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O que é refluxo e quais os sintomas?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Refluxo gastroesofágico é a passagem do conteúdo gástrico para o esôfago. O refluxo é o resultado do mau funcionamento da válvula que fica entre o esôfago e o estômago, a qual não se fecha adequadamente, permitindo que o conteúdo ácido do estômago retorne para o esôfago.

Dentre os sintomas do refluxo gastroesofágico, a principal manifestação é a azia. A azia se caracteriza pela sensação de "queimação" no meio do peito e no pescoço. Em geral, esse sintoma surge após as refeições e tende a piorar se a pessoa se deitar ou se inclinar para frente.

Os sintomas do refluxo gastroesofágico podem incluir além da azia:

  • Rouquidão pela manhã;
  • Dificuldade para engolir;
  • Sensação de aperto na garganta, como se tivesse com comida entalada;
  • Tosse seca;
  • Falta de ar;
  • Mau hálito;
  • Gengivite (inflamação da gengiva);
  • Esofagite (inflamação do esôfago);
  • Vômitos com sangue.

Em alguns casos a doença pode complicar com a formação de úlceras, estreitamento do esôfago e alterações na mucosa do esôfago, o que eleva o risco de desenvolver um tumor nesse local.

O refluxo gastroesofágico é uma doença crônica que necessita de um tratamento prolongado para prevenir novos episódios ou lesões no esôfago, como a esofagite (inflamação do esôfago).

Em quadros mais graves de esofagite, pode haver necessidade de um monitoramento mais frequente, com tratamento medicamentoso ou cirurgia. É importante ressaltar que, se não for devidamente tratado, o refluxo pode causar esofagite erosiva, com risco elevado de progredir para câncer de esôfago.

Contudo, na maioria dos casos, o refluxo é uma condição benigna, que pode ser facilmente controlada com o tratamento adequado.

O que é refluxo laringofaríngeo e quais são os sintomas?

O refluxo laringofaríngeo ocorre durante o refluxo gastroesofágico, quando a secreção ácida do estômago chega até à garganta ou ao nariz. Os sintomas do refluxo laringofaríngeo são:

  • Garganta irritada;
  • Queimação e secura na garganta;
  • Rouquidão e tosse, principalmente pela manhã.
Quais os sintomas do refluxo em bebês?

O refluxo gastroesofágico em bebês é bastante comum e faz parte do desenvolvimento gástrico infantil. Ocorre devido à imaturidade do sistema digestivo e geralmente desaparece quando o bebê completa 1 ano de idade.

No entanto, se o refluxo do bebê não melhorar depois dos 6 meses de vida, passa a ser considerado uma doença e se caracteriza por sintomas como:

  • Dificuldade em ganhar peso ou perda de peso;
  • Interrupção do crescimento;
  • Esofagite (inflamação do esôfago);
  • Apneias (interrupções da respiração).
O que causa refluxo gastroesofágico?

O consumo de alimentos ou bebidas que agridem a parede do esôfago ou estômago, como produtos derivados do tomate, sucos cítricos ou ácidos (limão, abacaxi, kiwi, laranja, morango), bebidas com cafeína (café, chá preto, chá mate) e bebidas alcoólicas.

O tabagismo, o uso de certos medicamentos (nitratos, estrógenos, pílula anticoncepcional, entre outros) e o próprio conteúdo gástrico ácido também podem agredir as mucosas e provocar o refluxo.

Se a pessoa for portadora de uma hérnia de hiato (extravasamento de uma parte do estômago para a cavidade torácica), o esfíncter ("válvula") que fica entre o esôfago e o estômago pode sofrer uma disfunção, causando refluxo. Devido a isso, a presença simultânea de hérnia de hiato e refluxo é muito comum.

O refluxo gastroesofágico também pode ter como causa o aumento da pressão dentro do abdômen, que ocorre com o uso de roupas apertadas, em casos de gestação, obesidade, tosse, prisão de ventre e exercícios físicos súbitos e intensos.

Qual é o tratamento para refluxo gastroesofágico?

O tratamento para refluxo gastroesofágico é feito com medicamentos que controlam a secreção de ácido pelo estômago (inibidores da bomba de prótons) e cuidados gerais para diminuir a passagem de conteúdo gástrico para o esôfago. A cirurgia é uma opção menos frequente, mas quando indicada é realizada por via laparoscopia.

Medidas gerais extremamente úteis e portanto, estão incluídas no tratamento do refluxo, são elas:

  • Se alimentar mais vezes e em menor quantidade;
  • Acompanhamento com nutricionista para orientações alimentares específicas;
  • Evitar bebidas com gás, bebidas alcoólicas ou com cafeína;
  • Esperar pelo menos duas horas para se deitar após alimentação;
  • Não fumar;
  • Manter o peso adequado;
  • Evitar roupas apertadas;
  • Evitar atividades que aumentem a pressão abdominal, especialmente após comer;
  • Elevar a cabeceira da cama pelo menos 15 centímetros.

A presença dos sintomas de refluxo, seja gastroesofágico ou laringofaríngeo, mais de uma vez por semana, sinaliza um problema, portanto é recomendado procurar o quanto antes uma consulta com médico/a gastroenterologista para avaliação do caso.

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Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Pode ser um problema no trato digestivo, porém são poucas informações para direcionar os sintomas para uma doença específica.

Algumas das causas que podem resultar em incômodo no lado esquerdo do abdômen, na porção mais alta, são: Gases, má digestão, cálculo renal, intolerância a lactose e até ansiedade.

Os barulhos que ouvimos durante o processo da digestão no organismo, são resultado dos movimentos que o trato gastrointestinal realiza para empurrar o bolo alimentar até os intestinos e em seguida expelir na forma de fezes.

Trata-se de um processo natural do nosso corpo, entretanto, quando a pessoa não promove uma boa digestão, seja por falta de alguma enzima ou alimentação inadequada, esse processo fica prejudicado, sobrecarregando os órgãos, com isso gera um aumento do peristaltismo, consequentemente mais barulhos e sensação de incômodo.

Gases

Os gases são a causa mais comum, por vezes o incômodo é tão importante que pode vir associado a náuseas, vômitos, suor frio e mal-estar, sendo confundido com infarto agudo do miocárdio ou cólica renal.

Má digestão

A má digestão está relacionada principalmente aos hábitos de vida, como a alimentação ruim, com pouca fibra, grande quantidade de açucares e carboidratos, associado ao sedentarismo. Por isso, nesses casos, a orientação médica é de melhor a alimentação e iniciar uma atividade regular, pelo menos 4x por semana.

Cálculo renal

A presença de um cálculo renal pode não causar nenhum sintoma, apenas quando migra e obstrui a passagem da urina. Quando isso acontece, a parede do rim se distende, pelo aumento da pressão e causa uma dor intensa, mal-estar, suor frio, náuseas e vômitos. Algumas vezes apresenta também sangramento na urina, sintomas que direcionam para esse problema.

Intolerância a Lactose

A falta de uma enzima que degrada a lactose, ou o consumo em excesso desse nutriente, pode causar uma dor e incômodo como o apresentado, além de dificultar a digestão, levando ao acúmulo de líquido e barulho no abdômen.

Ansiedade

Pessoas ansiosas ou em momentos de estresse e emoções fortes, costumam apresentar como resposta adrenérgica, cólicas, má digestão e mal-estar.

Contudo, quanto mais informações puder acrescentar para o médico que irá avaliar o seu caso, maior a chance de um diagnóstico preciso e o tratamento correto. Por isso sugerimos como fatores que devem ser observado e se possível anotados para levar junto à consulta:

  • Qual é a frequência desse incômodo? Sente todos os dias, ou toda semana?
  • Existe relação com algum horário do dia?
  • Existe relação com algum alimento ou bebida?
  • Acontece após comer muito ou beber grandes quantidades de líquidos?
  • Apresenta mais algum sintoma, como náuseas, vômitos, tonteira ou febre?
  • Está relacionado a momentos de estresse ou ansiedade?

Juntando todos os dados possíveis sobre o que sente e como acontece, recomendamos agendar uma consulta com médico/a clínico/a geral ou gastroenterologista, para avaliação, exame físico e orientação terapêutica.

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Estou com vômito amarelo, pode ser perigoso? Como faz para parar?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
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Clínica médica e Neurologia

Pode ser sim perigoso, quando a causa for, por exemplo, um quadro de infecção pulmonar (pneumonia), ou derivado de uma obstrução intestinal. Outras causas graves de vômito amarelo são casos de meningite e inflamação aguda da vesícula (colangite).

Para parar o vômito pode tomar uma medicação, como o Meclin®, Plasil®, Digesan® e ou Zofran®, mas é fundamental descobrir a causa e tratar em definitivo o problema.

Felizmente as causas mais comuns de vômitos amarelados e dores abdominais, são relacionados a problemas mais simples, como cálculo na vesícula e acúmulo de bile no estômago. Pode ocorrer ainda como sintoma inicial de gravidez, viroses ou intoxicação alimentar.

Vomitar amarelo - sinais de perigo!

Embora seja menos frequente, alguns casos de vômito amarelo são perigosos, por isso precisam ser rapidamente identificados e avaliados por um médico em caráter de urgência, são os casos de:

1. Vomito amarelo e febre alta

O vômito acompanhado de febre alta sugere alguma infecção, que pode ser pulmonar ou no sistema gastrointestinal. Na pneumonia é comum engolir o catarro produzido no pulmão e causar irritação no estômago. Nesses casos, o vomito é amarelado devido a presença de catarro.

Na infecção intestinal, pode haver ainda cólicas e diarreia. Ambas as situações precisam de tratamento com antibióticos, por isso é preciso procurar um atendimento médico o quanto antes.

2. Vômito amarelo e dor na barriga

O vômito de odor fétido e associado a prisão de ventre, sugere uma obstrução no intestino. A obstrução intestinal é uma causa bastante perigosa, porque por algum motivo não permite a passagem das fezes, que se acumulam e pode retornar até o estômago, sendo expulso na forma de vômitos.

Por isso, além do vômito com mau cheiro, pode apresentar também a distensão da barriga, dores e cólicas abdominais, ausência de eliminação de gases pelo ânus, ausência de evacuação e febre. Trata-se de uma emergência médica.

Na suspeita de obstrução intestinal, procure um atendimento imediatamente.

3. Vômito amarelo e dor de cabeça

O reflexo do vômito é controlado por uma região localizada dentro do crânio, no bulbo, portanto, doenças que aumentam a pressão dentro da cabeça, comprimem essa estrutura e causam o vomito biliar, com uma característica que chamamos "em jato", pela força com que o conteúdo é expelido.

O tumor cerebral, meningite ou ruptura de aneurisma cerebral, são exemplos de doenças neurológicas que desenvolvem os sintomas de dor de cabeça intensa, rigidez na nuca (pescoço duro, não consegue encostar o queixo no peito), febre e os vômitos amarelos em jato. A confusão mental e desmaio, ocorrem nas situações mais graves.

4. Olhos amarelados ou pele amarelada

A presença de coloração amarelada na parte branca dos olhos ou mesmo na pele, indica um aumento da bilirrubina no sangue, o que sugere um problema no fígado, vesícula biliar, ou ainda, no pâncreas.

Assim como a obstrução intestinal, ou suspeita de infecção grave, se apresentar coloração amarelada em uma região do corpo, procure imediatamente uma emergência médica.

O que fazer para parar de vomitar?

Na grande maioria das vezes, para parar de vomitar é preciso: hidratar-se bem, cuidar da alimentação e quando indicado, tomar um medicamento antiemético, como Meclin®, Plasil®, Digesan® e ou Zofran®.

Dicas que auxiliam na melhora dos sintomas, principalmente nas primeiras horas do enjoo são:

  • Limitar a ingestão de alimentos ou bebidas até o vômito parar;
  • Fazer pequenas refeições ao longo do dia, com intervalos curtos entre elas;
  • Dar preferência a alimentos preparados à temperatura ambiente ou frios;
  • Procurar manter a alimentação habitual;
  • Evitar alimentos gordurosos, azedos, salgados, condimentados, ácidos, com açúcar ou com odor forte;
  • Evitar deitar-se imediatamente depois das refeições, procurando manter a cabeça levantada por uma a duas horas depois de comer.
Causas de vômitos amarelos

As causas mais frequentes incluem:

  • Enjoo de movimento,
  • Intoxicação alimentar,
  • Gripe, Resfriado,
  • Pneumonia,
  • Gastroenterite,
  • Gravidez e
  • Obstrução intestinal.

Outras causas possíveis, embora menos frequentes são: o consumo exagerado de bebidas alcoólicas, insolação (calor excessivo), refluxo biliar (retorno de bile para o estômago por deficiência na válvula que separa o duodeno do estômago), crises de labirintite, crise de enxaqueca, câncer colorretal, uso de medicamentos, ansiedade e estresse.

Vomito amarelo pode ser gravidez?

Sim. Nas primeiras semanas de gestação, o aumento da produção de hormônios, como o beta-HCG, desencadeia sintomas desagradáveis como os enjoos e os vômitos, em geral, pela manhã.

Portanto, na presença de vômitos amarelos e amargos (bile), junto a outros sinais de gravidez como o atraso menstrual, maior sensibilidade das mamas, ou sonolência, procure o seu médico de família ou um ginecologista.

Para mais esclarecimentos sobre os tipos e causas de vômitos, procure o médico de família ou o gastroenterologista.

Conheça ainda mais sobre esse assunto nos artigos:

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Como é a cirurgia de hérnia hiatal?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A cirurgia para correção de hérnia hiatal é realizada por videolaparoscopia.

Com uso de moderna tecnologia, a operação é realizada por um método chamado, laparoscopia, quando é feito através de pequenos orifícios na parede abdominal, com rápida recuperação e cicatrizes mínimas.

As novas técnicas também reduzem os riscos relacionados a essa cirurgia.

No pós-operatório a pessoa refere pouca ou nenhuma dor, além de precisar de um período curto de internação, em média apenas 1 dia. O retorno ao trabalho ocorre dentro de uma semana ou até 14 dias, quando não há complicações.

Cicatrizes por videolaparoscopia Cirurgia para hérnia de hiato

A cirurgia de hérnia de hiato consiste em diminuir o orifício do diafragma por onde passa o esôfago e construir uma válvula com o próprio estômago, para impedir o refluxo. Lembrando que é através do orifício por onde passa o esôfago que ocorre o deslizamento de uma parte do estômago de volta para a cavidade torácica, dando origem à hérnia de hiato.

A cirurgia é feita sob anestesia geral. Antes de iniciar o procedimento, injeta-se gás carbônico no interior do abdômen para criar espaço para a realização da cirurgia.

A seguir, através dos orifícios feitos no abdômen, são introduzidas pinças e uma câmera, que permite ao cirurgião visualizar o interior da cavidade abdominal através de um monitor externo.

Como é o preparo para a cirurgia de hérnia de hiato?

Para fazer a cirurgia de hérnia de hiato, a pessoa precisa passar por uma avaliação médica, para realização de risco cirúrgico.

Nessa consulta é importante informar todas as medicações que faz uso, mesmo que não seja diariamente, para que o risco real seja determinado e para receber todas as orientações a serem seguidas, no pré-operatório.

Por vezes pode ser necessário suspender o uso de certos medicamentos dias antes da cirurgia, como é o caso de alguns anticoagulantes e remédios para diabetes. Outros medicamentos, como os anti-hipertensivos, costumam ser mantidos até a véspera.

Não existe uma regra, para cada caso, medicação, indicação do seu uso e doses, será recebida uma orientação.

Além disso, é necessário estar em jejum de 12 horas para alimentos sólidos e 8 horas para líquidos.

Como é o pós-operatório da cirurgia de hérnia de hiato?

Após a cirurgia é necessário uma dieta especial por 30 dias. Cada serviço orienta de acordo com a cirurgia e técnicas que foram utilizadas, levando sempre em consideração as características e condições de saúde da pessoa.

Na primeira semana a dieta deverá ser exclusivamente líquida, para evitar obstrução no esôfago. São recomendados o consumo de muita água, chá, leite, suco de frutas natural, gelatina, sorvete e como opção de salgado, o caldo de sopa.

Na segunda e terceira semanas pode ser iniciada alimentação líquido-pastosa, como vitamina de frutas, mingau, pudins, iogurte, caldo de feijão e sopa com hortaliças.

Na quarta semana pode avançar com alimentos mais pastosos, como a vitamina mais consistente, frutas cozidas, hortaliças cozidas e amassadas, carne batida no liquidificador e macarrão.

Alimentos sólidos como pães e carne, só devem ser consumidos após 1 mês da cirurgia.

Segundo a Sociedade Brasileira de Hérnia e Parede abdominal (SBH), além da orientação alimentar, para uma boa resposta ao tratamento cirúrgico e para evitar complicações, o paciente não deverá pegar peso, mais de 5 kg, e não deve fazer exercícios abdominais durante 60 dias.

No caso de dor abdominal, queixa frequente nos primeiros dias de pós-operatório, principalmente pelo uso de gás na cirurgia, o mais indicado é usar medicamentos analgésicos em gotas ou comprimidos triturados. Não tome comprimidos inteiros.

13 Orientações para o pós-operatório da cirurgia de hérnia de hiato:

1. Durante três semanas ingerir apenas líquidos e pastosos; ocorrerá dificuldade temporária em engolir os líquidos e alimentos. 2. No início, tome apenas líquidos em goles pequenos e devagar, se possível na posição em pé ou sentada e nunca deitada. 3. Os pontos da pele são retirados, em média, 7 dias após a cirurgia; nunca retirá-los por conta própria antes. 4. Evite bebidas com gás, bebidas pretas (café, chá-mate, refrigerantes a base de cola), condimentos e alimentos gordurosos. 5. É comum apresentar soluço: não se preocupe, pois, ele desaparece em poucas horas ou dias. 6. É normal ter a sensação de gases após a cirurgia, bem como dificuldade para arrotar e vomitar. 7. Dor no ombro é frequente e desaparece em poucas horas ou dias, sendo geralmente causada por irritação no diafragma. Se intensa, o paciente deve contactar o seu médico. 8. Evite exercícios físicos leves por 1 mês e moderados por 2 meses, relações sexuais por 15 dias. Evite dirigir por 3 a 5 dias de pós-operatório. 9. Evite dirigir por 3 a 5 dias de pós-operatório. 10. Dependendo do curativo, pode ser molhado durante o banho. 11. Retire o curativo 24 (horas) após a cirurgia. Limpe o local com gaze estéril e álcool a 70% e deixe-o coberto apenas com fita microporosa, trocando conforme orientação médica. 12. Não colocar mercúrio, pomadas, cremes ou qualquer outro medicamento, ou substância sobre as feridas. No entanto, se a incisão estiver aparentemente infeccionada (vermelha, com pus ou cheiro forte), fale com o seu médico! 13. O paciente pode andar normalmente após a cirurgia, e é recomendado a movimentação para ajudar na cicatrização e evitar tromboses. Com cuidado e sem fazer força com o abdômen.

Quais as possíveis complicações da cirurgia de hérnia de hiato?

Embora a cirurgia seja considerada muito segura, nenhum procedimento cirúrgico é totalmente isento de riscos.

Apesar de raras, podem ocorrer algumas complicações após a cirurgia, como hemorragias, lesões e infecção envolvendo a ferida, órgãos internos ou abdômen.

No caso de sangramento, ou lesão interna, será preciso nova cirurgia. No caso de infecção, é indicado o início de antibióticos.

Cirurgia de hérnia de hiato emagrece?

Sim, a cirurgia de hérnia de hiato emagrece.

É normal ter a impressão de que o estômago diminuiu nos primeiros dias após a cirurgia, fazendo com que ocorra uma perda de peso, além da restrição de alimentos nas primeiras semanas de pós-operatório.

Embora, com o tempo, não se cuidando adequadamente, todo o peso poderá retornar. A cirurgia não é indicada para emagrecimento.

Quando a cirurgia de hérnia de hiato é indicada?

É importante lembrar que, em caso de hérnia de hiato, o tratamento clínico costuma ser satisfatório e suficiente, nem sempre é indicado cirurgia. Acredita-se que 10 a 15% apenas dos casos, acabam por precisar de tratamento cirúrgico.

Leia também: Hérnia hiatal tem cura? Qual o tratamento?

A cirurgia é reservada para os casos mais graves, tais como:

  • Hérnias de hiato volumosas ou sintomáticas mesmo com mudança dos hábitos de vida e tratamento clínico;
  • Pacientes que, por alguma razão, acham-se impossibilitados de dar continuidade ao tratamento clínico;
  • Casos onde é exigido o tratamento contínuo de manutenção com medicamento para refluxo em dose adequada, especialmente em pacientes com menos de 40 anos e que optam pela cirurgia;
  • Esofagite grave, estenose de esôfago ou esôfago de Barrett.

Em caso de suspeita de hérnia de hiato, um/a médico/a clínico geral, médico/a de família ou, preferencialmente, um/a gastroenterologista deverá ser consultado para avaliação, diagnóstico e tratamento corretos.

Leia também:

O que é hérnia hiatal e quais os sintomas?

Que alimentos devo evitar antes e depois de uma cirurgia?

O que é gastrite enantematosa?
Dra. Ângela Cassol
Dra. Ângela Cassol
Médico

Gastrite enantematosa é um diagnóstico endoscópico da inflamação da mucosa do estômago, pode ser aguda ou crônica. Pode estar associada a diversos fatores:

  • infecção pela bactéria Helicobacter pylori, que também está associada a formação de úlceras gástricas;
  • uso de ácido acetilsalicílico, anti-inflamatórios e prednisona;
  • consumo de bebidas alcoólicas;
  • inflamação auto-imune da mucosa estomacal.

Os sintomas de gastrite são:

  • dor e queimação na "boca do estômago";

  • azia;

  • perda do apetite;

  • náuseas e vômitos;

  • distensão da "boca do estômago";

  • sensação de saciedade precoce;

  • sangramento digestivo, nos casos complicados, com evacuação de fezes pretas (melena) e/ou vômitos com sangue (hematêmese).

O diagnóstico é suspeitado pela queixa do paciente e deve ser confirmado através da realização de endoscopia digestiva alta.

O estômago é dividido em algumas partes: cárdia, corpo, antro e fundo. A inflamação pode acometer algumas destas localizações do estômago e normalmente a endoscopia especifica as regiões acometidas (pangastrite, quando acomete todo o estômago; gastrite de corpo, quando acomete o corpo do estômago; gastrite de antro, quando acomete o antro). Pela endoscopia, a gastrite pode ser classificada em leve, moderada ou grave, conforme o grau de acometimento da mucosa visto ao exame (classificação de Sidney), que considera os seguintes sinais: edema, enantema, exsudato e erosão.

O seguimento deve ser feito por médico clínico geral ou gastroenterologista.

Qual o tratamento para infecção intestinal?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

O tratamento para infecção intestinal consiste em repouso, hidratação e dieta adequada. Quando a perda de líquidos é muito acentuada, são indicados medicamentos para controlar as náuseas e os vômitos, além da administração de soro por via endovenosa para repor os sais e os líquidos. O tratamento da infecção intestinal causada por bactérias inclui também o uso de antibióticos.

Quanto à alimentação, o paciente deve ingerir pelo menos 2 litros de água por dia para prevenir a desidratação e evitar determinados alimentos, dando prioridade a outros. Recomenda-se evitar o leite, por exemplo, pois pode agravar a diarreia.

A dieta deve ser leve, à base de alimentos cozidos e preparados na hora, sem conservantes e gorduras. Também é importante comer em pequenas quantidades (5 a 6 vezes ao dia) e evitar forçar comer quando há dificuldade em engolir.

Alguns alimentos indicados durante o tratamento da infecção intestinal: arroz, legumes (cozidos e sem casca), bolacha de água e sal, gelatina, carne grelhada e sopas.

Se houver presença de sangue na diarreia, o paciente deve procurar um serviço de saúde para melhor avaliação.

O que é infecção intestinal?

A infecção intestinal é uma inflamação ou irritação de órgãos do tubo digestivo, nomeadamente o estômago e o intestino. Pode ocorrer em pessoas de qualquer idade, embora seja muito comum na infância.

Quais são os sintomas de infecção intestinal?

Os principais sintomas da infecção intestinal incluem diarreia, dor abdominal, cólicas, náuseas e vômitos. A pessoa pode apresentar ainda febre e dor de cabeça.

Se os vômitos ou a diarreia forem intensos e persistentes, pode haver desidratação. Os sintomas nesses casos podem incluir boca seca, sensação de engrossamento da língua e diminuição do volume de urina, que fica mais escura.

Os sinais e sintomas da infecção intestinal normalmente desaparecem dentro de alguns dias, mas em alguns casos o quadro pode durar até uma semana.

Quais são as causas de infecção intestinal?

As infecções intestinais, ou gastroenterites, são causadas principalmente por vírus, bactérias, parasitas e intoxicações alimentares. A maioria dos casos de infecção intestinal ocorre pela ingestão de alimentos ou água contaminados.

As infecções intestinais também podem ser transmitidas de pessoa para pessoa. Por exemplo, se uma pessoa infectada não lavar bem as mãos depois de evacuar, pode transmitir a infecção.

Para evitar a transmissão da infecção intestinal, o ideal é que a pessoa doente permaneça em casa até o desaparecimento dos sintomas, sobretudo a diarreia e os vômitos. O tempo de repouso normalmente é de 48 horas.

Como prevenir infecção intestinal?

Algumas infecções intestinais podem ser prevenidas com práticas de higiene como lavar as mãos com água e sabão principalmente antes da preparação das refeições e após utilização do banheiro.

Esofagite erosiva tem cura? Qual o tratamento?
Dra. Ângela Cassol
Dra. Ângela Cassol
Médico

Esofagite é uma doença que pode ser curada. O tratamento inclui algumas medidas dietéticas e mudanças no estilo de vida e pode ser necessário o uso de medicações, como antiácidos e bloqueadores da secreção ácida estomacal (bloqueadores H2, como ranitidina e cimetidina, e bloqueadores de bomba protônica, como omeprazol, pantoprazol, etc). Nos casos mais graves, é necessária intervenção cirúrgica.

É recomendável que o paciente que tem esofagite erosiva siga algumas medidas, de modo a aliviar os sintomas:

  • Não se deitar logo após as refeições, aguardar pelo menos uma hora;
  • Alimentar-se com porções pequenas, com menor intervalo entre as refeições;
  • Evitar o consumo de álcool, bebidas gasosas (refrigerantes especialmente), café, chá mete, chá preto;
  • Evitar consumir alimentos gordurosos e condimentados, frituras, molho de tomate e frutas ácidas (laranja, limão, abacaxi, etc);
  • Manter o peso dentro da faixa adequada para idade e altura. Pode-se saber a faixa de peso ideal calculando o IMC, através da fórmula: peso/(altura x altura). O ideal é que o valor fique na faixa entre 19 e 25kg/m2;
  • Praticar atividade física regularmente;
  • Não fumar;
  • Não tomar medicamentos sem prescrição e orientação médica

O diagnóstico, seguimento e tratamento deve ser feito por médico gastroenterologista.

Exame da amilase: quais são os valores de referência?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Os valores de referência do exame de amilase no adulto variam entre 20 e 160 unidades/litro. A amilase alta pode ser um sinal de inflamação ou doença no pâncreas ou nas glândulas salivares. Valores baixos de amilase podem indicar insuficiência pancreática ou doenças graves no fígado.

A amilase é uma enzima digestiva produzida pelo pâncreas e pelas glândulas salivares. Sua função é "quebrar" os carboidratos (amido) ingeridos na alimentação para serem mais facilmente absorvidos pelo organismo.

O exame de amilase geralmente é solicitado quando há suspeita de pancreatite (inflamação no pâncreas) ou outras doenças que afetam o pâncreas.

O nível de amilase pode aumentar até 6 vezes em casos de pancreatite aguda. O aumento ocorre dentro de 1 a 3 dias após o início da inflamação. Já na pancreatite crônica os valores de amilase podem estar um pouco elevados, mas à medida que o pâncreas vai sendo destruído, os valores vão diminuindo.

Veja também: Quais os sintomas de problemas no pâncreas?

Além das doenças pancreáticas (inflamações, câncer), há ainda uma série de outras doenças e condições que podem deixar a amilase alta, tais como:

  • Doenças agudas das glândulas salivares; 
  • Obstrução da bile ou do intestino;
  • Úlcera perfurada;
  • Apendicite;
  • Insuficiência renal;
  • Gravidez ectópica;
  • Câncer de pulmão ou ovário;
  • Queimaduras graves;
  • Intoxicação alcoólica;
  • Cetoacidose diabética;
  • Parotidite.

Quando a amilase está baixa, é um sinal de que as células que produzem a enzima no pâncreas estão sendo destruídas. Isso pode ocorrer em casos de pancreatite crônica, câncer de pâncreas, fibrose cística avançada, cirrose, hepatites e ainda toxemia gravídica.

A interpretação do resultado do exame de amilase deve ser feita pelo médico que solicitou o exame, que também levará em consideração outras informações, como a história clínica, presença de sinais e sintomas e o exame físico do paciente.