A febre chikungunya não é contagiosa, ou seja, não é transmitida de pessoa para pessoa. A única forma de transmissão conhecida é através da picada do mosquito Aedes aegypti e Aedes albopictus infectados pelo vírus CHIKV.
O principal transmissor do vírus nas cidades é o mosquito Aedes aegypti. Nas zonas rurais e silvestres, o chikungunya é transmitido sobretudo pelo Aedes albopictus.
Porém, existe outra possibilidade de transmissão do vírus, que é da mãe para o feto durante o parto, caso a mãe esteja no período de transmissão da doença (viremia).
Não há evidências de transmissão do vírus da febre chikungunya pelo leite materno.
O mosquito adquire o vírus chikungunya (CHIKV) ao picar uma pessoa infectada durante o período de viremia, que vai desde um dia antes do aparecimento da febre até ao 5º dia da doença, quando o indivíduo ainda tem o vírus na corrente sanguínea.
Quais são os sintomas da febre chikungunya?Os principais sintomas da febre chikungunya incluem febre alta (acima de 38,5ºC) de início rápido e forte dor nas articulações de mãos, pés, dedos, tornozelos e punhos. A pessoa pode apresentar ainda dor de cabeça, dores musculares e manchas vermelhas na pele.
Os sintomas da doença começam cerca de 2 a 12 dias depois da picada do mosquito, podendo chegar a 14 dias em alguns casos. É o chamado período de incubação da febre chikungunya.
Contudo, há pessoas que não manifestam sinais e sintomas e nem todos os que são picados pelo mosquito ficam doentes. Uma vez infectada, a pessoa fica imune à doença pelo resto da vida, independentemente de manifestar sintomas ou não.
Qual é o tratamento para o chikungunya?O tratamento da febre chikungunya visa apenas aliviar os sintomas através de medicamentos para febre e anti-inflamatórios para as dores articulares, uma vez que não há um tratamento específico para a doença. Ainda não existe vacina contra a febre chikungunya.
Grande parte dos casos de febre chikungunya tem evolução benigna e a doença é auto-limitante, ou seja, resolve-se espontaneamente. Casos de morte são raros, sendo relatados principalmente em recém-nascidos e pessoas com outras doenças associadas.
Como prevenir a febre chikungunya?Não existe vacina contra a febre chikungunya, nem medicamentos específicos para tratar a doença. Dessa forma, a única forma de prevenção é eliminando o mosquito.
Também recomenda-se utilizar repelentes, mosquiteiros e roupas que cubram bem o corpo para evitar a picada do mosquito, principalmente se a pessoa for viajar ou residir em áreas com surtos de chikungunya.
Sim. Febre é uma reação do organismo e não da infecção, em muitas infecções a febre não aparece. Alguns grupos populacionais também tendem a não apresentar febre em quadros infecciosos como os idosos, cujos sintomas costumam ser menos exacerbados, incluindo a febre.
Além disso, algumas infecções mesmo graves ao invés de produzirem febre podem contribuir para a diminuição da temperatura corporal como em um quadro de septicemia.
Portanto, a febre não se relaciona diretamente a gravidade da doença, é possível ter situações de menor gravidade com febre alta e quadros mais graves com febre baixa ou ausente.
Por qual motivo ocorre a febre?A febre ocorre devido a ação de moléculas de substâncias chamadas pirógenos, que podem ter origem externa ou interna ao próprio organismo. Bactérias e outros micro-organismos podem produzir toxinas que atuam como pirógenos, mas a próprias células de defesa do organismo como os monócitos e macrófagos também podem liberar substâncias com ação pirógena.
Por isso, é possível que a febre esteja presente em situações infecciosas e não infecciosas, tendo causas diversas, como tumores, processos inflamatórios, reações medicamentosas, reações a vacinas, reações alérgicas, distúrbios auto-imunes ou insolação.
É preciso baixar a temperatura durante a febre?Pelo fato da febre estar diretamente relacionada a uma reação de defesa do organismo, nem sempre é necessário baixá-la. O importante é diagnosticar a causa da febre e tratar essa causa, assim a febre tende a baixar quando o problema principal estiver resolvido.
O uso de antitérmico geralmente está recomendado apenas em situações em que a febre provoca sintomas incapacitantes como fraqueza, dor no corpo e intenso mal estar, de modo a minimizar esses sintomas.
Para mais informações consulte o seu clínico geral ou médico de família.
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Os sintomas da tuberculose pulmonar incluem febre, tosse, transpiração noturna excessiva, mal-estar geral, emagrecimento e perda de apetite. Os sintomas iniciais da tuberculose são leves, de evolução lenta e inespecíficos, podendo ser confundidos com muitas outras doenças.
A febre geralmente é baixa, com tendência para surgir no final da tarde e início da noite. A perda de peso é progressiva, levando a um emagrecimento acentuado após alguns meses que causa grande debilidade física.
O mal-estar geral caracteriza-se como uma fraqueza e fadiga. No início da tuberculose pulmonar, esse mal-estar é sentido principalmente no final do dia e surge junto com a febre. Com a evolução da doença, a fraqueza e a fadiga podem estar presentes durante todo o dia.
Já a tosse pode ser leve e seca no início, tornando-se mais intensa e produtiva com presença de sangue no catarro. Dependendo do grau de evolução da tuberculose, a pessoa pode chegar a tossir sangue.
Qual é o tratamento para tuberculose pulmonar?O tratamento da tuberculose pulmonar é feito com medicamentos antibióticos. Os remédios devem ser tomados todos os dias, por via oral, durante um tempo que é determinado pelo médico.
O Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza gratuitamente os remédios usados para tratar a tuberculose pulmonar.
Os sintomas diminuem e o paciente melhora significativamente após o início do tratamento. Contudo, é fundamental continuar tomando a medicação até o fim do período estabelecido para evitar recaídas e resistência das bactérias aos antibióticos.
A tuberculose pulmonar é altamente contagiosa. Por isso, o diagnóstico e tratamento devem ser estabelecidos o quanto antes. Com o início do tratamento, a quantidade de bactérias expelidas pelo paciente reduz bastante, pelo que o risco de transmitir a doença também diminui consideravelmente.
Veja também: Tuberculose é contagiosa? Como se transmite?
Em caso de tosse com pelo menos 3 semanas de duração, associada aos sintomas descritos anteriormente, consulte um médico clínico geral ou médico de família para uma investigação adequada.
O tratamento da tuberculose pulmonar é da responsabilidade do/a médico/a de família, clínico/a geral, infectologista ou pneumologista.
O soro caseiro deve ser tomado em casos de diarreia e vômitos, para prevenir a desidratação. Apesar de não cortar a diarreia, o soro caseiro repõe o líquido e os sais minerais eliminados nas fezes ou vômitos.
Para tomar o soro, use uma colher e vá bebendo aos poucos ao longo do dia ou após cada evacuação ou vômito. Comece a tomá-lo assim que começar a diarreia (desarranjo intestinal com aumento do número de evacuações e fezes moles ou líquidas) ou os vômitos.
No caso das crianças, é importante estar atento aos sinais de desidratação por diarreia, que são:
- Moleira funda;
- Boca seca;
- Olho seco;
- Choro sem lágrimas.
Porém, o uso do soro caseiro só é indicado em situações de emergência, quando a pessoa não tiver o soro de reposição oral do Ministério da Saúde, distribuído gratuitamente nos postos de saúde do Brasil.
Isso porque é muito comum haver erros nas doses de sal e açúcar utilizadas para fazer o soro caseiro. Muitas vezes há um exagero e, além de não ser eficaz, pode trazer reações indesejadas.
Ao usar o preparado distribuído pelo governo, você tem a certeza de que está tomando um soro com as quantidades certas de sal e açúcar.
Para fazer efeito, o soro caseiro deve ter20 gramas de açúcar (2 colheres rasas de sopa) e 3,5 gramas de sal (1 colher de café rasa) por cada litro de água.
Leia mais sobre o preparo em: Como fazer soro caseiro?
Também pode ser adquirida no posto de saúde a colher-medida padrão para preparar o soro caseiro, para não correr o risco de errar nas doses.
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Este não é um efeito colateral habitual desse remédio, talvez esse sintoma tenha outra causa, esteja atenta a outros possíveis sinais e sintomas e se a sonolência for intensa e persistir consulte um pediatra ou médico de família para avaliação.
Cabe lembrar que crianças com febre ou doenças infecciosas podem apresentar sonolência e apatia, ao se tratar o quadro inicial esses sintomas tendem a melhorar.
BenzetacilBenzetacil é o nome comercial da penicilina G Benzatina, um antibiótico do grupo das penicilinas, que está indicado para o tratamento de algumas doenças como infecções estreptocóccicas, sífilis e profilaxia da febre reumática e da glomerulonefrite.
Quais são os efeitos adversos da benzetacil?Os efeitos adversos mais frequente da benzetacil incluem náuseas, vômitos, diarreia, cefaleia e monilíase oral ou vaginal.
Também é relativamente frequente a ocorrência de reações alérgicas no grupo das penicilinas que podem causar sintomas como erupções cutâneas, urticária e prurido. As reações de hipersensibilidade podem ainda causar edema de laringite ou reação anafilática.
Efeitos locais da aplicação da injeção de benzetacil também podem ocorrer, como inchaço, tumoração e dor no local da aplicação.
Um efeito possível, embora raro da penicilina é a encefalopatia cerebral que ocorre geralmente quando são administradas altas doses do medicamento ou em pessoas com insuficiência renal grave.
Outras reações possíveis decorrentes de altas doses da penicilina benzatina podem incluir anemia hemolítica, leucopenia, trombocitopenia, neuropatia e nefropatia.
Caso apresente sintomas sugestivos de efeitos adversos de antibióticos, como a penicilina benzatina, consulte um médico para uma avaliação e mais orientações.
Na verdade qualquer coisa fria e úmida aplicada na superfície corporal pode ajudar a diminuir a febre, por isso se indica compressas frias ou banhos mornos em caso de febre.
Para baixar a febre do bebê, você pode:
- Dar banho morno no bebê,
- Vestir com roupas leves e frescas,
- Oferecer líquidos com frequência,
- Manter a criança em ambiente arejados e
- Medicamentos, quando prescrito pelo pediatra.
No entanto, a presença de febre acima de 39 graus, choro persistente, irritabilidade, vômitos e recusa do leite materno, são sinais que preocupam e, portanto, devem ser informados ao pediatra imediatamente.
Recém-nascidos e bebês com menos de 3 meses, com temperatura acima de 37,8ºC, também é preocupante e precisa ser avaliado por um pediatra.
1. Dê banho no bebê com água mornaDê banhos com água morna no bebê. A água deve estar a uma temperatura de 36ºC. Se não tiver um termômetro para verificar a temperatura da água, use a parte interna do braço ao invés das mãos para saber se a água está morna. O banho deve ter duração de 10 minutos. Enxugue o bebê imediatamente após o banho e vista-o com roupas leves.
Não dê banho com água fria. Além do desconforto que provoca no bebê, a água fria acelera os batimentos cardíacos, que já estão mais acelerados devido à febre. O banho frio pode causar também tremores, que aumentam ainda mais a temperatura corporal.
Além do banho, o uso de toalhinhas molhadas na testa, nuca e virilhas também ajudam a baixar a temperatura.
Cerca de 30 minutos após o banho ou aplicação das compressas, verifique a temperatura do seu bebê. Se não tiver baixado entre em contato com médico de família ou pediatra.
2. Vista o seu bebê com roupas levesVista seu bebê com roupas leves e use apenas um lençol ou cobertor leve para mantê-lo confortável e fresco, mesmo que ele esteja com calafrios. Agasalhar demais o bebê pode interferir nos métodos naturais de resfriamento do corpo, aumentando a febre ou impedindo que ela diminua.
3. Ofereça líquidos mais vezes ao bebêOfereça líquidos, como leite materno, leite em fórmula e água, regularmente. Bebês a partir dos 6 meses já podem beber sucos naturais também. Dilua os sucos em água (metade água, metade suco). A quantidade de líquidos recomendada é de 500 ml a 1000 ml por dia.
Os líquidos ajudam o corpo a regular a temperatura, além de combater a desidratação, que é uma complicação comum da febre.
4. Mantenha o ambiente fresco e arejadoManter o ambiente fresco e arejado ajudar a evitar que a temperatura corporal do bebê se torne muito elevada.
Para isto, abra as janelas e use o ventilador ou ar condicionado. Não há problema em ligar o ventilador ou ar condicionado se o bebê estiver com febre. O que não é recomendado é que o local esteja quente, pois pode elevar ainda mais a temperatura do bebê e dificultar o resfriamento do corpo.
5. Administrar medicamentoOs medicamentos para febre (antitérmicos ou antipiréticos) somente devem ser utilizado sob orientação de um médico de família ou pediatra. Os mais utilizados são paracetamol e ibuprofeno.
A dose destes medicamentos geralmente é baseada no peso do bebê e deve ser determinada pelo médico. Respeite as doses e o intervalo entre elas.
Se a criança tiver mais de 3 meses, você pode administrar paracetamol infantil a cada 4 a 6 horas. O ibuprofeno pode ser dado a bebês com mais de 6 meses, a cada 6 a 8 horas. Não dê ibuprofeno se o bebê tiver menos de 6 meses de idade.
Se a febre não baixar em até uma hora depois de administrar o remédio, o bebê deve ser visto pelo médico de família ou pediatra.
Quando devo levar meu bebê imediatamente ao médico?É indicado levar o seu bebê imediatamente ao médico de família, pediatra, ou mesmo em um serviço de emergência, se:
- O seu bebê tem menos de 3 meses de vida;
- A febre se mantiver por mais de 24 horas de duração;
- Se a febre ultrapassar 39,0ºC;
- Houver rigidez de nuca (pescoço rígido);
- O seu bebê recusar o leite materno ou mamadeira (perda de apetite);
- Você perceber que o bebê está dormindo mais que o normal;
- O bebê estiver chorando muito ou estiver muito irritado quando acordado;
- Houver manchas vermelhas, pintinhas ou bolhas na pele (erupções cutâneas);
- O bebê está sempre gemendo ou choramingando;
- O bebê chora muito ou fica muito tempo parado sem demonstrar reações;
- Você perceber que o bebê tem dificuldade para respirar;
- Houver sinais de desidratação: ausência de lágrimas, boca seca e eliminação de pouca ou nenhuma urina (notada pela fralda seca);
- O bebê não aceita alimentar-se por mais de 3 refeições;
- O bebê se tornar apático, fica muito quieto, diferente do seu habitual;
- Nos bebês maiores, se não conseguirem ficar de pé ou caminhar;
- E na presença de convulsão.
Se o seu bebê começar a se debater, o que chamamos de convulsão, tente manter a calma. Proteja a cabeça do seu bebê com um travesseirinho ou lençol, tente deixá-lo mais de lado e espere a convulsão passar. Logo após, coloque o bebê deitado de lado, mantenha a cabeça protegida e retire chupeta ou alimentos da boca e peça ajuda.
O seu bebê não se sufocará com a língua.
As convulsões causadas pela febre duram aproximadamente 20 segundos e não se repetem se a temperatura se mantiver estável.
Nestes casos, é indicado comunicar-se com o SAMU 192 ou levar à uma emergência.
Qual a temperatura normal do bebê? Quando é considerada febre?A temperatura normal do bebê, medida na axila, varia de 35,5 °C a 37,5°C. Esta temperatura pode variar ligeiramente ao longo do dia. A temperatura corporal geralmente é mais baixa ao acordar e mais alta à tarde e à noite.
Considera-se que o bebê está com febre se a temperatura for igual ou superior a 37,8°C. Na maioria dos casos, a febre é sinal de alguma infecção por vírus, bactérias ou fungos.
Se o bebê tiver febre alta (acima de 39ºC) ou persistente, deve ser levado a um pediatra. Bebê entre 3 e 6 meses com uma temperatura de 38,0°C ou superior também deve ser avaliado pelo médico.
Não conclua que o bebê está com febre se sentir calor tocando em sua testa. É necessário realizar uma medição precisa da temperatura com um termômetro para determinar se criança tem febre e se possível, anotar as medidas para levar os valores na avaliação médica.
Nunca dê remédio de adulto para um bebê, ainda que sejam doses bem menores.
Não dê medicamentos para febre ao seu bebê sem orientação médica e confirme se o medicamento é infantil verificando a embalagem e a bula.
Referência
Sociedade Brasileira de Pediatria.
Ainda não há comprovação científica no Brasil, quanto a excreção de nimesulida® no leite materno, por isso, a medicação é contraindicada para mulheres que estão amamentando.
Pela FDA (Food and Drug Administration), agência federal do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos, o medicamento é considerado altamente contraindicado durante a amamentação, pelo risco de toxicidade hepática para o bebê.
A Nimesulida® tem ação analgésica, anti-inflamatória e antipirética (reduzir a febre), ações que podem ser efetuadas por outros medicamentos, considerados seguros nessa fase da mulher, como por exemplo o ibuprofeno®.
Portanto, recomendamos procurar seu médico ginecologista, ou pediatra, que poderá dependendo do seu problema, prescrever outro anti-inflamatório ou analgésico seguro para mãe e bebê.
Contraindicações de nimesulidaNimesulida é contraindicado em casos de:
- Alergia à nimesulida ou qualquer outro componente da fórmula;
- Pessoas com idade inferior a 12 anos;
- Histórico de reações alérgicas ao ácido acetilsalicílico (AAS) ou a outros anti-inflamatórios;
- Pessoas com úlcera péptica ativa, úlceras recorrentes ou hemorragias digestivas;
- Portadores de distúrbios de coagulação;
- Mulheres grávidas ou que estão amamentando;
- Pessoas com insuficiência cardíaca grave;
- Portadores de insuficiência renal e/ou hepática.
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