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Tenho algumas dores em diferentes partes da barriga?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Pode até estar relacionada a alguma doença, porém com apenas esses dados, não é possível essa confirmação. Dores na barriga podem ser originadas de muitos problemas, desde doenças físicas até mesmo quadro de ansiedade, estresse ou decorrente de um jejum prolongado.

As principais causas de dores abdominais em "diferentes partes da barriga", ou seja, dores não localizadas, são os transtornos gastrointestinais, como a constipação, gases, verminoses, inflamações, infecções intestinais ou ainda, ansiedade, estresse e fome (devido a jejum prolongado ou dietas muito restritivas).

Situações menos frequentes, mas que também podem resultar em dores abdominais, são as doenças hepáticas, pancreáticas, doenças vasculares, autoimunes, diabetes descompensado e doenças inflamatórias como a doença de Crohn.

Para essa definição e devidas orientações, procure um médico da família, clínico geral ou gastroenterologista, que saberá iniciar a avaliação e direcionar a melhor conduta no seu caso.

No entanto, nos casos de dor abdominal associada a diarreia líquida, febre, náuseas, vômitos, perda de peso ou inapetência, é fundamental que procure um atendimento médico de urgência para avaliação e conduta.

Como saber a causa das minhas dores na barriga?

Definir a causa de dores na barriga nem sempre é uma tarefa fácil, porque é uma região aonde encontram-se muitos órgãos, o que possibilita uma quantidade enorme de causas para esse sintoma.

O diagnóstico será baseado na história mais detalhada e exame clínico realizado pelo médico. Pode haver necessidade de exames complementares que serão pedidos na mesma consulta. E o tratamento deverá se basear no alívio dos sintomas inicialmente, e por fim, no tratamento da causa específica, quando definida.

Portanto, recomendamos que procure um médico da família clínico geral, ou gastroenterologista, para passar por uma avaliação médica criteriosa e conduta.

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Meu filho tem 12 anos e nunca deixou de fazer xixi na cama, o que fazer?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Existem muitas formas de ajudar as crianças e adolescentes que ainda urinam na cama à noite. Algumas medidas que não incluem o uso de fármacos e costumam ser recomendadas são:

  • Evitar ingestão excessiva de líquidos a noite e de alimentos diuréticos, como café e coca-cola.
  • Estimular e parabenizar as noites que a criança não urina na cama, reforçar positivamente esse comportamento, pode-se mesmo recompensá-la. 
  • Não punir quando a criança urinar. Evitar fazer críticas destrutivas e que diminuam ainda mais a auto-estima da criança.
  • Pode-se estimular a criança a fazer junto com os pais um calendário em que se anota, dia a dia, as noites em que urinou ou não urinou na cama.
  • Estimular a criança a urinar antes de dormir.
  • Acordar a criança à noite em horários pré-definidos e estimulá-la a ir ao banheiro urinar. Com o decorrer do tempo, acordá-la cada vez mais tarde, até que ela possa passar a noite toda sem urinar.

A causa da enurese, que é a perda de urina involuntária durante a noite, costuma ser multifatorial e pode estar atrelada a alterações funcionais da bexiga, distúrbios do sono e fatores emocionais, além disso sabe-se que crianças filhas de mães ou pais que também tiveram enurese na infância tem maior chance de também apresentar os sintomas.

Espera-se que a resolução espontânea aconteça em 99% dos casos até os 15 anos de idade. Apenas 1% das crianças com enurese tornam-se adultos com o mesmo problema. Contudo, orienta-se que os pais devam procurar ajuda profissional por conta dos danos psíquicos e sociais à criança, que pode ficar insegura e com a auto-estima abalada por conta do problema.

É muito importante que a família apoie a criança com enurese e compreenda a enurese como um problema de saúde e não apenas como birra da criança. Uma avaliação médica também é importante para descartar possíveis causas orgânicas e doenças que podem levar à perda involuntária de urina como: infecção urinária, mal formações urológicas, doença renal, disfunções neurológicas, diabetes, constipação e encoprese, entre outras.

Em relação ao tratamento na maioria das vezes não são necessárias medidas agressivas por conta dos sintomas serem transitórios.

Procure ajuda profissional, médicos de família e pediatras podem fazer uma avaliação e já iniciar uma abordagem. Em alguns casos, pode ser necessário o uso de medicamentos e o médico pode orientar o uso do alarme.

Hoje sabe-se que os tratamentos que incluem várias medidas combinadas são aqueles que mais levam à melhora dos sintomas.

Em algumas situações o acompanhamento da criança por um psicólogo pode ajudá-la com aspectos emocionais que podem ser causa ou consequência da enurese noturna. 

Quais os sintomas da insuficiência hepática?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Os primeiros sinais e sintomas podem ser apenas: náuseas, cansaço e mal-estar. Depois surge a icterícia, decorrente do acúmulo de bilirrubina não processada pelo fígado e que deixa a pele e os olhos amarelados.

Contudo, o sintoma mais evidente da insuficiência hepática é o aparecimento da encefalopatia (confusão mental). Ainda não está bem definida a causa da encefalopatia, entretanto parece ser devido ao acúmulo de toxinas não depurada pelo fígado doente. Essa manifestação pode surgir antes ou após a icterícia.

Outros sinais e sintomas são: Hipotensão arterial, hipoglicemia, ascite (aumento do volume da barriga), Insuficiência renal aguda, sangramentos de difícil controle e maior predisposição à infecções.

Os sinais e sintomas da insuficiência hepática podem ir se manifestando lentamente ou começar de forma rápida, evoluindo progressivamente e provocando a falência de vários órgãos e sistemas do corpo.

Insuficiência hepática aguda

A insuficiência hepática aguda se caracteriza pela falência das funções do fígado com aparecimento de encefalopatia em até 8 semanas após o início da doença, no caso de pessoas sem doença hepática prévia, ou 2 semanas, para os pacientes hepatopatas (com doença prévia).

Outra característica da insuficiência hepática aguda é o acometimento de outros órgãos e sistemas, como cérebro, pulmões, rins, sistema circulatório e imunológico.

Na falência hepática chamada subfulminante, a encefalopatia surge entre a 2ª e a 12ª semana após a icterícia.

O diagnóstico e tratamento da insuficiência hepática são de responsabilidade do/a médico/a hepatologista.

Saiba mais em:

Qual é o tratamento para insuficiência hepática?

Insuficiência hepática tem cura? Quais as possíveis complicações?

O que pode causar insuficiência hepática?

Fiz sexo sem camisinha e estou com medo de ter pego uma doença, o que fazer?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Deve procurar um médico ginecologista, para avaliar o seu caso e realizar um exame clínico. De acordo com a história e exame ginecológico, o médico será capaz de definir a necessidade de tomar alguma medicação, ou realizar algum exame complementar.

A maioria das doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) não apresentam sinais, especialmente nos homens, por isso nunca deve ser uma forma de avaliação quanto ao uso ou não de contraceptivos de barreira. A camisinha é o único método capaz de proteger ambos quanto às DSTs.

Além disso, a doença sexualmente transmissível pode não apresentar qualquer sintomas nas primeiras semanas ou meses. A Aids, por exemplo, ou síndrome da imunodeficiência humana, quadro de sinais e sintomas desencadeados pela ação do vírus HIV, pode levar anos para apresentar algum sintoma. Mesmo que faça exames, nos primeiros meses é comum o resultado negativo, porque não houve tempo de multiplicação suficiente do vírus.

No entanto, com o avanço de técnicas laboratoriais, alguns exames já detectam a doença em estágios bem iniciais, possibilitando o tratamento precoce, e melhor qualidade de vida. A Aids ainda não tem cura.

Além da Aids, outras DSTs podem ser bastante desagradáveis e inclusive deixar sequelas como a infertilidade. Por isso, o mais adequado é que procure quanto antes um atendimento médico, para adequada avaliação e tratamento se for preciso.

Leia também:

O que é cisto de Baker?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

O cisto de Baker ou cisto poplíteo é o acúmulo de líquido articular (sinovial) na região posterior do joelho. O líquido sinovial acumula-se nas bainhas dos tendões e nas bursas da articulação, localizadas atrás do joelho.

O líquido sinovial normalmente circula entrando e saindo das bursas do joelho, através de um sistema de válvulas que são responsáveis por controlar a quantidade de líquido articular que entra e sai dessas bolsas.

Porém, há casos em que o joelho produz uma quantidade de líquido sinovial exacerbada (sinovite), o que leva ao acúmulo de líquido na bursa e ao consequente aparecimento do cisto de Baker.

Quais as causas do cisto de Baker?

Nos adultos, o aparecimento do cisto de Baker normalmente está relacionado com patologias intra-articulares do joelho, como lesões nas estruturas internas do joelho (menisco, ligamentos, cartilagem), que levam ao aumento da produção ou extravasamento do líquido sinovial.

Como identificar o cisto de Baker?

O cisto de Baker surge como uma saliência atrás do joelho que não provoca dor, tornando-se mais nítido quando o joelho está estendido. Embora possa provocar um pequeno desconforto ou rigidez, geralmente não provoca sintomas. Quando presentes, os sintomas geralmente estão relacionados com a compressão das estruturas da parte posterior do joelho.

Dependendo do tamanho do cisto, pode causar dor ou desconforto na região posterior do joelho ao agachar ou após atividade física.

Pode ocorrer ainda uma diminuição dos limites de movimento provocada pela dor ou pelo tamanho do cisto de Baker. Há casos em que pode haver travamento, bloqueio, dor ou outros sintomas de desgaste patelar.

Em algumas situações, o cisto pode se romper e desencadear um inchaço na panturrilha, causando dor intensa e deixando a área vermelha e mais quente, com sintomas semelhantes aos da trombose venosa profunda (TVP).

Como é feito o diagnóstico do cisto de Baker?

O diagnóstico do cisto de Baker é feito através da anamnese e do exame físico, durante o qual o médico irá procurar por um caroço mole na parte de trás do joelho. No caso do cisto ser pequeno, comparar o joelho afetado ao joelho normal pode ser útil.

A confirmação do diagnóstico geralmente é feita por meio de exames de imagem, como ultrassonografia e ressonância magnética. A ressonância pode identificar também a causa primária que levou ao cisto.

A aplicação de luz no cisto (transiluminação) pode indicar que o mesmo está repleto de líquido. Se o caroço aumentar rapidamente ou se ocorrer dor noturna, dor forte ou febre, mais exames são necessários para garantir que não existem outros tipos de tumor.

Qual é o tratamento para cisto de Baker?

O tratamento inicial do cisto de Baker pode incluir o uso de medicamentos anti-inflamatórios, redução da atividade física, aplicação de gelo e acompanhamento regular.

No entanto, o tratamento do cisto de Baker normalmente é voltado para a causa, ou seja, para a lesão interna do joelho. Muitas vezes, os pacientes apresentam melhora após a artroscopia para tratamento das lesões intra-articulares. Também é comum o cisto de Baker desaparecer espontaneamente.

A cirurgia para remover o cisto de Baker raramente é indicada, a não ser que o cisto seja muito grande ou doloroso.

Em caso de suspeita de cisto de Baker, um médico clínico geral, médico de família ou ortopedista deverá ser consultado para confirmar o diagnóstico e orientar quanto ao tratamento mais adequado.

Vermes em crianças: quais os sintomas e o que fazer?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A diarreia, barriga inchada, dor de barriga e falta de apetite, são os sintomas mais comuns, encontrados nas crianças com presença de vermes.

Especialmente nas crianças e bebês, onde os sintomas são bastante inespecíficos, a suspeita de vermes costuma ocorrer pela mudança nas características das fezes. Quando a infestação é grande, é possível ver os vermes nas fezes a olho nu, por exemplo, no caso das lombrigas.

O tratamento é simples e feito com remédios chamados vermífugos, conforme orientação de um médico de família ou do pediatra.

Sintomas de vermes em crianças

Os sintomas da presença de vermes nas crianças e bebês incluem:

  • Diarreia: a diarreia pode vir acompanhada de sangue ou muco,
  • Dor de barriga (dor abdominal),
  • Barriga inchada,
  • Náuseas,
  • Vômitos,
  • Coceira no bumbum (prurido anal),
  • Dor ao evacuar,
  • Desidratação,
  • Febre,
  • Falta de apetite,
  • Perda de peso,
  • Anemia,
  • Problemas respiratórios e
  • Distúrbios cerebrais.
Como é feito o tratamento das verminoses em crianças?

Com uso de vermífugos. O tratamento das verminoses é bastante simples, entretanto é preciso que a criança faça um exame de fezes para identificar o tipo de verme que está causando a infecção. Em alguns casos um exame de sangue pode ser necessário para verificar a extensão da verminose.

Com base nos sintomas apresentados pela criança e no resultado do exame de fezes e, o médico de família ou pediatra indicará o melhor remédio, chamado vermífugo, para que o tratamento seja eficaz.

Albendazol, mebendazol, ivermectina e a nitazoxanida (Annita) são os vermífugos mais usados em crianças. No caso das crianças menores de 2 aos, o mebendazol pode ser uma opção, após a avaliação de riscos e benefícios pelo pediatra que o acompanha.

Nos bebês, os vermífugos são administrados de acordo com o peso e idade. Você deve trocar roupinhas, pijamas ou roupa de cama com frequência para evitar que o bebê se reinfecte com os ovos. As pessoas que manipularem as roupas também podem se infectar, transportando os ovos do verme para alimentos ou para a boca.

É importante que você não use esses medicamentos nos seus filhos sem orientação médica.

Quais são as verminoses mais comuns nas crianças?

As verminoses mais comuns são:

  • ascaridíase (lombriga),
  • esquistossomose,
  • ancilostomose,
  • filariose,
  • amebíase,
  • teníase (solitária),
  • oxiuríase e
  • giardíase.
O que fazer para evitar as verminoses em crianças?

Algumas medidas simples que ajudam a evitar a verminoses podem ser feitas por cada um de nós e ensinadas às crianças. São cuidados que incluem:

1. Lavar bem as mãos com sabão e com frequência, principalmente, antes das refeições e após usar o banheiro;

2. Evitar andar descalços em locais em que não se conhece as condições de higiene;

3. Beber apenas água filtrada ou fervida;

4. Cuidado ao manipular os alimentos. Os adultos que manipulam os alimentos devem lavá-los cuidadosamente antes do seu preparo e consumo;

5. Cuidado especial deve ser dados aos alimentos ingeridos crus como, por exemplo, verduras e legumes. Recomenda-se deixar por 15 minutos de molho em uma solução de 1 litro de água e 1 colher de sopa de água sanitária ou com produto específico para limpar verduras. Porém, após os 15 minutos, deve lavar com água corrente, de maneira abundante, até eliminar completamente o produto de limpeza, antes de ingerir o alimento.

Para saber mais sobre as doenças causadas por vermes e sobre os vermífugos, você pode ler:

Quais são as doenças causadas por vermes?

Quais os melhores remédios para vermes?

Referências

  • Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade. Abordagem das Parasitoses Intestinais mais Prevalentes na Infância.
  • Federação Brasileira de Gastroenterologia
  • Sociedade Brasileira de Infectologia
  • Sociedade Brasileira de Pediatria
Síndrome de cushing tem cura? Qual o tratamento?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A síndrome de Cushing pode ter cura a depender da causa.

O tratamento da síndrome de Cushing pode incluir radiação, remédios para baixar o nível do cortisol sanguíneo e cirurgia. O tratamento é capaz de reverter a maioria dos sintomas. Leia também:

A cirurgia pode ser necessária para retirar uma ou as duas glândulas supra-renais ou crescimentos anormais da glândula pituitária.

As medicações evitam a produção excessiva do cortisol.

A radiação pode matar as células com crescimentos anormais.

Outros tratamentos poderão ser feitos conjuntamente à medida do desenvolvimento de outras comorbidades como diabetes, hipertensão, etc.

Algumas pessoas podem curar com o tratamento, porém outras terão que tomar medicamentos para sempre.

O/a médico/a endocrinologista é responsável pelo diagnóstico, tratamento e acompanhamento do/a paciente com Síndrome de Cushing.

Qual a diferença entre colesterol e triglicerídeos?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O colesterol e os triglicerídeos, também chamados triglicérides, são gorduras que desempenham diferentes funções no organismo. Tanto o colesterol como os triglicerídeos estão presentes em certos alimentos e também são produzidos pelo corpo. Ter um nível alto de triglicérides ou colesterol pode aumentar o risco de infarto e acidente vascular cerebral (AVC).

O que é colesterol?

O colesterol é um tipo de gordura que está presente em todas as células do corpo, responsáveis pela produção de hormônios, vitamina D e substâncias que ajudam a digerir os alimentos. O colesterol é produzido pelo fígado e também encontrado em alimentos de origem animal, como gemas de ovos, carnes e queijos.

Qual a diferença entre colesterol HDL, LDL e VLDL?

O colesterol HDL, LDL e VLDL são lipoproteínas, ou seja, uma combinação de gorduras (lipídios) e proteínas. Os lipídios precisam estar ligados às proteínas para serem transportados no sangue. Caso, contrário, as gorduras não poderiam se misturar com a água do sangue.

HDL é a sigla em inglês para lipoproteína de alta densidade. É chamado de colesterol "bom" porque transporta o colesterol “ruim” (LDL) para o fígado, onde é eliminado do corpo. Além disso, por ter alta densidade, o HDL “afunda” no sangue e não se acumula na parede das artérias.

LDL é a sigla em inglês para lipoproteína de baixa densidade. É chamado de colesterol "ruim" porque um alto nível de LDL leva ao acúmulo de placas de gordura nas artérias. Isso ocorre devido à sua baixa densidade, que faz com que flutue na superfície do sangue e se deposite nas paredes dos vasos sanguíneos. As placas de gordura podem obstruir ou diminuir o fluxo sanguíneo no coração e no cérebro, aumentando os riscos de doenças obstrutivas como o infarto e acidente vascular cerebral (AVC).

VLDL é a sigla em inglês para lipoproteína de muito baixa densidade. Também é considerado como colesterol "ruim", porque contribui para o acúmulo de placas de gordura nas paredes das artérias. Contudo, o LDL e o VLDL são diferentes. O VLDL transporta triglicerídeos e o LDL carrega principalmente colesterol.

O que pode deixar o nível de colesterol alto?
  • Hábitos alimentares pouco saudáveis;
  • Falta de atividade física;
  • Tabagismo;
  • Genética;
  • Idade e
  • Excesso de peso.
Como baixar o colesterol?

É possível baixar o colesterol através de mudanças no estilo de vida. Ter uma alimentação saudável, pobre em alimentos processados e gordurosos e rica em fibras, além de controlar o peso e praticar atividade física regularmente, são boas formas de baixar o colesterol alto.

Quando as essas mudanças no estilo de vida não são suficientes, pode ser necessário tomar medicamentos para controlar os níveis de colesterol. Contudo, mesmo com a medicação, os exercícios e os cuidados com a alimentação e o peso devem ser mantidos.

Algumas pessoas com hipercolesterolemia familiar podem precisar fazer aférese das lipoproteínas. Este tratamento utiliza uma máquina de filtragem que remove o colesterol ruim (LDL) do sangue e devolve o sangue novamente na circulação sanguínea.

Leia também: O que fazer no caso de colesterol alto?

Quais são os valores de referência do colesterol LDL?
Valores de colesterol LDL Classificação
Menos de 100 mg/dL Ideal
100-129 mg/dL Quase ideal/Pouco melhor que o ideal
130-159 mg/dL Limite alto
160-189 mg/dL Alto
190 mg/dL ou mais Muito alto
Quais são os valores de referência do colesterol HDL?
Idade Valores de colesterol HDL
Homens e mulheres com até 19 anos Mais de 45 mg/dL
Homens a partir dos 20 anos Mais de 40 mg/dL
Mulheres a partir dos 20 anos Mais de 50 mg/dL
O que são triglicerídeos?

Os triglicerídeos são o tipo de gordura mais comum presente no corpo. Estão presentes em alimentos como manteiga, óleos e outras gorduras. Os triglicerídeos também são produzidos pelo corpo. Isso ocorre quando ingerimos mais calorias do que aquelas que o organismo consome. O excesso de calorias provenientes da alimentação é transformado em triglicerídeos, que são armazenados nas células de gordura. Quando o corpo precisa de energia, ele libera os triglicerídeos.

Leia também: O que são triglicerídeos?

O que pode deixar o nível de triglicerídeos alto?
  • Consumir mais calorias do que aquelas que o corpo queima, sobretudo se a pessoa consome muito açúcar;
  • Excesso de peso ou obesidade;
  • Fumar;
  • Consumo excessivo de álcool;
  • Uso de certos medicamentos;
  • Alguns distúrbios genéticos;
  • Doenças da tireoide;
  • Diabetes tipo 2 mal controlado;
  • Doenças hepáticas ou renais.

Leia também: Quais são as causas e os sintomas de triglicerídeos altos?

Como baixar os triglicerídeos?

Para baixar os triglicerídeos elevados, são recomendadas mudanças no estilo de vida, como:

  • Controlar o peso;
  • Praticar atividade física regularmente;
  • Não fumar;
  • Reduzir o consumo de açúcar e alimentos refinados;
  • Diminuir o consumo de álcool;
  • Substituir as gorduras de origem animal por gorduras de origem vegetal.

Veja também:

O que fazer para baixar os triglicerídeos?

Qual o tratamento para triglicerídeos altos?

Algumas pessoas precisam tomar medicamentos para colesterol para baixar os triglicerídeos.

Quais são os valores de referência dos triglicerídeos?
Categoria Valores de triglicérides
Normal Menos que 150 mg/dL
Limite alto 150 a 199 mg/dL
Alto 200 a 499 mg/dL
Muito alto 500 mg / dL e mais

Níveis de triglicerídeos superiores a 150 mg/dL podem aumentar o risco de doença cardíaca. Valores de triglicérides de 150 mg/dL ou mais também é um fator de risco para a síndrome metabólica.

Para maiores esclarecimentos sobre colesterol e triglicerídeos, consulte um médico de família ou um clínico geral.

Também pode lhe interessar: Triglicerídeos baixos: o que pode ser?

Tenho muita fraqueza, sonolência excessiva, perda de apetite...
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Pode procurar um médico de família ou um clínico geral para uma avaliação inicial dos sintomas. Aparentemente esses sintomas parecem caracterizar um quadro depressivo. Nesse sentido é essencial uma consulta médica para confirmação diagnóstica e inicio do tratamento.

O seguimento de transtornos depressivos pode ser feito pelo psiquiatra ou médico de família e clínico geral habilitados. Pode também ser necessário o acompanhamento por um psicólogo.

A depressão também pode acometer crianças e adolescentes, por isso, é importante considerar esse diagnóstico quando ocorrem sintomas sugestivos.

Quais são os sintomas do transtorno depressivo?

Os sintomas do transtorno depressivo maior podem incluir sonolência excessiva e perda de apetite como no seu caso, ou mesmo o oposto como insonia e aumento do apetite.

Além disso, o sentimento de tristeza persistente, sentimentos de vazio e pensamentos recorrentes de morte também caracterizam a depressão.

Além desse, outros sintomas presentes no transtorno depressivo são:

  • Perda de prazer ou interesse na maioria das atividades do dia a dia;
  • Fadiga ou perda de energia;
  • Agitação psicomotora ou lentidão e atraso psicomotor;
  • Sentimento de inutilidade, ou culpa excessiva ou inapropriada;
  • Diminuição da capacidade de pensar, raciocinar e tomar decisões.

A depressão tem tratamento, em muitos casos a psicoterapia já é capaz de melhorar os sintomas, em outros casos pode ser necessário o uso de medicamentos anti-depressivos, durante um período que pode ser prolongado. O apoio da família e de amigos é essencial, além da compreensão sobre a doença e a sua necessidade de tratamento.

Caso apresente sintomas sugestivos de transtorno depressivo consulte o seu médico de família, clínico geral, psiquiatra ou psicólogo.

Toda a grávida enjoa?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Não. Nem toda grávida enjoa.

Os enjoos da gravidez iniciam em torno da 5ª e 6ª semana de gestação, ou seja, no segundo mês da gravidez. 

Enjoo com ou sem vômito é um dos sintomas mais comuns no início da gestação

O enjoo pode vir como sintoma isolado ou acompanhado de outros como aumento da sensibilidade nos seios, cansaço e aumento da frequência urinária. 

Nem toda grávida vai sentir enjoos nas primeiras semanas da gestação. 

Em geral, os enjoos começam no segundo mês da gestação, ficam mais intensos no 2º e 3º mês e, a partir do 4º e 5º mês há melhora significativa dos enjoos. Porém, isso é relativo e cada mulher pode sentir com maior ou menor intensidade. 

Algumas mulheres podem prolongar os enjoos para os outros meses da gestação. 

Os enjoos podem ser controlados e reduzidos com uso de algumas medicações, alimentos como gengibre, acupuntura, hipnose ou demais terapias. Converse sobre isso com o/a médico/a durante as consultas de pré-natal.  

Quais os sintomas da hiperplasia prostática benigna?
Dr. Marcelo Scarpari Dutra Rodrigues
Dr. Marcelo Scarpari Dutra Rodrigues
Médico

A hiperplasia prostática benigna (HPB) normalmente se inicia em homens com mais de 40 anos e quando se associa a sintomas do trato urinário inferior (LUTS) pode provocar grande impacto na qualidade de vida. A hiperplasia do estroma e do epitélio da próstata pode provocar estreitamento da uretra prostática, com dificuldade para urinar.

Os sintomas da hiperplasia prostática benigna podem ser:

  • Obstrutivos (jato fraco, esforço para urinar, jato interrompido, hesitação, gotejamento, incontinência, esvaziamento);
  • Irritativos (urgência para urinar, polaciúria - ir várias vezes por dia ao banheiro e urinar pouco, dor suprapúbica, noctúria - mais de um episódio de micção à noite, entre outros).

O diagnóstico pode ser feito através da história clínica (presença de LUTS), exame físico detalhado, exame digital da próstata (toque retal), PSA e exame de urina, e complementado com biópsia de próstata, citologia urinária, entre outros, dependendo se a suspeita é de HPB ou câncer.

No caso de suspeita de HPB ou câncer de próstata, um médico urologista deve ser consultado o quanto antes, para avaliação e tratamento corretos.

O que é ascaridíase? Quais são os sintomas e como é o tratamento?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Ascaridíase é uma infecção intestinal causada pelo parasita Ascaris lumbricoides. Seu nome popular é lombriga e é muito comum em regiões com saneamento básico precário.

A maioria das infecções intestinais causada por esse parasita não manifesta em sintomas.

A ascaridíase pode ser expressa numa fase inicial com acometimentos pulmonares e uma fase latente com acometimentos intestinais.

Quando há sintomas, eles podem ser:

  • Tosse seca;
  • Falta de ar;
  • Febre;
  • Desconforto no peito;
  • Chiado no peito;
  • Escarro com sangue;
  • Desconforto abdominal;
  • Náusea e vômito;
  • Obstrução intestinal que pode ser aguda e necessitar de intervenção cirúrgica imediata;
  • Desnutrição e restrição do crescimento;
  • Aumento do fígado;
  • Icterícia.

O diagnóstico exato da ascaridíase é feito pelo exame de fezes ou pela detecção de vermes nas fezes.

O tratamento da ascaridíase é feito com medicamento anti-parasitário como Albendazol ou Mebendazol. Outras medicações podem ser utilizadas em alternativa a esses anti-parasitários.

A prevenção é essencial para evitar a aquisição da doença. Ela pode ser feita com medidas básicas de higiene sanitária além da lavagem das mãos com água e sabão.

O/a médico/a de família ou o clínico/a geral pode fazer o diagnóstico e indicar o tratamento adequado.