Observar os tipos de fezes e a sua consistência – forma de fita, em pedaços ou esfarelando, se são grossas ou compridas – pode ajudar você a entender como está a sua saúde gastrointestinal.
Os tipos de fezes indicam se o seu intestino está funcionando de forma lenta ou acelerada, se você está ingerido pouca quantidade de fibras e/ou água na alimentação, presença de carboidratos, gases e gordura.
1. Fezes em fitaFezes finas e compridas semelhantes à uma fita podem ser um sinal de síndrome do intestino irritável ou de câncer do cólon, especialmente se vierem acompanhadas de sangramento.
No caso da síndrome do intestino irritável, os movimentos intestinais se alteram e o intestino passa a produzir muito muco. Por este motivo, as fezes tomam o formato de fitas semelhantes a serpentina.
As fezes finas e estreitas também podem ser um sinal de câncer de cólon. Entretanto, não é preciso assustar-se de imediato. Além do formato em fita, outros sintomas como coceira anal, sangue nas fezes e perda de peso inexplicável precisam estar associados.
Se você observa que suas fezes têm formato de fita, procure o/a médico/a de família, clínico/a geral ou gastroenterologista.
2. Fezes em pedaços ou esfarelandoFezes separadas em pedaços, moles, de bordas bem definidas e fácil evacuação são comuns em pessoas que evacuam de 2 a 3 vezes ao dia, o que geralmente ocorre após a ingestão de grandes refeições.
Nestes casos, este tipo de fezes não necessariamente indicam irregularidade e são consideradas normais.
Entretanto, se as bordas do cocô não forem regulares e bem definidas e se boiarem podem indicar que seu intestino está funcionando de forma muito acelerada e que há gases em excesso no intestino. Além disso, pode indicar a presença de gorduras e carboidratos nas fezes.
Fezes em pedaços podem ser consideradas um tipo de diarreia, entretanto ajustes na alimentação podem normalizar o funcionamento intestinal e o formato das fezes.
O/a médico/a de família e o/a nutricionista são profissionais mais indicados para diagnosticar a causa das fezes em pedaços ou esfarelando e para orientar o melhor tratamento.
3. Fezes líquidasEvacuações com fezes líquidas e sem nenhum pedaço sólido são chamadas diarreia. Estas evacuações podem ser acompanhadas de dor abdominal (dor de barriga), normalmente em cólicas, e podem provocar desidratação.
As diarreias são bastante comuns em crianças e idosos e são sintomas de doenças como:
Intolerância à lactoseA intolerância à lactose é definida pela incapacidade do organismo de digerir a lactose, um tipo de açúcar presente no leite e laticínios. Ocorre devido à deficiência de uma enzima digestiva chamada lactase.
Diarreia, cólicas, náuseas, flatulência (aumento na eliminação de gases) e distensão abdominal (inchaço no abdome) são os sintomas principais da intolerância à lactose.
O tratamento consiste na administração suplementos de lactase e em evitar leite e derivados, a exemplo do queijo e das manteigas. É importante consultar seu/sua médico/a de família, clínico/a geral ou gastroenterologista para o tratamento adequado.
Infecções intestinaisInfecções gastrointestinais provocadas por vírus ou bactérias tem como sintoma principal a diarreia. Pode ocorrer também náuseas, vômitos e dor abdominal.
Estes sintomas se manifestam como uma tentativa do organismo de eliminar o vírus ou a bactéria que está causando a infecção.
O tratamento das infecções intestinais consiste em repouso, aumento da ingestão de água ou soro caseiro e alimentação de fácil digestão como arroz, sopas, frutas sem casca. Nos casos de infecção bacteriana, pode ser indicado o uso de antibióticos.
Veja: Quais os sintomas de infecção intestinal?
O que posso fazer em casa para melhorar a diarreia?Em casos de episódios repetidos de diarreia é indicado utilizar o soro caseiro. A preparação ajuda a melhorar o quadro diarreico e prevenir e/ou reduzir a desidratação. Receita de soro caseiro:
- 1 copo de água filtrada ou mineral
- 2 colheres rasas de sopa de açúcar (equivalente a 20 gramas)
- 1 colher de chá de sal (equivalente a 3,5 gramas)
Atente para a medidas corretas durante o preparo do soro caseiro. Após o preparo, o soro caseiro tem validade de 24 horas e deve ser ingerido em pequenas quantidades.
Veja: Diarreia: o que fazer?
4. Fezes pastosas ou semi-líquidasFezes pastosas ou semi-líquidas com alguns pedaços moles misturados indicam que o funcionamento do seu intestino está muito acelerado. Este tipo de fezes é considerado diarreia.
O tempo reduzido de formação das fezes compromete a absorção pelo organismo de nutrientes e água e por este motivo se tornam pastosas ou semi-líquidas.
A ingestão de fibras na alimentação ajuda a regularizar o funcionamento intestinal e a melhorar a consistência das fezes.
5. Fezes com bolas agrupadasAs fezes com bolas agrupadas têm formato cilíndrico, porém são duras, de difícil eliminação e com bolas agrupadas que podem se soltar. Este tipo de cocô é o mais difícil e doloroso de ser eliminado, uma vez que é muito endurecido.
Além disso, são fezes grandes demais ou muito grossas que podem ser maiores do que o canal anal. Normalmente ocorre em pessoas com:
É caracterizada pela persistente dificuldade de evacuar e pela frequência inferior a 3 evacuações por semana. Além disso, a pessoa faz grande esforço para evacuar e se sente incapaz de esvaziar o intestino completamente.
As fezes são duras e de difícil eliminação. As causas mais comuns de prisão de ventre são o sedentarismo, dieta pobre em fibras e consumo de proteína animal em excesso.
A adoção de uma alimentação com alto teor de fibras (legumes, cereais integrais, frutas e verduras), aumento da ingestão de líquidos (em torno de 2 litros ao dia) e a prática de atividade física costumam trazer bons resultados para quem sofre de prisão de ventre.
Atraso ou retenção na evacuaçãoO hábito de não atender à necessidade de evacuar, quando ela ocorre, pode comprometer o funcionamento regular dos intestinos. Este hábito promove evacuação com bolas agrupadas, volumosas e de difícil excreção.
Para evitar que isto ocorra é importante não atrasar ou reter a evacuação e ir ao banheiro sempre que sentir vontade.
Fissura analA fissura ou úlcera anal consiste em uma laceração (rachadura) na região do ânus. Fezes volumosas, endurecidas e esforço ao evacuar são os sintomas principais de fissura anal. Pode ainda ocorrer sangramento durante ou após as evacuações.
O tratamento consiste na administração de medicamentos emolientes, que tornam as fezes mais macias e fáceis de eliminar, pomadas e banhos de assento.
HemorroidasHemorroidas consistem na presença de veias dilatadas e tortuosas na região inferior do reto e ânus.
O esforço repetitivo durante as evacuações, o trabalho pesado com esforço constante, gravidez e prisão de ventre são as causas mais comuns para o desenvolvimento de hemorroidas.
Pode ocorrer presença de nódulo na região anal, sangramento ao evacuar, prurido (coceira anal), dificuldade e dor ao evacuar, dor ao sentar ou andar, presença de secreção esbranquiçada nas fezes.
O tratamento consiste no uso de medicamento para dor, pomadas emolientes e banhos de assento. Em alguns casos é necessário a remoção cirúrgica da hemorroida.
A regulação intestinal para pessoas que eliminam fezes com bolas agrupadas é feita com a adoção de uma alimentação saudável, especialmente rica em fibras e cereais integrais, que estimule o bom funcionamento do intestino.
Pode ser necessário a realização de exames de sangue e/ou fezes, uso de probióticos e medicamentos com orientação nutricional e do/a médico de família, gastroenterologista ou proctologista.
6. Fezes em bolinhasCocô em bolinhas separadas, pequenas, duras e difíceis de sair podem indicar:
- Alterações na flora intestinal (ausência de bactérias boas);
- Deficiência de fibras na alimentação.
A ausência das bactérias boas e das fibras na sua alimentação reduzem a retenção de água nos intestinos. Isto faz com que a fezes fiquem duras, ressecadas, provoquem dor ao evacuar e podem levar ao sangramento anal.
Nestes casos, se recomenda:
- aumentar a ingestão de fibras: adotar uma alimentação equilibrada rica em frutas, verduras e cereais integrais;
- ingerir bastante água: para evitar que as fezes fiquem ressecadas pelo aumento da ingestão da quantidade de fibras.
As fezes amareladas são bastante comuns e podem ser um sinal de diversos problemas diferentes de saúde. É importante que você perceba também o formato e o cheiro das fezes quando elas apresentam a cor amarelada. Isto pode facilitar o diagnóstico feito pelo/a médico/a.
Uma alimentação rica em gordura, infeções intestinais, problemas no fígado, pâncreas e vesícula, giardíase (verminose) doença celíaca e uso de medicamentos são algumas das causas das fezes amareladas.
Se, junto com as fezes amareladas, você sentir febre, dor de cabeça, perda de peso, dor abdominal, sangue nas fezes ou barriga inchada, é importante buscar o/a clínico/a geral, médico/a de família ou gastroenterologista para efetuar um tratamento adequado.
8. Vermes nas fezesA presença de vermes nas fezes é um sinal claro de infecção por parasitas. Quando não há vermes visíveis, atente para outros sintomas de infecções por estes parasitas como:
- Barriga inchada;
- Dor abdominal;
- Gases em excesso;
- Diarreia alternada com constipação (prisão de ventre);
- Coceira no ânus;
- Cansaço sem razão aparente.
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Alimentos fibrosos e ricos em celulose como feijão, milho e vegetais são digeridos com mais dificuldade e podem, algumas vezes, ser encontrados nas fezes.
Atente se há perda de muitos pedaços de alimentos no cocô e se há diarreia constante e perda de peso.
O cocô normal tem uma consistência mole e macia com um formato definido semelhante a uma salsicha. A superfície pode ser lisa ou conter algumas rachaduras. Pode também se apresentar em pedaços moles.
Estes diferentes aspectos da superfície das fezes não indicam necessariamente que há alterações, uma vez que seu formato depende dos alimentos que você ingere.
A fezes normais não provocam dor ao evacuar e o ideal é que se evacue diariamente, embora a frequência da eliminação de fezes varie de acordo com a idade e hábitos de vida.
Esteja atento as suas fezesA maior parte das alterações na consistência das fezes indica problemas na alimentação que são facilmente tratados. No entanto, observar as fezes pode ajudar a diagnosticar mais precocemente algumas doenças gastrointestinais.
Observar as fezes diariamente é um hábito que ajuda a acompanhar a sua saúde gastrointestinal e é muito útil para o diagnóstico de doenças do sistema digestivo.
Se você apresentar alterações como diarreia, dor abdominal e sangramentos que duram mais de três dias, busque um serviço de saúde para atendimento médico.
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Diferentes doenças e condições podem causar manchas na língua. Leucoplasia, eritroplasia, aftas, líquen plano ou candidíase são situações que podem causar o aparecimento de manchas na língua.
Vejamos algumas causas de manchas na língua.
LeucoplasiaA leucoplasia consiste em placas brancas que podem acometer a língua e outras áreas da boca como as bochechas e gengivas. Não há uma causa específica para o aparecimento dessas manchas, mas podem estar relacionadas a hábitos como o tabagismo ou alcoolismo e doenças infecciosas.
A leucoplasia é uma condição que não causa sintomas e é geralmente benigna, no entanto, em algumas pessoas essas lesões brancas podem evoluir para câncer. Por isso, a leucoplasia é considerada uma lesão pré-cancerosa.
Existe uma forma específica de leucoplasia chamada de leucoplasia pilosa. Esta forma está relacionada a infecção pelo vírus de Epstein-Barr e HIV e não tem relação com o câncer de boca.
Lesões de leucoplasia que apresentam alto risco de malignização são retiradas cirurgicamente.
Leucoplasia EritroplasiaEritroplasia é uma mancha de coloração vermelha bem demarcada, que pode atingir a língua e outras áreas da boca como o palato e a região abaixo da língua. Pessoas tabagistas ou que fazem uso abusivo de álcool abusivo tem maior risco de desenvolver essas lesões.
Está fortemente associada ao câncer de boca, por ter alto risco de se tornar uma lesão maligna.
O tratamento é efetuado através da retirada cirúrgica da lesão.
AftasAs aftas são lesões ulceradas muito dolorosas, que no princípio podem aparecer apenas como manchas vermelhas que depois se ulceram e ficam brancas.
Múltiplos fatores contribuem para o aparecimento de aftas, entre eles destacam-se o estresse, trauma na boca, dieta com alimentos ácidos, consumo de álcool, deficiências nutricionais.
O tratamento inclui higiene oral, afastar causas relacionadas ao aparecimento das aftas como trauma, estresse ou alimentos ácidos. O alívio da dor pode ser alcançado através do uso de soluções anestésicas aplicadas localmente. O uso de corticoesteroides tópicos também podem ser benéficos em casos de aftas muito frequentes.
Afta Líquen plano oralO líquen plano é uma doença inflamatória crônica que pode atingir a boca ou a pele. Quando ocorre na boca chama-se líquen plano oral e é caracterizado por lesões brancas ou vermelhas, que formam placas.
Há um risco de lesões de líquen plano oral também se malignizarem e transformarem-se em câncer, mas este risco é baixo.
Algumas lesões pequenas e assintomáticas não necessitam ser tratadas. Quando o tratamento é necessário, geralmente, é feito através do uso de corticosteroides aplicados localmente, através de bochechos ou pomadas.
Líquen plano oral CandidíaseA candidíase é uma infecção fúngica que pode acontecer em diferentes partes do corpo e inclusive na língua. Esta infecção causa manchas brancas.
É uma doença mais comum em bebês, idosos e pessoas com imunodeficiências, decorrente de tratamentos com quimioterapia, radioterapia, ou infecção por HIV
No casos menos graves, o tratamento da candidíase oral é feito com antifúngicos aplicados localmente. Já nas situações de candidíase mais extensa, os antifúngicos são administrados em comprimidos por via oral.
Candidíase oralConsulte um médico de família, clínico geral ou dentista, caso note manchas na sua língua ou boca, que não melhoram.
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Referências bibliográficas:
1. Giovanni Lodi. Oral leukoplakia. Uptodate. 2021
2. Giovanni Lodi. Oral lesions. Uptodate. 2021
3. Nico M. et al. Líquen plano oral. Anais brasileiro de dermatologia. 2011.
O soro caseiro deve ser tomado em casos de diarreia e vômitos, para prevenir a desidratação. Apesar de não cortar a diarreia, o soro caseiro repõe o líquido e os sais minerais eliminados nas fezes ou vômitos.
Para tomar o soro, use uma colher e vá bebendo aos poucos ao longo do dia ou após cada evacuação ou vômito. Comece a tomá-lo assim que começar a diarreia (desarranjo intestinal com aumento do número de evacuações e fezes moles ou líquidas) ou os vômitos.
No caso das crianças, é importante estar atento aos sinais de desidratação por diarreia, que são:
- Moleira funda;
- Boca seca;
- Olho seco;
- Choro sem lágrimas.
Porém, o uso do soro caseiro só é indicado em situações de emergência, quando a pessoa não tiver o soro de reposição oral do Ministério da Saúde, distribuído gratuitamente nos postos de saúde do Brasil.
Isso porque é muito comum haver erros nas doses de sal e açúcar utilizadas para fazer o soro caseiro. Muitas vezes há um exagero e, além de não ser eficaz, pode trazer reações indesejadas.
Ao usar o preparado distribuído pelo governo, você tem a certeza de que está tomando um soro com as quantidades certas de sal e açúcar.
Para fazer efeito, o soro caseiro deve ter20 gramas de açúcar (2 colheres rasas de sopa) e 3,5 gramas de sal (1 colher de café rasa) por cada litro de água.
Leia mais sobre o preparo em: Como fazer soro caseiro?
Também pode ser adquirida no posto de saúde a colher-medida padrão para preparar o soro caseiro, para não correr o risco de errar nas doses.
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Depende. Fígado aumentado e com gordura tanto pode ser uma condição simples, que não vai lesionar o fígado, como pode evoluir para uma inflamação com lesão do órgão. Na maioria dos casos, o acúmulo de gordura no fígado tem evolução benigna.
Nos casos mais graves, a situação pode evoluir para cirrose hepática, que causa lesão permanente no fígado. O risco de cirrose é maior em pacientes idosos e diabéticos.
Por que tenho gordura no fígado? Quais as causas?O acúmulo de gordura no fígado é o resultado de uma alimentação com excesso de gordura que o organismo não consegue metabolizar. Principalmente quando se trata de um excesso de ingesta de gordura saturada e gordura trans.
A gordura trans é facilmente depositada no fígado. Este tipo de gordura está presente em bolachas, salgadinhos, frituras, manteigas, margarinas, pães de queijo, entre outros.
Outra importante causa de fígado gordo é o consumo de álcool. Boa parte dos indivíduos que bebem regularmente desenvolvem fígado gordo, uma vez que o álcool permite uma rápida acumulação de gordura no fígado.
Contudo, mesmo pessoas que não consomem bebidas alcoólicas podem ter fígado gordo. Nestes casos, o acúmulo de gordura no fígado é causado por excesso de peso, diabetes e níveis elevados de colesterol ou triglicerídeos.
O fígado gordo também pode ser causado por:
- Uso de medicamentos, como amiodarona, estrógenos, corticoides, tamoxifeno, antirretrovirais, tetraciclinas;
- Doenças metabólicas genéticas;
- Rápida perda de peso;
- Formas artificiais de nutrição;
- Ingestão de toxinas, como produtos químicos.
- Predisposição hereditária.
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Qual o tratamento para fígado gordo?Não existe um tratamento específico para fígado gordo e nenhum medicamento é totalmente eficaz nessa situação.
Por isso, o tratamento baseia-se numa série de medidas, que incluem:
- Alterações no estilo de vida, com perda de peso, dieta e exercícios físicos;
- Evitar o consumo de bebidas alcoólicas;
- Controlar doenças associadas, como diabetes;
- Controlar os níveis de colesterol e triglicerídeos.
Esses cuidados são fundamentais para o sucesso no tratamento do fígado gordo. Mesmo se o paciente estiver usando algum medicamento, ele não será muito efetivo sem essas medidas.
É importante lembrar que o acúmulo de gordura no fígado é reversível, se estiver numa fase inicial.
O tratamento do fígado gordo deverá ser acompanhado pelo médico hepatologista ou gastroenterologista.
Sim, hérnia de hiato pode causar boca amarga e mau hálito devido ao refluxo dos ácidos estomacais e do conteúdo alimentar (refluxo gastroesofágico).
Os sintomas da hérnia de hiato são, na realidade, provocados pela doença do refluxo, um problema muito comum em pacientes com hérnia hiatal. Dentre os principais estão:
- Azia persistente (sensação de queimação no esôfago, sentida desde a porção superior do abdômen até à garganta);
- Regurgitação de ácido e restos de alimentos;
- Dificuldade para engolir;
- Gosto amargo na boca;
- Mau hálito.
Outros sintomas menos frequentes são:
- Irritação na garganta;
- Tosse crônica;
- Rouquidão;
- Sensação de engasgo noturno.
É importante lembrar que o refluxo gastroesofágico pode ocorrer mesmo sem hérnia de hiato, embora esta seja uma das suas principais causas.
A hérnia de hiato é o deslocamento do estômago para o tórax através do hiato esofágico, um orifício que permite a passagem do esôfago do tórax para o abdômen.
Quando o refluxo é pequeno, o tratamento da hérnia de hiato pode ser clínico, através de dieta adequada, orientação postural e medicamentos específicos. Se o refluxo for intenso ou se não houver resposta ao tratamento clínico, opta-se pela cirurgia.
O diagnóstico e o tratamento da hérnia de hiato é da responsabilidade do médico gastroenterologista.
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Sim, é frequente e esperado ter indigestão durante a gravidez. A má digestão, conhecida como dispepsia pelos médicos, é uma queixa frequente em mulheres grávidas. A indigestão durante a gestação ocorre devido ao aumento na produção do hormônio progesterona, que relaxa a musculatura de diversos órgãos, inclusive esôfago e estômago.
Com o relaxamento dessa musculatura, os movimentos peristálticos que empurram o alimento em direção ao intestino ficam prejudicados, o que retarda o esvaziamento do estômago e deixa a digestão mais lenta.
Essa condição favorece o retorno de suco gástrico e gases do estômago para o esôfago, gerando refluxo, além de náuseas, sensação de estomago estufado e desconforto abdominal. À medida que a gravidez avança, o útero aumenta de tamanho e pressiona o estômago, podendo agravar a indigestão, o refluxo e a azia.
Apesar da má digestão ser uma condição frequente e natural durante a gravidez, a gestante pode comunicar o problema ao médico obstetra ou médico de família, que irá fornecer as orientações necessárias para o alivio dos sintomas, além de avaliar a necessidade de prescrever medicamentos para aliviar o problema.
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Os riscos do exame de colonoscopia são baixos. As complicações mais frequentes, embora sejam raras, são as perfurações e os sangramentos. A grande maioria das complicações ocorrem quando se realiza a retirada de pólipos, a polipectomia.
A perfuração é uma complicação que ocorre em menos de 1% dos exames de colonoscopia. O risco é maior em indivíduos idosos com doença diverticular do cólon. No entanto, as chances de perfuração podem aumentar e chegar a 2% quando os pólipos são retirados.
Já em relação aos sangramentos e hemorragias a frequência quando se realiza a polipectomia varia de 1 a 2%. Essa complicação é mais comum em pessoas que têm problemas na coagulação sanguínea, sobretudo quando a colonoscopia é realizada juntamente com outros procedimentos, como biópsia e polipectomia(retirada de pólipos). Nesses casos, a chance do paciente sangrar pode chegar a 2,5%.
Casos de perfuração normalmente são tratados através de cirurgia, enquanto que os sangramentos podem ser estancados com a cauterização da lesão.
Há ainda outras possíveis complicações como:
- Reações adversas relacionadas ao preparo do exame (náuseas, vômitos, distúrbios hidreletrolíticos, dor ou distensão abdominal);
- Síndrome pós-polipectomia: pode levar a sintomas de febre, dor abdominal, e alterações laboratoriais (aumento dos leucócitos) até 5 dias após a realização do exame.
- Complicações cardiorrespiratórias relacionadas a sedação.
Se após a colonoscopia o paciente apresentar dor abdominal intensa, sangramento persistente, grande quantidade de sangue nas fezes, febre, vômitos ou calafrios, o médico deve ser contactado com urgência.
Caso tenha mais dúvidas sobre o exame de colonoscopia consulte o médico que solicitou o exame.
Saiba mais em:
É normal sentir dor e sangrar depois da colonoscopia?
A gastrite (inflamação da mucosa do estômago) pode se acompanhar de vários sintomas:
- Dor e distensão no abdome (mais comum na metade superior);
- Náuseas e vômitos;
- Sensação de queimação no abdome ou retroesternal;
- Perda de apetite;
- Sensação de saciedade precoce, mesmo com pequena quantidade de alimento ingerido.
A gastrite complicada com úlcera pode dar sintomas mais graves e que necessitam de atendimento de urgência: sangramento nas fezes (fezes escuras, muito mal cheirosas e com cor similar à borra de café) ou vômitos com sangue.
No caso de sintomas similares, é importante consultar um médico gastroenterologista ou gastrocirurgião.