Após um Infarto agudo do miocárdio, os principais cuidados que se deve ter, são:
- Evitar exercícios físicos intensos, ou levantar pesos;
- Iniciar o quanto antes o processo de REABILITAÇÃO (orientado pelo/a médico/a que o acompanha);
-
Mudança de hábitos de vida;
- Interromper hábitos sabidamente prejudiciais, como tabagismo e alcoolismo,
- Praticar atividade física, orientada, com regularidade,
- Manter alimentação saudável,
- Manter controle rigoroso de doenças preexistentes como diabetes, hipertensão e colesterol alto,
- Evitar estresse e ansiedade, mesmo que necessite de medicação para este resultado.
Os objetivos médicos após um episódio de um infarto, são basicamente: melhorar a capacidade física e laborativa do paciente o quanto antes, reduzir os riscos de um novo evento e melhorar a qualidade de vida e hábitos do paciente. Portanto, existem hoje testes e critérios bem consolidados para que esses objetivos sejam alcançados de forma precoce. A equipe médica saberá te orientar a cada cuidado.
O processo de reabilitação pode ser apontado como um cuidado fundamental após um infarto. Estudos comprovam que quando realizado de forma correta, reduz consideravelmente os riscos de um novo infarto. O processo pode variar um pouco entre os serviços, entretanto a grande maioria opta por dividir em três fases, aonde a primeira fase se inicia ainda na internação, com movimentação leve, passiva dos músculos e exercícios respiratórios.
Após o 7º dia, a atividade física do paciente vai aumentando gradualmente e ele é então submetido a um teste de esforço, dependendo do caso, para calcular o risco de sofrer novamente um infarto durante os próximos meses. O mesmo teste também serve para determinar o quanto a pessoa pode se esforçar após a alta. E então dá início a segunda fase de reabilitação, que deve levar em média 3 meses.
Após 3 meses de infarto, com boa resposta ao tratamento proposto, os exercícios podem ser alterados e intensificados.
Sofri um infarto. Quando vou ter alta hospitalar?Em casos menos graves, a pessoa costuma receber alta 3 a 4 dias depois do evento, e em geral, pode voltar às suas atividades cotidianas depois de 1 mês.
Normalmente, nos primeiros dias após a alta, recomenda-se um nível de esforço físico leve. Ao realizar uma atividade, o nível de cansaço deve ficar entre 2 e 3, numa escala considerada de zero a 10. Contudo, isso pode variar de pessoa para pessoa.
Muitas vezes a caminhada é o primeiro exercício a ser indicado depois do infarto. Além de caminhar, o paciente também poderá realizar tarefas domésticas, como fazer compras, lavar, pendurar e passar roupa, jardinagem, ou qualquer outra em que a atividade não exija esforço.
Com o tempo, a resposta ao tratamento e orientações, será liberado para mais tarefas.
Como prevenir um novo infarto?Durante um tempo prolongado, são indicados medicamentos como aspirina, betabloqueador e estatina como prevenção de novo episódio, além das medicações para controle rigoroso das doenças associadas, principalmente hipertensão e diabetes.
Contudo, a melhor forma de prevenir um novo ataque cardíaco é mudar o estilo de vida. Dentre as medidas indicadas estão: não fumar, evitar bebidas alcoólicas, perder peso quando necessário, praticar exercícios físicos regularmente, manter boa alimentação e controlar os níveis de colesterol, a pressão arterial e o diabetes
Pacientes que apresentam um risco maior de sofrer novos infartos, como os que apresentam sintomas como dor no peito, podem necessitar de cirurgia de revascularização do miocárdio ou angioplastia.
O médico cardiologista é o especialista responsável pelo acompanhamento após o infarto e deverá indicar o que fazer em cada caso.
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Ponte de safena é uma técnica cirúrgica de revascularização do miocárdio (músculo do coração). Quando uma pessoa apresenta obstrução crítica das artérias coronárias, que saem da artéria aorta e irrigam o miocárdio, pode ser necessário realizar a cirurgia de ponte de safena para restabelecer o fluxo sanguíneo. Se a irrigação sanguínea do músculo cardíaco não for restabelecida, a pessoa pode sofrer um infarto.
A cirurgia de revascularização do miocárdio consiste na implantação de um enxerto de vaso sanguíneo entre as artérias aorta e coronária. O enxerto permite melhorar o fluxo sanguíneo para o coração, criando uma nova rota ou desvio em torno de uma seção bloqueada ou danificada da artéria.
Para tal, podem ser utilizados alguns vasos sanguíneos, como a veia safena (retirada da perna), a artéria mamária e a artéria radial (retirada do punho).
A escolha do tipo de vaso utilizado na cirurgia de ponte de safena depende das coronárias e em quais pontos elas estão obstruídas. Essa informação geralmente é fornecida pelo exame de cateterismo cardíaco.
Usualmente, é necessário utilizar mais de um vaso para o restabelecimento do fluxo sanguíneo. Por isso, algumas pessoas dizem ter "duas safenas e uma mamária", referência aos vasos que foram utilizados para tal. Para alguns pacientes, é a única forma de restabelecer o fluxo sanguíneo ao miocárdio.
A cirurgia é feita pelo cirurgião cardíaco e, na maioria dos casos, requer circulação extracorpórea e recuperação pós-operatória em unidade de terapia intensiva (UTI).
Como é feita a cirurgia de ponte de safena?O paciente deve estar em jejum absoluto, inclusive de líquidos, a partir da meia-noite da noite anterior ao dia da operação.
Antes da cirurgia de ponte de safena a pessoa recebe uma anestesia geral, permanecendo inconsciente e sem sentir dor durante o procedimento.
Assim que a pessoa estiver inconsciente, o cirurgião cardíaco realiza um corte de 20 cm a 25 cm no centro do tórax. O osso esterno é separado para criar uma abertura, permitindo que o que o cirurgião veja o coração e a artéria aorta.
A seguir, o cirurgião pega uma veia ou uma artéria de outra parte do corpo e a utiliza para fazer um desvio ou enxerto ao redor da área obstruída da artéria. Um dos vasos sanguíneos usados é a veia safena da perna. Para alcançar essa veia, é feita uma incisão (corte) na parte interna da perna, entre o tornozelo e a virilha.
Depois, uma extremidade do enxerto é suturada na coronária e a outra é suturada numa abertura feita na aorta.
Após a colocação do enxerto, o esterno é fechado com fios que permanecem dentro do corpo. A incisão cirúrgica é fechada com pontos.
A cirurgia de ponte de safena pode ter um tempo de duração de 4 a 6 horas. Após o procedimento, o paciente é levado à unidade de terapia intensiva (UTI).
A artéria mamária interna, localizada no peito, também pode ser usada como enxerto. Nesse caso, uma extremidade dessa artéria já está conectada a um ramo da aorta. A outra extremidade é fixada na artéria coronária.
O enxerto da cirurgia de revascularização do miocárdio também pode ser obtido a partir da artéria radial, localizada no punho.
A maioria das pessoas submetidas à cirurgia de ponte de safena fica conectada a um sistema de circulação extracorpóreo. Enquanto a pessoa está conectada à máquina, o coração para.
O sistema de circulação extracorpóreo faz o trabalho do coração e dos pulmões enquanto o coração está parado durante a cirurgia. A máquina fornece oxigênio ao sangue, remove gás carbônico da circulação e faz o sangue circular pelo corpo.
Contudo, há cirurgias de ponte de safena em que não se utiliza o sistema de circulação extracorpóreo. Nesses casos, o procedimento é feito com o coração batendo.
Como é a recuperação após a cirurgia de ponte de safena?Após a cirurgia de ponte de safena, a pessoa permanece no hospital durante 3 a 7 dias. A primeira noite é passada numa unidade de terapia intensiva (UTI). Após 24 a 48 horas, o paciente geralmente é transferido para a enfermaria.
A pessoa pode ter 2 ou 3 sondas no peito para drenar o líquido da área do coração, que normalmente são removidos 1 a 3 dias depois da cirurgia.
Também podem ser colocados um cateter na bexiga para drenar a urina, além de.vias intravenosas drenar líquidos. Podem estar conectados pequenos fios a um marcapasso, que serão removidos antes da pessoa ter alta.
Em geral, leva de 4 a 6 semanas para a pessoa começar a se sentir melhor após a cirurgia de ponte de safena. Porém, o retorno a algumas atividades e o programa de reabilitação cardíaca podem ter início após alguns dias. O retorno ao trabalho, desde que não exija esforço físico, pode ocorrer dentro de 4 a 6 semanas.
O cirurgião cardíaco é o especialista responsável pela indicação e realização da cirurgia de ponte de safena.
Para baixar o colesterol é necessário adotar uma dieta pobre em gorduras animais e rica em fibras, realizar atividade física regularmente e, em alguns casos, usar medicamentos prescritos pelo médico.
Uma dieta para colesterol alto deve contemplar alimentos ricos em fibras e gorduras vegetais. Os alimentos com gordura de origem animal devem ser evitados. O objetivo da dieta para baixar o colesterol é diminuir os níveis de mau colesterol (LDL) e aumentar os níveis do bom colesterol (HDL).
Diminuir o consumo de:- Produtos de origem animal, principalmente miúdos (coração, fígado, miolos);
- Leite integral e seus derivados, como manteiga, queijos (quanto mais amarelo mais gordura), creme de leite e iogurtes;
- Embutidos e frios como presunto, bacon, salsichas e linguiças;
- Frutos do mar como camarão, ostra, marisco e polvo;
- Alimentos com gordura trans como sorvetes cremosos, chocolates, margarinas, biscoitos recheados, nuggets e bolos industrializados;
- Frituras, carne de porco, carne vermelha;
- Alimentos ricos em fibras como aveia, soja, cereais, grão-de-bico, feijões e grãos;
- Frutas (com casca, sempre que possível) e verduras;
- Leite e iogurte desnatados;
- Queijos magros, como ricota e cottage;
- Frango (sem pele) e peixe;
- Sementes de linhaça;
- Azeite (moderadamente).
Além da dieta, é importante realizar atividade física aeróbica regularmente, como caminhadas, natação, hidroginástica e bicicleta. A perda de peso também é indicada, quando necessário.
O que é o colesterol e para que serve?O colesterol é um tipo de gordura. A presença do colesterol no organismo humano é importante para a produção de hormônios, da vitamina D e de ácidos da vesícula biliar. Além disso, ele também faz parte da composição das membranas das células e de alguns processos celulares.
No entanto, em alguns grupos populacionais, quando há acumulo e aumento de colesterol no sangue, sobretudo o LDL, torna-se um fator de risco muito importante para doenças cardiovasculares.
Para saber como baixar o colesterol através da dieta, consulte um clínico geral, um médico de família ou um nutricionista.
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O tratamento para hipotensão arterial depende da causa da hipotensão, das características e da gravidade dos sintomas apresentados pelo paciente. Pessoas com hipotensão arterial que não manifestam sintomas e não possuem nenhuma doença de base, não precisam de tratamento.
Quando o tratamento é necessário, existem medidas a serem tomadas e diversos grupos de medicamentos capazes de aumentar ligeiramente a pressão arterial, afim de aliviar os sintomas da hipotensão arterial e prevenir complicações maiores, como queda da própria altura.
Podemos citar alguns dos medicamentos usados:
-
Simpaticomiméticos (epinefrina, metilsulfato de amezínio, midodrina, norfenefrina, foledrina e oxilofrina)
- São frequentemente usados por causar o aumento do retorno venoso ao coração, estimulando o batimento cardíaco. Entre os possíveis efeitos colaterais estão: taquicardia, transtornos na micção e alterações do ritmo cardíaco;
- Fludrocortisona: Atua nos rins, prevenindo que sal e água sejam eliminados, levando assim a um aumento do volume de sangue e consequentemente da pressão arterial
- É utilizado sobretudo em pacientes com hipotensão ortostática;
- Diidroergotamina: É um vasoconstritor que causa vasoconstricção, melhorando assim o retorno sanguíneo ao coração e prevenindo os sintomas de hipotensão ao se levantar
- Está indicada principalmente em casos de hipotensão ortostática;
- Eritropoietina: Estimula a maturação dos glóbulos vermelhos na medula óssea, que são as células responsáveis pelo transporte de oxigênio no sangue. Pode diminuir os sintomas da hipotensão ortostática grave.
No entanto, todos os tratamentos para hipotensão arterial que envolvem medicamentos, podem causar efeitos colaterais indesejáveis, como hipertensão arterial, por exemplo. Assim, recomenda-se tentar primeiro reduzir os sintomas da hipotensão arterial sem medicamentos.
Algumas medidas que podem ajudar a controlar os sintomas em casos de queda brusca da pressão arterial são:
- Deitar-se numa posição confortável;
- Elevar os pés, de maneira que fiquem mais altos que o coração e a cabeça;
- Ingerir bastante líquido com pequenos goles, dando preferência aos sucos, no caso de estar sem comer nada há muito tempo;
- Evitar o jejum e exposição solar em excesso.
Se essas medidas não aliviarem os sintomas em 15 minutos, a pessoa deve ser levada para um hospital rapidamente.
O tratamento da hipotensão arterial é da responsabilidade do médico cardiologista.
Saiba mais em: Pressão baixa na gravidez é normal? Quais os sintomas e o que fazer?
Precisa ir a um médico. As principais causas para dores no peito (dor torácica) são causas de origem cardíaca, como angina ou infarto, no entanto, diferentes situações também podem causar esse conjunto de sintomas como problemas gastrointestinais, pulmonares, musculoesqueléticos ou mesmo psiquiátricos, como transtornos de ansiedade.
A dor no peito que se origina no coração é geralmente causada pela doença coronariana, que leva a isquemia cardíaca, presente em doenças como a angina estável, angina instável ou infarto agudo do miocárdio. A dor pode acometer a região central do tórax ou ser difusa por toda a região torácica.
Outras doenças cardíacas também podem causar dor no peito entre elas a pericardite, miocardite e dissecção aguda de aorta. Para o diagnóstico adequado é essencial a avaliação de um médico.
Quais são as características da dor no peito de origem coronariana?Uma característica importante da dor de origem coronariana (angina) é que ela pode irradiar para outras áreas do corpo, como braços, costas, mandíbula, pescoço ou região do estômago.
A dor coronariana é uma dor em aperto, pressão, peso ou queimação e dura de 5 a 20 minutos, mas em caso de infarto agudo do miocárdio é possível que a dor dure até 30 minutos.
A dor anginosa pode ser desencadeada por esforço físico ou estresse emocional. Outros sintomas também podem estar presentes como falta de ar, palpitações, sudorese intensa, náuseas ou vômitos e palidez.
Por isso quando a dor apresenta essas características é essencial procurar um serviço médico de urgência, já que pode tratar-se de infarto.
Quais são as causas de dor no peito não cardíacas?São inúmeras as causas de dor no peito que podem ter origem em outros órgãos e áreas do organismo e se refletirem no tórax. Entre elas destacam-se.
- Doenças gastrointestinais: Doença do refluxo gastroesofágico, esofagite, espasmo esofágico.
- Doenças pulmonares: tromboembolismo pulmonar, infecções, tumores, sarcoidose, hipertensão pulmonar, pneumotórax, derrame pleural.
- Causas musculoesqueléticas e reumatológicas: dor miofascial, costocondrite, fibromialgia, artrite reumatoide, espondilite anquilosante, neoplasias, lúpus.
- Causas psicogênicas: Distúrbios de ansiedade,depressão, transtorno hipocondríaco.
Para o correto diagnóstico é necessário uma avaliação médica, só assim é possível definir o melhor tratamento possível.
Pode ser Taquicardia. A taquicardia, popularmente conhecida por palpitações, é o aumento da frequência cardíaca, o que pode ser consequência de diversas doenças, embora a causa mais comum atualmente seja a ansiedade ou alterações emocionais.
O que é a taquicardia?A taquicardia consiste no aumento do número de batimentos cardíacos em um minuto, a frequência cardíaca. O valor considerado normal para a maioria da população está entre 60 e 100 batimentos por minuto (bpm), portanto, quando a frequência estiver acima de 100 bpm, significa taquicardia.
Para saber qual é a sua frequência cardíaca, basta palpar o pulso do punho ou do pescoço, após se manter em repouso por alguns minutos, colocando as pontas dos dedos médio e indicador, levemente, sobre o pulso, e contar durante um minuto os batimentos.
Vale ressaltar que o mais fidedigno é mesmo contar com calma durante o minuto inteiro, contar por 15 segundos ou 30 e depois multiplicar pode não ser confiável, porque nem sempre a frequência é regular.
Nas situações de ansiedade, febre, entre outras menos graves, a frequência não costuma ultrapassar 140 bpm. Nos casos de sepse e fibrilação atrial, a frequência ultrapassa os 200 batimentos, impossibilitando a contagem manual.
Inclusive, a fibrilação atrial é a frequência aumentada e descompassada do coração, ou seja, o coração bate de maneira irregular, podendo acumular sangue dentro do coração, com formação de coágulos, aumentando consideravelmente o risco de parada cardíaca e/ou tromboembolismo (maior risco de infarto do coração e de acidente vascular cerebral - AVC).
Portanto, nos casos de suspeita de sepse ou fibrilação atrial, doenças consideradas emergências médicas, o serviço de urgência deverá ser chamado imediatamente.
Leia também: O que é arritmia?
Causas de taquicardia?Diversas são as situações que podem causar taquicardia, as mais comuns são:
- Ansiedade
- Anemia
- Febre, Sepse
- Fibrilação atrial
- Exercício físico
- Ingestão de cafeína (presente em café, chá, refrigerantes)
- Tabagismo
- Uso de outras drogas, especialmente cocaína
- Hipertireoidismo
- Uso de certos medicamentos
- Desidratação, entre outras.
Devido a grande quantidade de causas existentes para o sintoma de palpitação, e sabendo que algumas são de alto risco para a saúde, recomendamos que na presença desses sintomas, procure sempre um médico clínico geral ou médico de família para avaliação e orientações adequadas.
A pressão 10x7 se for acompanhada de sintomas pode ser considerada baixa. No entanto, se não causar sintomas e se for habitual, também pode ser considerada normal.
Uma situação bastante comum é a diminuição da pressão ao levantar-se após acordar/estar deitado ou ao abaixar para pegar algo do chão. Isso se chama hipotensão ortostática ou postural e pode causar tonturas e alterações da visão ao levantar rapidamente. Essa é uma situação completamente normal e que passa em alguns segundos.
Outra situação é os sintomas persistirem durante o dia. É provável que isso se deva ao fato da pressão permanecer baixa. Nesses casos, os sintomas são:
- Tonturas;
- Sensação de fraqueza;
- Visão turva ou escurecida.
Se identificar que tem pressão 10x7 e que apresenta este tipo de sintomas ao longo do dia, é recomendo procurar o médico de família, um clínico geral ou um cardiologista para investigar o que pode estar causando o problema.
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- Pressão baixa na gravidez é normal? Quais os sintomas e o que fazer?
- Qual o tratamento para hipotensão arterial?
Referências:
Thompson AD, Shea MJ. Hipotensão ortostática. Manuais MSD Edição para Profissionais.
Coutaz M, Iglesias K, Morisod J. Is there a risk of orthostatic hypotension associated with antihypertensive therapy in geriatric inpatients? European Geriatric Medicine. 2012; 3(1): 1-4.
O excesso de gordura no fígado é denominado Esteatose Hepática, ou doença hepática gordurosa (DHG). Para eliminar essa gordura é preciso identificar o que está causando esse acúmulo no fígado.
As causas mais comuns são a obesidade, diabetes, colesterol aumentado e hipertensão arterial. O consumo excessivo de álcool e outra doenças crônicas como o hipotireoidismo e a síndrome dos ovários policísticos, também são causas frequentes.
Portanto, o tratamento para esteatose hepática consiste em:
- Iniciar dieta adequada (orientada por nutricionista ou nutrólogo);
- Prática de exercícios físicos regularmente;
- Mudança de hábitos e vida e
- Tratamento das doenças responsáveis por esse acúmulo de gordura.
Vale lembrar que o uso de bebida alcoólica é totalmente contraindicado para portadores de esteatose hepática. Seja qual for a causa, o álcool prejudica ainda mais a função do fígado, aumentando o risco de complicações da doença, que pode evoluir para cirrose e/ou câncer hepático.
O médico hepatologista é o responsável pela avaliação, tratamento e acompanhamento das doenças no fígado.
4 passos que você pode começar imediatamenteA dieta deve ser orientada por um nutricionista, atendendo às necessidades específicas para cada pessoa.
Contudo, antes mesmo da avaliação nutricional, para obter um bom resultado, você deve iniciar o tratamento seguindo os 3 passos descritos abaixo:
1. Dieta para reduzir a gordura no fígadoPrefira como fonte de carboidratos: Alimentos integrais, como farelos, pães, biscoitos, leguminosas, devido a maior quantidade de fibras solúveis. As fibras solúveis são fundamentais no tratamento da esteatose hepática, porque tem a capacidade de se unir à glicose e aos lipídeos presentes no bolo alimentar, dificultando a sua absorção;
Inclua legumes e verduras: Em todas as refeições inclua ao menos uma porção de legumes e verduras (principalmente os folhosos como alface, rúcula, agrião, espinafre, brócolis e couve flor);
Consuma mais leguminosas: Como feijão, ervilhas, grão de bico, lentilhas e soja;
Aumente o consumo de frutas diariamente: Optando por frutas com menor quantidade de açúcar, como abacaxi, maçã e frutas vermelhas;
Leite e derivados devem ser desnatados e ou com o menor teor de gordura possível. Os queijos ricota e cottage são os mais aconselhados;
Evite doces e alimentos ricos em açúcar, reduzindo assim os níveis de triglicerídeos no sangue, o que pode agravar ainda mais a esteatose hepática;
Evite gordura e frituras. Procure preparar os alimentos no forno ou grelhados.
2. Prática de atividades físicasA recomendação de atividades físicas, com bons resultados, devem ser de no mínimo 30 minutos por dia, pelo menos 5 vezes na semana. A escolha do exercício é uma escolha pessoal, mas que deve levar em conta uma avaliação profissional, para adequar a melhor opção caso a caso.
O mais importante é que seja um atividade prazerosa, aumentando as chances de uma boa adesão e boa resposta.
A perda de 3 a 5% do peso corporal em 6 meses, melhora consideravelmente os casos de esteatose leve a moderada. Para um caso mais grave, esse valor deve ser de 10% ou mais.
3. Mudança de hábitos de vidaOs principais motivos de acúmulo de gordura, estão intimamente relacionados aos hábitos de vida. Por isso é fundamental uma reavaliação e mudanças no que considera ruim, ou no que for solicitado pela equipe médica.
O tabagismo, sedentarismo e consumo de bebidas alcoólicas são extremamente desaconselháveis, assim como a alimentação gordurosa.
As doenças crônicas devem ser devidamente acompanhadas pelo médico da família, ou clínico geral, para que não chegue a uma complicação grave como a esteatose, por uso inadequado das medicações do dia a dia.
4. Tratamento das doenças responsáveis por esse acúmulo de gorduraEnquanto a doença de base não for tratada, o acúmulo de gordura poderá retornar, ou até não se modificar embora todas as outras medidas estejam sendo praticadas. Por isso passo deve ser procurar um médico clínico geral ou hepatologista para dar início ao tratamento da causa desse problema.
Tratamento de gordura no fígadoO tratamento definitivo da gordura no fígado, inclui além das medidas alimentares e de estilo de vida saudável, o tratamento da doença de base, ou seja, o que causou esse acúmulo de gordura nas células do fígado.
As causas mais comuns são: Obesidade, colesterol aumentado, diabetes e hipertensão arterial. Existem ainda as doenças e síndromes onde a esteatose hepática faz parte dos sinais e sintomas encontrados (hepatite C, hipotireoidismo, síndrome dos ovários policísticos e síndrome da apneia do sono) e o uso crônico de medicamentos (amiodarona®, tamoxifeno®, corticosteroide®, estrogênio® e esteroides anabolizantes).
Para cada caso existe um tratamento específico que será determinado pelo médico hepatologista ou médico da família que o acompanha.
ObesidadeEssa é a causa mais comum para o acúmulo de gordura no fígado, é preciso iniciar as medidas gerais, com dieta orientada e prática de exercícios, além da avaliação de medicamentos e cirurgia bariátrica. Opções que cabe ao médico endocrinologista junto com o cirurgião avaliar.
A medida de IMC (índices de massa corpórea), fatores de risco e condições de saúde do paciente, são os elementos que direcionam esse tratamento.
Colesterol aumentadoPara o controle do colesterol, além das medidas dietéticas e mudanças de hábitos, podem ser prescritos medicamentos que auxiliam nessa redução. A estatina® é a medicação mais utilizada para esse fim.
Diabetes mellitusA diabetes é uma doença que apesar de não ter cura, tem tratamentos cada vez mais avançados, com a vantagem de bons resultados e menos efeitos colaterais. Pode ser tratada inicialmente apenas com dieta e atividades físicas, e nos casos mais avançados ou mais resistentes, com medicamentos hipoglicemiantes (metformina®, forxiga®, galvus®, entre outros) ou Insulina®.
Sendo assim, o principal é manter o acompanhamento regular com médico endocrinologista e usar a medicação de forma correta.
Hipertensão arterialA hipertensão arterial também é uma doença crônica, que exige que o tratamento seja seguido rigorosamente, com uso do medicamento todos os dias, sem esquecimento, e acompanhamento médico, para evitar oscilação da pressão e complicações por esse motivo.
Saiba mais no link: Qual o tratamento e prevenção para hipertensão arterial?
Hepatites viraisAs hepatites são infecções virais que acometem as células do fígado, causando danos e substituindo por gordura. O tratamento depende do tipo de vírus e gravidade, devendo ser avaliado pelo médico hepatologista, caso a caso.
A hepatite B e C são as mais associadas à esteatose hepática.
HipotireoidismoO hipotireoidismo é uma doença autoimune, onde a produção dos hormônios da tireoide é deficiente. O tratamento consiste em repor esses hormônios através de medicamentos orais. O controle das taxas hormonais resolve por completo o acúmulo da gordura, quando for esse o motivo da doença. O médico endocrinologista é o responsável por esse tratamento.
Síndrome dos ovários policísticos (SOP)A SOP é um distúrbio hormonal, aonde uma dos principais sintomas é a obesidade, por isso, a presença da esteatose hepática não é incomum. O tratamento é baseado em controle e equilíbrio hormonal com anticoncepcionais, e tratamento dos sintomas que aparecem.
O médico ginecologista é o responsável pelo diagnóstico, tratamento e acompanhamento da síndrome.
Síndrome da apneia do sonoOs transtornos do sono, como a apneia do sono (pausas na respiração durante o sono), é mais uma situação que cursa com o acúmulo de gordura no corpo, e pode ser curado com o tratamento adequado. Nos casos mais leves, a dieta, prática de atividades físicas e alguns ajustes de posicionamento e higiene do sono resolvem o problema. Outros casos podem precisar de um aparelho para auxiliar na respiração enquanto dormem, o CPAP (pressão positiva contínua das vias aéreas).
O médico especialista no sono (neurologista, otorrinolaringologista ou pneumologista) saberão definir a melhor orientação para cada caso.
Saiba mais no link: Apneia do sono tem cura? Qual o tratamento?
Uso de medicamentos (amiodarona®, tamoxifeno®, corticosteroide®, estrogênio® e esteroides anabolizantes)Se for observado o uso de medicamentos como possíveis causadores da esteatose, deverá ser discutido com o médico que o prescreve, a possibilidade de troca da medicação ou ajuste de doses. Claro que dependerá do que vem tratando, dos riscos e benefícios dessa mudança.
Cabe aos médicos decidirem a opção mais acertada.
Existe algum remédio para gordura no fígado?Sim, existem alguns remédios indicados, principalmente em casos mais avançados de gordura no fígado, porém sem um consenso bem definido pelos médicos especialistas.
Vitamina EA vitamina E, é um dos medicamentos propostos por grupos de médicos especialistas, mas apenas para pacientes com a doença confirmada por biópsia ( exame que nem sempre é necessário). No entanto, existem efeitos colaterais indesejados, além disso, não há evidências para essa recomendação em pacientes diabéticos ou cirróticos.
Pioglitazona®A pioglitazona®, outra medicação que pode ser usada para tratar esteatose associada a hepatite, com comprovação por biópsia. O seu uso está associado a melhora da inflamação e queda das taxas das enzimas produzidas no fígado. Entretanto, também não foi testada para pacientes com diabetes, portanto, a segurança e eficácia a longo prazo para o uso nesses pacientes não está estabelecida, não sendo indicada.
Outros hipoglicemiantes como a Metformina® tem resultados controversos, por isso seu uso é discutível.
Estatinas®Já as estatinas® podem ser consideradas como uma boa opção de tratamento, principalmente para aqueles com níveis de colesterol aumentado, com objetivo de reduzir os riscos de doenças cardiovasculares.
Ômega 3Alguns trabalhos mostraram benefícios do ômega 3 nos casos de esteatose, mas não de suas complicações, como a esteato-hepatite.
O uso de medicamentos prebióticos, probióticos e suplementos ainda não apresentam dados científicos que suportem a sua recomendação no tratamento da esteatose.
Cuidado com os remédios caseirosO melhor tratamento caseiro é mesmo o aumento da ingesta de água e seguir as orientações alimentares de um profissional dessa área, o nutricionista.
Especialistas comprovam que o uso de produtos "naturais" vem crescendo em larga escala, devido a crença de que sendo naturais não teriam efeitos colaterais, entretanto, já foram comprovados diversos casos de hepatite medicamentosa pelo uso de chás e ervas medicinais.
Portanto, recomendamos que não faça uso de nenhum produto, mesmo que pareça inofensivo, antes de informar e ser esclarecido pelo médico de família ou hepatologista.
Como eliminar a gordura no fígado de maneira rápida?Para acelerar o tratamento, uma forma é informar ao profissional do esporte que o acompanha, de que teve esse diagnóstico. Sabendo da esteatose hepática, o profissional poderá planejar um treino mais direcionado para aumento de perda calórica, de forma segura e adequada para cada pessoa.
Outra maneira é consultar um médico nutrologista, que poderá acrescentar um tratamento específico, medicamentoso, para o seu caso.
Vale ressaltar, que a esteatose hepática se não tratada de maneira correta, pode evoluir para cirrose ou câncer de fígado. Doenças graves, potencialmente fatais.
Por isso, se recebeu esse diagnóstico, comece o quanto antes o seu tratamento, siga rigorosamente as orientações do seu médico e nutricionista, para evitar prejuízos irreparáveis na sua saúde.