A dor no estômago, que geralmente é descrita como uma dor na porção superior da barriga (dor na boca do estômago) pode ter diferentes causas.
Entre as principais causas destacam-se:
- Síndrome dispéptica: ocasionada por gastrite, úlcera péptica e doença do refluxo gastroesofágico;
- Gases;
- Gastroenterites;
- Constipação.
O uso de medicamento, determinados alimentos ou mesmo estresse e ansiedade também podem ocasionar, ou piorar dores estomacais.
Além disso, a dor referida como sendo no estômago não necessariamente é ocasionada por problemas ou doenças no estômago, já que podem ser causadas por alterações em outros órgãos e áreas do abdômen.
A maior parte dos casos de dor de estômago melhoram espontaneamente e não apresentam gravidade. Causas mais frequentes de dor no estômago:
GastriteA gastrite é a presença de inflamação no revestimento do estômago, e é uma das principais causas de dor no estômago constante.
É comum as pessoas relatarem uma sensação de queimação ou de pontada no estômago muito incomoda após comer certos tipos de alimentos, como alimentos picantes, ácidos, alimentos gordurosos ou que contém cafeína.
O tratamento consiste basicamente em mudanças dietéticas, como a redução dos alimentos que provocam irritação gástrica, e uso de medicamentos da classe dos inibidores de bomba de prótons, os IBPs, (omeprazol, pantoprazol, etc).
A úlcera é uma ferida que ocorre no revestimento interno do estômago, a mucosa gástrica, mas também pode atingir o revestimento do esôfago e do duodeno.
A úlcera péptica causa dor na região do estômago, essa dor geralmente piora com o jejum e alivia quando se come algo.
O tratamento é feito com inibidores de bomba de prótons. Caso se esteja a tomar medicamentos que agravem a úlcera, como anti-inflamatórios não esteroides, deve-se suspendê-los.
Se for constatada a presença da bactéria H. pylori na endoscopia, ela deve ser tratada com antibióticos.
Doença do refluxo gastroesofágicoSe refere ao retorno do conteúdo gástrico para o esôfago. Um dos principais sintomas do refluxo gastroesofágico é a azia, que é a sensação de queimação no estômago após as refeições.
A doença do refluxo gastroesofágico ode ocorrer por conta da presença de uma hérnia de hiato.
Esse tipo de hérnia ocorre quando parte do estômago passa pelo diafragma para a cavidade torácica. A hérnia de hiato dificulta a digestão e facilita o refluxo
O tratamento é feito com uso de medicamentos da classe dos inibidores da bomba de prótons e medidas gerais, como:
- Diminuição da ingesta de irritantes gástricos (café, alimentos picantes, ácidos);
- Redução do consumo de refrigerantes e álcool;
- Dieta fracionada (comer mais vezes em menor quantidade);
- Elevação da cabeceira da cama.
Em algumas situações podem estar indicada a cirurgia.
GasesA presença de excesso de gases é uma das causas mais frequentes de dores abdominais, inclusive dores na região do estômago. Pode estar relacionado a dor em cólica ou constipação (prisão de ventre).
O alívio dos gases pode ser feito através de algumas medidas, as principais são:
- Comer devagar e pausadamente;
- Evitar o consumo de bebidas gaseificadas;
- Evitar mascar chicletes e pastilhas;
- Diminuir o consumo de alimentos que aumentam a produção de gases como: leite, feijões e alimentos ricos em fibras.
Gastroenterites são infecções virais ou bacterianas que acometem o trato gastrointestinal, geralmente também levam a sintomas de vômitos e diarreia. A ingestão de alimentos contaminados com toxinas também pode provocar gastroenterites;
A gastroenterite pode levar ao aparecimento de sangue ou muco nas fezes. Eventualmente, também pode desencadear febre.
Grande parte dos casos as gastroenterites resolvem-se com o decorrer do tempo e constituem um quadro autolimitado.
A hidratação faz parte do tratamento, já que um dos principais riscos das gastroenterites é a desidratação.
ConstipaçãoA prisão de ventre pode causar gases e dores difusas por todo o abdômen, inclusive na região do estômago.
O tratamento inclui principalmente aumento da ingestão hídrica e de alimentos ricos em fibras, como verduras, legumes e alimentos integrais.
O que pode ser dor de estômago com diarreia ou vômitos?As principais causas de dor de estômago com a presença de diarreia, náuseas ou vômitos são as gastroenterites e a síndrome do intestino irritável.
GastroenteriteQuando a dor de estômago vem acompanhada de diarreia ou vômitos é provável que seja causada por uma gastroenterite.
Gastroenterite é um termo que se refere a um processo inflamatório gastrointestinal, causado por bactérias, vírus ou toxinas alimentares.
A gastroenterite pode levar também ao aparecimento de sangue ou muco nas fezes. Eventualmente também pode desencadear febre.
Grande parte dos casos as gastroenterites resolvem-se com o decorrer do tempo e constituem um quadro autolimitado.
Em alguns casos quando esses sintomas são persistentes podem exigir uma avaliação médica, principalmente quando acomete crianças pequenas e idosos.
Síndrome do Intestino IrritávelOutra possibilidade é a síndrome do intestino irritável, que é uma perturbação do tubo digestivo sem uma causa orgânica específica.
A síndrome do intestino irritável pode ocasionar diferentes sintomas, como dor abdominal, diarreia, gases, constipação e distensão abdominal.
Leia também: Quais os sintomas de infecção intestinal?
O que é bom para dor no estômago?O tratamento para dor no estômago irá depender principalmente da sua causa.
Quando a causa da dor no estômago for uma gastrite ou a doença do refluxo gastroesofágico, o tratamento irá incluir mudanças na alimentação e uso de medicamentos.
O grupo dos inibidores da bomba de prótons é um dos principais medicamentos usados nos quadros de gastrite e doença do refluxo gastroesofágico. O seu uso deve ser orientado e prescrito por um médico.
Entre as medidas alimentares importantes para aliviar a dor estomacal, estão:
- Evitar alimentos picantes, ácidos ou gordurosos;
- Evitar alimentos que contenham cafeína;
- Comer de forma fracionada: mais vezes em pequenas quantidades;
- Evitar o consumo abusivo de álcool;
- Gerir melhor episódios de ansiedade ou estresse.
Deve procurar um médico de família ou clínico geral nas seguintes situações:
- A dor piora muito rapidamente;
- A dor não desaparece;
- A dor vai e volta muitas vezes, de forma recorrente;
- Dificuldade em respirar ou engolir;
- Vômito ou diarreia persistentes que não melhoram;
- Pressão intensa ou dor no peito;
- Presença de sangue no vômito ou nas fezes;
- Febre alta que não baixa;
- Tossir sangue;
- Na presença de perda de peso sem causa aparente;
- Fadiga extrema ou perda de consciência.
Para mais esclarecimentos consulte o seu médico de família ou clínico geral.
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Tratamento do transtorno dismórfico corporal é feito principalmente com psicoterapia e quando necessário medicamentos. A terapia cognitiva comportamental é a forma de psicoterapia mais utilizada.
A psicoterapia, ajuda a pessoa a desenvolver comportamentos e estratégias mentais para favorecer a socialização e diminuir os comportamentos repetitivos, como se olhar no espelho e ficar obcecado com o seu "defeito". Os resultados da terapia cognitivo comportamental são bons, com grande melhora dos sintomas.
Entre os medicamentos utilizados estão os antidepressivos da classe dos inibidores da recaptação de serotonina, que melhoram significativamente os sintomas de ansiedade, obsessão, raiva, angústia, tendência suicida e agressividade.
A adesão do paciente é fundamental para o sucesso do tratamento do transtorno dismórfico corporal. Para se tratar adequadamente, é necessário que a pessoa reconheça que o seu problema é psicológico e precisa de um tratamento clínico com psiquiatra e psicoterapeuta.
Contudo, é comum que os pacientes pensem que a solução para o seu "defeito" está nas cirurgias plásticas e nos tratamentos estéticos, o que os leva a procurar médicos e profissionais da área de estética.
O objetivo do tratamento do transtorno dismórfico corporal é reduzir a ansiedade, a angústia e a preocupação do paciente com a sua aparência física, melhorando a sua qualidade de vida em geral.
O médico responsável por diagnosticar e conduzir o tratamento do transtorno é o psiquiatra.
Saiba mais em: Transtorno dismórfico corporal: Quais as causas e como identificar?
A isquemia cerebral, é a falta de sangue em uma região do cérebro, causada pelo entupimento da artéria que leva o sangue até essa região.
Tem como principais causas, a presença de um coágulo ou placas de gordura, que impedem a passagem do sangue. Com isso, chega menos oxigênio e menos açúcar no cérebro, desencadeando os sintomas de acordo com a área que foi atingida.
A isquemia é conhecida também por derrame cerebral ou Acidente Vascular Cerebral (AVC) isquêmico.
Quais são os sintomas de uma isquemia cerebral?Os primeiros sintomas de uma isquemia são:
- Diminuição de força - a pessoa não consegue levantar ou manter por pelo menos um minuto, um dos braços ou uma das pernas,
- Dificuldade de falar - parece que a língua fica adormecida ou "enrolada", e a pessoa não consegue falar o seu nome inteiro ou uma frase simples,
- "Boca torta" - a assimetria no rosto faz a boca parecer torta, e acontece devido ao enfraquecimento dos músculos de um lado apenas do rosto,
- Formigamento - diminuição da sensibilidade ou sensação de formigamento em um dos membros, ou um lado inteiro do corpo, inclusive rosto,
- Perda da visão - a vista fica borrada, ou perde completamente a visão em um dos olhos, de início súbito,
- Falta de equilíbrio - tonturas, desequilíbrio e dificuldade de se manter de pé ou caminhar em linha reta, pode ocorrer quando a isquemia atinge o cerebelo,
- Confusão mental - a pessoa fica confusa, diz frases sem sentido ou não reconhece pessoas próximas.
Havendo um ou mais desses sintomas, de início súbito, é fundamental que procure uma emergência médica ou ligue para o SAMU 192.
Quais são os tipos de AVC?Existem basicamente dois tipos de AVC, aquele que ocorre devido à falta de sangue, o AVC isquêmico e o AVC hemorrágico, quando a artéria se rompe, causando uma hemorragia cerebral.
Entretanto, quando a isquemia se resolve rápida e espontaneamente, sem deixar sequelas, chamamos de Isquemia transitória (AIT).
1. Acidente Vascular Cerebral Isquêmico (Isquemia cerebral)O Acidente Vascular Cerebral Isquêmico ou isquemia cerebral, é o tipo mais comum de AVC. A presença de um coágulo ou placa de gordura impede que o fluxo normal de sangue chegue até o cérebro.
Quando essa obstrução ocorre em um grande vaso, ou quando dura muitas horas, a falta de sangue e de oxigênio causam a morte de neurônios, e essa região para de realizar as suas funções.
Os sintomas são muito variados porque dependem da área que foi acometida. Se a isquemia ocorrer na área da fala, a pessoa pára de repente de falar; quando atinge a área responsável pela força do braço direito, esse braço fica pesado, ou paralisado, e assim por diante.
2. Acidente Vascular Cerebral HemorrágicoFelizmente o Acidente Vascular Hemorrágico, é o tipo menos comum. Nesse caso o que acontece é a ruptura de uma artéria dentro do cérebro, e não uma isquemia. As causas principais são o aumento da pressão e a presença de aneurisma cerebral.
O sangue fora da artéria (hemorragia), é bastante irritativo para o cérebro. Os sintomas são de muita dor de cabeça, de início súbito, algumas pessoas descrevem como a pior dor de suas vidas, ou como "uma bomba estourando dentro da cabeça", e nenhum remédio alivia. É comum ainda apresentar rigidez de nuca (pescoço duro) e vômitos intensos.
É o acidente vascular cerebral mais grave e com maior risco de mortalidade.
3. Isquemia Cerebral Transitória ou Ataque Isquêmico Transitório (AIT)É uma isquemia "temporária", provocada pela falta de circulação sanguínea para uma área do cérebro, que dura pouco tempo, a circulação é restabelecida rapidamente, sem medicamentos ou tratamentos.
Pode haver todos os sintomas típicos de uma isquemia, mas que desaparecem completamente quando a circulação normal retorna.
Por muito tempo o critério para AIT era baseado no tempo dos sintomas, ou seja, sintomas que duravam menos de 24 horas eram considerados AIT. Entretanto, pesquisas mostraram que não era uma forma correta para essa definição. Atualmente, se a morte de neurônios é confirmada no exame de imagem, é considerado AVC mesmo que não observe sequelas.
Importante ressaltar que o AIT é um fator de risco para o AVC. A pessoa que já teve um AIT, comprovadamente possui um risco muito maior de desenvolver um AVC isquêmico no futuro, especialmente dentro dos próximos meses, do que outras pessoas.
Existe tratamento para a isquemia cerebral?Sim. O melhor tratamento atual, é a trombólise. Uma medicação administrada pela veia, para dissolver o coágulo que está impedindo o fluxo de sangue para o cérebro. Quanto mais rápido conseguir dissolvê-lo e o sangue voltar a nutrir aquela área, menor o risco de uma sequela.
No entanto, essa medicação só pode ser usada quando a pessoa consegue chegar a uma emergência dentro das primeiras 4 horas do início dos sintomas. Existem ainda alguns critérios de contraindicação, mesmo que chegue a tempo, que são principalmente o uso de anticoagulantes e cirurgias recentes.
Caso não tenha indicação da trombólise, seja pelo tempo de chegada ao hospital ou por alguma contraindicação, outras medidas são importantes e devem ser iniciadas tão rápido quanto possível, como:
- Manter os sinais vitais adequados (pressão arterial controlada, batimentos cardíacos regulares e a temperatura do corpo normal;
- Inciar o quanto antes o tratamento de reabilitação, com terapia da fala, terapia ocupacional e fisioterapia, conforme os sintomas de cada paciente;
- Cirurgia, mais raramente, mas pode ser preciso, por exemplo, nos casos de obstrução grave de artéria carótida;
- E após a fase aguda, seguir com acompanhamento médico, para controle dos fatores de risco, evitando um novo evento de AVC.
O tratamento primordial da isquemia transitória é de prevenir um AVC Isquêmico!
A prevenção deve ser feita como o controle de doenças, controle rigoroso da pressão arterial, dos níveis de colesterol e de açúcar (glicemia) no sangue.
Para os fumantes é recomendado deixar de fumar. Todos são aconselhados a iniciar uma atividade física regular e seguir uma dieta balanceada que poderá ser melhor orientada por um nutricionista.
Além disso, são administrados medicamentos que reduzem o risco de AVC: As estatinas, que reduzem o colesterol ruim, e os anticoagulantes e/ou antiplaquetários, para reduzir a formação de coágulos.
É possível prevenir as isquemias cerebrais?Sim. Para prevenir a isquemia cerebral (acidente vascular cerebral) é preciso manter hábitos e um estilo de vida saudável:
- Evitar alimentos gordurosos;
- Manter uma alimentação saudável com baixo teor de sal e rica em frutas, verduras, cereais integrais e carnes magras;
- Praticar atividade física regularmente orientada por um educador físico e após avaliação médica, pelo menos 4x por semana;
- Não fumar;
- Evitar o consumo de bebidas alcoólicas;
- Cuidar das doenças crônicas, fazendo uso regular das suas medicações diárias, principalmente cuidar da pressão arterial, colesterol e açúcar no sangue.
- Pressão alta;
- Colesterol elevado (especialmente o LDL);
- Diabetes;
- Obesidade;
- Tabagismo;
- Sedentarismo (falta de atividade física);
- Idade avançada,
- Consumo excessivo de bebidas alcoólicas;
- Alimentação ruim, rica em sal e gorduras;
- Portadores de doenças cardíacas.
Sim. A isquemia pode deixar sequelas se acometer uma área muito extensa do cérebro e se não for tratada rapidamente.
As sequelas mais comuns são:
- Paralisia facial;
- Paralisia do braço e/ou perna de um dos lados do corpo;
- Dificuldade de falar ou engolir;
- Perda da coordenação motora;
- Cegueira;
- Dificuldade de memória;
- Alterações psicológicas como a depressão.
Profissionais como fisioterapeutas, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais e psicólogos podem auxiliar a minimizar as sequelas ou mesmo a recuperação das funções perdidas.
É importante que o acompanhamento do neurologista desde o início do quadro de isquemia até a recuperação das funções neurológicas perdidas.
Não deixe de buscar rapidamente um pronto-socorro sempre que algum sintoma de isquemia cerebral seja percebido.
Referência:
Rede Brasil AVC
A presença de vômitos é um sintoma muito frequente em bebês e crianças e pode estar relacionado a diferentes doenças e condições de saúde.
Na maioria das vezes constitui um quadro autolimitado e transitório, decorrente principalmente de gastroenterites.
No entanto, em algumas situações pode indicar uma doença de maior gravidade devendo a criança ser levada a um serviço de atendimento médico.
A maioria dos pais tem dúvidas no que fazer quando a criança começa a vomitar e qual o momento de levar a criança para uma avaliação médica.
O que fazer se meu filho estiver vomitando?Quando uma criança começa a vomitar é importante manter uma observação constante para observar possíveis sinais de gravidade e levar ao médico quando necessário.
1. Observe a criançaEm muitos casos os episódios de vômito cessam espontaneamente. Portanto, os adultos devem cuidar para que a criança ou bebê mantenha-se bem hidratado até que ocorra a melhora dos sintomas de vômito.
2. Mantenha a ingesta de líquidos e alimentosEm bebês que são amamentados, é essencial continuar amamentando-os, garantindo assim a oferta hídrica necessária.
Em crianças maiores ofereça líquidos e alimentos leves. Ofereça porções pequenas de alimentos, já que o apetite costuma estar diminuído. Prefira também alimentos mais frios, ao invés de quentes.
Crianças que apresentam vômitos ou diarreia podem fazer uso de Sais de Reidratação Oral, que ajudam a manter a hidratação e repor os eletrólitos perdidos. Converse com o seu médico sobre essa possibilidade.
3. Afaste a criança de substâncias que podem piorar os sintomasAfaste a criança de ambientes ou produtos com odores fortes, pois podem piorar os sintomas de náuseas.
4. Não use medicamentos sem supervisão médicaEvite o uso de medicamentos para inibir o vômito, sem orientação médica.
Quando de fato os vômitos estiverem muito intensos, o médico poderá indicar algum antiemético como o dimenidrato (Dramin) ou a androsetona (Vonau), no entanto, na maioria dos casos nenhum medicamento é necessário.
5. Saiba quando procurar um médicoAlgumas crianças podem perder o apetite e deixarem de comer, sendo que em alguns casos, por conta do vômitos persistente, a criança pode não conseguir ingerir nada.
Nessa situação, os pais devem redobrar a atenção, pois se a criança começar a apresentar sinais de desidratação e os vômitos imparáveis, os pais devem procurar atendimento médico.
Existem ainda outras situações que podem indicar a presença de doenças de maior gravidade, que exigem uma avaliação médica. Portanto, procure um médico se a criança apresentar:
- Persistência dos vômitos. Em recém nascidos o vômito deve cessar em até 12 horas, em bebês lactentes em até 24 horas e em crianças maiores, em até dois dias. Caso os episódios de vômitos persistam além desse período, procure um médico.
- Vômitos repetidos: caso a criança esteja vomitando sem parar de forma repetitiva, a ponto de não conseguir ingerir nada de líquidos.
- Sinais de desidratação: casos o bebê ou a criança apresente sinais de desidratação, como boca seca, choro sem lágrimas, sonolência ou redução do volume urinário.
- Vômito verde ou com sangue.
- Inchaço e dor abdominal.
- Sonolência ou irritabilidade fora do usual.
- Em bebês a presença de fontanela abaulada ou deprimida.
- Em crianças maiores a queixa de dor de cabeça, dificuldade de movimentação da cabeça (dificuldade de abaixar o queixo até o peito) e febre.
Caso esteja preocupado com o estado de saúde do seu bebê ou criança também não hesite em entrar em contato com o seu médico de família ou pediatra para esclarecimentos.
O que pode causar vômitos em bebês e crianças? GastroenteritesAs gastroenterites se referem a quadros de infecção e inflamação do trato gastrointestinal, pode ter inúmeras causas como infecção por vírus, bactérias, parasitas ou ingesta de toxinas alimentares.
Em muitos casos as gastroenterites correspondem a um processo auto-limitado, que causa vômitos, diarreia, mal-estar e eventualmente febre.
Durante a gastroenterite é essencial estar atento a hidratação da criança, pois episódios de vômito e diarreia repetidos podem levar a desidratação.
Alergia ou intolerância alimentarCasos de alergia e intolerância alimentar são uma importante causa de vômitos e outros sintomas gastrointestinais.
Deve-se observar bem se os sintomas surgiram ou sempre surgem após a criança ingerir determinado alimento. Caso episódios de vômito se repitam após a ingesta de um alimento específico, como leite, deve-se fazer a suspeita de alergia ou intolerância.
Doenças infecciosasDiferentes doenças de causa infecciosa podem desencadear episódios de vômitos desde uma otite até uma meningite, passando por infecção urinária ou pneumonia.
Por isso, quando uma criança começa a vomitar, é importante observar outros possíveis sinais e sintomas como dor de cabeça, febre, tosse, falta de ar ou sintomas urinários.
Causas específicas de vômito em bebêsBebês e recém-nascidos estão propensos a apresentar doenças específicas que desencadeiam vômitos, como a doença do refluxo gastroesofágico (DRGE), a estenose pilórica congênita e a intuscepção.
A doença do refluxo esofágico consiste no retorno de parte do alimento ingerido do estômago e esôfago para a garganta podendo causar vômito e desconforto. Pode ser confundida com regurgitação fisiológica do bebê, no entanto, na DRGE o bebê apresenta grande volume de alimento regurgitado, a ponto de interferir no seu ganho de peso.
A estenose pilórica se refere no estreitamento do piloro, a passagem entre o estômago e o intestino. Já a intuscepção consiste na curvatura do intestino sobre si mesmo. Ambas são doenças mais raras.
Para mais informações sobre vômitos em bebês e crianças consulte o seu médico pediatra ou médico de família.
Referências:
1. Uptodate. Approach to the infant or child with nausea and vomiting. Acesso em set. 2020.
2. SBP. Evidências para o manejo de náusea e vômitos em pediatria. 2018.
A presença de Gardnerella no exame de papanicolau, pode indicar uma infecção vaginal, a chamada vaginose bacteriana. Contudo, para ter certeza desse diagnóstico, é preciso passar por uma avaliação médica.
A Gardnerella é uma bactéria que está presente normalmente na flora vaginal, mas em pequenas quantidades. Os lactobacilos são as bactérias que predominam nessa região. Os sintomas de infecção são o corrimento acinzentado, com cheiro forte e desagradável.
A vaginose bacteriana por Gardnerella não é considerada uma infecção sexualmente transmissível (IST) ou doença sexualmente transmissível (DST), mas pode ser transmitida por contato íntimo, para o homem.
Qual o tratamento da vaginose bacteriana?O tratamento é baseado no uso de antibióticos, sendo o metronidazol o antibiótico de escolha. Pode ser administrado por via oral (comprimidos) ou por pomadas, durante 7 a 10 dias.
Além do antibiótico, é importante evitar as relações durante o tratamento, ou se o fizer, usar contraceptivos de barreira, como a camisinha.
O uso de bebidas alcoólicas, pode interferir na eficácia do medicamento e causar efeitos colaterais como náuseas e vômitos.
E, a princípio, não é preciso tratar o homem, a não ser que ele tenha sintomas. Se for uma parceira mulher, essa deve ser tratada em conjunto.
Como se pega gardnerella? Pode ser considerada uma DST/IST?A mulher já possui a bactéria gardnerella na sua flora vaginal naturalmente, já o homem não. No homem, a Gardnerella é transmitida através de contato íntimo e relações sexuais.
A infecção no homem pode causar doença na uretra (uretrite), na glande ou prepúcio (balanite). Os sintomas são de vermelhidão no pênis, saída de secreção purulenta, ardência ao urinar e/ou dor na relação.
Nesses casos é preciso procurar um urologista, para dar início ao tratamento.
Como saber se tenho vaginose bacteriana?A vaginose é uma infecção comum do trato genital feminino, que causa principalmente corrimento vaginal e odor fétido, semelhante à "peixe podre".
Uma situação que leva a grande desconforto e constrangimento. Outros sinais como vermelhidão, edema, dor durante as relações e coceira, podem ocorrer, porém, são sintomas bem menos frequentes.
A presença desses sintomas, sugere uma vaginose bacteriana, por isso é recomendado que procure um ginecologista para avaliação.
O que pode causar a vaginose bacteriana?Os fatores mais relacionados à infecção vaginal são:
- Limpeza íntima com sabonetes inapropriados,
- Uso de ducha higiênica muitas vezes por dia,
- Uso inadequado do papel higiênico. É fundamental passar o papel sempre da vagina em direção ao ânus, e não o contrário,
- Situações que reduzem a imunidade: gestação, diabetes, uso crônico de remédios como o corticoide, ansiedade, estresse e alimentação ruim,
- Ter vários parceiros sexuais,
- Tabagismo.
Sim. Nas mulheres, a vaginose pode levar a infertilidade, por inflamações crônicas no útero e trompas. Aumenta o risco de contrair DST/IST como o HIV, tanto nos homens quanto nas mulheres. Pode ainda, nas gestantes, desencadear parto prematuro ou abortamento.
Sendo assim, toda a mulher que apresente alteração no exame, precisa procurar o seu ginecologista, para confirmar o diagnóstico e iniciar o tratamento com antibiótico e demais orientações que se façam necessárias.
As mulheres com idade entre 25 e 59 anos, que têm ou já tiveram vida sexual ativa devem fazer o exame preventivo periódico. Após dois exames com resultado normal em um intervalo de um ano, o papanicolau pode passar a ser feito a cada 3 anos.
Leia mais:
- Qual o tratamento no caso de gardnerella?
- Resultado de exame preventivo com Gardnerella e Candida: deve-se tratar só a mulher ou o casal?
Referências:
FEBRASGO - Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.
Muitas mulheres apresentam sintomas e notam mudanças no corpo que se iniciam alguns dias antes da menstruação vir e podem persistir durante os primeiros dias da menstruação.
Alguns sintomas pré-menstruais comumente relatados são cólicas, dores nas mamas, sensação de inchaço e irritabilidade.
Esses sintomas variam de mulher para mulher e podem ainda variar de ciclo para ciclo a depender de hábitos de estilo de vida, alimentação e fatores hormonais.
Uma característica importante dos sintomas pré-menstruais é que eles tendem a melhorar e desaparecer com a vinda da menstruação, essa característica permite diferenciar sintomas da síndrome pré-menstrual de outras condições.
Como saber se a menstruação está perto?A observação dos sintomas que antecedem a menstruação é uma das principais formas de avaliar se a menstruação está se aproximando ou não. É essencial anotá-los para assim criar um diário e compreender melhor as alterações que ocorrem no corpo.
Vejamos então três etapas para avaliar se a menstruação está perto.
1 - Observe os sintomas pré-menstruais durante três ou mais ciclos.Para saber se a menstruação está próxima é importante estar atenta a estes sintomas e pequenas mudanças no corpo que podem vir antes do período menstrual.
Observe os sintomas físicos que possam surgir, como:
- Cólicas uterinas,
- Sensibilidade ou dor mamária,
- Dores de cabeça,
- Sensação de inchaço,
- Peso nas pernas,
- Dor nas costas,
- Ondas de calor,
- Tontura.
Também esteja atenta a mudanças de humor e sintomas psicológicos, que antecedem o período menstrual:
- Irritabilidade,
- Ansiedade ou sensação de tensão,
- Tristeza ou desanimo,
- Aumento do apetite, desejo de comer doces ou comidas,
- Diminuição do interesse em atividades gerais.
Nem sempre os mesmo sintomas se repetem todos os ciclos, mas é comum que alguns sejam mais marcados e frequentes.
2 - Anote os sintomas mais comuns e frequente.Não se esqueça de anotar os seus sintomas, a intensidade e quando ocorrem e anote também os dias da menstruação. Acompanhe os seus ciclos por pelo menos 6 meses.
É importante ter essa informação organizada para conseguir encontrar padrões que se repetem e assim tornar-se mais familiarizada com as mudanças que ocorrem no seu corpo antes da menstruação.
3 -Conheça o seu ciclo menstrualÉ muito importante conhecer a duração do ciclo menstrual, ou seja, a quantidade média de dias entre uma menstruação e outra, assim é possível prever quando irá ocorrer a próxima menstruação.
Há mulheres que apresentam ciclos mais curtos, por exemplo, de 28 dias, e outras apresentam ciclos mais longos, por exemplo, de 34 dias.
Saber a média da duração do ciclo também ajuda a tentar prever sempre as próximas menstruações. Por exemplo, se o seu ciclo dura 30 dias é esperado que sua menstruação venha sempre a cada 30 dias, podendo ainda ocorrer pequenas variações de 1 a 3 dias antes ou depois.
Caso apresente sintomas pré-menstruais importantes ou queira saber mais sobre a menstruação consulte um ginecologista, ou médico de família.
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Referências bibliográficas
Clinical manifestations and diagnosis of premenstrual syndrome and premenstrual dysphoric disorder. Uptodate.
A diarreia é sinal de infecção quando apresenta febre, calafrios e presença de sangue, muco ou pus nas fezes. Nesse caso, a diarreia passa a ser considerada uma disenteria.
A disenteria é uma situação bastante perigosa, especialmente para as crianças e pessoas com a imunidade baixa, pelo risco de complicações como a desidratação e sepse (infecção generalizada).
Portanto, na presença de sinais de infecção, procure um atendimento médico imediatamente.
Quando procurar atendimento médico?Os sinais de maior gravidade que indicam a necessidade de atendimento médico, são:
- Presença de sangue, pus ou muco nas fezes;
- Febre alta (acima de 38,5ºC);
- Mais de 6 evacuações líquidas por dia;
- Mais de 7 dias de diarreia com febre;
- Episódios de vômitos (mais de 5 vezes por dia), junto com a diarreia;
- Sinais de desidratação (boca seca, muita sede e redução do volume de xixi);
- Pacientes com imunidade baixa (em tratamento com quimioterapia, corticoides ou imunossupressores);
- Crianças pequenas, menores de um ano, ou que não aceitam bem a hidratação;
- Sinais de desidratação (boca seca, menor quantidade de xixi, sede constante).
A principal orientação nos casos de diarreia é manter uma boa hidratação, repor os eletrólitos perdidos junto com as fezes, como o sódio, potássio e zinco; manter a alimentação habitual e quando preciso, acrescentar o antibiótico.
A restrição de alimentos durante a diarreia, foi por muitos anos usada como tratamento ideal. Contudo, os estudos mostraram que essa medida prejudica a nutrição e a recuperação da mucosa intestinal, por isso, é muito importante que a alimentação normal, de costume, seja mantida.
Quais remédios podem ser usados na diarreia?As diretrizes de saúde, tanto no Brasil como em outros países, só indica uso de medicamentos, quando realmente é necessário, para evitar a piora da diarreia.
1. AntitérmicosO paracetamol é a antitérmico mais indicado, porém apenas nos casos de febre alta (acima de 38,5º), ou quando causa grande incômodo na criança, interferindo na sua alimentação e aceitação de líquidos.
2. AntibióticosOs antibióticos podem ser indicados nos casos de infecção, com a febre alta persistente, presença de sangue, muco ou pus nas fezes e quando a doença dura mais de 7 dias consecutivos.
3. AntidiarreicosAs medicações com objetivo de interromper rapidamente a diarreia não são indicadas! Sobretudo nos casos infecciosos, quando a medicação reduz a motilidade do intestino, mantendo a infecção por mais tempo e aumentando o risco de uma sepse (infecção generalizada).
4. ProbióticosOs medicamentos probióticos podem ser utilizados, embora tenham poucos estudos comprovando a sua eficácia.
5. AntieméticosAs medicações para náuseas e vômitos podem ser utilizadas, inclusive em crianças, para reduzir a perda de água nos episódios de vômitos. As opções mais prescritas são a metoclopramida, prometazina e a ondansetrona.
Quais são os tipos de diarreia?A diarreia pode ser dividida pelo tempo de duração, pela causa ou ainda pelos sintomas e as suas caraterísticas.
Diarreia agudaTipo de diarreia que dura apenas alguns dias, geralmente entre 5 e 7 dias, podendo chegar a 14 dias no máximo. As causas mais comum são as viroses e a melhora é espontânea.
Diarreia crônicaTipo de diarreia que dura mais de 3 a 4 semanas, mesmo que não seja constante durante esse período. As causas mais comuns são a presença de vermes, inflamações intestinais, como a doença de Crohn, tumores, ou situações de estresse, como a síndrome do intestino irritável.
Nesses casos é preciso procurar um gastroenterologista para investigação e tratamento.
Gastroenterite (infecciosa)A diarreia infecciosa, disenteria ou gastroenterite, é um tipo de diarreia mais grave, causada por bactérias, onde é comum a presença de cólicas abdominais, febre, mal-estar e sangue ou pus nas fezes.
O tratamento deve ser feito com hidratação e antibióticos, por isso é procurar um atendimento médico para confirmação da doença e início rápido dos medicamentos.
Causas de diarreiaDiversas situações e doenças crônicas podem causar diarreia, como, por exemplo:
- Consumir alimentos contaminados;
- Viroses;
- Alimentação rica em gordura;
- Dietas restritivas (fórmulas para emagrecimento);
- Doença celíaca (doença causada caracterizada pela intolerância ao glúten);
- Doença inflamatória intestinal, como doença de Crohn e colite ulcerativa;
- Síndrome do intestino irritável;
- Intolerância à lactose;
- Falta de higiene pessoal;
- Cirurgias de estômago ou de intestino;
- Radioterapia.
A diarreia é uma condição em que ocorre eliminação de fezes aquosas (diarreia líquida) ou moles, pelo menos 3 vezes por dia. A diarreia pode ser leve e desaparecer em alguns dias ou durar mais tempo, podendo deixar a pessoa fraca ou desidratada.
Para maiores esclarecimentos sobre os distúrbios gastrointestinais, como a diarreia, procure um médico gastroenterologista.
Leia também: O que é bom para parar a diarreia rapidamente?
Referências:- Ministério da Saúde - saude.gov.br
- Brandt KG, de Castro Antunes MM, da Silva GA. Acute diarrhea: evidence-based management. J Pediatr (Rio J). 2015;91:S36-43.
Ataxia de Friedreich não tem cura. Trata-se de uma doença progressiva e degenerativa que causa alterações irreversíveis no sistema nervoso.
Entretanto existem opções de tratamento, com o objetivo de amenizar os sintomas, prevenir complicações cardíacas, respiratórias e ortopédicas, além de tratar as doenças concomitantes como o diabetes mellitus.
Dentre os medicamentos usados para tratar a ataxia de Friedreich estão o idebenona (antioxidante), resveratrol (para o coração), eritropoetina (hormônio), deferiprona e desferroxamina (quelantes de ferro).
Os quelantes de ferro diminuem as concentrações de ferro, reduzindo assim os seus efeitos tóxicos na produção de energia das células. Os antioxidantes protegem a organela responsável pela respiração celular (mitocôndria) das lesões causadas pelos radicais livres (moléculas de oxigênio quimicamente ativas). Já a eritropoetina tem efeito protetor sobre o sistema nervoso e coração.
Há ainda outros remédios usados no tratamento da ataxia de Friedreich, mas que ainda estão em fase de estudos. Contudo, mesmo as medicações já usadas habitualmente têm um efeito muito limitado no controle da progressão e dos sintomas da doença.
Os tratamentos não farmacológicos, como cirurgia e fisioterapia, visam sobretudo corrigir e prevenir complicações, além de tentar promover uma melhor qualidade de vida ao paciente.
Os sintomas da ataxia de Friedreich normalmente começam a se manifestar antes dos 20 anos de idade. Em geral, os pacientes perdem a autonomia depois de 10 a 15 anos e muitos vão a óbito devido a complicações cardíacas.
Contudo, a idade de início das manifestações, os tipos de sintomas e a velocidade de progressão da doença podem variar muito de pessoa para pessoa.
Saiba mais em: O que é ataxia de Friedreich?
O médico neurologista é o especialista responsável pelo diagnóstico e tratamento da ataxia de Friedreich.
A dor nas mãos pode ser causada por diversos motivos, desde doenças crônicas, como as doenças reumáticas, um processo inflamatório como a tendinite, síndrome do túnel do carpo, um trauma ou até devido à má circulação.
A mão é uma parte do nosso corpo rica em diferentes estruturas. Nas mãos encontramos músculos, nervos, tendões e vasos sanguíneos, além disso, trata-se de uma parte do corpo que utilizamos com muita frequência. Por isso estão expostos a traumas, inflamação e problemas de circulação.
O tratamento para alívio dos sintomas pode ser baseado em analgésicos, anti-inflamatórios, gelo ou compressa morna e repouso. No entanto, para tratar definitivamente e evitar a recorrência da dor, é preciso identificar a causa.
Quais são as principais causas de dor nas mãos? 1. Artrite reumatoideA artrite reumatoide é uma doença reumática bastante frequente na população, caracterizada por um processo inflamatório crônico das articulações, principalmente nas mãos e punhos.
Os sintomas são de "dor nas juntas", vermelhidão, calor local e rigidez matinal. Com a evolução da doença, as articulações ficam desgastadas e podem surgir ainda as deformidades ósseas e nódulos, chamados nódulos reumatóides.
A doença deve ser diagnosticada e tratada o quanto antes, para evitar a sua evolução, complicações e incapacidade funcional.
O tratamento para a fase aguda, com sintomas de inflamação e dor, são o uso de anti-inflamatórios e corticoides. Após a melhora da inflamação, a artrite reumatoide deve ser tratada continuamente, com medicamentos que reduzem o número de crises de agressão articular, como os imunossupressores.
O médico reumatologista é o responsável pela avaliação, conduta e acompanhamento.
Deformidade ósseas nas mãos, em paciente com artrite reumatoide avançada. 2. TendiniteAs tendinites são inflamações nos tendões, estruturas que ligam o músculo ao osso, permitindo o deslizamento entre eles e realização dos movimentos. Por isso as regiões que estão sempre em movimentação, como os ombros, punhos, joelhos pés e mãos, são as mais propensas em desenvolver tendinites.
A doença é comum em atividades laborais que exigem movimentos repetitivos, como pessoas que trabalham em computadores, digitadores e esportistas.
O tratamento da tendinite é imobilizar a região inflamada, manter repouso, gelo local várias vezes por dia e o uso de anti-inflamatórios.
Além disso, é importante identificar a causa e corrigir sempre que possível, para evitar recorrência da doença. Por exemplo, em situações de trabalho, pode ser preciso uma reeducação postural, ajustes de material do trabalho, como cadeira adequada e descanso para os pés.
O médico de família, ortopedista ou reumatologista podem orientar caso a caso.
3. Síndrome do túnel do carpoA síndrome do túnel do carpo, é a compressão do nervo mediano, na altura no punho, que causa os sintomas de dor e formigamento das mãos. Geralmente a doença acomete os dois lados.
A repetição de movimentos das mãos, como digitar e escrever, é a principal causa desse problema. Gestantes também podem desenvolver a síndrome pelo edema gestacional. Após o parto, os sintomas tendem a desaparecer espontaneamnete.
No entanto, se a doença não for diagnosticada e tratada a tempo, o nervo pode sofrer um dano irreparável, causando a dor crônica, atrofia dos músculos das mãos e com isso, fraqueza e incapacidade de funções simples, como segurar um copo por períodos prolongados.
O diagnóstico e tratamento devem ser conduzidos pelo neurologista, neurocirurgião ou ortopedista cirurgião de mão, e o tratamento definitivo é a cirurgia com ressecção da fibrose e liberação do nervo.
Síndrome do túnel do carpo - Área do punho sinalizada em vermelho, representa a compressão do nervo mediano. 4. LúpusLúpus é uma doença inflamatória de origem autoimune, dentro do espectro de doenças reumáticas, que agride diversos sistemas do organismo, sendo um deles as articulações.
Os sintomas mais comuns são de cansaço, desânimo, emagrecimento, manchas na pele e as inflamações articulares, que levam as dores nas juntas das mãos, punhos, joelhos e pés. O diagnóstico deve ser feito pelo médico reumatologista, que dependendo da forma e gravidade da doença, irá definir o tratamento.
O tratamento é feito com uso de corticoides e imunossupressores, além de acompanhamento regular para evitar complicações da doença.
5. Lesão por esforço repetitivo (LER)A lesão por esforço repetitivo é uma doença do sistema musculoesquelético, causado pela repetição de movimentos, geralmente relacionada, mais uma vez, às atividades de trabalho.
Pode acometer os punhos, ombros e cotovelos, além da coluna. Os sintomas são de dor nas mãos, inchaço, sensação de pontadas ou agulhadas, formigamento e diminuição da força.
O diagnóstico deve ser feito pelo reumatologista ou ortopedista e o tratamento preconizado é com uso de anti-inflamatórios, para alívio dos sintomas, e controle dos fatores que causam o problema.
6. TraumasOs traumas também podem comprometer as articulações e músculos, causando dor, inchaço e vermelhidão no local do trauma. A dor é localizada e a duração dos sintomas é limitada, não é uma situação recorrente.
Neste caso, existe uma causa bem definida relacionada ao impacto provocado pelo trauma sofrido em quedas ou acidentes, por exemplo. O tratamento é direcionado especificamente para a lesão e dura o tempo suficiente para a sua recuperação.
7. Doenças vascularesO fenômeno de Raynaud é caracterizado por episódios de vasoespasmo, ou seja, os vasos sanguíneos reduzem de calibre, levando menos sangue até as extremidades das mãos e dos pés, especialmente em situações de frio e de estresse. Causando dor, palidez, coceira, e em seguida, vermelhidão e calor local, pelo retorno do sangue.
Esse processo pode ocorrer repetidamente e causar grande incomodo às pessoas. Porém, na maioria das vezes trata-se de uma situação benigna que não oferece risco e melhora espontaneamente.
Por outro lado, o fenômeno de Raynaud, pode representar uma manifestação inicial de doenças reumáticas, como a esclerodermia (doença caracterizada endurecimento da pele e dos órgãos internos) e problemas vasculares mais graves. O tratamento passa a ser medicamentoso ou mesmo com indicação de procedimentos cirúrgicos.
Portanto, para definir a causa do problema e o tratamento mais adequado, é preciso ser avaliado por um médico reumatologista ou angiologista / cirurgião vascular.
As recomendações para reduzir os eventos de Raynaud são: evitar o frio, evitar o estresse, mesmo que seja preciso terapias e uso de medicamentos e evitar substâncias energéticas, como café em excesso e o cigarro.
Outras doenças vasculares, como as tromboses nos braços, são mais raras e causam além da dor, alterações na coloração e temperatura da pele.
Neste caso, procure imediatamente um serviço de emergência médica.
Doença de Raynaud Quando devo procurar uma emergência?Algumas situações são consideradas perigosas, e precisam ser avaliadas imediatamente, como as doenças vasculares agudas e lesão muscular grave, após um trauma. Sendo assim, se apresentar uma das características abaixo, indicamos procurar um atendimento de urgência.
- Dor associada a fraqueza no braço,
- Mudança de cor ou de temperatura (uma mão mais fria que a outra ou mais roxa/pálida do que a outra),
- Dor que dificulta a movimentação,
- Dor e inchaço importante, após a um trauma.
A dor nas mãos costuma vir associada ainda a outros sintomas como coceira e inchaço. Para compreender o que pode ser e como tratar, leia também os artigos:
Coceira nas mãos: o que pode ser e o que fazer?
Mãos inchadas: o que pode ser e o que fazer?
Referências:
- Sociedade Brasileira de Reumatologia.
- Fredrick M Wigley et al.; Clinical manifestations and diagnosis of Raynaud phenomenon. UpToDate Oct 08, 2019.
- Cristiane Kayser et al.; Fenomeno de Raynaud. Rev Bras Reumatol, 2009;49(1):48-63.
A principal causa de diarreia na gravidez, é a alteração hormonal natural desse período. Além disso, o aumento do tamanho do útero, mudanças na alimentação e uso de vitaminas, também podem causar a diarreia.
Nesse caso, é importante aumentar o consumo de água e manter uma boa alimentação, evitando frituras ou alimentos gordurosos. As mudanças costumam ser o suficiente para ajuste do trânsito intestinal.
Mas se a diarreia permanecer por mais de 2 dias ou apresentar outros sintomas, como febre, vômitos e dores abdominais, é preciso procurar o médico que a acompanha para uma avaliação mais cuidadosa.
Causas de diarreia na gravidez- Alterações hormonais,
- Aumento do útero, especialmente, do 7º ao 9º mês de gestação,
- Alimentação gordurosa,
- Intolerância alimentar,
- Gastroenterite e
- Medicamentos e suplementos.
A maior parte dos casos de diarreia na gravidez são solucionados com medidas simples que você pode adotar em casa:
1. Mantenha o repousoFazer repouso enquanto você estiver apresentando episódios de diarreia permitirá que o seu sistema imunológico funcione melhor para combatê-la.
2. Aumente a ingestão de águaBeba em torno de 2 litros de água ao dia enquanto a diarreia estiver presente. Você também pode ingerir suco, entretanto evite os industrializados, devido à presença de corantes e conservantes que podem deixar o seu intestino ainda mais sensível.
3. Mantenha uma alimentação equilibradaProcure alimentar-se de forma saudável, com alimentos de fácil digestão. Dê preferência a alimentos cozidos no dia e evite molhos ou condimentos. Procure comer carne magras, como frango e peixe, acompanhados de arroz branco, batatas, macarrão, legumes e ou verduras bem lavadas.
As frutas também podem ser consumidas, porém, sem casca e evitando as frutas secas. Banana e água de coco são boas escolhas, pois ajudam a repor o potássio e o sódio perdidos com a diarreia. Evite os alimentos fritos e gordurosos.
4. Beba soro caseiroO soro caseiro é uma receita caseira muito utilizada em casos de diarreias para prevenir e combater a desidratação. Para um litro de soro caseiro você pode seguir a seguinte receita:
- 1 litro de água fervida, filtrada ou mineral engarrafada,
- 1 colher se sopa cheia de açúcar (20 g) e
- 1 colher de café de sal (3,5g).
Mistures bem os ingredientes até que o açúcar e o sal se dissolvam completamente. Tome em pequenos goles, várias vezes durante todo o dia.
Devo procurar o médico de família ou obstetra quando:Procure atendimento se você sentir:
- Diarreia persistente que dura mais de 3 dias,
- Mais de 3 episódios de diarreia ao dia,
- Mas de 2 episódios de diarreia durante vários dias,
- Vômitos frequentes,
- Febre superior a 38 graus,
- Dor abdominal intensa,
- Presença de sangue nas fezes.
Estas situações podem levar a desidratação intensa que pode prejudicar você e o seu bebê, além de indicar um possível quadro de infecção. Por estes, motivos procure o mais rapidamente atendimento hospitalar.
Para saber mais sobre diarreia na gravidez, você pode ler:
Dor de estômago, vomitando e com diarreia, isso é sintoma de gravidez?
Muco nas fezes durante a gravidez é normal?
Referências
American Pregnancy Association.
G.C.F. et al. Gastrointestinal diseases during pregnancy: what does the gastroenterologist need to know?. Annals of Gastroenterology, 31(4): 385-394, 2018.
Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia - FEBRASGO.
Nos primeiros dias usando bupropiona é muito comum haver dor de cabeça, insônia, boca seca, náuseas e vômitos.
Outras reações que normalmente são relatadas incluem:
- Alterações de paladar ou anorexia;
- Ansiedade e agitação;
- Sudorese, coceira e alergias, como urticária;
- Fraqueza muscular;
- Tonturas ou tremores;
- Falta de concentração;
- Problemas de visão;
- Intestino preso e dor na barriga;
- Sintomas de depressão.
Apesar de menos comum, pode ainda surgir febre, aumento da libido, problemas de ejaculação, dores nas articulações, surdez, incontinência ou retenção urinária, queda de cabelos ou crescimento de pelos. Também já foram relatados alguns problemas cardíacos, circulatórios, digestivos e do sistema nervoso, além de alterações hormonais e do metabolismo.
No caso de usar a bupropiona para parar de fumar, é possível aparecerem sintomas da síndrome de abstinência de nicotina. Para evitá-los, muitas vezes é recomendado usar adesivos ou chicletes com nicotina. O médico pode indicar como usá-los.
No caso de desenvolver alguma reação indesejada após iniciar o tratamento, fale imediatamente com o seu médico. Ele pode alterar a dose do medicamento ou trocá-lo, dependendo do caso.
Leia mais sobre a bupropiona em:
- Posso tomar bebidas alcoólicas, durante o uso de Bupropiona?
- Antidepressivo pode causar impotência ou infertilidade?
Referência:
Bup (cloridrato de bupropiona). Bula do medicamento
O valor de glicose abaixo de 70 indica uma situação de hipoglicemia, ou seja, que a glicose está mais baixa que o ideal para o adequado funcionamento do organismo. Portanto, valores abaixo de 70 não são considerados normais.
Durante uma crise de hipoglicemia a pessoa pode sentir alguns sintomas, como:
- Tremores;
- Suores frios;
- Palpitações;
- Palidez;
- Sensação de fraqueza;
- Tremores;
- Irritabilidade;
- Sonolência.
Nas situações em que o valor de glicose é inferior a 70, ou quando existem sintomas sugestivos de hipoglicemia, o que se deve fazer é:
- Ingerir cerca de 15 g de algum tipo de carboidrato de rápida absorção (água com açúcar, fruta ou suco de fruta natural, por exemplo);
- Aguardar alguns minutos e medir novamente o açúcar no sangue.
- Caso a glicose se mantenha em valores abaixo de 70 deve-se ingerir novamente carboidratos de rápida absorção até os valores normalizarem.
- Quando os valores estiverem normais deve-se comer algum lanche com carboidratos de absorção lenta (bolachas, pão ou leite, por exemplo).
Vale ressaltar que caso a glicose seja inferior a 45 ou caso a pessoa esteja apresentando sintomas de maior gravidade, como convulsões ou perda de consciência, é necessário entrar em contato imediatamente com o serviço de urgência (SAMU) ou ir rapidamente para o hospital.
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