O aumento das plaquetas pode estar relacionado com muitas doenças e situações médicas, algumas são simples e algumas são grave (algumas muito graves). O ideal é sua filha fazer acompanhamento com pediatra e se ele achar necessário procurar um Hematologista.
Sim. Quem tem HPV pode doar sangue. A presença da infecção pelo papiloma vírus humano ou HPV não é um impedimento para a doação de sangue.
A infecção pelo vírus não impede que a pessoa doe sangue porque o HPV não circula pela corrente sanguínea, como o vírus HIV, por exemplo. Ele fica restrito ao local da lesão. Daí a sua transmissão ocorrer apenas pelo contato com as lesões, principalmente pela via sexual.
Porém, assim como em outras doenças e infecções, o HPV pode impedir temporariamente a pessoa de doar sangue. Isso porque é necessário que o doador esteja com as lesões curadas. Só após o desaparecimento das verrugas, com ou sem tratamento, é que a pessoa poderá doar sangue.
Saiba mais sobre sobre verrugas e HPV em: Toda verruga é HPV?
Outra pequena restrição na doação de sangue não está propriamente relacionada com o HPV em si, mas sim com a vacina. Quem se vacinou contra o HPV deve esperar 48 horas para poder doar sangue.
Veja também: Quem deve tomar a vacina contra HPV?
Tirando essas pequenas restrições, a infecção por HPV não impede que alguém se torne doador de sangue.
O vírus HPV é responsável pela maioria dos casos de câncer do colo do útero. Contudo, as lesões iniciais causadas pelo vírus têm tratamento e podem ser curadas.
Se você tem entre 18 e 69 anos e pesa no mínimo 50 Kg, procure um Hemocentro próximo de você para doação de sangue. Doar sangue é um procedimento simples, seguro e que pode salvar vidas.
Na presença de alguma lesão vaginal, procure algum/a profissional de saúde para melhor acompanhamento e orientação. O HPV pode ser diagnosticado pelo/a ginecologista, médico/a de família ou clínico/a geral.
Saiba mais sobre HPV em:
HPV: o que é e como se transmite?
Sim. Os irmãos, inclusive gêmeos, podem ter tipos sanguíneos diferentes, dependendo da combinação entre os genes recebidos dos pais, em cada gestação.
Isso ocorre porque o tipo sanguíneo é sempre composto por dois genes. Cada um dos pais tem dois genes e transmite apenas um deles ao bebê. A cada gestação pode transmitir um ou o outro, o que possibilita a formação de um tipo sanguíneo diferente.
Tipos sanguíneosSabemos que existem apenas 4 tipos de sangue, os tipos, A, B, AB e O, que são definidos pela proteína presente na parede da hemácia, principal célula do sangue.
Entretanto, cada tipo sanguíneo pode apresentar uma ou duas formas de expressão genéticas, da seguinte maneira:
- Tipo A - pode ter um gene tipo A e um tipo O ou os dois A: AO ou AA
- Tipo B - pode ter um gene tipo B e outro tipo O ou os dois B: BO ou BB
- Tipo AB - obrigatoriamente recebeu um tipo A e outro B: AB
- Tipo O - obrigatoriamente recebeu dois genes tipo zero: OO
Vemos assim, que as combinações dependem não só do tipo de sangue dos pais, mas também da expressão que cada um transmite ao bebê naquela gestação, principalmente se um deles for tipo A, tipo B ou tipo AB.
Vamos ver alguns exemplos:
Filhos de pais com sangue tipo A com OMãe tipo A, pela expressão AO:Neste caso a mãe pode transmitir tanto o gene A quanto o gene O. Se passar o gene O e o pai também passar um gene O, a criança será Tipo O.
(O da mãe + O do pai = OO).
Mas se na segunda gestação, a mãe transmitir o tipo A, com o mesmo pai tipo O, o irmão ou irmã, será Tipo A.
(A da mãe + O do pai = AO).
Porque sempre que existe uma proteína, nesse caso a A, ela determinará o tipo de sangue, visto que o zero não tem qualquer proteína.
Mãe tipo A, pela expressão AA:Contudo, se a mãe, tipo A, for da expressão AA, ela sempre irá transmitir o A, e então sendo o pai tipo O, sempre transmite o O, todos os filhos serão AO = Tipo A.
Filhos de pais com sangue tipo B com OEsse caso é igual ao caso de cima. Se um dos pais for tipo B com a expressão BO, e o outro O, a criança poderá ser tipo B, quando receber o gen B, ou tipo O, se receber o gen O.
Se um dos pais for tipo B, mas com a expressão BB, a criança sempre receberá um gene B, dando origem ao tipo sanguíneo B, em todas as gestações.
Filhos de pais A com BOs filhos de pais que um é tipo A e o outro tipo B, também permite várias combinações, dependendo da expressão de cada um. Se um for tipo A (AO), pode transmitir o A ou o O. Se o outro for B também com a expressão (BO), tem as duas possibilidades, por isso a criança pode ter os tipos: A, B, AB ou O.
Por exemplo, se a mãe for AO e transmitir o O e o pai BO e também passar o O, a criança será tipo O (O+O). O que pode causar um espanto, como pais tipo A e B tem um bebê tipo O? Sim, como vimos, dependendo da expressão de cada um, pode acontecer.
No entanto, se a mãe passar o gene A e o pai o gene B (A+B), a criança será tipo AB. Se a mãe passar o tipo A e o pai o tipo O (A+O), a criança será o tipo A. E por fim, se a mãe passar o O e o pai o B, será tipo B.
Se ambos foram geneticamente dominantes, os tipos (AA) e (BB), as crianças serão sempre tipo AB, devido ao A da mãe e o B do pai.
Filhos de pais com sangue tipo AB com ABOs filhos de casais AB podem ter os tipos sanguíneos, A, B ou AB, dependendo de qual gene for transmitido pelos pais.
Quando ambos passarem o tipo A, a criança será A; se ambos passarem o B, a criança será tipo B, mas se um passar o A e o outro o B, a criança será AB.
Porém, um casal AB nunca pode ter um filho O, porque ele não consegue fazer essa combinação de zero + zero.
Pais com tipo sanguíneo O, quer dizer que não receberam nenhuma proteína, são zero+zero ou OO. Por isso, só conseguem transmitir o gene O.
Sendo assim, todos os filhos de um casal O, serão sempre tipo O, seja qual for a gestação.
Irmãos devem ter o mesmo fator RH?Também não. Os filhos podem ter RH diferentes dos irmãos e até dos pais, em alguns casos.
Além do tipo sanguíneo existe o fator RH, outra proteína que quando está presente, dá origem ao sangue RH positivo, quando está ausente RH negativo.
A transmissão é a mesma, trata-se de um gene duplo, por isso mesmo que os pais sejam RH positivo, não é obrigatório que os filhos sejam positivos, porque se forem RH+RH- existe a chance de 25%, da criança receber o RH- dos dois e assim, ser RH negativo.
A determinação do sangue da criança é complexa e depende do tipo de sangue dos pais, em cada gestação ocorrida.
Entenda mais sobre a presença ou não do fator Rh no artigo: Quais podem ser os tipos sanguíneos dos meus filhos?
Referência:
ABHH - Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular.
É possível saber o tipo sanguíneo através de exame de sangue (tipagem sanguínea), doação de sangue ou ainda consultando exames anteriores que tenham essa informação, como o teste de tipagem sanguínea do recém-nascido, realizado juntamente com o teste do pezinho.
1. Exame de tipagem sanguíneaO exame de sangue para determinar o tipo sanguíneo é chamado de tipagem sanguínea. Para realizar o teste, basta dirigir-se a um hospital ou laboratório de análises clínicas que faça esse tipo de exame. O valor varia entre R$ 10,00 e R$ 25,00.
Também é possível realizar o exame de tipagem sanguínea gratuitamente pelo SUS (Sistema Único de Saúde). O teste normalmente é solicitado para as gestantes durante o pré-natal. Contudo, qualquer pessoa pode fazer o exame, inclusive crianças, mas antes é necessário passar por uma consulta médica em uma Unidade Básica de Saúde.
Não é necessária nenhuma preparação para fazer o exame de tipagem sanguínea. A coleta de sangue pode ser feita por ordem de chegada ou agendada por telefone ou pessoalmente, dependendo do local.
2. Doação de sangueUma outra maneira de descobrir o tipo sanguíneo é doar sangue. A doação é gratuita e pode ser feita em unidades de coleta de sangue, como hemocentros e centros de hematologia. Para doar sangue, é necessário ter entre 16 e 69 anos de idade e pesar mais de 50 kg.
Além disso, é preciso apresentar um documento original com foto expedido por órgão oficial, como RG, carteira de habilitação, carteira de trabalho, entre outros. Pessoas com menos de 18 anos precisam de autorização por escrito dos responsáveis para poder doar sangue.
Em geral, o doador recebe um cartão ou uma carteirinha em que consta o seu tipo de sangue. Caso não tenha esse documento, ligue para o local e confirme se eles têm o seu cadastro com a informação sobre o tipo sanguíneo.
Indivíduos com febre, gripe, resfriado ou que tiveram diarreia recentemente, bem como gestantes e mulheres no pós-parto não podem doar sangue temporariamente. Em algumas situações específicas, o impedimento da doação é definitivo. São elas:
- Ter tido hepatite depois dos 11 anos de idade;
- Ter hepatite B, hepatite C, HIV/AIDS, doença de Chagas e doenças causadas pelo vírus HTLV I e II;
- Usar drogas injetáveis;
- Ter tido malária.
Existem ainda outras condições que impedem temporariamente a doação de sangue. Por isso, antes de se dirigir ao local, é recomendável ligar e confirmar se cumpre os requisitos para ser doador.
3. Resultado da tipagem sanguínea do recém-nascidoO teste de tipagem sanguínea é um dos exames realizados no recém-nascido logo após o nascimento e serve especificamente para determinar o tipo sanguíneo do bebê. A amostra de sangue usada para o teste é a mesma usada para o teste do pezinho.
O resultado do exame de tipagem sanguínea feito no recém-nascido fica registrado na maternidade, no prontuário do recém-nascido. Além disso, é entregue uma caderneta da criança com o resultado do exame. Assim, se a pessoa perder o exame, tem como verificar na maternidade o resultado.
Quais são os tipos sanguíneos?Os tipos sanguíneos são determinados pelo tipo de antígeno que os glóbulos vermelhos do sangue têm na sua superfície. Os antígenos são substâncias que ajudam o corpo a diferenciar entre suas próprias células e as que são estranhas ou potencialmente perigosas, desencadeando uma resposta imune no organismo. Existem 4 grandes grupos de tipo sanguíneo: A, B, AB e O. Cada grupo caracteriza-se pela presença de antígenos específicos:
- Sangue tipo A possui o antígeno A;
- Sangue tipo B tem o antígeno B;
- Sangue tipo AB possui os antígenos A e B;
- Sangue tipo O não possui o antígeno A nem B.
Contudo, para definir o tipo sanguíneo, é necessário também identificar a presença ou ausência do fator Rh:
- Rh positivo: pessoas apresentam antígenos Rh na superfície dos glóbulos vermelhos possuem sangue Rh positivo (+);
- Rh negativo: pessoas que não têm antígenos Rh na superfície dos glóbulos vermelhos possuem sangue Rh negativo (-).
Ao incluir o fator Rh, os 8 tipos sanguíneos mais prevalentes podem ser identificados: A+, A-, B+, B-, AB+, AB-, O+ e O-.
Como saber se posso doar ou receber sangue pelo meu tipo sanguíneo?Tipo sanguíneo O: indivíduos tipo O podem doar sangue a qualquer pessoa, porque seu sangue não possui antígenos. Por isso, o tipo sanguíneo O é chamado de “doador universal”, pois pode doar sangue para os tipos A, B, AB e O. No entanto, eles só podem receber sangue tipo O, já que um sangue com qualquer antígeno (A ou B) é reconhecido como estranho pelo organismo.
Embora o tipo O- tenha sido considerado o doador universal, pesquisas mais recentes sugerem que anticorpos adicionais às vezes estão presentes no sangue e podem causar reações graves durante uma transfusão.
Tipo sanguíneo A: pessoas com sangue tipo A podem doar para indivíduos do tipo A e do tipo AB. Podem receber apenas sangue tipo A e tipo O.
Tipo sanguíneo B: pessoas do tipo sanguíneo B podem doar sangue para quem tem sangue tipo B e tipo AB. Podem receber sangue apenas dos tipos B e do tipo O.
Tipo sanguíneo AB: indivíduos do tipo AB podem doar sangue apenas para outros indivíduos do grupo AB. Podem receber qualquer tipo de sangue (A, B, AB e O). Por isso, o tipo sanguíneo AB é chamado de “receptor universal”.
Uma vez que os tipos sanguíneos são ainda organizados pelo fator Rh, é fundamental também saber se você é Rh positivo ou Rh negativo.
Rh positivo: pessoas com sangue Rh positivo podem receber sangue Rh positivo e Rh negativo.
Rh-negativo: pessoas com sangue Rh negativo podem receber apenas sangue Rh negativo.
Por exemplo: quem tem tipo sanguíneo B+ só pode doar sangue para pessoas com sangue dos tipos B+ e AB+. Por outro lado, alguém com sangue B- pode doar para quem tem sangue tipo B-, B+, AB- e AB+.
Quais são os tipos sanguíneos mais comuns e mais raros?No Brasil, cerca de 90% da população tem tipo sanguíneo A e O. Os grupos sanguíneos B e AB são mais raros. Na Índia e no Japão, por outro lado, o tipo sanguíneo mais comum é o B.
Por que é importante saber meu tipo sanguíneo?A tipagem sanguínea é especialmente importante para mulheres grávidas. Se a mãe for Rh- e o pai for Rh+, a criança provavelmente será Rh+. Nesses casos, a mãe precisa receber um medicamento específico. Este medicamento impede o corpo da mulher de formar anticorpos que podem atacar as células sanguíneas do bebê
Nem todos os tipos de sangue são compatíveis, por isso é importante saber o seu tipo de sangue. Receber sangue incompatível com o seu tipo sanguíneo pode desencadear uma resposta imune perigosa, que pode levar à morte. Isso porque o sistema imunológico irá atacar e destruir os glóbulos vermelhos que formam esse sangue.
Para mais informações sobre como saber o seu tipo sanguíneo, consulte um médico clínico geral ou médico de família.
Conheça mais sobre esse assunto nos artigos:
Sim, linfoma tem cura. O tratamento pode incluir quimioterapia, radioterapia, imunoterapia e, em alguns casos, transplante de medula óssea. As chances de cura e a escolha do tratamento dependem principalmente do estágio do câncer e do tipo de linfoma (Hodgkin ou não-Hodgkin).
Alguns linfomas não-Hodgkin podem ser tratados apenas com radioterapia, embora a quimioterapia seja a grande responsável pela eliminação completa da maioria dos tumores.
A quimioterapia é feita com medicamentos específicos que matam as células doentes. Contudo, muitas vezes, o tratamento acaba por destruir também células saudáveis.
A radioterapia consiste na aplicação localizada de radiação para matar as células cancerígenas. Esse tratamento é útil para amenizar os sintomas do linfoma e potencializar o efeito da quimioterapia, reduzindo as chances de recidivas do tumor.
Já o transplante de medula óssea consiste na substituição das células doentes e mortas por células normais de medula óssea. A medula óssea usada no transplante pode ser do próprio paciente (transplante autogênico) ou de um doador (transplante alogênico).
Alguns tipos específicos de linfoma precisam de tratamento imediato, enquanto outros, que crescem lentamente e não provocam sintomas, nem sempre precisam ser tratados com tanta brevidade. O acompanhamento da evolução do tumor pode ser suficiente nesses casos.
Após o tratamento, o paciente é acompanhado periodicamente para verificar se o linfoma voltou. Os intervalos entre as consultas vão aumentando com o passar do tempo.
O reaparecimento dos sintomas deve ser comunicado imediatamente ao médico hematologista, o especialista responsável pelo tratamento do linfoma.
Saiba mais em:
Estando dentro dos valores de normalidade, a princípio não há com o que se preocupar.
Entretanto, sabendo que dentre as causas comuns de plaquetas baixas, estão as doenças crônicas como a psoríase e uso regular de certos medicamentos, como no seu caso, recomendamos informar esses resultados ao seu médico assistente, para uma avaliação mais detalhada e se for preciso, fazer as alterações pertinentes.
Mesmo que esteja dentro da normalidade e que resulte apenas em orientações alimentares e de hábitos de vida, poderá prevenir uma plaquetopenia (queda das palquetas), futura.
Quais as causas de plaquetopenia (plaquetas baixas)?As principais causas de plaquetopenia são:
- Infecções virais e bacterianas (dengue, chikungunya, febre amarela, sepse);
- Uso crônico de certos medicamentos;
- Gestação;
- Doenças crônicas (diabetes, hipertensão, psoríase)
- Doenças imunológicas (púrpura trombocitopênica imune (PTI);
- Doenças reumáticas (Lúpus eritematoso sistêmico);
- Doenças da medula óssea (mieloma múltiplo);
- Doenças que causem o aumento do baço, como esquistossomose, leucemia, linfoma; entre outras.
As plaquetas, ou trombócitos, são células do sangue, produzidas pela medula óssea, que participam ativamente do processo de coagulação do corpo, embora não seja a única responsável por essa função. Existem ainda os fatores de coagulação, que agem junto, e são fundamentais para que o processo ocorra de maneira satisfatória.
Para mais esclarecimentos fale com seu/sua médico/a clínica geral, ou hematologista.
Saiba mais sobre o assunto nos artigos a seguir:
Para que serve a contagem das plaquetas e como entender os resultados?
O que fazer para aumentar a contagem de plaquetas?
Qual é o perigo de ter plaquetas baixas?
Referências:
- Charles S Abrams, et al.; Platelet biology. UpToDate: Jul 10, 2019.
- Donald M Arnold, et al.; Approach to the adult with unexplained thrombocytopenia. UpTodate: Jul 19, 2019.
Sim. A mulher pode doar sangue mesmo estando menstruada.
A menstruação não é impedimento para doação de sangue.
A perda de sangue que ocorre durante a menstruação é uma perda prevista pelo corpo da mulher e seu organismo está adaptado a fazer a reposição necessária.
Em cada doação de sangue são coletados em torno de 450 mL de sangue, o que corresponde menos de 10% do total de volume sanguíneo. Essas células sanguíneas doadas são repostas pelo organismo ao longo do tempo e não fará falta no desempenho das funções metabólicas da pessoa que doou.
Por isso, a doação de sangue durante o período menstrual não apresenta nenhum risco à saúde da mulher.
A doação de sangue é uma prática muito importante que pode salvar vidas. Se você tem entre 16 e 69 anos de idade e tem peso acima de 50 Kg, procure um Centro de Doação (Hemocentro) mais próximo para maiores informações.
O Rh nulo, ou sangue dourado é o tipo mais raro de sangue no mundo. Apenas 43 pessoas, até hoje, foram identificadas com esse tipo sanguíneo. Depois do sangue dourado, os tipos menos comuns são: AB- e B-.
O sangue tipo O+ e o tipo A+ são os mais comuns tanto na população brasileira, como na maioria dos países.
O que é o tipo sanguíneo Rh nulo?Rh nulo, ou sangue dourado, é o tipo sanguíneo que não apresenta nenhuma expressão de Rh. Situação extremamente rara.
O fator Rh é um antígeno (ou proteína), encontrada na superfície da hemácia. Existem cerca de 45 diferentes tipos de Rh, sendo o principal, a proteína D, que determina a positividade do sangue. Portanto, pessoas que possuem o RhD são consideradas Rh positivo, as que não apresentam essa proteína, são consideradas Rh negativo, mesmo havendo outro tipo de proteína Rh.
O Rh nulo, são pessoas que não apresentam nenhuma das 45 famílias de proteínas do sistema Rh no sangue. A causa parece ser uma mutação genética, que impede a síntese dessas proteínas.
A grande importância em identificar o tipo de sangue e fator é RH, é evitar complicações no caso de contato com outro tipo de sangue, que não seja compatível. Por exemplo, nos casos de transfusão sanguínea ou durante uma gestação de mãe e bebê, com tipo de sangue diferente.
Tipos de sangueO grupo sanguíneo é determinado de acordo com o conjunto de antígenos presentes na superfície da hemácia. Os antígenos determinam os tipos A, B, AB e O, e ainda, o fator Rh, se positivo, negativo ou nulo.
Na presença de RhD, o sangue é definido como Rh positivo, se não apresentar essa proteína, é definido como Rh negativo.
Sendo assim, os tipos de sangue e os antígenos que cada um apresenta, são:
Tipo sanguíneo | Antígenos |
Tipo A | Antígeno A |
Tipo B | Antígeno B |
Tipo AB | Antígenos A e B |
Tipo O | Não apresente antígenos |
Rh + | Antígeno RhD |
Rh - | Ausência de RhD |
Rh nulo | Nenhuma expressão Rh |
O tipo de sangue que combina com todos é o tipo O negativo, doador universal, porque não possui nenhum antígeno, então não desencadeia reação contrária. Pode ser usado para pessoas com tipo A, B, AB e O. Porém, só pode receber dele mesmo, pois não reconhece os antígenos, nem o A nem o B, ou RhD.
O tipo AB+ pode receber de todos, pois possui todas as proteínas em seu sangue, não reagindo contra nenhuma delas. Conhecido portanto como receptor universa. Já o AB- não pode receber que nenhum sangue positivo, pois irá reagir contra a proteína Rh+.
Os tipos iguais também combinam, pois se reconhecem. Depois cada tipo sanguíneo deve ser cuidadosamente analisado, e sendo preciso transfusão, deve ser feita uma análise e testagem, antes de iniciar a transfusão a um paciente.
Exemplos: Tipo A+ pode receber do Tipo A+, A-, O+ e O-; O tipo B- só pode receber do B- e O-, porque qualquer fator RhD, ou seja, B+ ou O+, irão desencadear reação, já que o organismo não reconhece essa proteína.
Sangue tipo O- (negativo) - o doador universalO sangue tipo O negativo, é aquele que não possui nenhum antígeno, nem tipo A, nem tipo B, e nem RhD. Por isso quando transfundido, não reage contra nenhum outro tipo de sangue. Sendo denominado doador universal.
Por outro lado, essas pessoas só podem receber sangue de doadores do mesmo tipo sanguíneo, o tipo O-.
Sangue tipo O+ (positivo)O sangue O positivo é o tipo sanguíneo mais comum na população brasileira, sem antígenos A nem B, porém possui antígeno RhD, portanto não pode ser doado para pessoas com fator Rh positivo.
Pode receber dos tipos O+ e O-.
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Referência:
- Lynne Uhl. Red blood cell antigens and antibodies. UpToDate. Sep 20, 2019.
- ABHH - Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia celular.