, sendo essa a definição de prognóstico.

Os fatores prognósticos do câncer de mama podem incluir:

  • idade: pacientes mais jovens, com menos de 35 anos, possuem uma evolução clínica pior do que as pacientes mais velhas, pós-menopausa, pois seus tumores são mais agressivos;
  • etnia: mulheres da raça negra e hispânica tem pior prognóstico que as mulheres brancas, que pode estar associado a piores condições de acesso aos serviços de saúde;
  • tipo histológico do tumor: o carcinoma ductal tem pior prognóstico em relação a outros tipos histológicos;
  • tamanho do tumor: quanto maior, pior prognóstico;
  • acometimento de linfonodos: se acometidos, o prognóstico é pior;
  • receptores de hormônios (estrogênio e progesterona): tumores com presença destes receptores tem melhor prognóstico;
  • outros marcadores moleculares, como oncogenes que, quando presentes, denotam pior prognóstico.

O tratamento de primeira escolha é a remoção cirúrgica completa, que algumas vezes deverá incluir a remoção dos linfonodos axilares também. Outras terapias são quimio e radioterapia, além do uso de medicações que bloqueiam receptores hormonais, como o tamoxifeno.

Toda mulher deve se consultar anualmente com o ginecologista e realizar mamografia anualmente conforme as orientações abaixo:

  • mulheres a partir dos 40 anos, sem histórico familiar de câncer de mama;
  • mulheres a partir dos 35 anos, que tenham histórico familiar de câncer de mama;
  • dez anos antes do diagnóstico de câncer de mama em familiar de primeiro grau.

Na presença de alterações mamárias, deve ser procurado um ginecologista ou mastologista.

O que é fibrose cística? Tem cura?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Fibrose cística é uma doença hereditária, também conhecida como mucoviscidose. A fibrose cística caracteriza-se pelo acúmulo de secreção densa e viscosa. Não, a doença ainda não tem cura.

É uma doença genética, autossômica recessiva, que leva o organismo a produzir uma secreção espessa e viscosa, capaz de obstruir principalmente os pulmões e o pâncreas.

A obstrução gerada nos pulmões facilita desenvolvimento de infecções, pneumonias de repetição, causando risco de vida.

Já a secreção acumulada no pâncreas, reduz a capacidade de produção das enzimas pancreáticas, prejudicando a digestão de gorduras e proteínas. Com isso, observamos dificuldade de ganho de peso, ou mesmo quadros de desnutrição, uma vez que não conseguem absorver os nutrientes dos alimentos.

Quais são os sintomas da fibrose cística?

A fibrose cística manifesta-se principalmente através de sintomas respiratórios e gastrointestinais, além de uma presença excessiva de cloro no suor do paciente, causando "suor salgado".

No entanto, à medida que o tempo passa, a doença pulmonar piora e pode deixar o paciente incapacitado. 

Dentre as complicações pulmonares que podem ocorrer em consequência da fibrose cística incluem dilatação dos brônquios, acúmulo de secreção, insuficiência respiratória crônica e limitação das atividades de vida diárias.

Fibrose cística tem cura?

Fibrose cística não tem cura. O tratamento, que envolve médico, enfermeiro, fisioterapeuta e assistente social, visa retardar a evolução da doença, melhorando a sobrevivência e a qualidade de vida do paciente.

Seguindo um tratamento adequado, e multidisciplinar, o ministério da saúde publica em 2017, uma constante melhora na expectativa de vida, atualmente para mais de 75% atingindo idade adulta, e mais de 50% a terceira década de vida.

Qual é o tratamento para fibrose cística?

O tratamento do trato respiratório inclui fluidificação das secreções através de nebulizações, fisioterapia respiratória, antibióticos inalatórios e transplante de pulmão, nos casos muito avançados.

Em muitos casos, o foco principal do tratamento é manter uma nutrição adequada, seguindo uma dieta mais calórica e repondo as enzimas do pâncreas.

Essas medidas podem evitar que o paciente fique desnutrido e a doença pulmonar se agrave, pois já se sabe que quanto pior for a desnutrição, mais os pulmões serão prejudicados.

O diagnóstico da fibrose cística pode ser feito logo ao nascimento do bebê, através do teste do pezinho. Quanto mais cedo a doença for detectada, melhor será a qualidade de vida e maior o tempo de sobrevida do paciente.

Qual o tratamento para febre maculosa?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

O tratamento para febre maculosa é feito com antibióticos, uma vez que a doença é causada por uma bactéria. Os antibióticos usados são a doxiciclina ou cloranfenicol, que podem ser administrados por via oral ou endovenosa. O tempo de tratamento é de 7 dias.

Além da antibioticoterapia, a febre maculosa pode necessitar de tratamento de suporte, com analgésico, antitérmico, ou em casos mais graves reposição do volume de sangue, suporte respiratório e medicação específica para atuar nos vasos sanguíneos, como a noradrenalina.

Pacientes que conseguem engolir recebem os antibióticos por via oral. Nos casos mais graves, com vômitos e inchaço, os medicamentos são administrados por via endovenosa.

A resposta aos antibióticos é boa e a febre maculosa fica completamente curada. Porém, para ser eficaz, o tratamento precisa ser iniciado o quanto antes, logo no início da doença.

Embora não seja uma doença muito frequente, a febre maculosa apresenta uma alta taxa de mortalidade devido à falta de diagnóstico e tratamento precoces. A partir do 7º dia, as lesões que a bactéria causa na parede dos vasos sanguíneos podem ser irreversíveis, tornando a morte inevitável.

Por isso é muito importante que a febre maculosa seja diagnosticada e tratada o mais rápido possível, o que nem sempre acontece, uma vez que os seus sintomas são muitas vezes confundidos com outras doenças, como dengue, por exemplo.

Leia também: O que é febre maculosa e quais os sintomas?

Como prevenir a febre maculosa?

A melhor forma de prevenir a febre maculosa é evitar áreas infestadas por carrapatos e ficar atento à presença de carrapatos em animais como cães, cavalos e capivaras.

Se alguém estiver com algum carrapato aderido à pele, não deve esmagar o animal para evitar o possível contágio através de lesões na pele. É preciso remover o parasita com cuidado e lentamente. 

Lembrando que para haver transmissão da febre maculosa, o carrapato precisar ficar "grudado" na pele durante cerca de 4 horas.

O médico infectologista é o responsável pelo tratamento da febre maculosa.

Qual o tratamento para síndrome da bexiga dolorosa?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O tratamento da síndrome da bexiga dolorosa (ou cistite intersticial), se baseia em três pilares, são eles:

  • Mudanças na dieta e aconselhamento;
  • Fisioterapia e
  • Uso de medicamentos;

Alguns estudos sugerem ainda a melhora dos sintomas com atividade física regularmente, mas ainda carece de estudos.

A mudança na dieta e aconselhamentos médicos devem ser os primeiros passos para o tratamento da síndrome, visto que mais de 45-50% dos pacientes, relatam importante melhora dos sintomas após essas modificações alimentares.

Inclusive, mais de 90% das crises relatadas, foram causadas pela ingesta de alimentos sabidamente desaconselhados.

Por isso é importante que o paciente identifique os alimentos e bebidas que pioram os sintomas e elimine-os da dieta, pelo menos temporariamente. Depois, eles podem ser reintroduzidos aos poucos, conforme a reação da pessoa.

A fisioterapia para fortalecimento do assoalho pélvico está indicada para quase todos os casos, de acordo com a avaliação médica. Auxilia tanto na incontinência e dor local, quando na autoestima da paciente (quando mulher).

Dentre os medicamentos mais estudados e indicados, a primeira escolha no Brasil, é a amitriptilina, na dose inicial de 50 a 75 mg por dia. Outros medicamentos parecem bastante promissores, porém necessitam de mais estudos, como a cimetidina e o hidroxizine, em pacientes alérgicos.

Nos Estados Unidos, o último consenso indica a medicação Pentosan polissulfato (PPS), como grande aquisição no conjunto do tratamento, porém ainda não está disponibilizada no Brasil.

Durante o tratamento da síndrome da bexiga dolorosa, podem ser indicados exercícios físicos, pois liberam substâncias que aumentam a sensação de prazer e bem-estar e aliviam a dor.

Leia também: Cistite intersticial tem cura? Com é o tratamento?

Dieta

Na esmagadora maioria dos casos, os sintomas pioram após o consumo de determinados alimentos, como frutas cítricas, bananas, tomates, nozes, castanhas, amendoim, soja, ovos, frutos do mar, peixes, comidas apimentadas, adoçantes artificiais, vitamina C e produtos derivados do trigo.

Esses alimentos poder provocar reações alérgicas em todo o organismo, inclusive na bexiga, com presença de dor e outros sintomas que indicam irritação local.

Além desses alimentos, pessoas com síndrome da bexiga dolorosa devem evitar alimentos muito condimentados, molhos e temperos industrializados, café e bebidas alcoólicas.

Contudo cabe a cada pessoa identificar o que piora os sintomas e eliminar da dieta durante 7 dias. Se houver melhora do quadro, o alimento pode ser novamente introduzido na alimentação gradualmente, sempre observando o retorno ou a ausência dos sintomas.

Embora a síndrome da bexiga dolorosa não seja uma doença grave, o seu tratamento é complexo. O objetivo é melhorar os sintomas, sobretudo a dor, e melhorar a qualidade de vida da pessoa.

O médico urologista ou ginecologista, é o especialista responsável pelo tratamento da síndrome da bexiga dolorosa.

Saiba mais em:

Quais as causas da síndrome da bexiga dolorosa?

Fiz histerossalpingografia e dois dias depois comecei sentir dores por todo corpo. Pode ser reação do contraste?
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

É uma ocorrência relativamente rara, mas pode acontecer sim alergia ao contraste utilizado no exame, apesar que seus sintomas mais lembram o início de uma gripe ou uma infecção.

Apendicite durante a gravidez é perigoso?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A apendicite apresenta risco durante a gravidez se houver demora no diagnóstico a ponto de provocar perfuração do apêndice e consequente infecção completa do abdômen (peritonite).

A apendicite aguda é uma das situações em que se deve realizar cirurgia na mulher gestante.

Por causa do crescimento do útero e a reorganização dos órgãos abdominais, nem sempre os sintomas de apendicite na gravidez são os mesmo sintomas nas pessoas não grávidas. A apendicite na gravidez pode começar com dor abdominal que depois se concentra no quadrante inferior direito do abdômen, acompanhada de náusea, vômito e febre que não ultrapassa os 38ºC. Pode apresentar também azia, irregularidade intestinal, mal estar e diarreia.

Ao avaliar a paciente, o/a médico/a pode solicitar ultrassom abdominal, tomografia ou ressonância para elucidação do diagnóstico. A cirurgia é realizada sem afetar o feto e sem interferir na gravidez.

Caso o diagnóstico de apendicite demore para ser feito e a gestante demore procurar a emergência, há chances de perfuração do apêndice e extravasamento do conteúdo infectado (pus e fezes) para a cavidade abdominal e, assim, aumentar os riscos de parto prematuro ou perda fetal. Essa situação é rara e normalmente difícil de acontecer, pois a dor da apendicite costuma ser intensa.

É importante realizar o acompanhamento das consultas do pré-natal de rotina e em casos de dores súbitas, a mulher deve procurar os serviços de urgência.

Olho de peixe: o que é, como identificar e tratar?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

O olho de peixe é uma verruga que surge na planta dos pés, daí também ser chamada de verruga plantar. O olho de peixe, assim como todas as outras verrugas, é causada pelo vírus HPV.

O nome desse tipo de verruga, “olho de peixe”, é devido à sua aparência arredondada e elevada, com textura áspera e dura e que tem pequenos pontinhos pretos no meio, o que faz lembrar um olho de peixe.

O olho de peixe pode ser profundo e geralmente é doloroso. Porém, também pode se desenvolver mais superficialmente, sob a forma de placas. Nesses casos, a dor é menor.

Olho de peixe - verruga plantar Como surge o olho de peixe?

As áreas de impacto e traumas, como a planta dos pés, são os locais mais propícios para o desenvolvimento do olho de peixe, já que nessas áreas podem haver pequenos cortes ou rachaduras que favorece, a entrada do HPV na pele.

A transmissão do vírus HPV, responsável pela formação do olho de peixe, ocorre pelo contato direto com outras verrugas ou objetos contaminados.

Como tirar olho de peixe?

O olho de peixe pode desaparecer espontaneamente em poucos meses ou permanecer durante anos. Porém, devido à dor e ao risco de reinfecção, o mais indicado é tirar o olho de peixe através dos tratamentos médicos indicados para isso.

O tratamento do olho de peixe pode ser feito através de crioterapia (congelamento da lesão através da aplicação de nitrogênio líquido), eletrocauterização, aplicação de ácidos, cirurgia para retirar a verruga e uso de medicamentos específicos para estimular o sistema imunológico (imunoterapia).

Não tente tirar o olho de peixe em casa. Manipular ou tentar remover a verruga pode causar lesões que aumentam o risco de infecções e pode ainda favorecer o aparecimento de novos olhos-de-peixe.

Vale lembrar que a vacina contra o HPV não é usada no tratamento do olho de peixe, já que ela não tem efeito sobre as verrugas que já surgiram, mas pode prevenir o aparecimento do olho de peixe.

O diagnóstico e tratamento do olho de peixe pode ser feito por um médico de família ou clínico geral habilitados ou pelo médico dermatologista.

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Será que a sinusite pode causar paralisia facial?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sinusite pode causar paralisia facial, mas é muito raro.

As complicações mais comuns decorrentes de uma sinusite são:

  • Otite média aguda (infecção do ouvido médio pela proximidade);
  • Celulite de face e/ou periorbitária (infecção de pele no rosto ou ao redor do olho);
  • Cegueira (inflamação e comprometimento dos nervos ópticos);
  • Meningite (inflamação da meninge, que é o tecido que envolve o cérebro);
  • Empiema subdural (acúmulo de pus entre o cérebro e a meninge);
  • Trombose do seio cavernoso (obstrução de uma veia grande localizada na base do cérebro, normalmente causada pela disseminação de bactérias provenientes de alguma infecção. É raro, mas provoca a morte em cerca de 30% dos casos).
  • Complicações ósseas, sendo a osteomielite frontal (infecção do osso frontal), a mais comum entre elas, patologia também bastante perigosa e de difícil tratamento.

Raramente a infecção alcança a região aonde está localizado o sétimo par craniano (nervo facial), o que ocasionaria a paralisia facial, entretanto, pela proximidade, pode acontecer.

O nervo ótico costuma ser o mais afetado, com diminuição da visão geralmente em um dos olhos, podendo evoluir também para lacrimejamento excessivo e olho seco.

No caso de sinusite aguda ou crônica, é importante que agende uma consulta com o/a médico/a otorrinolaringologista, visto que esta doença tem tratamento, porém pode evolui com complicações graves que deixam sequelas e ou risco de morte quando não é resolvida a tempo.

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O que é paralisia facial? Quais os sintomas e como é o tratamento?

O mais indicado é consultar um médico otorrinolaringologista para verificar a sinusite e a rinite ou ir diretamente a um neurologista para uma avaliação mais aprofundada da parte neurológica.

Saiba mais em: Quais são os sintomas da sinusite?

Tenho ovários policísticos vou transmitir algo ao parceiro?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Não. A presença de cistos nos ovários não apresenta nenhum risco ao parceiro da mulher, uma vez que não é uma condição infecciosa.

Cistos nos ovários é uma situação frequente na maioria das mulheres. Esses cistos surgem porque o folículo que se desenvolve dentro do ovário não cresce o suficiente para se transformar em óvulo, ser expulso do ovário e desencadear a ovulação. Dessa forma, os folículos vão se acumulando no ovário na forma de cisto.

A presença de cistos nos ovários pode ser uma condição benigna que não apresenta riscos para a mulher. Isso dependerá de como o cisto se apresenta, se há ruptura ou torção e se, em consequência disso, há algum sintoma preocupante como dores em baixo ventre, sangramento vaginal intenso, febre, etc.

Quando os ovários com policistos são associados a um conjunto de outros sinais e sintomas, a mulher pode manifestar a Síndrome dos Ovários Policísticos. 

Sendo assim, quem tem ovários policísticos não transmite nada ao parceiro.

Leia mais em:

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