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Leucograma: Para que serve e quais os valores de referência?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

O leucograma está incluído no hemograma completo e serve para verificar o número de glóbulos brancos presentes no sangue e avaliar as características dessas células.

Os glóbulos brancos, também chamados de leucócitos, são células de defesa do organismo que protegem o corpo contra corpos estranhos, micro-organismos invasores e até células cancerosas.

Existem 5 tipos de leucócitos que desempenham diferentes papéis no sistema imunológico: eosinófilos, basófilos, neutrófilos, linfócitos e monócitos.

Quando o resultado do leucograma indica um aumento do número de leucócitos (leucocitose), pode ser apenas um aumento causado por estresse, sendo portanto considerado normal, desde que seja baixo.

Por outro lado, um nível de leucócitos alto pode ser sinal de inflamações, infecções ou leucemia. A doença é definida pela contagem de cada tipo de glóbulo branco.

Quando os neutrófilos estão altos, a causa provável é uma inflamação. Já o nível de eosinófilos pode estar elevado em casos de alergia e verminoses.

Veja aqui o que significa: O que são eosinófilos? O que pode alterar os seus valores?

Os bastonetes são neutrófilos jovens. Quando detectados no leucograma, dá-se o nome ao achado de "desvio à esquerda". Normalmente a presença de bastonetes na circulação é acompanhada por um aumento da quantidade de neutrófilos durante um processo inflamatório.

O surgimento de bastonetes no sangue durante a leucocitose normalmente indica que o organismo está reagindo bem à inflamação. Porém, se o número de bastonetes for superior ao de neutrófilos, é um sinal de que a medula não está conseguindo liberar células maduras suficientes e por isso acaba por enviar as mais jovens, que são os bastonetes.

Veja também: Bastonetes altos no hemograma, o que pode ser?

Quando o leucograma indica uma diminuição do número de leucócitos (leucopenia), geralmente é porque os glóbulos brancos estão sendo destruídos ou retirados da circulação, o que pode ocorrer em casos de infecções, inflamações e doenças autoimunes, genéticas, da medula óssea, da tireoide e do baço.

A redução no número de neutrófilos (neutropenia) associada a um aumento dos bastonetes indica a presença de um processo inflamatório grave.

Leucograma normal

Abaixo seguem os valores de referência, considerados normais, para o leucograma:

Leucócitos totais Valor absoluto Valor relativo
Basófilos Raros Raros
Eosinófilos 0 - 1.000/mm³ 1 - 6%
Neutrófilos jovens Raros Raros
Bastonetes 0 - 300/mm³ 1 - 2%
Segmentados 3.000 - 8.000/mm³ 36 - 53%
Linfócitos 1.500 - 6.000/mm³ 42 - 53%
Monócitos 0 - 1.000/mm³ 1 - 7 %

Lembrando que o leucograma deve ser analisado pelo/a médico/a que solicitou o exame, que levará em consideração a história do/a paciente, o exame clínico, o resultado de outros exames, bem como outros fatores que devem ser considerados para interpretar o exame.

Saiba mais em:

Segmentados: qual o valor normal?

O que é leucopenia e qual o tratamento adequado?

Nível de leucócitos alto pode indicar uma infecção grave?

Quais são os valores de referência de um hemograma?

Leucócitos baixos, o que pode ser?

Referência

Sociedade Brasileira de Análises Clínicas

Qual o valor normal dos segmentados no exame de sangue?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O valor normal dos segmentados ou neutrófilos segmentados no sangue pode variar de acordo com cada laboratório. No entanto, você pode se basear nos seguintes valores de referência:

  • 3.000 a 8.000/mm³ ou
  • 40 a 65%

Os segmentados fazem parte do leucograma que, por sua vez, está incluído no hemograma completo.

Segmentados altos ou baixos, o que significa?

O nível de segmentados altos ou baixo no sangue indica que algo pode estar acontecendo no seu organismo.

Segmentados altos

Os segmentados são considerados altos no sangue quando atinge os seguintes valores:

  • acima 8.000/mm³ ou
  • acima 65%

A elevação dos níveis de segmentados no sangue é chamado de neutrofilia e ocorre nas seguintes condições:

  • Infecções bacterianas e/ou inflamações,
  • Hemorragias,
  • Infarto,
  • Uso de alguns medicamentos, por exemplo, os corticoides,
  • Presença de tumores e
  • Após a realização de cirurgias.
Segmentados baixos

Quando os segmentados no sangue estão baixos, observamos no exame de sangue os valores a seguir:

  • abaixo de 3.000 ou
  • abaixo de 40%

A redução dos segmentados na corrente sanguínea, se chama de neutropenia e pode indicar:

  • Doenças autoimunes,
  • Distúrbios na atividade da medula óssea,
  • Alcoolismo e
  • Tratamento com quimioterapia.
O que são os segmentados?

Os segmentados ou neutrófilos segmentados são os neutrófilos maduros, células de defesa encontradas em maior quantidade na corrente sanguínea. Os neutrófilos fazem parte dos glóbulos brancos do sangue, responsáveis pelo nosso sistema imune e muito importante no combate a infecções.

Neutrófilos jovens são conhecidos como bastões ou bastonetes e costumam estar elevados quando existe uma infecção aguda.

O resultado dos níveis de segmentados e outros componentes do hemograma completo, deve ser interpretado e analisado, de preferência, pelo médico que o solicitou. Geralmente é solicitado pelo médico de família ou clínico geral.

Se você quer saber mais sobre segmentados e/ou leucograma, leia também:

Segmentados alto no leucograma, o que pode ser?

Segmentados baixo no leucograma, o que pode ser?

Leucograma: Para que serve e quais os valores de referência?

Referência

Sociedade Brasileira de Análises Clínicas

Quais os benefícios e riscos da auto-hemoterapia?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Os supostos benefícios da auto-hemoterapia estão relacionados com o aumento do número de leucócitos (células de defesa). Através dessa elevação dos níveis de leucócitos, a auto-hemoterapia promete tratar várias doenças, desde a acne ao câncer, e até fazer emagrecer.

O método consiste na aplicação intramuscular de sangue retirado do próprio paciente, dentro de no máximo 30 minutos. Teoricamente, o sangue, ao ser aplicado no músculo, é reconhecido pelo organismo como sendo um corpo estranho, desencadeando uma resposta do sistema imunológico, somando a resposta já existente, aumentando a resposta imunológica desta pessoa.

Os macrófagos, um tipo específico de leucócitos, são importantes células de defesa do organismo, cuja função é "engolir" e destruir micro-organismos invasores, além de trabalhar em conjunto com outras células de defesa (linfócitos T e B).

Sabe-se que os macrófagos desencadeiam uma poderosa ação contra vírus, bactérias e até mesmo células cancerígenas.

Baseando-se nisso, os adeptos da auto-hemoterapia alegam que o método é capaz de curar várias doenças, que vão desde acne e úlcera do estômago ao câncer, passando por alcoolismo, diabetes, esclerose múltipla, hipertensão arterial, dores crônicas, obesidade, entre outras.

Contudo, não existem evidências científicas que comprovem esses benefícios, e ao contrário, profissionais médicos e farmacêuticos sinalizam dos riscos que essa técnica pode levar aos praticantes. 

Quais os riscos e efeitos colaterais da auto-hemoterapia?

O principal risco da auto-hemoterapia é o risco de infecção, que, em alguns casos, pode evoluir para infecção generalizada e provocar a morte do paciente.

Essa infecção pode ser causada por bactérias que estão na pele ou no próprio ambiente, que muitas vezes não tem as condições sanitárias adequadas.

O hematoma que se forma após a aplicação torna-se um meio de cultura de bactérias, onde elas se multiplicam e proliferam.

A Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH), a Anvisa e o Conselho Federal de Medicina não reconhecem a auto-hemoterapia como um método terapêutico, uma vez que não existem estudos científicos que comprovem a sua eficácia.

Para maiores informações sobre a auto-hemoterapia e os seus riscos, consulte um médico hematologista ou hemoterapeuta.

O que é neutrofilia?
Dr. Gabriel Soledade
Dr. Gabriel Soledade
Médico

Neutrofilia é quando a quantidade de neutrófilos está alta no sangue.

Os neutrófilos são um tipo de células do sangue, que participam no combate às infecções. A sua quantidade pode aumentar nos casos de infecções (principalmente quando há presença de febre e pus em algum local), inflamações, alguns cânceres, sangramentos e no uso de certas medicações.

A neutrofilia por si só não é um problema, e não precisa ser tratada. Mas ela é sinal de que algum processo está ocorrendo no organismo, e a causa deve ser investigada.

Geralmente, essa investigação é feita inicialmente pelo clínico geral ou pediatra que, se necessário, poderá encaminhar a algum especialista.

Saiba mais em:

Neutrófilos altos no hemograma: O que significa?

Bastonetes altos no hemograma, o que pode ser?

Segmentados baixos no leucograma, o que pode ser?

Neutrófilos baixos, o que pode ser?

O que é trombofilia e quais os seus sintomas?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Trombofilia é uma predisposição para desenvolver trombose, causada por defeitos na coagulação do sangue que favorecem a formação de coágulos (trombos).

A trombofilia pode ser hereditária ou adquirida. A trombofilia hereditária tem causas genéticas, enquanto que a adquirida é uma consequência de outras condições clínicas como:

  • Doenças (câncer, síndrome anticorpo antifosfolípide);
  • Imobilização prolongada;
  • Uso de medicamentos (terapia de reposição hormonal, anticoncepcional oral, heparina);
  • Gravidez;
  • Puerpério (período de 45 dias após o parto);
  • Obesidade.
Quais os sintomas da trombofilia?

A principal apresentação da trombofilia é através da trombose venosa profunda, que ocorre principalmente nos membros inferiores e provoca os seguintes sinais e sintomas:

  • Inchaço, geralmente em apenas uma perna;
  • Dor na perna ao caminhar, ficar em pé ou em repouso;
  • Aumento da temperatura no local;
  • Dilatação das veias superficiais;
  • Pele azulada ou pálida na área que está inchada e dolorida;
  • Dor e endurecimento no trajeto da veia suspeita de ter o coágulo.
Quais as complicações da trombofilia?

A trombofilia pode provocar:

  • Trombose venosa profunda e superficial;
  • Acidente vascular cerebral;
  • Embolia pulmonar, que pode ser fatal;
  • Complicações na gravidez (retardo do crescimento fetal, abortamento, perda do bebê, início precoce de pré-eclâmpsia - aumento da pressão arterial com complicações na gestação, descolamento prematuro da placenta).

Veja também: Quais os riscos da trombofilia na gravidez?

Qual é o tratamento para trombofilia?

O tratamento da trombofilia é feito com medicamentos anticoagulantes, que "afinam o sangue", de maneira a evitar a coagulação sanguínea e, consequentemente, prevenir a formação de trombos.

Os medicamentos mais utilizados são a heparina (via intravenosa), heparina de baixo peso molecular (injeções abaixo da pele) e warfarina (via oral).

No caso da trombofilia adquirida, o tratamento deve ser individualizado, e incidir sobre a causa do problema.

Durante o tratamento são realizados exames de sangue seriados para avaliar se os anticoagulantes estão atingindo o efeito desejado.

O diagnóstico e o tratamento da trombofilia são da responsabilidade do médico clinico geral, médico da família, angiologista ou hematologista.

Quais são os tipos de anemia e seus sintomas?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Os principais tipos de anemia são as anemias ferropriva, hemolítica, falciforme, microcítica, sideroblástica, de Fanconi, perniciosa, aplástica, aplásica e megaloblástica. Os sintomas podem incluir fraqueza, dor de cabeça, irritabilidade, cansaço, dificuldade para realizar atividades físicas, entre outros.

As anemias caracterizam-se pela diminuição da quantidade de glóbulos vermelhos ou de hemoglobina dentro dos glóbulos vermelhos do sangue, também conhecidos como eritrócitos ou hemácias.

A hemoglobina é uma proteína de cor vermelha que se liga ao oxigênio, permitindo que os glóbulos vermelhos transportem esse gás para os tecidos do corpo.

Glóbulos vermelhos do sangue

Por isso, os sintomas da anemia estão relacionados com a falta de oxigenação do corpo, já que essas pessoas têm menos hemoglobina ou hemácias na circulação sanguínea.

Anemia ferropriva

A anemia ferropriva é causada pela deficiência de ferro e é o tipo mais comum de anemia. Pode ocorrer em crianças e adultos, sendo também muito frequente durante a gravidez.

Sintomas de anemia ferropriva

Os principais sintomas da anemia ferropriva podem incluir: cansaço, aumento da frequência cardíaca, palpitações, falta de apetite, falta de ânimo, falta de atenção, baixo rendimento escolar, falta de ar ao realizar esforços, dores abdominais, vontade de comer coisas pouco comuns ou estranhas, como terra, queda de cabelos, alisamento da língua, unhas quebradiças, feridas nos cantos da boca, palidez.

Anemia hemolítica

A anemia hemolítica é um tipo de anemia provocada pela destruição precoce das hemácias (glóbulos vermelhos), o que impossibilita a medula óssea de repor essas células sanguíneas na quantidade adequada.

Pode ocorrer devido ao uso de certos medicamentos, fatores genéticos, processos crônicos e agudos, resposta inadequada do sistema imunológico, picadas de cobra, problemas na coagulação sanguínea, reações após transfusões de sangue e malária.

Pode tratar-se de uma doença autoimune, em que o sistema imunológico da pessoa produz anticorpos que atacam os glóbulos vermelhos do próprio corpo, destruindo essas células.

Leia também: O que é anemia hemolítica e qual é o tratamento?

Sintomas de anemia hemolítica

Algumas pessoas com anemia hemolítica podem não apresentar sintomas. Quando presentes, podem incluir cansaço, falta de ar, palidez, icterícia (peles e olhos amarelados), desconforto e sensação de barriga inchada.

Anemia falciforme

A anemia falciforme tem causas hereditárias. Pessoas com esse tipo de anemia têm os glóbulos vermelhos em forma de foice. Essa alteração na forma da hemácia prejudica o transporte do oxigênio, gerando complicações.

Sintomas de anemia falciforme

Dentre os sinais e sintomas da anemia falciforme, estão crises de dor, dor nas articulações, palidez, cansaço, icterícia (pele e olhos amarelados), atraso no crescimento e feridas nas pernas.

Anemia microcítica

A anemia microcítica caracteriza-se pela diminuição da quantidade de hemoglobina dentro dos glóbulos vermelhos. Pode ocorrer em casos de inflamações crônicas, outros tipos de anemia (ferropriva, sideroblástica), carência de ferro, talassemia, intoxicação por alumínio, falta de zinco.

Sintomas de anemia microcítica

Pessoas com esse tipo de anemia podem apresentar cansaço, palidez, diarreia, aumento dos batimentos cardíacos, fraqueza, dor de cabeça e tontura.

Anemia sideroblástica

Esse tipo de anemia ocorre devido a um acúmulo de ferro em certas células da medula óssea, que é responsável pela produção das células do sangue. Como resultado, a produção de hemoglobina fica prejudicada e já não é suficiente.

Saiba mais em: O que é anemia sideroblástica e qual é o tratamento?

Sintomas de anemia sideroblástica

Os sinais e sintomas da anemia sideroblástica podem incluir fraqueza, aumento da frequência cardíaca, palidez, dificuldade para respirar.

Anemia de Fanconi

A anemia de Fanconi também tem causas hereditárias e caracteriza-se pela diminuição da quantidade de células sanguíneas (hemácias, glóbulos brancos e plaquetas). Crianças com esse tipo de anemia nascem com malformações na medula, no sistema urinário e apresentam atraso no desenvolvimento.

Sintomas de anemia de Fanconi

A anemia de Fanconi pode causar palidez, cansaço, aumento da frequência cardíaca, dores de cabeça, dores musculares, falta de ar, facilidade em desenvolver infecções, tendência a apresentar sangramentos e hematomas.

Anemia perniciosa

A anemia perniciosa ocorre devido à incapacidade de absorver a vitamina B12 proveniente da alimentação. Essa vitamina está presente em ovos, carne vermelha, aves e peixes. A falta de vitamina B12 provoca uma redução do número de glóbulos vermelhos do sangue.

Veja também: O que é anemia perniciosa e qual é o tratamento?

Sintomas de anemia perniciosa

Os sinais e sintomas desse tipo de anemia incluem dificuldade de raciocínio, dificuldade de memória, formigamento nas mãos e nos pés, alterações no equilíbrio, fraqueza, aumento da frequência cardíaca, dificuldade para respirar, dor de cabeça, dores musculares, predisposição para desenvolver infecções, sangramentos frequentes e palidez.

Anemia aplástica

Essa anemia afeta a medula óssea e o sangue, sendo também chamada de aplasia medular. A anemia aplástica pode ter origem em fatores hereditários ou ser causada pelo contato com materiais tóxicos, quimioterapia ou ainda determinadas doenças.

Sintomas de anemia aplástica

A anemia aplástica pode causar palidez, cansaço, aumento dos batimentos cardíacos, dor de cabeça, predisposição para desenvolver infecções, sangramentos recorrentes e hematomas.

Anemia aplásica

A anemia aplásica é um tipo grave e raro de anemia, de causas hereditárias, que se caracteriza pela diminuição da produção de glóbulos vermelhos pela medula óssea. Pessoas com anemia aplásica desenvolvem anticorpos que atacam as células jovens da medula óssea, causando destruição das mesmas.

Sintomas de anemia aplásica

Os sinais e sintomas desse tipo de anemia podem incluir facilidade em apresentar hematomas e sangramentos, cansaço, predisposição para ter infecções, perda de apetite, emagrecimento, palidez e aumento da frequência cardíaca.

Anemia megaloblástica

Na anemia megaloblástica, os glóbulos vermelhos têm um tamanho maior que o normal. Pode ser causada por falta de vitamina B12, folato ou cobre e uso de certos medicamentos.

A anemia megaloblástica pode causar cansaço, palidez, diarreia, taquicardia e fraqueza.

O tratamento das anemias depende do tipo de anemia e pode ser feito através da alimentação, uso de medicamentos e transfusão de sangue, nos casos mais graves.

CHCM baixo, o que pode ser?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

CHCM baixo no hemograma significa que existe pouca hemoglobina nos glóbulos vermelhos, ou seja, é sinal de anemia. Isso pode acontecer devido a uma diminuição da produção dessas células do sangue, uma maior velocidade de destruição das mesmas ou ainda por hemorragias.

Quando os valores de CHCM (Concentração da Hemoglobina Corpuscular Média) estão baixos, essas células ficam mais claras e são classificadas como hipocrômicas. Em caso de anemia, ela é denominada hipocrômica.

Os valores de referência de CHCM para adultos variam entre 30 e 33 pg.

A hemoglobina é uma proteína de cor vermelha que se liga ao oxigênio, permitindo que os glóbulos vermelhos transportem o gás dos pulmões para os tecidos do corpo.

Para algumas pessoas pode ser considerado normal apresentar resultados de CHCM um pouco abaixo dos valores de referência, como as gestantes, por exemplo.

Contudo, a baixa concentração de hemoglobina nas hemácias pode ser causada por doenças e outras condições, como anemias, cirrose, leucemia, linfoma, insuficiência renal, hipotireoidismo, medicamentos para tratar AIDS, talassemia, distúrbios na coagulação do sangue, entre outras.

A falta de hemoglobina no sangue deixa a pessoa pálida e com as mucosas descoradas, além de causar uma diminuição dos níveis de oxigênio nos órgãos e tecidos do corpo, o que provoca fraqueza, cansaço e falta de ar, mesmo para realizar tarefas simples.

Veja também: Minha hemoglobina está baixa: o que fazer?

A concentração da hemoglobina corpuscular média (CHCM) é um índice hematimétrico do eritrograma usado para avaliar a quantidade de hemoglobina presente nos eritrócitos.

Leia também: O que significa CHCM no hemograma?

Os resultados de CHCM, bem como todo o hemograma, devem ser analisados pelo/a médico/a que solicitou o exame.

Saiba mais em:

Hemácias altas: o que pode ser?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Existem diversas doenças e condições que podem aumentar o número de hemácias no sangue, como em casos de:

  • Tabagismo;
  • Cardiopatia congênita (Problemas na estrutura e no funcionamento do coração presentes desde o nascimento);
  • Tumor no rim;
  • Baixos níveis de oxigênio no sangue (hipóxia);
  • Cicatrizes ou espessamento dos pulmões (fibrose pulmonar);
  • Doenças na medula óssea (p.ex.: Policitemia vera);
  • Exposição a altas altitudes (pode manter as hemácias altas por semanas);
  • Uso de medicamentos como gentamicina® e metildopa® e
  • Desidratação, que representa um "falso" aumento das hemácias, com a hidratação venosa, os valores equilibram e normalizam.
Qual o valor normal de hemácias no sangue?

A quantidade normal de hemácias no sangue é diferente para homens e mulheres:

Homem: 4,7 a 6,1 milhões de células por microlitro de sangue;Mulher: 4,2 a 5,4 milhões de células por microlitro de sangue.

Os valores de referência e a forma de realizar a contagem de hemácias podem variar de acordo com o laboratório.

A contagem de hemácias quase sempre faz parte do hemograma completo. A sua avaliação auxilia no diagnóstico de diferentes tipos de anemia e outros problemas de saúde que afetam essas células.

O que são hemácias?

As hemácias, também conhecidas como eritrócitos ou glóbulos vermelhos, são células do sangue responsáveis pelo transporte de oxigênio. As hemácias possuem hemoglobina, uma proteína que se liga ao oxigênio e permite que os glóbulos vermelhos distribuam o oxigênio para as células e tecidos do corpo. É a hemoglobina que dá a coloração vermelha aos eritrócitos.

Por isso, a quantidade de oxigênio que os tecidos do corpo recebem depende do número de hemácias presentes no sangue e do bom funcionamento dessas células.

Hemácias baixas: o que pode ser?

Hemácias baixas podem ser um sinal de:

  • Anemia;
  • Sangramento;
  • Insuficiência da medula óssea, que pode ser causada por radiação, toxinas, infecções ou tumor;
  • Deficiência do hormônio eritropoietina, causada por doença renal;
  • Destruição de glóbulos vermelhos devido a transfusão de sangue, por exemplo;
  • Desnutrição;
  • Câncer de medula óssea (mieloma múltiplo);
  • Falta de ferro, cobre, folato (vitamina B9), vitamina B6 ou vitamina B12;
  • Excesso de água no corpo;
  • Gravidez;
  • Uso de medicamentos (quimioterapia, cloranfenicol, hidantoína, quinidina).

O médico que solicitou o exame de sangue é o responsável pela interpretação dos resultados da contagem de hemácias. Para maiores informações, consulte um médico de família ou um clínico geral.