Não há comprovação de que tomar chás após uma relação desprotegida possa evitar a gravidez.
O mais seguro para evitar a gravidez após uma relação desprotegida (ou quando se suspeita de falha do método contraceptivo usado) é optar por tomar a pílula do dia seguinte. Ela tem eficácia muito alta para evitar a gravidez quando tomada nas primeiras 72 horas após a relação - desde que não cause vômitos. Se ocorrer vômito até 4 horas após tomar a pílula, é necessário tomar outro comprimido.
Existem alguns chás conhecidos por terem propriedades abortivas. Porém, eles podem ser tóxicos para quem os bebe, além de poderem falhar e não causar o aborto. Neste caso, a exposição do bebê ao chá pode até causar malformações, dependendo do caso.
Caso queira saber mais sobre os chás e seus efeitos na mulher, na gravidez e no feto, leia também:
Referências:
Pozato Uni. Bula do medicamento.
Mossini SAG, Kemmelmeier C. A árvore Nim (Azadirachta indica A. Juss): Múltiplos Usos. Acta Farm. Bonaerense. 2005; 24 (1): 139-48
Quando o resultado do papanicolau diz que existe inflamação com reparo típico, isso quer dizer que o processo inflamatório está sendo resolvido pelo corpo. Isso porque geralmente a fase final do processo inflamatório é o reparo. Quando o reparo é típico, quer dizer que ele é normal - as alterações celulares são benignas. Por isso, não existe motivo para se preocupar quando o resultado do papanicolau é esse.
A inflamação identificada no papanicolau pode ser causada por vários fatores, tais como:
- Agentes físicos - como relações sexuais, traumas e outros agentes mecânicos;
- Agentes químicos, como medicamentos;
- Acidez vaginal;
- Alterações em decorrência do uso do DIU;
- Alergias.
Caso tenha mais dúvidas sobre o resultado do seu exame, converse com seu ginecologista. Ele é o profissional capaz de dizer o que precisa ser feito em cada caso.
Leia também:
Referência:
Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva. Coordenação-Geral de Prevenção e Vigilância. Divisão de Detecção Precoce e Apoio à Organização de Rede. Nomenclatura brasileira para laudos citopatológicos cervicais / Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva, Coordenação-Geral de Prevenção e Vigilância, Divisão de Detecção Precoce e Apoio à Organização de Rede. – 3. ed. – Rio de Janeiro : Inca, 2012.
Depende. No caso da pausa de 7 dias entre as cartelas de anticoncepcional, a resposta é não, não acontece a ovulação, porque não houve pico hormonal para preparar e expelir o óvulo. Os dias de pausa inclusive são os dias da descamação do endométrio, ou seja, a menstruação, exatamente por não ter havido ovulação e tampouco fecundação.
Mas, caso esteja falando de uma pausa mais longa, quando interrompe o uso do anticoncepcional por um tempo, a resposta é sim, no mês seguinte, dependendo do organismo de cada mulher, pode voltar a ovular. O ciclo menstrual pode se reorganizar em tempo variado, independente de quanto tempo fez uso do medicamento, depende mesmo de cada organismo.
Como os anticoncepcionais agem no organismo?Os anticoncepcionais orais agem no organismo principalmente de três maneiras:
- Bloqueando o eixo hipotálamo hipofisário, o que gera a inibição dos picos hormonais de FSH e LH. Com isso, os folículos ovarianos não amadurecem, não produzem estrogênio e não ocorre a ovulação;
- Promovendo mudanças na composição do muco cervical, que dificulta a ascensão dos espermatozoides;
- Alterando o PH vaginal, mais uma vez dificultando a mobilidade dos espermatozoides;
- Reduzindo o estímulo endometrial, causando hipotrofia/atrofia da parede; e por fim
- Ocorrem alterações no transporte ovular pelas trompas.
Por todo o descrito, no caso da pausa de 7 dias entre as cartelas, conforme recomendado na maioria das pílulas anticoncepcionais orais, não há possibilidade de ovulação. A não ser que o uso da pílula esteja incorreto.
Para mais esclarecimentos, procure seu médico ginecologista.
Posso engravidar na pausa do anticoncepcional?
Dúvidas sobre anticoncepcional
Muco cervical: o que indica nas diferentes fases do ciclo menstrual?
Referência
FEBRASGO. Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.
Para controlar o herpes labial, deve-se utilizar logo no início dos sintomas medicamentos antivirais prescritos pelo/a médico/a, além de medidas para prevenir o seu aparecimento. Há ainda vacinas que diminuem de forma significativa a frequência dos surtos do herpes na boca.
Existem fatores que facilitam a manifestação do vírus e o aparecimento do herpes labial, tais como queda da imunidade, estresse, cansaço, febre, bem como exposição ao sol e a temperaturas muito frias. Nesses últimos casos, o uso de protetores labiais podem ajudar a controlar o herpes bucal.
Como tratar o herpes labial?O tratamento do herpes labial deve começar assim que apareçam os primeiros sinais e sintomas. O remédio geralmente usado para tratar o herpes é o Aciclovir, em comprimidos e em pomada. A duração do tratamento é de 5 a 7 dias.
O ideal é começar a tomar o medicamento ainda antes do aparecimento das lesões. Muitos pacientes referem dormência no local antes do herpes se manifestar. Nesse momento, já pode começar a tomar a medicação, conforme orientação médica.
Herpes labial tem cura?O herpes labial não tem cura. Por isso, é importante que a pessoa aprenda a identificar quais os fatores que estimulam o seu aparecimento para evitá-los. Quando não for possível, identificar o início dos sintomas a fim de utilizar os medicamentos necessários, ainda nessa fase, evitando a sua progressão.
Herpes labial é contagioso?O herpes labial é altamente transmissível. Porém, o contágio ocorre apenas pelo contato direto com as lesões, como no caso de beijo, ou pelo uso imediato de algum objeto contaminado como batom, copo ou toalhas. O aparecimento das lesões ocorre somente em cerca de 10% das pessoas contaminadas com o vírus.
Os sintomas do herpes labial são: ardência ou coceira, inchaço, vermelhidão, aparecimento de pequenas bolhas, rompimento das bolhas, inflamação e formação de crostas (casquinhas).
O/a médico/a de família, clínico/a geral, dermatologista ou infectologista são as/os médicas/os que poderão diagnosticar e tratar o herpes labial.
Também pode ser do seu interesse:
Herpes labial: o que é, quais as causas, sintomas e tratamento?
Não há estudos que comprovem que o uso da pílula do dia seguinte engorda. Portanto, a resposta é não. A pílula do dia seguinte não engorda.
Por ser administrada em dose única ou em duas doses, o primeiro comprimido nas primeiras 24 horas e o segundo, 48 horas após a relação sexual desprotegida, a pílula do dia seguinte é usada por um período muito curto de tempo para provocar o aumento do peso.
Entretanto, é possível que você se sinta inchada devido à dosagem alta de hormônio.
A pílula do dia seguinte pode causar sensação de inchaçoAs pílulas do dia seguinte com alta dose de progesterona podem provocar a retenção de líquidos no corpo e causar a sensação de inchaço ou mesmo de ganho de peso. No entanto, este é um efeito passageiro que cessa espontaneamente, sem precisar usar qualquer medicamento e não tem relação com o aumento do peso corporal.
Se você se sentir inchada, aumente a ingestão de água para ajudar o corpo a eliminar os líquidos acumulados pelo uso da pílula do dia seguinte.
Efeitos colaterais da pílula do dia seguinteGeralmente, a pílula do dia seguinte é bem tolerada pelo organismo. Algumas mulheres podem sentir alguns efeitos colaterais, dentre os quais os mais comuns são:
- Náuseas e/ou vômitos,
- Tontura,
- Cansaço,
- Dor de cabeça,
- Diarreia,
- Sangramento de escape e
- Aumento da sensibilidade dos seios.
Lembre-se que pílula do dia seguinte não deve ser utilizada como anticoncepcional de rotina e deve ser usada apenas uma vez a cada mês. Além disso, ela não protege contra infecções sexualmente transmissíveis, o que indica uso de camisinha masculina ou feminina em todas as relações sexuais.
Converse com o seu médico de família ou ginecologista para escolherem juntos o método contraceptivo mais adequado.
Para saber mais sobre a pílula do dia seguinte, você pode ler:
Como tomar a pílula do dia seguinte?
Como saber se a pílula do dia seguinte funcionou?
Pílula do dia seguinte dose única pode falhar?
Sangramento após tomar pílula do dia seguinte é normal? Por que ocorre?
Referência:
FEBRASGO. Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.
As causas mais comuns de manchas vermelhas nos pés são reações alérgicas, doenças infecciosas ou picadas de insetos.
Outras doenças menos frequentes também podem ocasionar manchas vermelhas nos pés, como a psoríase, a sífilis, o líquen plano, as infecções parasitárias ou outras doenças infecciosas, como a dengue.
É essencial consultar o seu médico de família ou clínico para uma avaliação inicial mais detalhada e assim chegar ao diagnóstico mais preciso das manchas vermelhas no pé. Em algumas situações pode ser necessária a avaliação por um médico dermatologista.
Reações alérgicas
As reações alérgicas causam frequentemente manchas vermelhas no pé, que podem vir acompanhadas de coceira.
Reações alérgicas podem ser causadas pelo contato com substâncias irritantes, geralmente presentes em tecidos, calçados ou, mais frequentemente, em produtos de higiene e limpeza.
O tratamento normalmente inclui o uso de medicamentos antialérgicos e cremes que reduzem a inflamação. É ainda importante evitar o contato com as substâncias ou produtos que causam alergia.
Tinha (pé de atleta)
Algumas micoses podem causar manchas vermelhas no pé que coçam. A micose mais comum no pé, é a tinha do pé. Essa micose pode causar lesões vermelhas, principalmente entre os dedos e coceira intensa, a pele em volta pode ficar avermelhada ou descamar. O tratamento é feito com aplicação de medicamentos antifúngicos. Além disso, para evitar a recorrência é necessário manter o pé e os dedos secos e evitar o uso de calçados fechados por longos períodos.
Picadas de insetos
Insetos como mosquitos, formigas ou aranhas podem causar reações na pele provocando pequenas manchas vermelhas elevadas. Geralmente as picadas causam coceira intensa e podem causar dor mais forte. O tratamento pode incluir medicamentos anti-histamínicos, que aliviam a coceira e a vermelhidão causada pela picada de inseto.
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Não existem pomadas ou medicamentos indicados especificamente para tratar a alergia genital. O uso de pomadas ou cremes pode até piorar a alergia, se não forem indicado por um médico. O que se deve fazer é tentar identificar a causa da alergia e evitar o contato com o que está causando essa reação.
Alguns agentes que podem causar alergia nas partes íntimas são:
- Produtos de higiene — inclusive de higiene íntima (desodorantes, cremes, sabonetes muito perfumados, banhos de espuma e produtos usados na depilação são alguns exemplos);
- Absorventes, protetores de calcinha, tecidos sintéticos e roupa apertada;
- Tatuagens e piercings (com lesões eczematosas).
- Sêmen;
- Produtos com látex, como os preservativos comuns;
- Espermicidas (principalmente nos homens);
- Lubrificantes íntimos;
- Candidíase (nos homens e nas mulheres) — requer tratamento com medicamentos específicos para candidíase.
Alimentos ingeridos (como o amendoim) ou medicamentos tomados (como a penicilina) antes das relações sexuais podem passar para o sêmen e também podem causar alergias.
Para evitar a alergia ao sêmen, o mais indicado é usar preservativo nas relações sexuais. No caso de alergia ao preservativo de látex, existem alternativas feitas com outros materiais.
Leia também:
- Inchaço, vermelhidão, coceira, irritação na vagina?
- O que causa ardência na vagina e como posso fazer para passar?
Referências:
Oliveira JAG, Carneiro CM . Fatores associados a alterações da microbiota no trato genital feminino inferior. Pensar Acadêmico. 2020;.18(2): 289-99.
Giraldo PC, Polo RC, Amaral RL, Reis VV, Beghini J, Bardin MG. Hábitos e costumes de mulheres universitárias quanto ao uso de roupas íntimas, adornos genitais, depilação e práticas sexuais. Rev Bras Ginecol Obstet. 2013; 35(9): 401-6.
C Sonnex. Genital allergy. Sex Transm Infect 2004;80:4–7.
Marfatia YS, Patel D, Menon DS, Naswa S. Genital contact allergy: A diagnosis missed. Indian J Sex Transm Dis AIDS. 2016; 37(1): 1-6.
Gilissen L, Schollaert I, Huygens S, Goossens A. Iatrogenic allergic contact dermatitis in the (peri)anal and genital area. Contact Dermatitis. 2021; 84(6): 431-8.
Os resultados da urocultura, podem ser considerados: negativo ou normal, falso-negativo, positivo ou falso positivo.
Trata-se de um exame que permite identificar a presença e o tipo de bactéria na urina em casos de infeção urinária.
Colônia de bactéria em um meio de cultura. Urocultura negativa ou normalDiz-se que a urocultura é negativa ou normal quando após um período de 48 a 72 horas de incubação da urina no meio de cultura, nenhum crescimento de colônias de bactérias é observado.
Urocultura falso negativaQuando a urina apresenta um pH muito ácido (abaixo de 6) ou se estiver em uso de antibióticos ou diuréticos, o resultado da urocultura pode ser negativo, devido a essas condições, porém é considerado falso-negativo.
O uso de antibióticos pode inibir o crescimento de bactérias na urina. Neste caso, especialmente, o uso de medicações deve ser relatado durante a coleta do exame, e na consulta médica ao profissional que interpretará o exame.
Pode haver dúvidas se o número de colônias for inferior a 100.000 unidades formadoras de colônia. Isto pode ocorrer por contaminação da amostra de urina. É possível que o/a médico/a recomende repetir o exame para associar seus resultados aos sintomas de infeção urinária, o que possibilita um diagnóstico seguro.
Veja mais: Quais são os sintomas e causas de uma infecção urinária?
O risco de contaminação na urina é menor em homens. Por este motivo, valores superiores a 100.000 unidades formadoras de colônia devem ser valorizados e investigados pelo/a médico/a.
Urocultura positivaA urocultura é considerada positiva quando são identificadas mais de 100.000 colônias de bactérias na amostra de urina analisada. Neste caso, o resultado do exame apresenta o nome da bactéria que está provocando a infeção.
Se o antibiograma ou Teste de Sensibilidade a Antimicrobianos (TSA) tiver sido solicitado junto com a urocultura o resultado também traz os antibióticos eficazes para tratar a infeção.
Veja também: Para que serve o exame de TSA?
Urocultura falso positivaO resultado falso positivo pode ser observado quando a amostra de urina é contaminada por microrganismos, medicamentos ou sangue. Neste caso, é indicado repetir o exame.
O resultado da urocultura deve ser analisado pelo/a médico/a e somente este profissional pode indicar o antibiótico adequado. Não use antibióticos para tratar infeção urinária ou outras infeções sem prescrição.
Leia mais: Exame de Urina: como se preparar e entender os resultados