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Minha namorada ingeriu bicarbonato de amônia e está sentindo dores na barriga e está tendo muitos gases. Existe alguma relação?
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

Sim pode ter relação sim os sintomas dela com a ingestão de bicarbonato de amônia.

Barriga borbulhando é diarreia?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

A diarreia pode ser uma causa da barriga borbulhando. Entretanto, o barulho da barriga também pode ser sinal de excesso de gases. As principais causas do aumento dos gases são:

  • Uso de medicamentos, como a acarbose ou o orlistate;

  • Intolerância à lactose, que é o açúcar do leite e derivados (que também pode ser um composto presente em pequenas quantidades nos medicamentos);

  • Cirurgia no estômago (gastrectomia);

  • Crescimento exagerado das bactérias intestinais;

  • Problemas intestinais, como a doença de Crohn;

  • Prática de esportes de resistência, como corridas de longa distância.

Como existem várias causas para o aparecimento de barulhos na barriga, é difícil identificar exatamente o que está acontecendo sem a ajuda de um médico. Tenha atenção se o barulho na barriga incomodar muito, for duradouro e principalmente se for acompanhado de sintomas como diarreia e dor. Nesse caso, procure um médico de família, um clínico geral ou um gastroenterologista.

Leia mais sobre barulhos na barriga em:

Referências:

Kumar RV, Sinha VR. Newer insights into the drug delivery approaches of α-glucosidase inhibitors. Expert Opin Drug Deliv. 2012; 9(4): 403-16.

Orlistate. Bula do medicamento

Ponte PRL, Medeiros PHQS, Havt A, Caetano JA, Cid DAC et al. Clinical evaluation, biochemistry and genetic polymorphism analysis for the diagnosis of lactose intolerance in a population from northeastern Brazil. Clinics (Sao Paulo). 2016; 71(2): 82-9.

Int J Environ Res Public Health. 2022; 19(15): 9363.

Smarkusz-Zarzecka J, Ostrowska L, Leszczyńska J, Cwalina U. Effect of a Multi-Strain Probiotic Supplement on Gastrointestinal Symptoms and Serum Biochemical Parameters of Long-Distance Runners: A Randomized Controlled Trial.

Paik CN, Choi MG, Lim CH, Park JM, Chung WC et al. The role of small intestinal bacterial overgrowth in postgastrectomy patients. Neurogastroenterol Motil. 2011; 23(5): e191-6.

Simeticona. Bula do medicamento.

O que é arritmia?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A arritmia é uma alteração no ritmo cardíaco.

O ritmo cardíaco é organizado a partir dos batimentos do coração. Quando, por algum motivo, esse ritmo cardíaco fica alterado, ele é denominado de arritmia.

A arritmia pode ou não ser associada a uma doença cardíaca. Ela pode aparecer isoladamente enquanto uma patologia separada ou como uma das características em uma determinada doença.

A arritmia pode, inclusive, acontecer em pessoas saudáveis sem alterações cardíacas.

Para a detecção da arritmia pode ser necessária, além do exame clínico e a história pessoal, uma avaliação eletrocardiográfica feita pelo eletrocardiograma (ECG).

Leia também:

Quais os alimentos que causam gases? Conheça também os que não causam
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Os alimentos que mais causam gases são aqueles que dão mais trabalho ao intestino para serem digeridos como as leguminosas (feijão, lentilha e grão-de-bico), carne de porco, alho, alho-poró e frutas ricas em açúcar como a banana e a pera.

Vale lembrar, que a alimentação é o principal fator para a formação de excesso de gases, porém não é a única causa. O sedentarismo e o consumo de bebidas gaseificadas também contribuem para esses sintomas.

Para diminuir a produção de gases intestinais é preciso equilibrar os alimentos ingeridos, e não eliminar alimentos da sua dieta, porque cada um desempenha um papel importante no funcionamento do nosso corpo.

Alimentos que aumentam a produção de gases

Os principais alimentos responsáveis pela produção de excesso de gases, que causam desconforto abdominal e mal-estar são:

  • Leguminosas: Feijão, lentilha, grão de bico, ervilha
  • Legumes: Repolho, couve-flor, brócolis, pepino, beterraba, pimentão-verde e cenoura
  • Alho, Alho-poró, Cebola
  • Carne de porco
  • Carboidratos: Arroz integral, batata, batata-doce
  • Leite e derivados
  • Ovos
  • Pipoca, Milho
  • Aveia, Farinha de trigo, mel
  • Frutas: Abacate, Maça, Pera, Manga, Cereja, Melancia, Banana e Uva.

Além dos alimentos citados, os adoçantes, refrigerantes, bebidas gaseificadas, café e cerveja também provocam formação de grande quantidade de gases intestinais. Evite o consumo excessivo dessas bebidas ou beber diariamente.

O amendoim, nozes e algumas sementes, pode causar gases apenas quando ingeridas em grandes quantidades, ou em pessoas que desenvolvam algum grau de alergia.

Alimentos que produzem menos gases

Alguns alimentos não causam formação de gases durante a digestão, pelo menos quando consumidos de forma adequada, sem excesso, são eles:

  • Alface
  • Tomate
  • Condimentos como hortelã, cominho, orégano, salsa e anis estrelado
  • Frutas: Abacaxi e mamão.
Como eliminar os gases?

A recomendação para evitar a produção aumentada de gases, e também na sua eliminação se baseia em:

Dieta balanceada

Os nutricionistas orientam que cada refeição tenha um pouco de cada nutriente, para ajudar na digestão e no bom funcionamento do organismo. Procurar comer um carboidrato, como o arroz, ou a batata; uma proteína, como as carnes ou tofu, legumes e verduras a vontade.

Evitar elementos gordurosos ou cozinhar com muito óleo, porque dificultam na digestão é uma das principais causas de formação exagerada de gases, visto que as bactérias precisam de muita fermentação para quebrar esses alimentos.

Prática de atividade física

Praticar atividades físicas regularmente, ajuda na digestão pela melhor circulação e aumento do metabolismo do corpo. A atividade deve ser praticada de 3 a 4 vezes por semana, pelo menos 30 minutos.

Massagem

A massagem circular na barriga é uma prática antiga, mas que funciona para os casos de cólicas e dor abdominal causada por excesso de gases, porque ajuda de forma mecânica na eliminação desses gases.

Deve ser feita em círculos, começando do lado inferior direito da barriga, empurrando com pressão leve em direção ao umbigo, e depois circulando a barriga até o canto inferior esquerdo da barriga, região onde se encontra a porção final do intestino.

Medicamentos

O medicamento só deve ser usado quando o desconforto é grane e as medidas não medicamentosas não mostraram resultado. O mais utilizado é o Luftal®. A dose e formas de uso devem ser definidas de acordo com cada caso, idade e peso. O médico de família poderá orientar.

Dicas gerais

Importante também procurar fazer as refeições em ambientes calmos, mastigar bastante a comida e evitar beber e conversar enquanto come.

Outra dica valiosa é aumentar o consumo de água. Beber um litro e meio a 2 litros de água por dia ajuda não só no processo de digestão, mas na hidratação, no funcionamento renal, sistema imunológico, entre outros.

O médico nutrólogo ou o nutricionista, podem orientar quanto a dieta balanceada para cada caso e esclarecer as demais dúvidas que possam surgir sobre o processo digestivo.

Leia também:

Excesso de gases: o que pode ser e como tratar?

Como aliviar os gases na gravidez?

Referências:

  • Diane Abraczinskas, MD. et al.; Overview of intestinal gas and bloating. UpTodate, Dec.6, 2018.
  • Arnold Wald, MD. et al.; Treatment of irritable bowel syndrome in adults. UpToDate. Oct 23, 2019.
Qual o tratamento para a cirrose?
Dr. Marcelo Scarpari Dutra Rodrigues
Dr. Marcelo Scarpari Dutra Rodrigues
Médico

A cirrose hepática é irreversível, sendo assim, o tratamento da cirrose tem o objetivo de diminuir os sintomas e melhorar a qualidade de vida do paciente. O único tratamento para cirrose que é potencialmente curativo é o transplante hepático, que é recomendado para apenas alguns pacientes selecionados, pois não é isento de riscos potencialmente graves.

Há tratamentos específicos, dependendo da doença ou condição que levou a cirrose, por isso é importante a avaliação médica para determiná-los.

De maneira geral, é recomendado para todos os pacientes com cirrose: parar de ingerir álcool; dieta balanceada, com 1 a 2 gramas de proteína, por quilo, por dia, e pode ser necessário uso de suplementos vitamínicos e de aminoácidos. Além disso, pode ser necessário o uso de diuréticos e propranolol, para controle das complicações.

É fundamental o seguimento regular por médico gastroenterologista ou hepatologista para o tratamento adequado.

Quais os sintomas da insuficiência adrenal?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Os sintomas da insuficiência adrenal são variados e dependem da causa e do tempo de doença. Pode ser dividida em insuficiência adrenal Primária ou Secundária, além de aguda ou crônica.

Geralmente os sintomas são inespecíficos, como fraqueza, cansaço e falta de apetite. Na insuficiência adrenal primária, um dos sinais característicos é a presença de manchas escuras na pele, especialmente em regiões expostas como o rosto, e dobras, como nas axilas. A essa pele escurecida, chamamos de hiperpigmentação.

Quanto ao tempo de doença, aguda ou crônica, na forma aguda também conhecida por "crise adrenal", os sintomas são mais graves e com maior risco de complicações para a saúde, incluindo o risco de óbito.

Sintomas da Insuficiência adrenal
  • Náuseas, vômitos
  • Dor abdominal (por vezes intensa)
  • Falta de apetite
  • Perda de peso
  • Pressão baixa
  • Glicose baixa
  • Sinais de desidratação (boca seca, muita sede, pele ressecada)
  • Amenorreia (alterações no ciclo menstrual)
  • Avidez por comida salgada
  • Redução de pelos, nas mulheres
  • Sintomas psiquiátricos e confusão (nos casos mais avançados)
  • Hiperpigmentação cutâneo-mucosa (sinal clássico de áreas com escurecimento da pele, porém apenas na insuficiência adrenal primária)
Escurecimento da pele, nas axilas. Sinal sugestivo de insuficiência adrenal primária.

Os sintomas gastrointestinais costumam ser a primeira manifestação na doença. Por vezes a dor abdominal é tão intensa que sugere quadro de abdome agudo, ou seja, urgência médica cirúrgica.

Outro sintoma bastante comum, o desejo voraz por alimentos salgados, ocorre devido a pouca concentração de sal (sódio) no plasma decorrente da doença, uma forma de compensação desenvolvida pelo próprio organismo.

Também pode haver perda do desejo sexual e perda de pelos na região genital e nas axilas.

Insuficiência adrenal aguda

Os sintomas da insuficiência adrenal geralmente começam a se manifestar gradualmente. Contudo, situações de estresse, presença de infecção, traumatismos e procedimentos cirúrgicos podem causar uma crise aguda de insuficiência adrenal que pode levar à morte se não for devidamente tratada.

Nesses casos, além dos sintomas acima descritos estão presentes também febre alta, dor abdominal intensa, depressão, confusão mental, hipotensão grave e refratária.

Insuficiência adrenal crônica

Casos crônicos ou graves de insuficiência adrenal podem causar anda dores musculares e articulares, depressão, delírios, perda de memória e psicose.

Os sinais e sintomas da insuficiência adrenal podem ser discretos e variados. As manifestações são decorrentes da pouca produção de glicocorticoides ou mineralocorticoides e ainda da própria doença que originou a insuficiência adrenal.

Sem tratamento, a insuficiência adrenal pode ser fatal, sobretudo nos casos agudos.

O que é Doença de Addison?

A doença de Addison é a uma das formas mais comuns de insuficiência adrenal primária, onde a baixa produção de cortisol e aldosterona, levam aos sintomas de fraqueza, fadiga e pressão baixa.

Com a evolução da doença ou mediante uma situação de estresse, como pós-operatório ou infecção, os sintomas se agravam, podendo haver queda importante do sódio e da pressão arterial, com risco de morte se não tratado rapidamente.

Na presença dos sintomas relatados é importante que procure o quanto antes um médico de família, clínico geral ou um endocrinologista na presença desses sintomas.

Saiba mais em:

Queria saber se sentir ardência na vagina é normal?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Ardência na vagina não costuma ser grave, porém só um médico especialista após uma avaliação, poderá definir a causa e com isso a gravidade da situação.

Em geral, nos casos de episódios frequentes de ardência, ou ardência associada a outros sinais e sintomas, como coceira, presença de corrimento ou mal cheiro, provavelmente não será normal, sugere uma infecção ou inflamação vaginal.

Porém, se acontece raramente, ou por alguma causa aparente, como um trauma ou uso de roupas inadequadas e apertadas, não deve ser nada grave.

Sendo assim, dependendo da história clínica, frequência, presença de outros sinais e sintomas, associado ao exame médico, é possível determinar a causa desse problema, possibilitando assim iniciar o tratamento mais adequado.

O que pode causar ardência na vagina?

Muitas situações podem causar ardência ou desconforto na vagina, como por exemplo:

  • Infecção urinária,
  • Infecção bacteriana (vaginoses bacterianas),
  • Infecção fúngica,
  • Alergia (a sabonete íntimo, ou cremes lubrificadores),
  • Uso de roupas apertadas, roupas de lycra e mal ventiladas;
  • Uso de duchas higiênicas e sabonete íntimo diariamente,
  • Infecção sexualmente transmissível (gonorreia, clamídia, entre outras),
  • Problemas hormonais, como a redução de estrogênio na menopausa, devido ao ressecamento da mucosa vaginal,
  • Uso de medicamentos que reduzem o Ph vagina, como antibióticos locais (pomada).

Portanto, nesses casos recomendamos procurar um médico ginecologista, médico especializado nessa área, responsável por diagnosticar e tratar se necessário, a causa da ardência vaginal.

Leia também: Estou sentindo muita coceira na minha vagina. O que pode ser?

Há possibilidade de gravidez sendo que não houve penetração e ainda tomei a pílula do dia seguinte?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Possibilidades sempre existem, mas nesse caso é muito pequena, quase nula.

Na verdade sempre que existe relação sem uso de contraceptivos existe uma possibilidade de engravidar. O uso de contraceptivos diariamente, como anticoncepcionais, ou o uso de  preservativos reduzem para quase zero essa chance, assim como a pílula do dia seguinte quando utilizada nas primeiras 72 h após a relação, portanto, no seu caso, a chance é realmente muito pequena.

Sempre é válido lembrar que o contraceptivo de emergência, a pílula do dia seguinte, só deve ser utilizada em situações como essa, de urgência, deve ser evitado o uso rotineiro por ser uma medicação com alta concentração de hormônios, o que desregula seu ciclo menstrual.

A partir do momento que a mulher inicia vida sexual ativa é importante o agendamento de consulta com médico/a da família, ou ginecologista, para que sejam orientadas as formas de se proteger, não só de uma gestação não planejada, como também de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), algumas ainda sem cura e que levam a transtornos irremediáveis.

Saiba mais sobre esse assunto em:

O que é adenoide?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Adenoide é uma glândula composta por tecido linfoide localizada no fundo da garganta (fim da cavidade nasal e início da faringe).

A adenoide é muito parecida com gânglios e faz parte do sistema imunológico, protegendo o organismo contra micro-organismos invasores. Está localizada entre o nariz e a garganta, portanto, na região por onde o ar passa durante a respiração. A região da adenoide também tem ligação com os ouvidos.

Adenoide aumentada

A adenoide e as amígdalas formam um conjunto linfático que atua na proteção da boca, do nariz e da garganta.

Todas as pessoas possuem adenoide e nascem com elas. Durante a infância há um crescimento da adenoide e, a partir dos 8 anos de idade, ela começa a regredir até o seu desaparecimento na fase adulta.

No entanto, em alguns casos específicos, essa glândula apresenta um crescimento exagerado (hipertrofia) e pode causar obstrução da passagem de ar pela cavidade nasal.

Os problemas causados pela adenoide ocorrem entre os 6 e os 7 anos de idade, quando a adenoide aumenta muito de tamanho e causa infecções, como as respiratórias.

Em crianças que apresentam infecções respiratórias de repetição é comum ocorrer a inflamação da adenoide.

Quais os sintomas da adenoide?

Os sinais e sintomas da adenoide aumentada podem incluir tosse, ronco, interrupção da respiração durante o sono, dificuldade de respirar pelo nariz, mudança da voz, como se o nariz estivesse entupido, faringite, otite, sinusite, alteração do crescimento dos ossos da face e do crânio, desalinhamento da arcada dentária e problemas auditivos.

A diminuição da oxigenação durante o sono pode ainda interferir no desenvolvimento da criança, podendo causar com o tempo outros problemas, como irritabilidade, sonolência, alterações no crescimento, dificuldade de concentração, hiperatividade, além de atrapalhar os estudos.

Qual é o tratamento para adenoide?

Quando a adenoide está infectada, o tratamento mais indicado consiste do uso de medicamentos antibióticos, anti-inflamatórios ou corticoides. A medicação é recomendada quando as infecções ocorrem esporadicamente, com longos intervalos de tempo entre uma e outra.

Nos casos em que a adenoide se infecciona de forma recorrente, levando a inflamações frequentes da mesma, o tratamento medicamentoso pode não ser suficiente. A cirurgia para retirar a adenoide é o tratamento indicado nessas situações, para melhorar a respiração e acabar com os sintomas.

Cirurgia de adenoide

A cirurgia para retirar a adenoide (adenoidectomia) é indicada quando o tratamento medicamento não produz efeitos ou quando há manifestação frequente de sintomas.

O procedimento cirúrgico é muito simples, realizado com anestesia geral, durante o qual a adenoide é retirada pela boca. Durante a cirurgia de adenoide, também podem ser retiradas as amígdalas.

O tempo total de todo o processo, desde o internamento à alta, não costuma ser superior a 1 dia. A cirurgia de adenoide é indicada quando os medicamentos não produzem o resultado esperado e a pessoa apresenta otites, sinusite, dificuldade de respirar pelo nariz (sendo a respiração feita exclusivamente pela boca) e apneia (interrupções da respiração).

Uma vez retirada, a adenoide raramente volta a se desenvolver e a causar problemas. Porém, há casos em que isso pode acontecer.

O médico otorrinolaringologista é o especialista indicado para avaliar e indicar o tratamento adequado para os problemas da adenoide.

Batimentos cardíacos 47 é normal?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Ter batimentos cardíacos na frequência de 47 por minuto não é normal, pois o esperado é que a frequência normal se se situe entre 60 e 100 batimentos por minuto.

Quando a frequência cardíaca está abaixo de 50, considera-se que o coração está a bater mais devagar do que o esperado, condição chamada de bradicardia.

Porém, a bradicardia não indica necessariamente a presença de alguma doença ou problema de saúde grave. Pessoas idosas e atletas podem apresentar os batimentos mais lentos sem ter qualquer problema de saúde.

O uso de medicamentos como betabloqueadores, bloqueadores do canal de cálcio, digoxina e medicamentos para arritmia podem também diminuir a frequência cardíaca.

Outras causas frequentes de bradicardia são:

  • Problemas e alterações na rede elétrica do coração;
  • Episódios prévios de isquemia cardíaca (enfarto);
  • Hipotireoidismo;
  • Doença cardíaca congênita;
  • Doenças inflamatórias;
  • Desequilíbrios em eletrólitos como potássio e cálcio.
  • Miocardite;

Consulte o seu médico de família, clínico geral ou cardiologista caso apresente frequência cardíaca constantemente baixa ou caso tenha sintomas como fadiga, tontura e desmaios.

A bradicardia, em algumas situações, pode levar a parada cardíaca, por isso quando a bradicardia é grave pode ser necessário o uso de medicamentos ou a implantação de dispositivos que permitem que o coração bata na frequência mais adequada, como um marca-passo.

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Referências:

BMJ Best Practice. Bradicardia. 2021

O que é taquicardia?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Taquicardia é o batimento do coração em uma frequência superior à considerada normal, levando a sensação de coração acelerado. Nos adultos, os batimentos acima de 100 por minuto já é considerado taquicardia. Em crianças, esse valor varia de acordo com a idade. Quanto menor for a idade, maior a frequência dos batimentos.

Quais as causas da taquicardia?

A taquicardia pode aparecer em situações normais em que o organismo precisa receber mais sangue e oxigênio, tais como em exercícios físicos, situações de estresse, infecções e outras. Nesses casos, não é necessário realizar nenhuma investigação ou tratamento adicional.

Além disso, bebidas que contêm cafeína, como café, chás e alguns tipos de refrigerantes podem elevar a frequência cardíaca. Também o chocolate, o cigarro, produtos energéticos, alguns medicamentos e drogas ilícitas têm esse efeito. Nesses casos, basta interromper o consumo do produto para que a frequência cardíaca se normalize.

Entretanto, quando a taquicardia aparece fora dessas situações, principalmente quando a pessoa está em repouso ou dormindo, pode ser um sinal de problemas no coração, tais como alguns tipos de arritmias.

Nessa situação o/a médico/a de família, clínico/a geral ou cardiologista deve ser procurado/a para que exames sejam feitos e o diagnóstico seja encontrado. Em geral, poderá ser solicitado um eletrocardiograma, uma radiografia do tórax e, às vezes, um ecocardiograma ou teste de esteira.

Quais são os sintomas da taquicardia?

Dependendo do caso, a taquicardia pode não provocar nenhum sintoma. Em outros, pode haver uma alteração significativa do funcionamento do coração, aumentando o risco de infarto, derrame cerebral, paragem cardíaca ou morte.

Se os batimentos cardíacos estiverem muito acelerados, o coração pode não ser capaz de bombear adequadamente o sangue, podendo faltar oxigênio para alguns tecidos do corpo.

Nesses casos, os sintomas podem incluir tonturas, dificuldade para respirar, palpitações, dor no peito ou até mesmo desmaio.

Qual é o tratamento para taquicardia?

O tratamento vai depender do tipo, da causa e da gravidade do problema. Em alguns casos, apenas repouso e medidas comportamentais podem ser suficientes.

Em outras situações, medicamentos que controlam os batimentos cardíacos podem ser necessários. E em casos menos comuns, o médico pode indicar uma cirurgia para se corrigir o problema.

O tratamento da taquicardia visa reduzir o ritmo dos batimentos cardíacos, prevenir novos episódios e evitar complicações.

A taquicardia pode ser amenizada ao tossir, inclinar o corpo para a frente ou aplicar gelo na face. Caso esses procedimentos não sejam eficazes, pode ser necessário administrar medicamento pela via intravenosa.

Há ainda medicamentos orais que podem ser usados para tratar a taquicardia. Uma outra forma de normalizar o ritmo cardíaco é através da aplicação de choque elétrico no tórax como objetivo de restaurar o ritmo cardíaco.

Como prevenir a taquicardia?

Para prevenir novos episódios de taquicardia, pode ser colocado um cateter, um marca passo ou um desfibrilador. Esses equipamentos são capazes de detectar o ritmo cardíaco e corrigi-lo. Há casos de taquicardia que necessitam de cirurgia para eliminar a parte elétrica do coração que está danificada.

Também é importante controlar as doenças de base que podem estar causando a taquicardia.

O/A médico/a de família, clínico/a geral ou cardiologista pode ser consultado/a para diagnosticar e tratar a taquicardia.

Varizes no saco escrotal, que especialista devo procurar?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Deve procurar o médico Urologista. O aparecimento de varizes na bolsa escrotal pode representar a condição denominada varicocele.

O que é a varicocele?

A varicocele se caracteriza pela presença de dilatações das veias testiculares (varizes).

A doença é causada por uma incapacidade ou ausências das válvulas internas das veias, responsáveis por impulsionar o sangue para cima, causando assim o acúmulo de sangue e dilatação do vaso. Outros fatores causadores das varizes são, traumas frequentes, por exemplo em lutadores; presença de cistos ou tumores, que impedem esse fluxo sanguíneo adequado e fator hereditário.

Quais são os sintomas de varicocele?

A varicocele é classificada em 3 níveis de acordo com a sua gravidade: I (leve), II (moderado) e III (grave). Os sintomas variam conforme os níveis, sendo os mais comuns: peso local, coceira, dor, desconforto na bolsa escrotal, infertilidade e impotência (mais raramente).

A infertilidade no homem está fortemente associada a presença de varicocele. Trabalhos evidenciaram até 70% dos casos, decorrentes da doença.

A redução da libido acontece nos casos mais avançados, onde ocorre a atrofia testicular, reduzindo a produção de testosterona, que pode resultar em dificuldade de ereção e redução da libido.

Qual é o melhor tratamento para varicocele?

O tratamento varia de acordo com os sintomas, o grau das varizes e a idade. Contudo, na maioria das vezes existe indicação cirúrgica.

O médico urologista é o responsável pelo diagnóstico e conduta nos casos de varizes na bolsa escrotal, agende uma consulta para o urologista pediátrico, que saberá orientar o caso do seu filho.

Para saber mais: Como funciona a cirurgia de varicocele?

Referência

SBU. Sociedade Brasileira de Urologia.