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Dor no seio: as 10 causas mais comuns e o que fazer
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A dor nos seios, chamada cientificamente de mastalgia, é comum nos períodos de puberdade, período pré-menstrual, durante a gravidez, amamentação e na pré-menopausa.

Porém pode ocorrer ainda em situações de mastite, presença de nódulos, cistos ou uso de medicamentos.

Embora na maior parte dos casos a dor nos seios não indique a presença de doenças graves, é preciso buscar um médico de família ou ginecologista para avaliação, nos casos de dor persistente.

1. Puberdade

Quando os seios começam a crescer, as meninas podem queixar-se de dor leve ou desconforto nas mamas em desenvolvimento.

A variação de idade normal para o crescimento dos seios vai dos 8 aos 14 anos, com média em torno dos 11 anos de idade.

O crescimento dos seios é o primeiro sinal da puberdade e quando começa em meninas com idade inferior a 8 anos, é preciso procurar um ginecologista para investigar puberdade precoce.

O que posso fazer?

Não há um tratamento específico para dor nos seios durante a puberdade, entretanto o uso de sutiã adequado ao tamanho do seio é importante para promover conforto.

2. Tensão Pré-Menstrual e Menstruação

Quando a dor no seio ocorre durante o período pré-menstrual e a menstruação, chama-se mastodinia. Se caracteriza por dores em pontadas, de intensidade leve a moderada. A mama se torna mais sensível especialmente na região dos mamilos.

Normalmente a dor nos seios dura de 1 a 4 dias e, de acordo com a sua intensidade, pode interferir nas atividades sociais, sexuais e na rotina diária da mulher, como a prática de exercícios físicos.

O que posso fazer?

Utilize sutiãs esportivos para uma melhor sustentação dos seios. Normalmente não é necessário o uso de medicações, pois a dor cessa logo nos primeiros dias de menstruação.

Entretanto, se dor interferir de maneira importante na sua rotina, converse com o ginecologista para avaliar o uso de analgésicos para o alívio dos sintomas da menstruação.

3. Gravidez

O crescimento dos seios durante a gravidez e aumento das taxas de hormônios, com estímulo dos ductos mamários, provoca uma maior sensibilidade no bico dos seios, especialmente no início e no final da gestação.

O que posso fazer?

Para aliviar a dor e o desconforto, você pode tomar um banho morno, massagear as mamas e/ou fazer compressas mornas. É importante também hidratar a pele dos seios.

4. Amamentação

Um dos motivos de dor nas mamas durante a amamentação é o enchimento excessivo dos seios pelo leite materno. Neste caso, os principais sintomas são seios endurecidos e doloridos.

A constante sucção do bebê também pode causar fissuras no bico do seio, levando a dor e ardência na região, até a adaptação do bebê e da mãe, a este novo período.

O que posso fazer?

Para aliviar estas sensações de enchimento excessivo dos seios se recomenda dar de mamar mais vezes ou esvaziar os seios retirando o leite com uma bombinha, por exemplo.

5. Mastite

A mastite é a inflamação das glândulas mamárias que acontece em mulheres com maior frequência, durante a fase de amamentação, mas pode ocorrer em outros períodos, embora seja mais raro.

Os sintomas de mastite puerperal incluem endurecimento em um ponto da mama (leite empedrado), febre alta, vermelhidão e calor local.

A mastite da amamentação costuma acometer somente um dos seios (mama direita ou esquerda). A infecção nas duas mamas ao mesmo tempo, é bastante rara.

Nos casos mais graves podem ocorrer fissuras nos mamilos e abscessos (bolsas de pus) na mama.

O que posso fazer?

Hidrate-se bem, beber bastante líquido ajuda o corpo a eliminar o agente causador da infecção. Faça aplicação de compressas mornas e massagens no seio afetado, para ajudar na remoção do leite empedrado e aliviar a dor. E procure fazer uso de sutiãs que sustentem de forma eficaz os seios, para promover maior conforto.

Mantenha a amamentação, pois efetuar o esvaziamento do seio neste momento evita a piora da inflamação. A amamentação, além de ajudar no tratamento da inflamação reduz o risco de ter um abscesso de mama. Se não conseguir amamentar esvazie o seio utilizando bombinha de amamentação.

Busque um ginecologista ou mastologista para avaliar a necessidade do uso antibióticos.

6. Nódulos ou cistos nas mamas

De forma geral, as mulheres têm nódulos e/ou cistos na mama, benignos, que se localizam na parte superior externa do seio, próximo à axila.

Durante o ciclo menstrual os níveis dos hormônios femininos, estrogênio e progesterona, que estimulam os ductos mamários, com objetivo de aumento das glândulas mamárias e produção de leite. Com isso, provoca a retenção de líquidos nos seios, o que os deixa mais sensíveis e inchados. Os seios voltam ao normal quando os níveis de hormônios diminuem.

O que posso fazer?

Não há um tratamento específico para estes nódulos ou cistos. Para aliviar a dor e o desconforto, você pode usar um sutiã macio que dê uma boa sustentação aos seios. Se necessário, é também possível usar analgésicos como paracetamol para amenizar a dor.

A avaliação de um ginecologista ou mastologista pode ser importante, caso a dor seja persistente para avaliar a possibilidade de retirada do nódulo.

7. Alergia

Os produtos de higiene e de beleza, como sabonetes e cremes para o corpo, podem causar uma reação alérgica na pele, dependendo da sua composição, levando a pequenas feridas, dor e incômodo no seio. Neste caso, os sintomas são de ardência, vermelhidão, coceira e pequenas bolinhas na região.

O que posso fazer?

O tratamento deve ser feito com a suspensão desses produtos, pomadas à base de corticoides e medicamentos antialérgicos quando preciso.

8. Uso de medicamentos

Os medicamentos que contém hormônios, certos antidepressivos, metronidazol, espironolactona, metronidazol, entre outros, são remédios que podem causar dor nos seios, como efeito colateral.

O que posso fazer?

Converse com o médico que orientou o uso do medicamento, para avaliar o ajuste da dosagem ou mesmo a troca da medicação.

9. Traumas nos seios

Lesões ou traumas na mama podem provocar dor no seio afetado. Os seios são áreas muito sensíveis do corpo da mulher. Procure sempre protegê-los de traumas e pancadas.

O que posso fazer?

Em caso de dor intensa provocadas por traumas nos seios é preciso consultar um ginecologista ou mastologista para identificar uma possível lesão mamária e tratá-la adequadamente.

10. Seios muito grandes

O tamanho dos seios pode provocar dor nas mamas e nas costas pelo peso excessivo. Mamas muito grandes são normalmente pesadas, o que causa estiramento do ligamento de Cooper. É este ligamento que sustenta os seios e, quando o peso é excessivo, pode causar dor.

O que posso fazer?

O uso de sutiãs esportivos de alta sustentação podem promover maior conforto. Porém, pode ser importante conversar com o ginecologista ou mastologista para avaliar a necessidade de redução cirúrgica das mamas.

Dor nos seios pode ser um sinal de câncer de mama?

Na maior parte dos casos, não. A dor nos seios está normalmente relacionada a alterações benignas na mama.

Menos de 3% das mulheres que apresentam dor nos seios como sintoma único constatam por meio de exames que a dor estava relacionada ao câncer de mama (tumor maligno de mama).

Quando devo me preocupar?

Você deve permanecer alerta e procurar um médico se:

  • A dor nos seios for muito forte ou tiver mais de 10 dias de duração,
  • Na presença de secreção clara ou sanguinolenta pelo mamilo,
  • Apresentar vermelhidão, calor e/ou pus no seio,
  • Modificações na pele, seja na coloração ou espessura da pele e
  • Na presença de nódulo palpável na mama.

Nestes casos você deve buscar um médico de família, ginecologista ou mastologista. Pode ser necessária a realização de exames como ultrassom de mama, mamografia (especialmente se houver casos de câncer de mama na família).

Não utilize medicamentos sem prescrição médica, especialmente se você estiver grávida ou amamentando.

Faça sempre o auto exame das mamas e busque um ginecologista pelo menos uma vez ao ano para exame periódico que ajuda a prevenir doenças de mama e aparelho reprodutor.

Leia também:

Quais os sintomas de câncer de mama?

Dor nos seios pode estar relacionado com a menopausa?

Referência:

FEBRASGO - Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.

Ao fazer necessidades sai sangue, posso estar com câncer?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Não necessariamente, o sangramento nas fezes pode ter diversas causas, tumores não são a única causa de sangramento. Existem causas benignas como fissuras anais ou hemorroidas e causas de maior gravidade como câncer de cólon. Além dessas também podem ser citadas a Doença diverticular, a angiodisplasia ou mesmo a Doença de Crohn.

Para definir o motivo do sangramento retal é importante avaliar a quantidade e o aspecto do sangramento. Geralmente o sangramento em pequena quantidade, de uma coloração mais viva, que é notado no papel higiênico se deve a causas como hemorroidas ou fissuras anais. Tumores retais também podem causar esse tipo de sangramento.

Já quando o sangramento é mais intenso e abundante pode tratar-se de câncer, de angiodisplasias, doença diverticular ou doença inflamatória intestinal.

Quando as fezes apresentam sangue digerido, ou seja, de coloração bem escura e odor fétido geralmente a causa se deve a afecções do tubo digestivo em porções mais altas como esôfago, estômago ou duodeno.

O diagnóstico das doenças que podem causar esse tipo de sangramento depende da história clínica, do exame físico e muitas vezes de exames complementares como a colonoscopia, exame que visualiza o interior do cólon.

Caso esteja apresentando sangramento retal consulte o seu médico de família ou clínico geral para uma avaliação e diagnóstico preciso.

Pode também ser do seu interesse:

Tive um sangramento anal, o que pode ser?

Uma infecção no sangue pode virar leucemia?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Não. Uma infecção no sangue não se transforma em leucemia, entretanto, a leucemia aumenta o risco de infecções, porque a doença reduz a quantidade de anticorpos no organismo.

A leucemia é um tipo de câncer, que atinge a medula óssea, interferindo na sua função de produzir as células do sangue, as hemácias, plaquetas e os glóbulos brancos.

Os glóbulos brancos, por sua vez, são os responsáveis pela formação dos anticorpos. Com menos anticorpos, o organismo tem uma queda da imunidade e maior risco de infecções.

O que é infecção no sangue?

A infecção no sangue é a presença de germes, na corrente sanguínea, que também recebe o nome de sepse ou septicemia.

Qualquer infecção no organismo, seja de pele, problemas dentários ou uma pneumonia, pode virar uma sepse, se o germe não for devidamente combatido. Para combater os germes, o corpo precisa produzir anticorpos, além de receber as medicações antibióticas.

Por isso, pessoas com a imunidade baixa, como acontece nos casos de leucemia, estão mais propensas a desenvolver infecções de repetição e infecções graves (sepse).

O contrário já não acontece. Uma infecção não é capaz de alterar a função da medula óssea, portanto não causa leucemia.

O que é leucemia?

A leucemia é um tipo de câncer comum na população, especialmente em crianças, onde a medula produz menos glóbulos brancos, as células responsáveis pela nossa defesa do corpo. Com isso aumenta o risco de infecções.

A evolução da doença atinge também a produção de hemácias e plaquetas, levando ao quadro de anemia e sangramento espontâneo sem motivo aparente.

A causa da leucemia não está bem definida, porém, tem forte relação com a história familiar, quimioterapia, radioterapia, exposição agrotóxicos, entre outros.

A infecção no sangue, mesmo quando grave, ainda não foi relacionada a casos de leucemia.

Sintomas da leucemia

Os sintomas da leucemia variam um pouco de acordo com o tipo da doença, se aguda, crônica, linfocítica ou mielocítica, mas, em geral, incluem:

  • Febre (sem causa aparente),
  • Infecção de repetição,
  • Anemia (palidez, cansaço, sonolência),
  • Manchas roxas na pele,
  • Episódios de sangramento espontâneo (sangramento gengival, manchas na pele, dificuldade de cicatrização).
Leucemia tem cura? Qual é o tratamento?

Às vezes. Alguns casos podem ser curadas, enquanto outras apenas controladas. O tratamento pode incluir quimioterapia, radioterapia, transplante de medula óssea, cirurgia para remover o baço e terapias biológicas e direcionadas.

O médico hematologista é o especialista indicado para diagnosticar e tratar a leucemia.

Conheça ainda mais sobre esse tema nos artigos:

Referências:

Abrale - Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia.

INCA - Instituto Nacional do Câncer (Brasil).

Charles A Schiffer, et al.; Clinical manifestations, pathologic features, and diagnosis of acute myeloid leukemia. Aug 15, 2019.

Sintomas no corpo que você não pode ignorar: caroços, nódulos, íngua, emagrecimento...
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Frequentemente surgem sintomas novos no nosso corpo, como um caroço, um nódulo, uma íngua, a percepção de emagrecimento, mudanças na cor da pele, entre outros. A pergunta é, quando devem ser um motivo de preocupação?

Certos sintomas são totalmente normais e correspondem às respostas do organismo a um estímulo externo ou a situações passageiras. Porém, outros sintomas podem representar um sinal de alerta, que deve ser pesquisado o mais breve possível.

Sinais e sintomas alarmantes!

Os sinais e sintomas de alerta, que indicam a necessidade de procurar atendimento médico de forma urgente, são principalmente:

1. Ínguas que duram mais de 2 semanas

A íngua é o termo popularmente utilizado para o aumento dos gânglios linfáticos, ou linfonodos.

Os linfonodos são pequenos órgãos de defesa do nosso organismo, localizados no sistema linfático por todo o corpo, com maior quantidade nas regiões do pescoço, axilas e virilha. São responsáveis pela produção de linfa, células de defesa e ainda pela eliminação de germes e células anormais da circulação.

Por isso, em situações de inflamação ou infecção, esses gânglios (ínguas) aumentam de tamanho a fim de agir com mais efetividade, porém regridem em poucos dias, quando o problema está sanado.

Entretanto, o câncer ou outras doenças mais graves, podem originar gânglios aumentados, que não causam dor nem sinal de inflamação, e duram mais de 3 a 4 semanas. São considerados sinal de alerta e devem ser avaliados por um médico da família ou clínico geral, quanto antes.

2. Emagrecimento sem alteração na dieta ou atividade física intensa

A perda de peso sem uma dieta com esse objetivo ou atividades físicas intensas, pode ser um sinal de alarme. Aproximadamente 40% dos pacientes com câncer, apresentam o emagrecimento como primeiro sintoma da doença.

Não está bem esclarecido o motivo, mas parece estar associado a alterações no metabolismo e sistema imunológico.

Na presença de perda de peso, procure um médico clínico geral, ou médico da família para avaliação adequada, o mais rapidamente possível.

3. Febre persistente

A febre é mais um sinal precoce e comum aos pacientes com câncer. Assim como a perda de peso, o motivo da febre persistente nos casos de tumor maligno, não é bem compreendido, porém é um sinal comum.

Sendo assim, nos casos de febre inexplicada, que permanece por mais uma semana, associada ou não a outros sintomas, deve ser investigada. Procure um médico da família ou clínico geral, para avaliação.

4. Pele amarelada (Icterícia)

A icterícia, ou pele amarelada, é o depósito de bilirrubina indireta na pele. A bilirrubina é o pigmento resultante do metabolismo das hemácias, que segue para o fígado, onde é convertida em bilirrubina direta, armazenada na vesícula e eliminada na urina e nas fezes. O acúmulo desse pigmento na pele, sugere um problema no fígado ou vesícula biliar, como por exemplo o câncer.

Existem outras causas de aumento de bilirrubina no sangue, e consequente icterícia, inclusive causas de emergência médica, como a colangite. Portanto, nos casos de icterícia, o mais adequado é que procure uma emergência para avaliação imediata.

5. Manchas brancas na boca

A presença de manchas brancas ou esbranquiçadas na mucosa oral, especialmente em tabagistas, pode ser um sinal precoce de tumor maligno.

Pode indicar também, uma leucoplasia (lesão pré-cancerosa), que se não for tratada rapidamente, evolui para o câncer de boca.

Procure um médico da família ou clínico geral, para essa avaliação e orientações direcionadas ao seu caso.

6. Tosse persistente

A tosse persistente, que dura por mais de 4 semanas, sem motivo que justifique, pode ser o inicial de um câncer de pulmão ou trato respiratório superior.

A característica mais comum nos casos de câncer, é a tosse produtiva, com secreção purulenta ou sanguinolenta, associada a outros sintomas como dor torácica, febre, emagrecimento, falta de ar e história de tabagismo (fumante ativo ou passivo).

O médico pneumologista é o mais indicado para essa avaliação.

7. Rouquidão e tosse seca

A rouquidão sem causa aparente e persistente, é mais um sinal alarmante, pois sugere o comprometimento do trato respiratório ou região cervical.

Procure um médico da família ou clínico geral, para descartar a possibilidade de um tumor de laringe, esôfago, tireoide ou pulmonar.

Outros sintomas que não podemos ignorar

Outros sintomas que não devem ser ignorados, mesmo que não sejam alarmantes são:

1. Caroços no pescoço, embaixo do queixo, nas axilas e virilha

Os casos de caroços, ou ínguas na região do pescoço, embaixo do queixo, axilas e virilhas, regiões de grande concentração de gânglios linfáticos, costumam representar apenas o aumento dos linfonodos, como resposta a uma inflamação ou infecção próxima a essa região. São reações de defesa do organismo, a um determinado problema.

São encontrados nos episódios de sinusite, amigdalite, resfriado comum, pelo "encravado", entre outros. Contudo, o caroço regride completamente dentro de uma ou duas semanas, após a resolução do problema, o que não representa um sinal de alerta.

Como na grande maioria das vezes é uma resposta benigna do organismo e regride espontaneamente com a resolução da inflamação, não tem tratamento específico, porém deve ser acompanhado pelo médico assistente.

2. Nódulos nos braços, barriga ou dorso

O nódulo, ou nódulos encontrados nos braços, barriga, dorso ou nas pernas, podem representar um acúmulo de gordura local, chamado lipoma(s).

O lipoma é um tumor de pele benigno, formado por células de gordura maduras, bem delimitado, indolor e sem sinal de infecção. É o tumor de pele mais comum na população. Mais frequente no adulto, pode ser encontrado em todo corpo, inclusive nos órgãos internos.

Não causa problemas físicos, limitações ou maiores preocupações.

O tratamento costuma ser de acompanhamento, devido a sua benignidade. Ou pode ser indicada cirurgia para sua retirada, por motivos estéticos ou na presença de sintomas, por exemplo quando comprime um nervo ou estruturas nobres.

De qualquer forma o médico cirurgião geral ou cirurgião plástico devem ser procurados para confirmação desse diagnóstico e orientação caso a caso.

Lipomas 3. Caroço na nuca

Na região da nuca, além dos linfonodos, podemos dizer que os nódulos encontrados estão mais associados a contraturas musculares e lipomas.

As contraturas são nódulos dolorosos, geralmente associados a postura inadequada ou mal jeito, e com piora da dor à movimentação da cabeça ou do pescoço.

Por isso nesses casos o mais indicado é a colocação de um colar cervical em espuma, permanecer mais tempo em repouso e quando necessário, os medicamentos com melhor resposta, são os relaxantes musculares.

Mais uma vez o diagnóstico deve ser confirmado por um médico clínico geral ou médico da família, para evitar problemas secundários.

4. Caroço na virilha

Além da íngua por inflamação nessa região, outras causas comuns de aparecimento de "caroço" na virilha são a hérnia inguinal e as doenças sexualmente transmissíveis (DSTs).

A hérnia inguinal é a passagem de uma parte do intestino por um orifício na parede do abdômen. Por isso é mais comum quando a pessoa está de pé ou exerce uma força maior no abdômen, que empurra esse pedaço da alça pelo orifício, como na tosse ou exercícios físicos.

No caso da hérnia, o "caroço" não tem sinal de infecção, mas pode causar dor, sensação de peso e incômodo na região pélvica.

Embora não seja um sintoma de maior risco, a hérnia é sempre uma indicação cirúrgica, para correção desse orifício na parede do abdômen. Por isso, se identificar um caroço na virilha sugestivo de hérnia inguinal, procure um médico cirurgião geral para avaliação e tratamento mais apropriado, o mais breve possível.

As DSTs são doenças adquiridas no contato sexual desprotegido e podem cursar com gânglios aumentados (ínguas) na virilha. O cancro mole ou bubão, causado pela bactéria Haemophilus ducrey, e a AIDS, são as doenças que mais cursam com esse sintoma.

Na suspeita de doenças sexualmente transmissíveis, procure um médico ginecologista para avaliação e tratamento.

Quando devo procurar o médico?

Nos sinais e sintomas abaixo listados, recomendamos procurar um atendimento médico para melhor avaliação e orientações. São eles:

  • Caroço que não regride após 2 semanas,
  • Febre persistente ou febre noturna diária (mesmo que febre baixa),
  • Emagrecimento sem causa aparente,
  • Cansaço, fadiga que não era habitual,
  • Dificuldade de engolir, dor na garganta ao se alimentar,
  • Feridas que não cicatrizam,
  • Tosse persistente ou rouquidão,
  • "Olho" ou ponto purulento no local do caroço,
  • Drenagem de secreção purulenta no local do caroço.

Na presença de um sinal ou sintoma com as características acima, procure um médico clínico geral ou médico da família para identificar o problema e oferecer as devidas orientações.

Qual o tratamento para carcinoma basocelular?
Dra. Ângela Cassol
Dra. Ângela Cassol
Médico

O carcinoma basocelular pode ter algumas modalidades de tratamento, citadas abaixo:

  • Remoção cirúrgica: é o tratamento de escolha. A lesão deve ser removida com margem de 0,5 cm. Se a lesão for pequena, usualmente é feita com anestesia local e pode ser necessário enxerto para cobrir a falha. A recuperação costuma ser rápida, porém a completa cicatrização pode demorar alguns meses;
  • Criocirurgia com nitrogênio líquido: boa opção de tratamento para tumores sólidos ou superficiais, naqueles pacientes que não desejam a cirurgia, ou não tem condições clínicas para tal. É feita com anestesia local e o pós-operatório é incômodo durante duas a três semanas, permanecendo cicatriz esbranquiçada;
  • Curetagem e eletrocoagulação: opção para tumores sólidos, naqueles pacientes sem condições clínicas para o procedimento cirúrgico. É feita com anestesia local, a recuperação é rápida e a cicatriz é pouco perceptível;
  • Aplicação de imiquimod tópico a 5%: indicado apenas de a lesão for superficial. Não deixa cicatrizes, mas provoca irritação local intensa e deve ser utilizado por três meses;
  • Terapia fotodinâmica: indicada para tumores superficiais, localizados em área nobre, naqueles pacientes que não desejam cicatrizes. É um procedimento doloroso e necessita algumas sessões, com controle com biópsia após. Não deixa cicatrizes;
  • Radioterapia: boa opção para tumores grandes, naqueles pacientes que não desejam a cirurgia, ou não tem condições clínicas para tal. Dependendo do tipo histológico do tumor, as recidivas são frequentes.

 Algumas recomendações devem ser seguidas por todos, para prevenir o surgimento do carcinoma basocelular:

  • Caso note alterações no aspecto de sinais antigos ou que custam a cicatrizar, procure um dermatologista;
  • Não se exponha diretamente ao sol, especialmente entre 10h e 15h;
  • Use protetor solar com fator de proteção adequado ao seu tipo de pele, todos os dias e reaplique-o a cada três horas. Não se esqueça de passá-lo também nos lábios, nas orelhas e na cabeça, se for calvo;
  • Use bonés, chapéus e óculos escuros, camisetas de mangas longas e calças compridas se seu trabalho é forçosamente realizado ao ar livre.

A modalidade de tratamento deve ser decidida junto ao médico dermatologista.

Também pode lhe interessar: Melanoma tem cura? Como é o tratamento?

Câncer de pâncreas tem cura?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Câncer de pâncreas pode ter cura se for diagnosticado no início. Contudo, a ausência de sintomas na fase inicial dificulta o diagnóstico precoce de um tumor maligno no pâncreas.

O tratamento do câncer de pâncreas pode incluir cirurgia, sendo a única forma de chances de cura; radioterapia, quimioterapia e cuidados gerais.

Tratamento do câncer de pâncreas

A cirurgia tem como objetivo a retirada total do tumor, com chances curativas, se o tumor for encontrado na fase ainda inicial.

A radioterapia e a quimioterapia podem ser opções terapêuticas, como tratamento adjuvante à cirurgia, ou nos casos que não tem mais possibilidades de ressecação cirúrgica. São terapias utilizadas para diminuir o tamanho do tumor e aliviar os sintomas.

Em casos de metástases, ou seja, quando o câncer já está "espalhado" (disseminado) para outras partes do corpo, o tratamento é paliativo e visa apenas aliviar os sintomas.

O prognóstico do câncer de pâncreas geralmente é ruim, porém depende do estadiamente, momento do diagnóstico e condições clínicas do paciente.

Prevenção de câncer de pâncreas

Para prevenir o desenvolvimento de tumores malignos no pâncreas é recomendado manter uma qualidade de vida saudável. Não fumar, passiva ou ativamente; evitar o excesso de bebidas alcoólicas; manter uma uma alimentação balanceada rica em frutas, legumes e hortaliças, evitando o sobrepeso e obesidade, fatores que aumentam muito o risco da doença.

O tabagismo é o principal fator de risco para desenvolver câncer de pâncreas. Quem fuma tem 3 vezes mais chances de ter a doença do que quem não fuma. Outros fatores de risco incluem o consumo de gordura em excesso, bebidas alcoólicas, exposição prolongada a produtos químicos como pesticidas e solventes, pancreatite crônica e diabetes mellitus.

Quem tem pancreatite crônica ou diabetes, já fez cirurgia de úlcera, tirou a vesícula biliar ou tem histórico familiar de câncer de pâncreas, deve fazer exames periódicos devido à maior probabilidade de desenvolver a doença.

O/A endocrinologista é o/a especialista responsável pelo tratamento do câncer de pâncreas.

Saiba mais em: Quais são os sintomas de câncer de pâncreas?

Teratoma tem cura? Qual o tratamento?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Teratoma tem cura, porém, como se trata de um tumor, o tratamento e a cura dependem do tipo de teratoma, se benigno ou maligno, além da localização (ovário, cóccix, sistema nervoso) e do grau de evolução do tumor.

Tratamento dos teratomas Teratomas benignos

Os teratomas benignos, também conhecidos como cistos dermoides, geralmente são tratados através de remoção cirúrgica apenas.

Assim como normalmente acontece com a grande maioria dos tumores benignos, o paciente fica completamente curado com a retirada do teratoma e ele não volta a crescer.

Teratomas malignos

Já os teratomas malignos geralmente são tratados com cirurgia e quimioterapia. O tratamento cirúrgico pode retirar apenas o tumor e parte do órgão afetado ou, dependendo do estágio do teratoma e comprometimento do órgão, pode ser necessário e mais seguro a remoção de todo o órgão.

A retirada do órgão pode ocorrer, por exemplo, nos casos de teratomas malignos que afetam apenas um dos testículos ou ovários. Nestes casos, a quimioterapia geralmente não é necessária.

Veja também o artigo: Quem tem teratoma no ovário pode engravidar?

Se o teratoma maligno voltar a surgir (recidivas), o tratamento pode incluir quimioterapia, ou mais raramente, a radioterapia.

Leia também: O que é teratoma?

A especialidade médica responsável pelo tratamento dos teratomas varia de acordo com a localização do tumor. Porém, nos casos de tumores malignos, o tratamento deve ser acompanhado por um/a médico/a oncologista.

O que é melanoma?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Melanoma é o tipo mais grave de câncer de pele. A doença surge nos melanócitos, que são as células produtoras de melanina (pigmento que dá cor à pele), por isso o nome melanoma.

A taxa de mortalidade do melanoma é a mais alta e o seu prognóstico é o pior dentre todos os tumores malignos de pele. Dependendo da profundidade, o melanoma pode atingir a circulação linfática e se disseminar para órgãos internos. É a chamada metástase.

Apesar de ser o mais letal, o melanoma é o câncer de pele menos comum. Mais de 90% dos tumores malignos de pele são do tipo não-melanoma, que apresentam baixos índices de mortalidade.

O melanoma é mais comum em pessoas de pele clara. A ocorrência em indivíduos de pele negra ou morena é mais rara, mas pode acontecer. Fatores hereditários desempenham um importante papel no desenvolvimento desse tipo de câncer de pele.

Quais são os sintomas do melanoma?

Em geral, o melanoma se manifesta sob a forma de um sinal de pele ou de uma pinta de coloração negra ou acastanhada. Contudo, a diferença para os sinais e pintas não cancerígenos é que o melanoma normalmente muda de cor, tamanho, forma e pode sangrar.

Melanoma

As lesões geralmente surgem nas regiões do corpo mais expostas ao sol. Contudo, também pode surgir nas unhas, planta dos pés e palma das mãos. O melanoma normalmente surge como uma lesão negra e escura, mas também pode apresentar coloração rosa ou avermelhada. É comum o melanoma mudar de cor, podendo apresentar numa mesma lesão várias cores, como preto, marrom, cinza, branco e vermelho.

O seu crescimento é progressivo, podendo parecer com uma ferida que não cicatriza ou pintas que crescem lentamente. O melanoma pode coçar e doer, podendo ter uma forma plana ou surgir em nódulos.

As bordas do melanoma são irregulares e a pigmentação termina abruptamente. O diâmetro costuma ser de mais de 6 mm.

Qual é o tratamento para melanoma?

O tratamento mais usado em casos de melanoma é a cirurgia. Porém, o seu tratamento depende do tamanho, da localização e da agressividade do tumor.

O tratamento cirúrgico do melanoma consiste na retirada da lesão e de uma parte de pele saudável ao redor do tumor, como margem de segurança. A cirurgia tem elevadas taxas de cura e pode ser realizada novamente se o tumor voltar a aparecer.

No entanto, em casos de metástase, as opções de tratamento são mais restritas e o melanoma não tem cura na maior parte dos casos. Para melanomas metastáticos, são usados medicamentos orais com objetivo de melhorar a sobrevida dos pacientes.

Apesar da sua gravidade, o melanoma tem mais de 90% de chances de cura se for diagnosticado no início. Isso porque, na fase inicial, a doença está restrita à camada mais superficial da pele, o que facilita a remoção completa do tumor através da cirurgia.

Nas fases mais avançadas o câncer já está mais profundo, o que eleva os riscos de metástase e reduz a probabilidade de cura. O melanoma metastático tem menos opções de tratamento e apresenta um pior prognóstico.

Pessoas com histórico de melanoma na família, principalmente em parentes de 1º grau, devem fazer exames regulares de prevenção com o/a médico/a dermatologista.