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Arritmia cardíaca tem cura?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sim, arritmia cardíaca tem cura. O tratamento depende do tipo, do grau e da frequência da arritmia, podendo incluir:

  • Uso de medicamentos;
  • Mudanças no estilo de vida;
  • Ablação por cateter (aplicação de energia de radiofrequência que elimina ou atenua os focos de arritmias cardíacas);
  • Implante de dispositivos cardíacos eletrônicos, como marcapassos ou desfibriladores automáticos;
  • Cirurgia, em casos extremos de arritmia.

Nas bradicardias (batimentos cardíacos lentos), o tratamento pode ser feito com a implantação de marcapasso. Este equipamento emite impulsos elétricos que corrigem as falhas no ritmo dos batimentos cardíacos.

Os marcapassos são aparelhos muito pequenos que podem ser implantados por baixo da pele, não comprometendo o estilo de vida do/a paciente.

Nos casos de taquicardia ventricular (batimentos cardíacos acelerados), pode ser implantado um desfibrilador automático, que detecta a arritmia e corrige a pulsação através de um choque, trazendo assim o coração de volta à sua frequência normal.

Já as arritmias cardíacas mais graves e extremas necessitam de cirurgia. Existem técnicas cirúrgicas que permitem corrigir a arritmia sem precisar abrir o tórax da pessoa, o que diminui o tempo de recuperação e melhora a qualidade de vida do/a paciente.

Uma dessas técnicas é a cirurgia robótica, que consiste num procedimento minimamente invasivo no qual o/a cirurgião/ã cardíaco/a controla os braços de um robô, o que dá mais destreza, precisão e segurança para a operação.

Pacientes com fibrilação arterial, outro tipo de arritmia cardíaca, podem ser tratados com a cirurgia robótica associada à ablação por cateter. É a chamada terapia híbrida, utilizada em casos de arritmias que não respondem aos demais tratamentos.

O que é arritmia cardíaca?

Arritmia cardíaca é uma alteração no ritmo dos batimentos do coração que normalmente ocorre de forma inesperada.

Em geral, o coração da maioria das pessoas bate entre 60 e 100 vezes por minuto quando elas estão em repouso.

As arritmias acontecem quando ocorrem alterações nesse ritmo, podendo fazer o coração bater num ritmo mais acelerado (taquicardia) ou lento demais (bradicardia).

Muitas arritmias cardíacas são benignas e não causam sintomas, enquanto outras, mais graves, podem provocar:

  • Falta de ar;
  • Palpitações;
  • Dor no peito;
  • Desmaios;
  • Morte súbita.

As arritmias geralmente ocorrem em pessoas que já têm ou tiveram problemas no coração, como infarto, cirurgias cardíacas prévias, insuficiência cardíaca, entre outros.

Leia também: Qual a diferença entre arritmia benigna e maligna?

O tratamento das arritmias cardíacas é da responsabilidade do/a médico/a arritmologista, cardiologista especialista em arritmias.

Saiba mais em: Como é o exame holter 24 horas?

Qual a diferença entre flebite, tromboflebite, trombose e erisipela?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

A principal diferença entre flebite, tromboflebite, trombose e erisipela, é que as três primeiras caracterizam-se por serem processos inflamatórios com formação de coágulos sanguíneos numa veia, enquanto que a erisipela é uma infecção na pele.

Definições e principais sintomas de cada uma delas:

Flebite:

Processo inflamatório na parede interna de uma veia superficial do corpo, principalmente nas pernas. Afeta sobretudo pessoas com varizes e fumantes;

Sintomas: Vermelhidão, dor, inchaço, sensação de ardor e calor no trajeto da veia inflamada;

Tromboflebite:

Caso a flebite não seja tratada a tempo, pode haver formação de coágulos sanguíneos, evoluindo então para um quadro de tromboflebite, que é uma trombose superficial, uma vez que atingem veias logo abaixo da pele;

Sintomas: Os mesmos da flebite, só que neste caso a veia também fica endurecida;

Trombose:

Trata-se da formação ou do desenvolvimento de um trombo causado pela coagulação do sangue, que pode ocorrer numa veia superficial, logo abaixo da pele, ou numa veia profunda, no interior dos músculos (trombose venosa profunda ou TVP). Independentemente da localização, o trombo irá provocar uma inflamação na veia (flebite ou tromboflebite), podendo ficar restrito ao local de formação inicial ou estender-se ao longo da veia, provocando a sua obstrução parcial ou tota;

Sintomas:

  • Trombose superficial: Nas veias superficiais, ocorre aumento da temperatura, dor, vermelhidão e edema (inchaço) na área afetada, além de um endurecimento no trajeto da veia abaixo da pele;
  • Trombose venosa profunda (TVP): Edema e dor, geralmente restritos a uma única perna. O inchaço pode ficar localizado apenas na panturrilha e no pé ou estar mais evidente na coxa, indicando que o trombo localiza-se nas veias profundas desta região ou mais acima da virilha;
Erisipela:

Trata-se de um processo infeccioso da pele, causado na maioria das vezes pela bactéria estreptococo, que está naturalmente presente na superfície da pele. Geralmente a bactéria penetra no organismo através de uma micose ou pequenos ferimentos (arranhão, picadas de insetos, feridas) na pele;

Sintomas: Vermelhidão, inchaço e calor local, além de calafrios, febre alta, mal-estar, náuseas e vômitos. Pode haver ainda formação de bolhas e rachaduras na pele com perda do liquido que circula nos vasos linfáticos.

Veja mais sobre o assunto em: O que é flebite e quais os sintomas?; Quais os sintomas da trombose venosa profunda? ; O que é erisipela e quais os sintomas?.

Em caso de sinais e sintomas de flebite, tromboflebite, erisipela ou trombose, consulte um clinico geral ou médico de família para uma avaliação inicial, em alguns casos pode ser necessário o acompanhamento por um angiologista.

Quais são os sintomas de prisão de ventre?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

O principal sintoma da prisão de ventre é a dificuldade de evacuar. Se o intestino estiver muito preso, a pessoa pode ficar vários dias sem ir ao banheiro. Outros sintomas incluem fezes endurecidas, perda de peso, sensação de que o intestino não esvaziou e ainda há fezes para sair, presença de sangue nas fezes ou perceptível no papel higiênico, sensação de fraqueza e até febre.

Contudo, é importante referir que ficar até 3 dias sem evacuar pode ser considerado normal para algumas pessoas, desde que não haja desconforto e outros sintomas desagradáveis.

O que é prisão de ventre?

A prisão de ventre é uma alteração no funcionamento do intestino que provoca dificuldade para evacuar ou diminuição da frequência de evacuações para menos de 3 vezes por semana.

Quais são as causas da prisão de ventre?

O baixo consumo de fibras e água e a falta de atividade física estão entre as principais causas de prisão de ventre. A constipação intestinal também pode ser causada pelo uso de certos medicamentos e doenças do aparelho digestivo.

O intestino preso afeta sobretudo as mulheres e os idosos, sendo também comum durante a gravidez, sobretudo a partir do 4º mês de gestação. Neste último caso, a constipação intestinal tem como causas as alterações hormonais e o aumento do tamanho do útero.

Saiba mais em: Prisão de ventre na gravidez é normal? O que devo fazer?

O que fazer em caso de prisão de ventre?

Para combater a prisão de ventre, recomenda-se iniciar pequenas mudanças nos hábitos alimentares diários para ajudar a soltar o intestino naturalmente. Isso inclui principalmente um aumento do consumo de alimentos ricos em fibras (frutas, vegetais, cereais) e uma maior ingestão de água. Em alguns casos de prisão de ventre, podem ser indicados laxantes e supositórios.

Além da alimentação, a prática regular de atividade física também contribui para um funcionamento adequado do intestino.

As fibras são importante para tratar a prisão de ventre pois aumentam o volume das fezes e favorecem a passagem do bolo fecal pelo intestino. Alguns alimentos ricos em fibras indicados em casos de prisão de ventre:

  • Frutas (laranja, mamão, manga, ameixa);
  • Legumes (feijão, ervilha, grão-de-bico, lentilha, cenoura);
  • Hortaliças (couve, alface e folhas de um modo geral);
  • Cereais integrais, aveia, linhaça.

O aumento da ingestão de água é fundamental para ajudar a soltar o intestino, pois deixa as fezes mais úmidas e amolecidas. Além disso, um maior consumo de fibras implica também um maior consumo de água, pois as fibras secas podem piorar a prisão de ventre.

Uma outra recomendação é ir ao banheiro sempre que tiver vontade de evacuar. Segurar a vontade faz com que a água das fezes seja reabsorvida, tornando mais difícil a evacuação. Para facilitar a evacuação, sente-se no vaso sanitário com as pernas para trás e o tronco inclinado para frente para esticar o intestino e favorecer a saída das fezes. Outra opção, é a utilização de um suporte ou uma caixa para elevar a posição dos pés e facilitar a evacuação.

Se a prisão de ventre continuar, procure o/a médico/a de família ou clínico/a geral para uma avaliação.

Hemácias altas na urina: o que pode ser e como tratar?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Hemácias altas na urina ou hematúria, significa a presença de sangue na urina e pode ser provocada por doenças como infecção urinária, pedras nos rins, alterações de próstata, bexiga e problemas renais.

O tratamento depende da causa do sangramento. O médico urologista é o especialista nos casos de doença renal, e deve avaliar cada caso de maneira individual.

Existem casos que são conduzidos apenas com orientação alimentar, aumento da ingestão de água e orientações, mas outros podem precisar de cirurgia ou quimioterapia.

7 Causas de hemácias altas na urina 1. Infecção urinária

Existem três tipos de infecção urinária: a cistite (infecção da bexiga), pielonefrite (infecção dos rins) e uretrite (infecção da uretra). A mais comum entre elas é a cistite, que tem como sintomas a ardência ao urinar, urgência e vontade de urinar mesmo que você esteja com a bexiga vazia, dificuldade de segurar a urina e sensação de peso na barriga.

No entanto, a hematúria é mais encontrada na pielonefrite, além de febre, calafrios, náuseas, vômitos e dor nas costas.

Como tratar? É importante que você aumente a ingestão de água, entretanto, o tratamento da infecção urinária é feito com uso de antibióticos e, por este motivo, você deve procurar um médico de família, clínico geral ou urologista.

2. Pedra nos rins

Pedras nos rins ou cálculo renal são massas duras que se formam no trato urinário e nem sempre produzem sintomas. Quando passam pelo ureter, canal que liga o rim à bexiga, as pedras provocam alguns machucados e a pessoa começa apresentar sangue na urina e dor no baixo ventre.

Além do sangramento, o cálculo renal pode causar dor na região intensa na região lombar, calafrios, febre e mal-estar.

Como tratar? Para evitar formação de cálculos procure se alimentar bem, com pouco sal, aumentar a consumo de água durante o dia e manter acompanhamento com urologista.

Mas se sentir dor intensa, febre ou calafrios, o cálculo pode estar obstruindo o ureter, podendo causar infecção renal grave. Por isso, neste caso é preciso que procure um serviço de urgência imediatamente, para dar início ao tratamento de desobstrução da via urinária, que por vezes exige cirurgia.

3. Alterações na próstata

Doenças de próstata como a prostatite e a hiperplasia prostática benigna podem causar o aumento das hemácias na urina. Outros sintomas comuns a essas doenças são: urgência urinária, aumento da frequência de micção com pouco volume de xixi, dor durante a micção, ereção, ejaculação e defecação.

Como tratar? A prostatite é tratada com uso analgésicos, anti-inflamatórios e, quando necessário, com antibióticos. Além disso, pode ser efetuada massagem na próstata, feita pelo urologista, para reduzir a inflamação. No caso da hiperplasia prostática benigna, são indicados medicamentos e, em alguns casos, cirurgia, cabe ao urologista definir a melhor conduta, individualmente.

4. Trauma

Acidentes de carro, por exemplo, ou qualquer impacto direto, principalmente, sobre os rins e bexiga podem provocar lesões no sistema urinário, levando a presença de hemácias na urina.

Como tratar? Traumatismo do sistema renal e urinário é considerado uma emergência médica. Por este motivo, o paciente deve ser levado o mais rapidamente possível ao hospital, e ser avaliado por um cirurgião ou urologista.

5. Esforço físico

Hemácias altas na urina podem ocorrer devido ao excesso de atividade física. Embora seja uma situação mais rara, pode acontecer em decorrência de desidratação ou lesão na bexiga.

Como tratar? É importante que você aumente a ingestão de líquidos e busque atendimento de um urologista para investigar a causa específica e definir o melhor tratamento.

6. Uso de medicamentos

Alguns medicamentos, especialmente, os anticoagulantes e analgésicos, podem ocasionar hemácias altas na urina. A aspirina é um exemplo de medicamento usado como anticoagulante e analgésico que pode causar a este efeito, principalmente em pessoas idosas.

Como tratar? É preciso que você procure o médico que prescreveu o medicamento, pois pode ser necessário ajustar a dosagem ou, quando possível, trocar por outro remédio.

7. Câncer renal e de bexiga

O câncer renal e o câncer de bexiga são duas doenças que causam sangue na urina, acompanhados de febre baixa sem motivo aparente, perda de peso e inchaço no abdome. No câncer renal, a pessoa sente dor entre as costelas e o quadril do lado esquerdo o direito.

Como tratar? Nestes casos, é importante que você busque rapidamente um médico de família, nefrologista ou urologista. Quanto mais precoce for o diagnóstico e o tratamentos maiores são as chances de recuperação.

O que é hematúria?

A hematúria é a presença de sangue na urina. Dependendo da quantidade de hemácias na urina, o sangue pode ser visível na urina, tornando a coloração mais avermelhada ou escura, mas em casos de pouca hemácia, não sofre alteração nenhuma e as hemácias são identificadas apenas no exame de urina.

O resultado para as hemácias em um exame de urina normal pode ser descrito de 3 formas diferentes e segue os seguintes valores de referência, a depender do laboratório:

  • hemácias ausentes/hemácias raras,
  • 3 a 5 hemácias por campo ou
  • Menos de 10.000 células/mL.
Quando devo procurar um médico?

Além da presença de sangue na urina, alguns sintomas servem de alerta de algo mais grave pode estar acontecendo:

  • Presença de sangue na urina por mais de 48 horas,
  • Coágulos na urina,
  • Pressão alta,
  • Febre,
  • Suor noturno,
  • Inchaço (edema) nas pernas e pés e
  • Perda de peso.

Independente da causa, sempre que você apresentar presença de sangue na urina ou se o seu exame de urina indicar hemácias altas, busque um médico de família, urologista ou nefrologista para diagnóstico e tratamento adequados.

Para conhecer mais sobre hemácias altas ou sangue na urina, você pode ler:

Hemácias na urina: o que isso significa?

Hemoglobina na urina é grave? O que pode ser?

Referências

American Urological Association - UHA. Diagnóstico, avaliação e acompanhamento da micro-hematúria assintomática (MHA) em adultos. American Urological Association, 2016.

Brasil. Ministério da Saúde. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Endocrinologia e nefrologia. Brasília: Ministério da Saúde, 2016.

Brasil. Ministério da Saúde. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Urologia. Brasília: Ministério da Saúde, 2016.

O que é endometriose profunda e quais os sintomas?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Endometriose profunda é uma forma grave de endometriose, que caracteriza-se pela presença de tecido endometriótico (lesões) com mais de 5 mm de profundidade. Essas lesões de endometriose profunda normalmente surgem na forma de nódulos e são ricas em fibrose, um tecido conjuntivo endurecido semelhante a uma cicatriz.

Endometriose é a presença de tecido uterino (endométrio) em outro local que não seja o útero. O endométrio é a camada mais interna do útero, que sangra durante a menstruação. Por isso, se não estiver no útero durante o período menstrual, esse tecido irá provocar dor ou alterações no local onde estiver.

Tecido com Endometriose

A endometriose profunda pode acometer qualquer órgão da pelve, sobretudo os ligamentos uterinos, intestino, reto, vagina, bexiga e ureteres.

Quais são os sintomas da endometriose profunda?

Os principais sintomas da endometriose profunda incluem cólicas menstruais (dismenorreia), dor durante a relação sexual (dispareunia), dor pélvica, ciclos menstruais irregulares, dor à mobilização do colo do útero durante o exame ginecológico e diarreia durante o período menstrual.

Quando a doença atinge os ovários pode provocar o desenvolvimento de endometrioma, um cisto ovariano preenchido com sangue escuro envelhecido e tecido endometrial.

Leia também: O que é endometrioma?

A presença de endometrioma pode ser um indicador de gravidade da endometriose profunda, uma vez que o número médio de lesões de endometriose profunda é maior em mulheres com endometrioma.

A endometriose profunda não tem cura, mas possui tratamentos que melhoram a qualidade de vida da paciente.

Saiba mais em: Como é a cirurgia de endometriose?

O diagnóstico e tratamento da endometriose é da responsabilidade do médico ginecologista.

Também podem lhe interessar os artigos:

O que é endometriose intestinal? Quais os sintomas?

Endometriose tem cura? Qual o tratamento?

Endometriose pode virar câncer?

Candidíase na gravidez é perigoso?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sim. Candidíase na gravidez pode ser perigoso, se não for devidamente tratada, devido ao risco de prematuridade, baixo peso do bebê e infecções congênitas.

Se for infectado pelo fungo causador da infecção (Candida albicans), o recém-nascido pode manifestar a candidíase de duas formas: na boca ou na pele.

Há ainda o risco da infecção se propagar pelos pulmões da criança, o que pode ocorrer durante o parto normal e pela ingestão de material vaginal infectado. Se infectar os olhos, o fungo pode prejudicar a visão e provocar cegueira.

Candida albicans, fungo causador da Candidíase

Uma complicação grave da candidíase no bebê é a meningite provocada pela Candida, que pode deixar sequelas e tem uma alta taxa de mortalidade.

Outras doenças e complicações decorrentes da infecção por Cândida em recém-nascidos incluem pneumonia, endocardite e peritonite, com severas consequências para a criança.

Quais as causas da candidíase na gravidez?

A candidíase vaginal pode surgir na gravidez de duas formas: a mulher já tinha a doença antes de engravidar ou as próprias mudanças no organismo durante a gestação favorecem o desenvolvimento da candidíase.

Saiba mais em: Candidíase impede a mulher de engravidar?

Durante a gravidez, as diversas alterações hormonais que ocorrem no corpo da mulher agravam a candidíase. Embora não seja uma situação propriamente perigosa, o tratamento pode reduzir o risco de parto prematuro ou abortos tardios.

Além disso, é importante tratar a candidíase vaginal antes de engravidar ou mesmo na gravidez, para evitar a contaminação do bebê no útero materno ou durante o nascimento.

Como tratar a candidíase na gravidez?

O tratamento da candidíase durante a gravidez é feito com aplicação de pomadas ou óvulos intravaginais, os medicamentos antifúngicos orais são pouco indicados, pelos riscos de malformação. Cada caso deve ser avaliado pelo médico/a assistente. Mesmo assim a infecção pode voltar a aparecer durante a gestação.

Como prevenir a candidíase na gravidez?

A prevenção da candidíase vaginal antes ou durante a gestação pode ser feita através de alguns cuidados e medidas, como uso de calcinhas de algodão, uso preferencial de saias, evitar calças apertadas, roupas úmidas ou protetores de calcinha perfumados e procurar dormir sem calcinha.

Candidíase na gravidez é comum? Quais os sintomas?

Candidíase vaginal ou monilíase é um problema muito comum na gravidez. Trata-se de uma infecção causada por um fungo chamado Candida albicans, presente no organismo, na própria vagina, no ânus e na boca, sem normalmente causar nenhum problema para essas regiões.

Porém, existem situações em que há uma multiplicação anormal da Candida, levando a sintomas como, corrimento vaginal esbranquiçado, coceira, dor na relação sexual, ardência ao urinar, vermelhidão e irritação na região da vagina e ânus.

Para maiores informações, consulte o seu médico de família, ginecologista ou obstetra.

Saiba mais em:

Candidíase vaginal: tratamentos com medicamentos e remédios caseiros

O que é candidíase?

Quais são os sintomas da candidíase?

O que fazer em caso de picada de escorpião?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Em caso de picada de escorpião procure imediatamente um atendimento médico. Se houver qualquer dificuldade entre em contato com o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192) ou o Corpo de Bombeiros (193).

Tente manter a calma e se movimentar o mínimo possível. Se puder, capture o animal ou tire uma foto para levar junto ao serviço de saúde afim de facilitar a identificação da espécie do escorpião.

No caminho para o hospital ou serviço de saúde:

  • Lavar o local com água e sabão,
  • Aplicar compressa morna no local,
  • Afrouxar as roupas e remova os anéis e outras joias apertadas.

Porém nenhuma dessas medidas deve atrasar a ida ao serviço de emergência.

O que não se deve fazer após uma picada de escorpião?
  • Não amarrar ou fazer torniquete na região afetada;
  • Não colocar nenhuma substância no local da picada nem fazer curativos para não aumentar o risco de infecções;
  • Não queimar, cortar ou perfurar o local;
  • Não ingerir bebidas alcoólicas, gasolina, álcool, querosene ou qualquer outro líquido com o intuito de cortar o efeito do veneno. Além de não produzirem nenhum efeito, podem causar intoxicações e piorar o quadro.
Qual é o tratamento para picada de escorpião?

O tratamento da picada de escorpião geralmente é feito com medicamentos anestésicos e analgésicos. O tempo de duração é de cerca de 6 horas. Nos casos mais delicados, a vítima recebe soro antiescorpiônico e antiaracnídico, e fica em observação durante pelo menos 12 horas.

O tratamento pode incluir também monitorização dos sinais vitais, como temperatura, frequência cardíaca, frequência respiratória e pressão arterial, suporte respiratório, administração de soro por via endovenosa, medicamentos para controlar os sintomas e realização de exames de sangue e urina, raio-x de tórax e eletrocardiograma.

Quais os sintomas de uma picada de escorpião?

Normalmente, a picada de escorpião provoca dor moderada ou intensa, queimação ou formigamento no local, ainda, vermelhidão, edema e suor local.

Nos casos mais graves, os sintomas podem incluir náuseas, vômitos, transpiração intensa, aumento da frequência respiratória, alteração na frequência cardíaca, aumento da pressão arterial, agitação e tremores. Outros sintomas menos comuns, mas que encontramos descritos são: visão dupla, dificuldade para respirar, coceira no nariz e na garganta, inchaço da língua, alterações renais, espasmos musculares, convulsões, cólicas abdominais, incontinência fecal e urinária.

Como evitar picadas de escorpião?

Os escorpiões são animais carnívoros de hábito noturno. Durante o dia, podem permanecer escondidos em lugares escuros, como armários, calçados, pedras, troncos, fendas, gavetas e toalhas.

Portanto, para evitar picadas desses animais peçonhentos, é importante alguns cuidados, como:

  • Manter o jardim e o quintal limpos, evitando o acúmulo de folhas secas e outros entulhos;
  • Não secar roupas no chão, em cercas ou em muros;
  • Manter a grama bem aparada;
  • Limpar regularmente as áreas de terrenos baldios que ficam próximas às casas;
  • Sacudir os calçados e as roupas antes de usá-los;
  • Verificar os lençóis das camas antes de se deitar;
  • Deixar camas e berços afastados pelo menos 10 cm das paredes e não os deixar em contato com as cortinas;
  • Colocar telas nos ralos e rolos nas portas, fechar frestas e buracos em paredes e vedar os vãos entre a parede e o forro para impedir a entrada de escorpiões na residência.

Segundo o Ministério da Saúde, as picadas de escorpião matam e por isso não devem perder tempo no caso de um acidente com qualquer animal peçonhento. Crianças com até 6 anos de idade têm mais probabilidade de sofrer os efeitos nocivos das picadas de escorpiões.

No caso de picada de qualquer animal peçonhento, procure um atendimento médico imediatamente ou chame imediatamente o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192) ou o Corpo de Bombeiros (193).

Pode lhe interessar também: Qual pomada usar para picada de insetos?

Colpite tem cura? Qual o tratamento?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Colpite tem cura. O tratamento depende do tipo de agente causador da colpite.

Geralmente, é feito com cremes ou pomadas vaginais que contém antibióticos, usadas durante uma semana a duas semanas, sem interrupção.

É recomendado que a mulher não tenha relações sexuais durante o tratamento, uma vez que o atrito do pênis com o colo do útero pode agravar o problema.

Em alguns casos, o tratamento inclui uso de antibióticos orais que deve ser tomado pela mulher e também pelo parceiro, pois sendo uma doença sexualmente transmissível, se não tratar as duas pessoas, a mulher pode ter outras infecções mesmo depois de terminar o tratamento.

Em outras situações que a mulher não apresente sintomas, o médico pode considerar não tratar com medicação, pois há chance de auto resolução.

É importante usar a medicação prescrita pelo médico pois cada tipo de colpite tem um tratamento diferente.

Para saber mais sobre colpite, você pode ler:

O que é e como tratar a colpite difusa? Tem cura?

O que é colpite e o que pode causar?

Referências

Centers for Disease Control and Prevention. CDC. Sexually Transmitted Diseases Treatment Guidelines, 2019. UpToDate®

Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetricia. Guidelines Manual in the lower genital tract and colposcopy. FEBRASGO, 2018.

Primo, W.Q.S.P.; Corrêa, F.J.S.; Brasileiro, J.P.B. Manual de Ginecologia da Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia de Brasília. SBGO, 2017.

Gostaria de saber o resultado do exame de TSH que fiz...
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Significa que está um pouco acima da faixa da normalidade.

Os valores normais do TSH ultra sensível, de acordo com as referências do laboratório, variam entre 0,34 e 5,60 micro UI/ml, e o valor encontrado no seu exame de sangue foi de 7,56; portanto um pouco acima do normal.

O que é TSH ultra sensível?

O TSH (hormônio estimulante da tireoide) ultra sensível, é o exame laboratorial que avalia os níveis desse hormônio no sangue. O TSH é um hormônio produzido pela glândula hipófise, responsável por estimular a tireoide a produzir os hormônios T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina). Os hormônios da tireoide por sua vez, são responsáveis por estimular o metabolismo do corpo.

Os níveis de TSH, T3 e T4 são controlados por um ciclo de retroalimentação entre a hipófise e a tireoide. Quando os níveis de T3 e T4 estão abaixo do normal, a hipófise recebe um sinal e libera mais TSH para estimular a glândula tireoide a produzir mais hormônios. Da mesma forma, quando os níveis de T3 e T4 estão acima ou dentro da faixa de normalidade, a liberação de TSH é reduzida, mantendo sempre esse equilíbrio hormonal.

Causas de TSH ultra sensível alterado TSH ultra sensível aumentado

A causa mais comum de TSH aumentado é o hipotireoidismo, doença autoimune da tireoide, bastante comum na nossa população, sobretudo em mulheres adultas. No hipotireoidismo, a tireoide produz uma quantidade insuficiente de hormônios T3 e T4, com isso a hipófise tenta compensar aumentando o estímulo na tireoide através da liberação de mais TSH.

Leia também: O que é hipotireoidismo e quais os sintomas?

Outras causas de TSH elevado são: Uso de medicamentos como lítio, metimazol, propiltiouracil ou após ser submetido a exames com contraste.

TSH ultra sensível diminuído

Situações que causam a redução da produção de TSH são aquelas em que os hormônios da tireoide estão aumentados, como o hipertireoidismo, tumores da hipófise, ou o uso de medicamentos como glicocorticoides, levodopa ou dopamina.

Ainda podem ser causas de alteração do TSH, o estresse, ansiedade e distúrbios alimentares.

Para maiores esclarecimentos e orientações sobre o seu caso, recomendamos agendar uma consulta com médico/a endocrinologista.

Quem teve hérnia inguinal pode ter filhos?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Sim, quem teve hérnia inguinal pode ter filhos. Contudo, alguns homens que fizeram cirurgia para corrigir a hérnia inguinal podem ficar com aderências que obstruem os canais por onde passa o esperma, impedindo a saída do sêmen e causando infertilidade.

Outra possível consequência da cirurgia que pode impedir o homem de ter filhos é a colocação de uma tela, que se ficar muito justa também pode obstruir os ductos e bloquear a saída do esperma. Contudo, a cirurgia de correção da hérnia inguinal pode ser feita sem essa tela e, dependendo do caso, o médico pode optar por não utilizar o material para evitar eventuais problemas de fertilidade.

Além da obstrução, a operação também pode prejudicar a produção de esperma devido a aderências que podem comprimir vasos sanguíneos e diminuir o fluxo de sangue para os testículos.

Uma hérnia inguinal que surge na infância e não é tratada também pode interferir no desenvolvimento dos testículos e afetar a fertilidade a longo prazo. Além disso, uma hérnia que não recebe tratamento cirúrgico corre sempre o risco de ficar estrangulada e comprimir os vasos sanguíneos que nutrem os testículos, causando atrofia dos mesmos.

Veja também: Uma hérnia pode estourar?

Por isso toda hérnia inguinal deve ser operada. O tratamento cirúrgico consiste em colocar de volta no abdômen a porção do intestino que extravasou pela hérnia e fechar o "buraco" por onde ele saiu.

Saiba mais em: Hérnia inguinal: como é a cirurgia e recuperação pós operatório?

O médico urologista é o responsável pelos exames e avaliações necessárias para identificar as causas de infertilidade no homem.

Também podem ser do seu interesse:

Hérnia inguinal durante a gravidez é perigoso?

O que é hérnia inguinal e quais os sintomas?

Quantos dias após a cirurgia de hérnia inguinal posso ter relação?

O que é barriga d'água e o que causa?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Barriga d'água é uma condição caracterizada pelo acúmulo anormal, e excessivo, de líquido na cavidade abdominal. A ascite (termo médico para "barriga d'água") não é uma doença em si, mas sim uma condição ocasionada por algumas doenças, como a cirrose hepática, insuficiência renal e cardíaca, alguns tipos de câncer, além de infecções como a esquistossomose.

O líquido que se acumula dentro do abdômen tem origem no plasma sanguíneo. O desenvolvimento da barriga d'água é consequência de uma série de distúrbios anatômicos, fisiopatológicos e bioquímicos que podem ocorrer nas seguintes doenças:

  • Cirrose hepática, hepatite fulminante, trombose de veia porta;
  • Pancreatite;
  • Desnutrição grave;
  • Hipoalbuminemia (proteínas baixas);
  • Insuficiência cardíaca, pericardite constritiva;
  • Insuficiência renal crônica;
  • Tuberculose, esquistossomose, infecções fúngicas e bacterianas;
  • Certos tipos de câncer, como mesotelioma, linfoma, pseudomixoma peritoneal, além de metástase peritoneal;
  • Obstrução linfática no mesentério;
  • Endometriose, Síndrome de Meigs, síndrome de hiperestimulação ovariana;
  • Doença de Whipple.

O diagnóstico é feito através do exame médico, por vezes complementado com exames de imagem, como ultrassonografia ou Tomografia computadorizada, no intuito de auxiliar na definição da causa da barriga d'água.

O tratamento consiste principalmente no controle da doença de base, ainda, diminuição da ingestão de sal, abstinência total de bebidas alcoólicas, uso de medicamentos específicos, além de procedimentos para drenar esse excesso de líquido acumulado na cavidade abdominal, quando indicado. O objetivo do tratamento é reduzir o volume de líquido no abdômen e o inchaço no resto do corpo.

Uma complicação comum e preocupante da ascite resultante de doenças do fígado, é a infecção generalizada da cavidade abdominal causada por bactérias, denominada peritonite bacteriana espontânea. Nesses caso, o tratamento deve incluir também medicamentos antibióticos para combater a infecção, que pode levar à morte.

O médico especialista responsável pelo correto diagnóstico e tratamento da barriga d'água é o gastroenterologista.

Saiba mais em:

Referência

FBG. Federação Brasileira de Gastroenterologia.

Enjoo é sinal de gravidez?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Enjoo com ou sem vômito é um dos sintomas mais comuns no início da gestação

O enjoo pode vir como sintoma isolado ou acompanhado de outros como aumento da sensibilidade nos seios, cansaço e aumento da frequência urinária

Nem toda grávida vai sentir enjoos nas primeiras semanas da gestação. 

Quando a mulher está com atraso menstrual associado com enjoos ou outro sintoma, ela deve procurar uma unidade de saúde para realização de exames clínico e laboratoriais. 

Porém, o enjoo pode ser sinal de outros agravos de saúde e deve ser investigado detalhadamente em consulta com clínico/a geral ou médico/a de família. 

Por isso, preste atenção ao seu corpo e tente identificar em quais situações e momentos em que o enjoo aparece e se ele vem acompanhado de outros sintomas.