Leucócitos altos na urina (leucocitúria) pode ter várias causas, sendo a mais comum delas a infecção do trato urinário. Pode ou não cursar com sintomas, inclusive quando não há sintomas, é chamada de bacteriúria assintomática.
Os leucócitos podem chegar ao trato urinário através de qualquer órgão ou estrutura do sistema urinário, como rim e uretra. Por isso, níveis de leucócitos altos na urina podem ser observados em quase todas as doenças inflamatórias que afetam os rins e o sistema urinário.
É considerada leucocitúria quando é observado número de leucócitos acima de 10.000 células/mL ou 10 células por campo. O nível de leucócitos pode ficar alto em situações, como:
- Infecção do trato urinário, geralmente causada pela bactéria Escherichia coli. A infecção pode afetar a bexiga (cistite), o rim (pielonefrite) ou a uretra (uretrite);
- Tuberculose do trato urinário;
- Febre;
- Após atividade física intensa;
- Presença de corpo estranho no trato urinário;
- Tumor de bexiga;
- Infecção por outros micro-organismos, como fungos, clamídia, leptospira, gonococo, Haemophilus, vírus;
- Nefrite intersticial e glomerulonefrite (inflamação dos rins);
- Litíase renal (pedras nos rins);
- Rejeição de transplante renal;
- Contaminação por leucócitos da vagina;
- Câncer.
Os leucócitos, também conhecidos como glóbulos brancos, são células de defesa que protegem o organismo contra agentes infecciosos, como fungos, vírus, bactérias, parasitas, entre outros. Portanto se encontram aumentados na urina, quando o organismo precisa de auxílio por alguma problema na defesa do sistema urinário.
Durante a infecção do trato urinário, por exemplo, ocorre um processo inflamatório que tem por objetivo destruir o agente agressor. Esse processo inflamatório gera alterações na circulação sanguínea local, com migração de leucócitos e alterações no calibre dos vasos, aumentando a permeabilidade dos vasos e o extravasamento de leucócitos (sobretudo neutrófilos), para fora dos vasos sanguíneos. Por isso são encontrados no exame de urina.
Vele lembrar que a leucocitúria não significa obrigatoriamente a presença de infecção urinária. Nesses casos, além de leucócitos, também estão presentes bactérias na urina.
A presença de pedra no rim (cálculo renal) e tumor de bexiga também elevam os níveis de leucócitos na urina, por produzirem uma resposta inflamatória no organismo. Além disso, o cálculo renal obstrui o fluxo de urina, favorecendo a proliferação de micro-organismos e o maior risco de infecção urinária de repetição.
Embora o diagnóstico de infecção urinária seja basicamente definido pela avaliação clínica, pode ser necessário em alguns casos, a coleta de urocultura com antibiograma, para determinar a bactéria e o perfil de sensibilidade aos antibióticos.
Se você apresentar sintomas, como ardência para urinar, sensação de bexiga cheia e dor no baixo ventre, deve procurar um pronto atendimento para confirmar o quadro de infecção urinária, e iniciar o devido tratamento com antibióticos.
Na presença de alterações no exame de urina, você deve procurar o médico que solicitou o exame, um médico de família ou clínico geral, que avaliará a necessidade de tratamento e se necessário investigação complementar.
Leucócitos altos no exame de urina geralmente é sinal de infecção urinária. Os leucócitos, também conhecidos como glóbulos brancos, são células de defesa do sistema imunológico.
Níveis elevados de leucócitos na urina normalmente indicam que há alguma inflamação no trato urinário, que pode ou não ser causada por algum agente infeccioso.
Algumas possíveis causas de leucócitos altos na urina:
- Infecção urinária, causada na maioria das vezes pela bactéria Escherichia coli;
- Febre;
- Atividade física muito intensa;
- Tuberculose do trato urinário;
- Infecção por outros micro-organismos, como fungos e vírus;
- Nefrite e glomerulonefrite (inflamação dos rins);
- Cálculos renais (pedra nos rins);
- Uso de substâncias irritantes;
- Câncer.
Os valores normais de leucócitos no exame de urina devem estar abaixo de 10.000/ml. Acima desse valor é considerado leucocitúria (nível de leucócitos alto na urina).
Se a leucocito-esterase e o nitrito estiverem positivos, é provável que seja infecção urinária.
A presença de hemácias (glóbulos vermelhos) e proteína na urina pode indicar inflamação nos rins ou cálculos renais.
A maioria dos casos de leucocitúria caracteriza-se pelo aumento do número neutrófilos, um tipo de leucócito, e tem como causa uma inflamação no trato urinário.
Os leucócitos podem chegar ao sistema urinário através de qualquer uma das suas estruturas, desde à uretra aos rins. Os leucócitos podem estar altos, temporariamente, em quase todas as doenças dos rins e do sistema urinário, quando são acompanhadas de inflamação.
Os leucócitos são células de defesa, sendo mobilizados pelo sistema imune em casos de infecção, gerando um processo inflamatório que tem o objetivo de destruir o agente invasor. A circulação sanguínea sofre alterações, com mudanças no calibre e na permeabilidade dos vasos sanguíneos, que levam ao extravasamento de leucócitos.
O número de leucócitos também pode estar elevado em quadros de febre e após exercícios físicos intensos.
Porém, a principal causa de leucócitos altos na urina é a infecção urinária, que pode ser causada por diferentes micro-organismos, mas principalmente por bactérias.
Algumas doenças e condições que podem causar inflamação do trato urinário também podem aumentar o número de leucócitos presentes na urina, como cálculos renais, câncer de bexiga e presença de corpo estranho. No caso dos cálculos renais, também ocorre obstrução da urina, o que favorece a proliferação de micro-organismos que podem provocar infecção urinária.
Apesar de o aumento dos leucócitos ter como principal causa infecções urinárias agudas, a verificação da presença dessas células na urina e o teste de leucocito-esterase são úteis para diagnosticar outras doenças urinárias.
Por isso, os resultados desses exames devem ser avaliados sempre em conjunto com outros exames e as manifestações dos sinais e sintomas apresentados pela pessoa.
Cabe ao médico que solicitou o exame de urina interpretar os resultados, de acordo com os sinais e sintomas apresentados, além de outros exames que podem ter sido solicitados.
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Células epiteliais raras ou bactérias raras na urina: o que significam?
Referências
Sociedade Brasileira de Nefrologia. Biomarcadores na Nefrologia.
A presença de células epiteliais na urina não é sinal de doença. Trata-se apenas de uma observação do resultado do exame de urina, sem relevância clínica. A presença na urina é considerada normal, sendo mais comum ocorrer em mulheres.
As células epiteliais são as células do trato urinário. O fato delas estarem presentes na urina significa apenas que essas células descamaram e foram levadas pela urina ao passar pelo canal urinário.
Portanto, células epiteliais na urina são apenas o resultado da descamação natural que ocorre no trato urinário, assim como acontece na pele, por exemplo. A presença delas só é relevante quando se agrupam em forma de cilindro (cilindros epiteliais).
As células epiteliais também podem vir acompanhadas por cristais e leucócitos acumulados, formando muco na urina.
A presença de cristais na urina também não têm importância clínica. Porém, em alguns casos, a presença de certos tipos de cristais pode ser sinal de alguma doença.
Já os leucócitos são glóbulos brancos, ou seja, são as células de defesa do organismo. A presença na urina normalmente indica alguma inflamação nas vias urinárias, geralmente infecção urinária, mas também podem estar presentes em diversas situações, como traumas, utilização de substâncias irritantes ou qualquer inflamação que não seja causada por um agente infeccioso.
Cabe ao médico que solicitou o exame de urina interpretá-lo, uma vez que os resultados devem ser analisados em conjunto com a história clínica, os sintomas e o exame físico do paciente.
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Referências
SBN. Sociedade Brasileira de Nefrologia. Biomarcadores na Nefrologia.
Primeiramente, é importante frisar que o fato de você apresentar cristais de oxalato de cálcio no exame de urina não significa que você terá cálculo renal, ou que haverá prejuízo a sua saúde.
Algumas pessoas têm predisposição a ter cálculos renais de repetição e nestas pessoas é necessária a investigação para afastar doenças metabólicas.
Nos pacientes que apresentam cálculos renais de repetição, normalmente sintomáticos (levando à cólica renal), é necessária a investigação radiológica (com tomografia ou ultra-som) para determinar a quantidade e tamanho dos cálculos, pois pode ser necessária abordagem cirúrgica, e também investigação sobre distúrbios metabólicos que podem estar associados à predisposição para formação de cálculos.
Estes distúrbios estão associados a presença aumentada de cálcio, ácido úrico ou oxalato, ou a diminuição de citrato na urina, e devem ser dosados em exame de urina de 24 horas.
Tratamento de cristais de oxalato de cálcio na urinaA dieta é muito importante no tratamento dos cálculos renais de repetição e algumas orientações devem ser seguidas:
O que pode e deve ser consumido:- Ingestão de líquidos de no mínimo 2,5 litros ao dia. Sucos de limão e laranja devem ser consumidos por serem ricos em citratos (considerados inibidores da formação de cálculos);
- Não restringir da dieta alimentos ricos em cálcio, como leites, queijos e iogurtes. Vegetais verdes escuros também devem ser consumidos;
- Aumentar o consumo de hortaliças e frutas, pois a baixa ingestão de potássio é fator de risco para litíase renal;
- Incluir na dieta alimentos ricos em fitatos, como cereais integrais, leguminosas e oleaginosas, pois estes diminuem a chance de formação de cálculos.
- Chás-mate e chá preto devem ser evitados, por conterem oxalato;
- Evitar o consumo de bebidas alcoólicas. Estas bebidas são ricas em purinas, que devem ser evitadas por pacientes com hiperexcreção de ácido úrico;
- Diminuir o consumo de produtos industrializados, em conserva e embutidos, pelo excesso de sódio presente nestes alimentos;
- Evitar a ingestão de carboidratos simples, pois estes aumentam a excreção de cálcio na urina;
- Evitar consumo excessivo de carnes, pois tem alto teor de purinas, aumentando a excreção na urina de ácido úrico;
- Evitar suplemento de vitamina C, por aumentar a excreção de oxalato.
Os pacientes com cálculos renais de repetição devem ser seguidos por médico nefrologista e urologista.
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Referência:
Portal da Urologia
Hemoglobina na urina (hemoglobinúria) pode ser consequência potencialmente grave de diversas condições. Contudo, as causas mais frequentes de hemoglobina positiva na urina são pouco graves e tratáveis, como infecção urinária e cálculos renais.
O que significa hemoglobina na urina?A hemoglobina é um pigmento presente nas hemácias (glóbulos vermelhas), células que constituem o sangue. Em algumas doenças, pode ocorrer a passagem da hemoglobina para a urina.
A presença de hemácias na urina (hematúria) pode ser a causa da hemoglobinúria, essa situação ocorre principalmente em quadros de:
- Infecção urinária (cistite, pielonefrite),
- Prostatites ou hiperplasia da próstata,
- Cálculos renais,
- Cistos renais,
- Distúrbios glomerulares,
- Tumores do trato urinário.
No entanto, é possível também haver situações em que há hemoglobina na urina sem a presença de hemácias, ou seja, uma hemoglobinúria sem hematúria.
Essa situação acontece quando alguma condição leva a um processo excessivo de hemólise, ou seja, ruptura das hemácias do sangue, algo que ocorre em doenças e condições como: a malária, hemoglobinúria paroxística noturna, queimaduras, vasculites e reações a transfusão sanguínea.
Como entender a hemoglobina no exame de urina?O principal sinal de hemoglobinúria é a alteração na coloração da urina, que se torna avermelhada, mas também é possível que a hemoglobinúria não cause nenhuma mudança na cor na urina, quando isso ocorre só é possível o diagnóstico através de um exame de urina.
O exame de urina tipo 1, ou EAS, pode detectar esse pigmento na urina, mesmo que a pessoa não esteja a apresentar nenhum sintoma.
No exame de urina a presença da hemoglobina geralmente é descrita com cruzes (+), quanto mais cruzes maior a quantidade de hemoglobina na urina. Quando há uma quantidade muito pequena pode aparecer descrito o termo "traços de hemoglobina".
Outras causas de hemoglobinúriaHá outras possíveis causas de hemoglobinúria, que são várias e estão listadas a seguir:
- Glomerulonefrite aguda;
- Queimaduras extensas;
- Malária;
- Doenças hematológicas, como hemoglobinúria paroxística noturna, em que a hemoglobinúria ocorre à noite; púrpura trombocitopênica trombótica (TTP); anemia falciforme;
- Síndrome hemolítico-urêmica, doença infecciosa causada por um tipo de bactéria Escherichia coli;
- Pielonefrite;
- Reação transfusional;
- Tuberculose do trato urinário;
- Envenenamento por chumbo.
O tratamento da hemoglobinúria irá depender da sua causa, podendo ser necessária uma avaliação de urgência, além disso, dependendo da gravidade e da causa da hemoglobinúria, pode ser necessária internação hospitalar.
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Teste de gravidez de farmácia pode ser feito com a urina de qualquer hora, entretanto, dê preferência à primeira urina do dia, quando o HCG está mais concentrado, oferecendo melhores resultados. Quanto mais intensa a cor da risca que aparece no teste, mais beta-HCG está presente na urina.
O ideal é esperar 8 dias de atraso menstrual para realizar o teste, pois após esse período o teste se torna ainda mais fidedigno, alcançando eficácia próxima a 100%.
Dois risquinhos em um teste de farmácia indica resultado positivo, ou seja, você está grávida.Embora, o teste de gravidez de farmácia possa dar resultado positivo a partir do 1º dia de atraso menstrual, para o teste detectar uma gestação, é necessário que os níveis do hormônio beta-HCG (produzido durante a gravidez) estejam altos o suficiente para serem detectados na urina, o que só ocorre pelo menos 8 dias depois da fecundação.
Portanto, é necessário que ocorra a implantação do óvulo fecundado no útero para que o corpo da mulher comece a produzir esse hormônio. Para evitar os resultados chamados "falso-negativo", o recomendado é aguardar uma semana de atraso menstrual para realizá-lo. Se ainda assim der negativo e ainda houver suspeita de gravidez, o teste deve ser repetido após uma semana ou buscar pedido médico para realização de teste de sangue.
A eficácia do teste de gravidez pela urina varia entre 97% e 99,5%. Resultados falso-positivos, ou seja, a mulher não está grávida e o resultado é positivo, são raros. Portanto, se o resultado for positivo, a probabilidade da mulher estar grávida é muito alta.
O exame de gravidez beta-HCG feito através da análise do sangue é ainda mais confiável que os testes de farmácia, uma vez que a concentração desse hormônio é bem maior na circulação sanguínea do que na urina. Vale lembrar que para fins médicos, a gravidez só é confirmada pelo exame de sangue.
Para maiores esclarecimentos, consulte o(a) médico(a) de família, clínico(a) geral ou ginecologista.
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Referência
FEBRASGO. Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.
Muco na urina, geralmente, é sinal de células epiteliais, uma descamação natural da camada interna do trato urinário. Pode haver ainda, cristais e leucócitos acumulados. Trata-se apenas de uma observação no resultado do exame de urina, sem relevância clínica, ou seja, nem sempre é sinal de alguma doença.
No entanto, a presença de muco na urina pode indicar também algum problema de saúde como:
- Infecção do trato urinário - nesse caso é comum a presença de grande quantidade de leucócitos no exame, ardência e urgência para urinar;
- IST (infecção sexualmente transmissível) - as ISTs levam a uma irritação na mucosa do trato urinário, causando dor, ardência, corrimento vaginal e muco na urina;
- Pedra nos rins - a passagem de pedras ou "areia" pelo trato urinário, causa descamação na mucosa e com isso, o aumento das células e muco na urina;
- Câncer de bexiga - embora mais raro, a doença pode ter como um dos primeiros sinais, a presença de grande quantidade de muco na urina e perda de peso sem motivo aparente.
As células epiteliais são as próprias células do trato urinário que descamam, por isso é normal que apareçam na urina. Porém, passam a ser preocupantes quando se agrupam em forma de cilindro (cilindros epiteliais).
A presença de cristais na urina pode não ter importância clínica, ou, em alguns casos, estar relacionado a um maior risco de formar cálculos renais. Depende do tipo e quantidade de cristais encontrados.
Os leucócitos (glóbulos brancos) são as células de defesa do organismo. A sua presença na urina normalmente indica alguma inflamação nas vias urinárias, como a infecção urinária, mas também podem estar presentes em outras situações, como traumas, contato com substâncias irritantes ou qualquer inflamação que não seja causada por um agente infeccioso.
Cabe ao médico que solicitou o exame de urina interpretá-lo, uma vez que os resultados devem ser analisados em conjunto com a história clínica, os sintomas e o exame físico do paciente.
Filamentos de muco na urina, o que significa?O filamento de muco na urina, significa a presença de células da mucosa do trato urinário, em uma forma mais estreita e alongada, como um "fio" ou fios de muco.
Para caracterizar a quantidade de filamentos de muco encontrados, alguns laboratórios descrevem por cruzes, por exemplo, se houver pouca quantidade, uma cruz (+), se houver muitos filamentos de muco na urina, três cruzes (+++).
O resultado descrito, auxilia o médico e identificar o problema, ou entender como um padrão normal de descamação da mucosa. Durante a gestação, menstruação e uso de anticoncepcionais, a presença de muco na urina é normal e esperada.
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Sim, a presença de bactérias na urina é o principal sinal de uma infecção urinária, principalmente se o resultado do exame indicar também presença de leucócitos e nitrito. Pessoas saudáveis e sem sintomas de doenças normalmente não apresentam bactérias na urina.
Em algumas situações pode aparecer bactérias na urina em pequena quantidade, sem outras alterações. Nesses casos, pode ser que a amostra de urina foi contaminada e o exame precisa ser repetido.
Também há casos em que a pessoa pode ter bactérias na urina e não apresentar sintomas de infecção urinária. É a chamada bacteriúria assintomática, mais comum em pessoas idosas, com diabetes ou que utilizam sonda vesical.
A infecção urinária geralmente é causada pela bactéria E. coli, proveniente do intestino. Quando há infecção, é comum encontrar também leucócitos e nitrito na urina.
Os leucócitos são glóbulos brancos, ou seja, são as células de defesa do organismo. A presença deles na urina, normalmente, indica alguma inflamação nas vias urinárias, geralmente infecção urinária.
A associação entre nitrito e infecção urinária deve-se ao fato das bactérias converterem o nitrato, um metabólito abundante na urina, em nitrito.
Além de bactérias na urina, uma pessoa com infecção urinária também poderá apresentar os seguintes sintomas:
- Aumento da frequência urinária;
- Dor ou ardência durante a micção;
- Vontade urgente de urinar;
- Dor lombar;
- Febre;
- Corrimento amarelado na uretra.
Saiba mais em: Quais são os sintomas e causas de uma infecção urinária?
O diagnóstico da infecção urinária na maioria das vezes é clínico, ou seja, é feito apenas através da avaliação do médico sobre o relato dos sintomas e a realização do exame físico.
No entanto, em alguns casos, pode ser necessário solicitar o exame de urina tipo 1 que mostra a presença de bactérias e de uma urocultura (exame de urina tipo 2), que irá identificar a bactéria causadora da infecção e qual o melhor antibiótico para tratá-la.
É importante lembrar que cabe ao médico que solicitou o exame de urina interpretá-lo, uma vez que os resultados devem ser analisados em conjunto com a história clínica, os sintomas e o exame físico do paciente.
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Referências
Brasil. Ministério da Saúde. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Urologia. Brasília: Ministério da Saúde, 2016.
Urina com mau cheiro e odor fétido pode ser sinal de infecção por bactérias ou de desidratação por pouca ingestão de água. Muita concentração de ureia deixa a urina com mau cheiro e odor forte. Normalmente, isso ocorre quando a urina está pouco diluída devido à desidratação, o que se nota facilmente na sua cor, que fica amarela forte ou até marrom.
Se a urina estiver bem diluída, ou seja, com uma cor amarela bem clara ou incolor, mas ainda assim tiver um odor forte, pode ser indicativo de presença de bactérias que metabolizam a amônia.
Por isso, se a urina com mau cheiro vier acompanhada de outros sinais e sintomas como febre, calafrios e ardência ao urinar, pode indicar a presença de uma infecção urinária. Infecções da uretra também podem causar mau cheiro na urina, principalmente se este vier acompanhado de um corrimento uretral.
O que pode alterar o cheiro da urina?Algumas condições que podem alterar o cheiro da urina incluem:
- Fístula da bexiga;
- Infecção da bexiga;
- Falta de líquido no corpo (a urina concentrada pode cheirar a amônia);
- Diabetes mal controlado (urina com cheiro doce);
- Insuficiência e doença hepáticas, certos distúrbios metabólicos (cheiro de mofo na urina);
- Corpos cetônicos na urina (comum em casos de diabetes);
- Alguns alimentos e medicamentos, incluindo vitaminas.
Pessoas saudáveis e que bebem quantidades adequadas de líquido geralmente não apresentam urina com mau cheiro. Nesses casos, a maioria das alterações no cheiro da urina não é sinal de doença e desaparece com o tempo.
Contudo, se após aumentar a ingestão de água (pelo menos 2 litros por dia) a urina continuar com mau cheiro, o mais indicado é procurar um/a clínico/a geral ou médico da família para investigação.
A presença de sangue na urina, chamada hematúria, é uma alteração do sistema urinário que pode ser visível, através da mudança de cor da urina para um tom mais avermelhado (hematúria macroscópica).
Nesses casos a urina adquire um tom rosado, avermelhado ou bastante similar ao sangue, com coágulos sanguíneos, inclusive, em casos mais graves. Também pode ser invisível, quando a presença de sangue é tão pequena que só consegue ser detectado através de exames laboratoriais (hematúria microscópica).
Uma única gota de sangue já é suficiente para que a urina mude de coloração. Dezenas de condições podem provocar sangramentos na urina, algumas delas inofensivas, outras bem graves, entre elas:
- Cálculo (Pedra) nos rins ou ureteres (uma das principais causas, deve ser investigada);
- Infecções urinárias;
- Câncer dos rins, da próstata ou da bexiga (pessoas geralmente mais idosas);
- Hiperplasia benigna da próstata (HBP);
- Uretrites por doenças sexualmente transmissíveis, como clamídia ou gonorreia;
- Doença policística renal;
- Doenças do glomérulo, como glomerulonefrites;
- Lúpus eritematoso sistêmico;
- Anemia falciforme;
- Traumas na região do rim, bexiga ou próstata;
- Procedimentos médicos no trato urinário, como biópsia dos rins biópsia da próstata, litotripsia, endoscopia urinária, etc;
- Feridas da uretra após passagem de sonda vesical;
- Cistite rádica (lesão da bexiga por radioterapia);
- Medicamentos (ex: pyridium, rifampicina, fenitoína, nitrofurantoína, entre outros);
- Tuberculose urinária;
- Excesso de cálcio na urina;
- Endometriose;
Hematúrias inofensivas:
- Doença da membrana fina: É comum o indivíduo apresentar uma hematúria microscópica sem ter nenhuma causa identificada, mesmo com investigação intensa. Geralmente estes indivíduos apresentam a doença da membrana fina (ou hematúria benigna familiar), uma alteração genética das membranas dos glomérulos que causa perda de sangue na urina sem que isso tenha qualquer significa clínico. Essa alteração não oferece nenhum risco ao paciente.
- Hematúria após esforço físico: A hematúria após esforço físico é um sangramento urinário, macro ou microscópico, que surge após a realização de qualquer atividade física extenuante. Geralmente é passageira e desaparece depois de alguns dias de repouso. Se o paciente for jovem, saudável, não tiver outras queixas e a hematúria desaparecer com o repouso, não há necessidade de nenhuma investigação mais profunda.
Em caso de sangue na urina, um médico (preferencialmente um urologista) deverá ser consultado. Ele poderá avaliar detalhadamente, através de anamnese, exame físico e eventuais exames complementares, qual o seu diagnóstico correto, orientá-lo e prescrever o melhor tratamento, ou encaminhá-lo a um especialista de outra área se necessário, caso a caso.
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Urina muito amarela geralmente é um sinal de desidratação. A falta de ingestão de água ou a perda de grandes quantidades de líquido corporal pelo suor deixam a urina mais concentrada, com uma coloração mais amarelada. Nesses casos, além de estar mais escura, a urina também apresenta um cheiro mais forte.
A cor amarela da urina indica a concentração de impurezas que o rim filtrou do sangue e eliminou. Quanto mais diluídos estiverem esses detritos, mais clara é a urina. Quanto menos diluídos, mais forte é a cor da urina.
Portanto, uma urina muito amarela indica que falta água no corpo. Isso pode ocorrer, por exemplo, em dias mais quentes em que a transpiração é mais intensa e a ingestão de líquidos é insuficiente para repor o que foi perdido pelo suor.
Já nos dias mais frios a perda de água através da transpiração é menor. Logo, o volume de urina é maior e a urina tende a ficar mais clara. Se a ingestão de líquidos for abundante, é normal que a urina fique quase incolor.
Por isso, observar a cor da urina é uma boa forma de saber se o corpo está bem hidratado ou não. Se ela estiver muito amarela, é preciso beber mais água.
Contudo, é importante lembrar que a urina escura também pode ser sinal de problemas de saúde, como infecção urinária, problemas no fígado ou rins, e até câncer no aparelho urinário, principalmente se a urina apresentar espuma, pus ou um odor muito forte. Na presença desses sintomas, consulte um médico urologista.
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Urina com mau cheiro, o que pode ser?
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A presença de piócitos na urina geralmente é sinal de inflamação do trato urinário. Os piócitos são leucócitos, também conhecidos como glóbulos brancos. São as células de defesa do organismo.
Os níveis de piócitos na urina podem estar altos em diversas situações, sendo a principal delas a infecção urinária. Outras possíveis causas incluem: tuberculose do trato urinário, infecção por fungos e vírus, nefrite e glomerulonefrite (inflamação dos rins), pedra nos rins, uso de substâncias irritantes, traumas, câncer, entre outras.
O nível normal de piócitos na urina é de até 5 por campo ou até 10.000/ml. Acima disso é considerado piúria. Para determinar a causa da inflamação ou infecção, é necessário avaliar outros dados do exame de urina.
Se a leucócito-esterase (também chamada esterase leucocitária) e o nitrito estiverem positivos, é provável que seja infecção urinária. A presença de hemácias (glóbulos vermelhos) e proteína na urina pode indicar inflamação nos rins ou cálculos renais.
Cabe ao médico que solicitou o exame de urina interpretar os resultados, de acordo com os sinais e sintomas apresentados, além de outros exames que podem ter sido solicitados.
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- Bactérias na urina são sinal de infecção urinária?
- Células epiteliais raras ou bactérias raras na urina, o que significam?
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Referências
SBN. Sociedade Brasileira de Nefrologia. Biomarcadores na Nefrologia.