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Quais os melhores remédios para vermes?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Um dos remédios mais indicados no caso de vermes é o albendazol. Isso porque o medicamento tem a capacidade de tratar a maioria das verminoses e parasitoses existentes.

Para as crianças, o albendazol, mebendazol, ivermectina e a nitazoxanida (Annita), são os mais utilizados, sendo que o mebendazol pode ser usado em crianças menores, quando indicado pelo pediatra.

Chamados também de vermífugos, os remédios devem ser prescritos pelo médico, após avaliação dos sintomas, exame clínico e resultado do exame de fezes, para que o tratamento seja realmente eficaz e duradouro.

1. Albendazol, um dos remédios mais indicados para vermes
  • Indicação: O Albendazol 400 mg é um dos vermífugos mais utilizados, por apresentar eficácia comprovada contra o maior número de vermes encontrados na população. Zentel® é um dos recomendados.
  • Cuidados e contraindicações: Mulheres grávidas, amamentando ou que planejam engravidar, e crianças abaixo de 2 anos, não devem tomar a medicação, sem avaliação e prescrição médica.
2. Mebendazol pode ser usado para crianças menores
  • Indicação: Seguido ao albendazol, o mebendazol é mais um vermífugo muito utilizado nos casos de vermioses e parasitoses intestinais, com grande abrangência. O remédio de referência é o Pantelmin® 500mg.
  • Cuidados e contraindicações: A medicação não é recomendada para mulheres grávidas, amamentando ou crianças abaixo de 1 ano, e crianças entre 1 e 2 anos, deve ser avaliado o risco x benefício pelo pediatra. Também não deve ser administrada junto com cimetidina e metronidazol. A interação pode sobrecarregar o fígado e causar efeitos indesejáveis.
3. Ivermectina, o remédio mais usado contra infestação de piolhos
  • Indicação: Medicação utilizada para diversos tipos de parasitose, ainda nos casos de infestação por piolhos e sarna (escabiose). Os medicamentos Revectina® 6 mg é o remédio de referência, mas já existem similares no mercado, como o Ivermec®, com a mesma dosagem. A dose recomendável se baseia no peso corporal.
  • Cuidados e contraindicações: Os efeitos colaterais quando ocorrem, são de diarreia, tontura, coceira e irritação na pele. A medicação não é recomendada para mulheres grávidas ou amamentando, e em crianças abaixo de 15kg.
4. Nitazoxanida pode prevenir as verminoses infantis
  • Indicações: Medicamento indicado nos casos de gastroenterite bacteriana, virais e parasitoses intestinais. Conhecido ainda na faixa etária infantil, como medicamento para prevenção de verminoses, por isso administrado uma vez ao ano por grande parte dos pediatras, especialmente em regiões com saneamento básico inadequado. O medicamento referência é o Annita® 500 mg.
  • Cuidados e contraindicações: A medicação não é recomendada para mulheres grávidas ou amamentando, sem avaliação médica. Deve ser usada de preferência junto com as refeições.
5. Tiabendazol, remédio muito usado para tratar escabiose (sarna) e larva migrans
  • Indicação: Medicação indicada para parasitoses intestinais, ainda, sarna e larva migrans. Pode ser encontrado na forma de comprimidos de 500mg e pomadas tópicas a 5%, podemos citar como exemplos o Foldan® e o Thiaben®.
  • Cuidados e contraindicações: Na formulação oral é indicado tomar após as refeições para reduzir os efeitos colaterais, junto com água, leite ou suco de frutas. A medicação não é recomendada para mulheres grávidas ou amamentando, e também não deve ser administrada em pessoas com história de úlcera gástrica ou gastrite, sem avaliação médica prévia.
6. Tinidazol para vermes e vaginoses bacterianas
  • Indicação: Medicamento utilizado contra alguns tipos de parasitoses e também para vaginoses bacterianas. São exemplos de tinidazol, o Pletil® e o Amplium®, ambos de 500 mg.
  • Cuidados e contraindicações: A medicação pode interagir com bebidas alcoólicas e anticoagulantes, por isso é importante que informe ao médico se faz uso de anticoagulação e não consumir nenhuma bebida alcoólica, até 3 dias após o término do tratamento, para evitar complicações neurológicas. A medicação não é recomendada para mulheres grávidas ou amamentando, e crianças abaixo de 3 anos.
7. Praziquantel, o mais indicado para esquistossomose e taenias ("solitárias")
  • Indicações: Antiparasitário e anti-helmíntico, o medicamento é indicado para casos de teníase, esquistossomose, cisticercose e outras parasitoses. Encontrados no mercado como Cestox® 150 mg e Cisticid® 500 mg.
  • Cuidados e contraindicações: A medicação não é recomendada para mulheres grávidas ou amamentando, e crianças abaixo de 4 anos. E de preferência, fazer uso junto com as refeições.
8. Metronidazol, indicado para gastroenterites e verminoses
  • Indicações: Medicamento indicado para vaginites, infecção dentária e infecções intestinais. Comercializado como Flagyl®, com dosagens de 250 e 400 mg.
  • Cuidados e contraindicações: Gestantes e mulheres amamentado, devem ser avaliadas pelo médico, visto que a medicação atravessa a barreira placentária e passa pelo leito materno. A medicação não deve ser misturada com bebidas alcoólicas. Além disso, pode aumentar a ação de medicamentos anticoagulantes e antipsicóticos. Não deixe de informar todas as medicações que faz uso regularmente, ao seu médico.
9. Levamisol, remédio para acabar com as "lombrigas"
  • Indicações: A medicação é indicada para a ascaridíase, popularmente conhecida por lombrigas, com a vantagem de ser eficaz com dose única. Ascaridil® é o seu nome comercial, nas doses de 80 e 150mg.
  • Cuidados e contraindicações: A medicação não é recomendada para mulheres grávidas ou amamentando, sem avaliação médica. Não deve ser usado em crianças abaixo de 6 meses. E as doses devem ser prescritas pelo médico pediatra.
10. Pamoato de Pirantel indicado para lombrigas e outras parasitoses
  • Indicações: Parasitoses intestinais como ascaridíase (lombriga), ancilostomíase, enterobíase e oxiúros. Encontrado com os nomes Ascarical® ou Combantrin®, 750mg ou suspensão oral com 45 ml.
  • Cuidados e contraindicações: Não deve ser usado em crianças abaixo de 2 anos, em gestante e pessoas com doença hepática grave. Os familiares e coabitantes também devem ser tratados.
11. Piperazina, vermífugo indicado contra lombrigas e oxiúros
  • Indicações: Medicamentos indicado para parasitoses comuns como ascaris (lombriga) e oxiúros. Veroverme® é o seu nome comercial, nas doses de 100mg comprimidos ou suspensão oral, para crianças, com frasco de 100mg/ml.
  • Cuidados e contraindicações: A medicação deve ser tomada em jejum, ou 2h após a refeição. A medicação não é recomendada para mulheres grávidas ou amamentando, sem avaliação médica prévia, assim como para pacientes portadores de epilepsia.
Como evitar as verminoses?

A contaminação por vermes costuma ocorrer em situações de falta de saneamento básico, cuidados de higiene e preparação de alimentos inadequados. Por isso a medida mais eficaz é manter hábitos de higiene adequados.

Medidas de higiene a serem seguidas:

  • Lavar as mãos com frequência, principalmente após ir ao banheiro e antes das refeições;
  • Beber água filtrada ou fervida;
  • Evitar roer as unhas e mantê-las sempre limpas e cortadas;
  • Evitar andar descalço;
  • Lavar bem os alimentos antes de consumi-los, principalmente os que serão consumidos crus, como frutas, verduras e legumes;
  • Evitar o consumo de carne crua, especialmente a carne de porco.

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Referência:

  • FBG - Federação Brasileira de Gastroenterologia
  • SBI - Sociedade Brasileira de Infectologia
Gastrite pode evoluir para câncer?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sim. Alguns tipos de gastrite têm um risco maior de evoluir para o câncer, como a gastrite crônica atrófica, a metaplasia intestinal e as gastrites com a presença da bactéria Helicobacter pylori.

Quando for identificada a presença da Helicobacter pylori no estômago, a gastrite deverá ser tratada com antibióticos para eliminar a bactéria e interromper a inflamação do estômago.

Já a gastrite crônica é caracterizada pela presença constante de inflamações na mucosa. Ela acaba provocando atrofia da mucosa e metaplasia epitelial, uma lesão que pode evoluir progressivamente para uma lesão cancerígena.

A gastrite crônica atrófica indica haver uma alteração no revestimento interno do estômago, a mucosa gástrica, que também pode ser causada pela Helicobacter pylori. Nesse caso, o médico definirá o tipo de tratamento necessário e a repetição periódica de exames.

H. pylori pode causar câncer?

Sim, uma das principais causas de câncer de estômago é a presença da bactéria H. pylori, que está relacionada a formação de úlceras e feridas que originam a gastrite. O micróbio causa uma inflamação crônica no estômago que aumenta as chances dessa ferida, ou úlcera se modificar e iniciar o processo de multiplicação desordenada de células, o câncer de estômago.

Contudo, somente uma parcela muito pequena das pessoas portadoras de H. pylori irão desenvolver um tumor maligno. A bactéria é muito comum e está presente em praticamente metade da população, sem manifestar nenhum sintoma.

Quais as causas da gastrite?

Algumas causas para a gastrite podem incluir:

  • Uso prolongado do ácido acetilsalicílico e anti-inflamatórios (AINEs)
  • Gastrite autoimune (quando o organismo produz anticorpos contra a própria mucosa gástrica)
  • Tabagismo
  • Obesidade
  • Ingestão abusiva e prolongada de bebidas alcoólicas
Quais são os sintomas da gastrite?

Os sintomas da gastrite podem ser queimação (pirose), azia, sensação de empanzinamento e peso no estômago, dor, náusea, vômitos, falta de apetite e perda de peso.

As manifestações podem ser causadas por uma irritação aguda da mucosa gástrica. Isso pode acontecer devido a:

  • Ingestão abusiva de bebidas alcoólicas
  • Estresse excessivo
  • Consumo exagerado de café e chá-preto
  • Hérnia de hiato
  • Refluxo gastroesofágico (esofagite de refluxo).
O que é gastrite?

A gastrite é uma inflamação na parte interna do estômago que só pode ser confirmada através do exame de endoscopia com biópsia. Com o resultado desse exame e a história clínica do paciente, o médico pode diagnosticar o tipo de gastrite presente.

O gastroenterologista é o especialista capacitado para diagnosticar e tratar doenças gástricas.

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Depois de quanto tempo posso beber após tomar antibiótico?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Idealmente, não se deve misturar bebidas alcoólicas com antibióticos, durante todo o curso do tratamento. O uso conjunto, reduz o efeito da medicação, comprometendo o resultado do tratamento, além de aumentar o risco de complicações, como a hepatite medicamentosa.

Quanto tempo depois de parar de tomar antibiótico posso beber?

Após o término do tratamento com antibiótico, no dia seguinte já pode fazer uso de bebidas alcoólicas, com algumas exceções. O uso de Benzetacil® representa uma das exceções, pois esse antibiótico age por aproximadamente 30 dias corridos. Sendo assim, para esse caso, o consumo de bebidas está recomendado apenas após 30 dias da injeção.

Para a Azitromicina®, Amoxacilina®, Cefalexina®, entre outros, pode ser consumido bebidas alcoólicas logo no dia seguinte do término do tratamento, sem maiores complicações.

Uma cerveja (ou taça de vinho) corta o efeito de antibiótico?

Doses pequenas, como uma lata de cerveja ou uma taça de vinho, não são totalmente contraindicadas, podendo ser consumidas horas após o uso do antibiótico. Não existe um tempo determinado ou número de horas para esse consumo, o recomendado é mesmo que seja uma dose pequena por dia.

Doses maiores do que uma lata ou uma taça de vinho, não estão recomendadas, principalmente pelos riscos e sobrecarga no fígado, que essa mistura pode causar.

Qual o risco de tomar antibiótico com bebida alcoólica?

Tanto o antibiótico, quanto as bebidas alcoólicas, são metabolizados no fígado. O uso conjunto, reduz o efeito da medicação, comprometendo o resultado do tratamento, além de aumentar o risco de complicações, como a hepatite medicamentosa.

A bebida alcoólica é capaz de inibir o hormônio antidiurético, levando a um aumento da frequência e volume de urina, por onde o antibiótico é eliminado. Assim, a medicação dura menos tempo no sangue, reduzindo seu efeito contra a bactéria ou infecção em tratamento.

Ainda, alguns tipos específicos de antibióticos muito utilizados no nosso meio, como por exemplo o Metronidazol (Flagyl®) e o Trimetoprim-sulfametoxazol (Bactrim®), quando combinados a bebidas alcoólicas, causam efeitos colaterais desagradáveis, como fortes dores de cabeça, náuseas, vômitos, palpitações e queda da pressão arterial.

Portanto, o mais adequado é mais aguardar o término do tratamento para tomar bebidas alcoólicas.

Não só a bebida alcoólica, mas alguns alimentos podem interferir na ação e eficácia dos antibióticos. Procure evitar lacticínios e tome seu antibiótico sempre com água.

Saiba mais: Existe alguma comida que corta o efeito do antibiótico?

Álcool e medicamentos

Além dos antibióticos, o consumo de bebidas alcoólicas de forma regular ou exagerada, interfere na ação de outros medicamentos, como os antidepressivos, calmantes, anti-hipertensivos e relaxantes musculares. Por vezes potencializa a sua ação, aumentando os efeitos colaterais, como náuseas, vômitos e tontura, o que gera um risco maior de quedas e intolerância ao medicamento.

O consumo de álcool aumenta também a concentração de açúcar no sangue, o que para pacientes diabéticos descompensa é bastante perigoso e prejudicial. Interfere na pressão arterial dependendo da medicação em uso e na concentração de gordura no sangue.

Os anticonvulsivantes, tratamento para epilepsia tem sua ação reduzida na maioria das vezes, com o consumo de bebidas alcoólicas, colocando em risco a vida do paciente. Pois, com a redução da eficácia dos medicamentos, aumenta o risco de novas crises convulsivas.

Para maiores esclarecimentos, procure seu médico clínico geral ou médico da família.

Veja também:

Estou com diarreia amarela, o que pode ser?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Diarreia amarela pode ser um sinal de intoxicação alimentar ou gastroenterite acompanhada por uma má absorção da gordura digerida na alimentação.

A diarreia é uma forma do corpo eliminar micro-organismos causadores de doenças, como bactérias, vírus e parasitas, daí ser um sintoma presente em intoxicações alimentares e infecções gastrointestinais (gastroenterites).

Já a coloração amarela da diarreia é um sinal de gordura nas fezes. Doenças que atrapalham a absorção das gorduras ou problemas no fígado que provocam uma diminuição da excreção de bile, como hepatite A, podem deixar as fezes amareladas.

Dentre as doenças que podem causar deficiência na absorção das gorduras podemos citar a pancreatite (inflamação do pâncreas), a doença celíaca (intolerância ao glúten de origem genética) e a giardíase (parasitose intestinal causada pelo protozoário Giardia lamblia)

Nesses casos, além de terem uma cor amarelada, as fezes costumam boiar e podem até apresentar gotas de gordura ao redor.

A pessoa que está com diarreia deve aumentar a hidratação, evitar comidas gordurosas e comer em pequenas quantidades.

Veja também: Diarreia: o que fazer?

Caso a diarreia se prolongue por mais de 2 dias, ou no caso de presença de febre e ou presença de sangue nas fezes em qualquer momento, procure um serviço de saúde.

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Quais as causas mais comuns de diarreia?

Antibiótico muda a cor e o cheiro da urina e das fezes?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Alguns antibióticos podem mudar a cor e o cheiro da urina, mas dificilmente irão alterar a aparência ou o cheiro das fezes.

Entre os remédios antibióticos que podem alterar a coloração da urina, e deixá-la com uma cor avermelhada ou rosa, destaca-se a rifampicina.

Já os medicamentos antibióticos da família da penicilina (amoxicilina, ampicilina, dicloxacilina, penicilina benzatina, entre outros) podem deixar a urina com cheiro forte e desagradável.

Em relação às fezes, o efeito colateral mais comum dos antibióticos é a diarreia. Vários antibióticos podem provocar essa reação, porque acabam destruindo também as bactérias benéficas que formam a flora intestinal.

Leia também: Quais podem ser os efeitos colaterais dos antibióticos?

Se você estiver tomando antibiótico e notar qualquer mudança no seu organismo, fale imediatamente com o médico que receitou o medicamento ou procure um médico de família ou clínico geral.

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Dores no abdômen, febre, vômito e enjoos, o que fazer?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Dores no abdômen, febre, vômito e enjoos podem ser sintomas de dengue, intoxicação alimentar (virose), apendicite, entre outras doenças. O melhor a fazer nesses casos é não se automedicar e procurar atendimento médico o mais rápido possível.

No caso da dengue, a pessoa pode apresentar os seguintes sintomas:

  • Febre alta, em torno de 40ºC;
  • Dores musculares;
  • Dor nas articulações;
  • Dor abdominal;
  • Dor de cabeça e nos olhos;
  • Náuseas;
  • Vômitos;
  • Indisposição;
  • Manchas vermelhas no corpo.

Já a intoxicação alimentar é um tipo de virose do aparelho digestivo, que pode ser causada por vírus (enterovírus) ou bactérias, como a Escherichia coli. São mais comuns no verão e podem causar sintomas como:

  • Diarreia;
  • Náuseas;
  • Vômitos;
  • Febre;
  • Mal estar;
  • Cólicas intestinais.

As dores no abdômen, a febre, o vômito e os enjoos também podem ser sinais de apendicite e, neste caso, o paciente deve ser submetido a uma cirurgia de emergência o mais rápido possível.

Se o apêndice (porção do intestino que está inflamada) "romper", pode haver extravasamento de fezes para a cavidade abdominal evoluindo com sepse, conhecida por infecção generalizada que pode levar à morte.

Os sintomas típicos da apendicite são:

  • Dor abdominal, por vezes localizada no lado inferior direito (mas nem sempre);
  • Náuseas;
  • Vômitos;
  • Febre;
  • Perda de apetite.

Porém, a apendicite também pode provocar outros sintomas, como:

  • Dor na "boca do estômago" ou ao redor do umbigo;
  • Gases;
  • Indigestão;
  • Diarreia ou prisão de ventre;
  • Mal estar geral;
  • A febre pode não estar presente no início dos sintomas, mas pode ocorrer com a evolução do problema.

Por isso, devemos ressaltar que nesse caso o mais adequado é procurar atendimento médico o mais rápido possível para identificar e tratar a causa desse problema.

Azia constante: qual é o tratamento?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

A azia não é uma doença propriamente dita, mas sim um sintoma que pode aparecer isoladamente e com muita frequência quando abusamos de alguns tipos de bebidas ou alimentos. Contudo, quando a azia é constante, ela pode ser sintoma de algumas doenças do aparelho digestivo.

A regra geral para o tratamento da azia é não ingerir aquilo que faz mal. A maioria das pessoas consegue identificar facilmente os alimentos e bebidas que causam azia, embora esses alimentos variem muito de pessoa para pessoa.

Outras recomendações importantes são: evite ficar muitas horas sem comer e, quando comer, evite quantidades muito grandes de alimentos na mesma refeição. Portanto, o ideal é comer várias vezes por dia e um pouco de cada vez, além de evitar deitar logo após as refeições.

Para tratar a azia, também é importante evitar: cigarro, bebidas alcoólicas, café, açúcar, alimentos ricos em açúcar, chimarrão, alimentos gordurosos, alimentos condimentados, frutas cítricas, tomate e derivados.

O tratamento da azia também pode incluir o uso de medicamentos, como inibidores de bombas de prótons (omeprazol, pantoprazol, etc), entre outros. O objetivo da medicação é diminuir a secreção de ácido estomacal e neutralizá-lo. Nos casos mais graves de azia, pode ser necessário realizar cirurgia para tratar a origem do refluxo.

O que é a azia?

A azia é um sintoma proveniente do esôfago e em alguns casos do estômago. A azia é sentida como uma queimação ou ardência que ocorre desde a região denominada epigástrio (“boca do estômago”), passando pelo região retroesternal (osso no meio do peito), região anterior do pescoço até a garganta.

Como surge a azia?

Para entendermos porque a azia ocorre, precisamos entender que o nosso estômago é recoberto por um tipo especial de mucosa capaz de suportar o pH baixo (muito ácido) que é normal para o estômago.

Só o estômago possui esse tipo de mucosa. O esôfago e as outras partes do aparelho digestivo não têm esse tipo de tecido e, portanto, não estão protegidos da acidez estomacal.

A principal causa da azia é o refluxo de material ácido proveniente do estômago para o esôfago e garganta. Em algumas situações, quando a acidez é muito grande ou a proteção estomacal é destruída, a azia é sentida no estômago.

A azia geralmente está associada aos quadros de refluxo gastroesofágico, gastrite e esofagite. Em casos menos frequentes, pode estar associada a casos de úlcera péptica e câncer de estômago ou esôfago.

Azia constante, o que fazer?

A azia constante é um sintoma bastante incômodo e que leva um grande número de pessoas a procurar ajuda médica. Consulte o médico para uma avaliação dos sintomas, em muitos casos é necessário seguir orientações dietéticas e fazer uso de medicamento por algum tempo.

Em casos em que os sintomas não melhoram com o tratamento convencional ou que apresentam sinais de alerta como sangramento, vômitos, perda de peso, está indicada a realização da endoscopia digestiva alta.

Procure um médico de família ou clínico geral para uma avaliação inicial caso apresente frequentemente azia. Em alguns casos pode ser necessário o acompanhamento também por um médico gastroenterologista.

Conheça mais sobre esse assunto nos artigos:

Um copo de água ou leite alivia a azia?

O que é pangastrite enantematosa leve? Quais os sintomas e como tratar?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A pangastrite enantematosa leve é uma inflamação de toda a mucosa do estômago que provoca sintomas como dor no estômago, sensação de queimação, náuseas e vômitos.

Pode ser provocada pelo consumo excessivo de bebidas alcoólicas, medicamentos anti-inflamatórios como ibuprofeno, por infecção da bactéria H.pylori e por doenças autoimunes como a Doença de Crohn.

É também chamada de gastrite enantematosa e o seu tratamento envolve o uso de antibióticos e inibidores da produção de ácido gástrico como o omeprazol. Conheça um pouco mais sobre a pangastrite na sequência desse artigo.

Sintomas de pangastrite leve

Os sintomas de pangastrite leve costumam surgir pouco tempo após as refeições e durar em torno de duas horas. Os sintomas mais comuns são:

  • Dor no estômago,
  • Sensação de queimação,
  • Falta de apetite,
  • Enjoo,
  • Náuseas,
  • Vômitos,
  • Gases e arrotos.

Na medida em que o tempo passa, esses sintomas vão se tornando mais intensos.

Tratamento da pangastrite enantematosa leve

O tratamento da pangastrite leve envolve o uso de medicamentos e hábitos alimentares saudáveis. A indicação do melhor tratamento é feita com base nos sintomas da doença e, se necessário, após a realização do exame de endoscopia digestiva alta (EDA).

Amoxicilina, Claritromicina

As pangastrites são geralmente causadas pela presença de uma bactéria chamada Helicobacter pylori que é identificada durante o exame de endoscopia digestiva. Nestes casos, o tratamento é feito com uso de antibióticos como amoxicilina e claritromicina.

Omeprazol, pantoprazol, esoprazol

Estes medicamentos que inibem a produção de ácido clorídrico no estômago são indicados em doenças como a pangastrite. São remédios que ajudam a reduzir a irritação das paredes do estômago, provocada pela doença e promover a sua cicatrização.

Cimetidina, famotidina e nizatidina

Há medicamentos que inibem a secreção de ácidos no estômago induzidas pela histamina e gastrina e causam a redução do volume de suco gástrico no estômago. A cimetidina, nizatidina e famotidina são os mais usados.

Alimentação saudável ajuda a tratar a pangastrite leve

A adoção de hábitos alimentares saudáveis faz parte, junto com os medicamentos, do tratamento da pangastrite leve. Você deve priorizar legumes e verduras cozidos, frutas, carnes magras, frango e peixe grelhados ou cozidos e ovos cozidos.

Devem ser evitados os alimentos gordurosos ou que irritam a mucosa do estômago. Estes alimentos incluem frutas ácidas, pimenta, frutas secas e cristalizadas, doces como os chocolates, café, refrigerantes, salsichas, linguiça, bacon, carnes gordas, alimentos enlatados ou em conserva e bebidas alcoólicas.

Quando devo me preocupar?

Quando não tratada, a pangastrite pode evoluir para o estágio moderado ou grave da doença, o que pode provocar sintomas graves como:

  • Dor e queimação de estômago que duram mais de 2 semanas
  • Febre,
  • Fraqueza,
  • Vômito com sangue,
  • Fezes escurecidas, pastosas e com odor forte (melena): este tipo de fezes são compostas por sangue digerido que transitou pelo sistema gastrointestinal.

Se você perceber qualquer um destes sintomas, especialmente, sangue no vômito ou nas fezes, busque atendimento em uma emergência hospitalar.

Para saber mais sobre pangastrite, leia:

Quais os sintomas da Pangastrite Enantematosa?

Pangastrite enantematosa moderada e urease positivo significa gastrite?

Referências:

  • Angência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA. Memento Fitoterápico da Farmacopeia Brasileira. Brasília: ANVISA, 2016.
  • Ganguly, S.; Roy, S. Medicinal Plants and Herbs: A Review. International Journal of Pharmacy & Life Sciences, 6(3):4288-4290, 2019.
  • Federação Brasileira de Gastroenterologia