A dor nos seios, chamada cientificamente de mastalgia, é comum nos períodos de puberdade, período pré-menstrual, durante a gravidez, amamentação e na pré-menopausa.
Porém pode ocorrer ainda em situações de mastite, presença de nódulos, cistos ou uso de medicamentos.
Embora na maior parte dos casos a dor nos seios não indique a presença de doenças graves, é preciso buscar um médico de família ou ginecologista para avaliação, nos casos de dor persistente.
1. PuberdadeQuando os seios começam a crescer, as meninas podem queixar-se de dor leve ou desconforto nas mamas em desenvolvimento.
A variação de idade normal para o crescimento dos seios vai dos 8 aos 14 anos, com média em torno dos 11 anos de idade.
O crescimento dos seios é o primeiro sinal da puberdade e quando começa em meninas com idade inferior a 8 anos, é preciso procurar um ginecologista para investigar puberdade precoce.
O que posso fazer?Não há um tratamento específico para dor nos seios durante a puberdade, entretanto o uso de sutiã adequado ao tamanho do seio é importante para promover conforto.
2. Tensão Pré-Menstrual e MenstruaçãoQuando a dor no seio ocorre durante o período pré-menstrual e a menstruação, chama-se mastodinia. Se caracteriza por dores em pontadas, de intensidade leve a moderada. A mama se torna mais sensível especialmente na região dos mamilos.
Normalmente a dor nos seios dura de 1 a 4 dias e, de acordo com a sua intensidade, pode interferir nas atividades sociais, sexuais e na rotina diária da mulher, como a prática de exercícios físicos.
O que posso fazer?Utilize sutiãs esportivos para uma melhor sustentação dos seios. Normalmente não é necessário o uso de medicações, pois a dor cessa logo nos primeiros dias de menstruação.
Entretanto, se dor interferir de maneira importante na sua rotina, converse com o ginecologista para avaliar o uso de analgésicos para o alívio dos sintomas da menstruação.
3. GravidezO crescimento dos seios durante a gravidez e aumento das taxas de hormônios, com estímulo dos ductos mamários, provoca uma maior sensibilidade no bico dos seios, especialmente no início e no final da gestação.
O que posso fazer?Para aliviar a dor e o desconforto, você pode tomar um banho morno, massagear as mamas e/ou fazer compressas mornas. É importante também hidratar a pele dos seios.
4. AmamentaçãoUm dos motivos de dor nas mamas durante a amamentação é o enchimento excessivo dos seios pelo leite materno. Neste caso, os principais sintomas são seios endurecidos e doloridos.
A constante sucção do bebê também pode causar fissuras no bico do seio, levando a dor e ardência na região, até a adaptação do bebê e da mãe, a este novo período.
O que posso fazer?Para aliviar estas sensações de enchimento excessivo dos seios se recomenda dar de mamar mais vezes ou esvaziar os seios retirando o leite com uma bombinha, por exemplo.
5. MastiteA mastite é a inflamação das glândulas mamárias que acontece em mulheres com maior frequência, durante a fase de amamentação, mas pode ocorrer em outros períodos, embora seja mais raro.
Os sintomas de mastite puerperal incluem endurecimento em um ponto da mama (leite empedrado), febre alta, vermelhidão e calor local.
A mastite da amamentação costuma acometer somente um dos seios (mama direita ou esquerda). A infecção nas duas mamas ao mesmo tempo, é bastante rara.
Nos casos mais graves podem ocorrer fissuras nos mamilos e abscessos (bolsas de pus) na mama.
O que posso fazer?Hidrate-se bem, beber bastante líquido ajuda o corpo a eliminar o agente causador da infecção. Faça aplicação de compressas mornas e massagens no seio afetado, para ajudar na remoção do leite empedrado e aliviar a dor. E procure fazer uso de sutiãs que sustentem de forma eficaz os seios, para promover maior conforto.
Mantenha a amamentação, pois efetuar o esvaziamento do seio neste momento evita a piora da inflamação. A amamentação, além de ajudar no tratamento da inflamação reduz o risco de ter um abscesso de mama. Se não conseguir amamentar esvazie o seio utilizando bombinha de amamentação.
Busque um ginecologista ou mastologista para avaliar a necessidade do uso antibióticos.
6. Nódulos ou cistos nas mamasDe forma geral, as mulheres têm nódulos e/ou cistos na mama, benignos, que se localizam na parte superior externa do seio, próximo à axila.
Durante o ciclo menstrual os níveis dos hormônios femininos, estrogênio e progesterona, que estimulam os ductos mamários, com objetivo de aumento das glândulas mamárias e produção de leite. Com isso, provoca a retenção de líquidos nos seios, o que os deixa mais sensíveis e inchados. Os seios voltam ao normal quando os níveis de hormônios diminuem.
O que posso fazer?Não há um tratamento específico para estes nódulos ou cistos. Para aliviar a dor e o desconforto, você pode usar um sutiã macio que dê uma boa sustentação aos seios. Se necessário, é também possível usar analgésicos como paracetamol para amenizar a dor.
A avaliação de um ginecologista ou mastologista pode ser importante, caso a dor seja persistente para avaliar a possibilidade de retirada do nódulo.
Os produtos de higiene e de beleza, como sabonetes e cremes para o corpo, podem causar uma reação alérgica na pele, dependendo da sua composição, levando a pequenas feridas, dor e incômodo no seio. Neste caso, os sintomas são de ardência, vermelhidão, coceira e pequenas bolinhas na região.
O que posso fazer?O tratamento deve ser feito com a suspensão desses produtos, pomadas à base de corticoides e medicamentos antialérgicos quando preciso.
8. Uso de medicamentosOs medicamentos que contém hormônios, certos antidepressivos, metronidazol, espironolactona, metronidazol, entre outros, são remédios que podem causar dor nos seios, como efeito colateral.
O que posso fazer?Converse com o médico que orientou o uso do medicamento, para avaliar o ajuste da dosagem ou mesmo a troca da medicação.
9. Traumas nos seiosLesões ou traumas na mama podem provocar dor no seio afetado. Os seios são áreas muito sensíveis do corpo da mulher. Procure sempre protegê-los de traumas e pancadas.
O que posso fazer?Em caso de dor intensa provocadas por traumas nos seios é preciso consultar um ginecologista ou mastologista para identificar uma possível lesão mamária e tratá-la adequadamente.
O tamanho dos seios pode provocar dor nas mamas e nas costas pelo peso excessivo. Mamas muito grandes são normalmente pesadas, o que causa estiramento do ligamento de Cooper. É este ligamento que sustenta os seios e, quando o peso é excessivo, pode causar dor.
O que posso fazer?O uso de sutiãs esportivos de alta sustentação podem promover maior conforto. Porém, pode ser importante conversar com o ginecologista ou mastologista para avaliar a necessidade de redução cirúrgica das mamas.
Dor nos seios pode ser um sinal de câncer de mama?Na maior parte dos casos, não. A dor nos seios está normalmente relacionada a alterações benignas na mama.
Menos de 3% das mulheres que apresentam dor nos seios como sintoma único constatam por meio de exames que a dor estava relacionada ao câncer de mama (tumor maligno de mama).
Quando devo me preocupar?Você deve permanecer alerta e procurar um médico se:
- A dor nos seios for muito forte ou tiver mais de 10 dias de duração,
- Na presença de secreção clara ou sanguinolenta pelo mamilo,
- Apresentar vermelhidão, calor e/ou pus no seio,
- Modificações na pele, seja na coloração ou espessura da pele e
- Na presença de nódulo palpável na mama.
Nestes casos você deve buscar um médico de família, ginecologista ou mastologista. Pode ser necessária a realização de exames como ultrassom de mama, mamografia (especialmente se houver casos de câncer de mama na família).
Não utilize medicamentos sem prescrição médica, especialmente se você estiver grávida ou amamentando.
Faça sempre o auto exame das mamas e busque um ginecologista pelo menos uma vez ao ano para exame periódico que ajuda a prevenir doenças de mama e aparelho reprodutor.
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Referência:
FEBRASGO - Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.
O tempo de jejum depende do tipo de exame de sangue solicitado e pode variar de acordo com o laboratório.
Lembre-se que o jejum é o tempo no qual ficamos sem ingerir calorias, ou seja, alimentos. O consumo de água é liberado, porém, com moderação.
Exames de sangue que não precisam de jejumHemograma completoPara realizar o hemograma completo (quando apenas ele é solicitado), não é necessário jejum. Entretanto, a alimentação que antecede o exame deve ser leve, ou seja, evite consumo de gorduras e açúcares.
O hemograma completo avalia as células que compõem o sangue como os glóbulos vermelhos (hemácias ou eritrócitos), glóbulos brancos (leucócitos) e plaquetas.
É um exame importante para diagnosticar inflamações, infecções, anemias, problemas na medula óssea, alterações nas plaquetas, entre outras.
Exames com jejum de 3 horasSódioVerificar a concentração de sódio na corrente sanguínea é importante para avaliar a função renal e o equilíbrio deste mineral no organismo, especialmente para as pessoas que tem pressão alta (hipertensão arterial) ou baixa (hipotensão arterial).
PotássioO potássio é um mineral indispensável ao bom funcionamento dos músculos, nervos e células em geral. Níveis muito elevados ou muito baixos de potássio podem alterar o ritmo dos batimentos cardíacos ou até mesmo provocar parada cardíaca.
UreiaVerificar a quantidade de ureia no sangue permite avaliar o funcionamento dos rins e .
TGO e TGPTGO e TGP são enzimas solicitadas no exame de sangue para avaliar o funcionamento do fígado.
O período de jejum destes exames (sódio, potássio, ureia, TGO e TGP) não deve ultrapassar 14 horas.
Exames com jejum de 4 horasFerroO ferro é um mineral essencial para o bom funcionamento de todas as células do nosso organismo. Ele desempenha função relevante na síntese de DNA, na produção da energia do organismo e no transporte de oxigênio para os músculos.
Por estes motivos, é importante que os níveis de ferro sejam avaliados no exame de sangue.
LH (hormônio luteinizante)As concentrações de hormônio luteinizante são observadas para avaliar a função da hipófise e diagnosticar problemas de fertilidade, doenças nos ovários ou testículos e problemas de maturação sexual.
FSH (hormônio folículo-estimulante)Os níveis de FSH no sangue permitem avaliar o funcionamento dos ovários e testículos.
T3 (tri-iodotironina)O hormônio T3 é um dos hormônios produzidos pela tireoide. Sua dosagem no sangue permite avaliar a função desta glândula.
PSA (Antígeno específico da próstata)A dosagem das concentrações de PSA no sangue é solicitada somente para os homens e permite identificar, por exemplo, uma potencial presença do câncer de próstata.
O tempo de jejum para estes exames (ferro, LH, FSH, T3 e PSA) não deve ser superior a 14 horas.
Exames com jejum de 8 horas ou maisGlicemiaO exame de glicemia mensura os níveis de glicose (açúcar) no sangue. É um importante exame para a prevenção ou controle do diabetes.
Curvas glicêmicasO exame de curva glicêmica é feito por meio da análise da concentração de glicose (açúcar) no sangue em jejum e logo após a ingestão de um líquido açucarado oferecido pelo laboratório. Deste modo, é possível avaliar a glicose em jejum e também verificar a resposta do organismo quando exposto à glicose.
É um exame útil para diagnosticar pré-diabetes, diabetes, resistência à insulina e outros problemas relacionados ao funcionamento do pâncreas.
Curvas insulínicasA curva insulínica permite avaliar o nível de insulina na circulação sanguínea. É feita a primeira coleta de sangue em jejum, na qual são dosados os níveis de glicose e insulina. Logo após administra-se 75 gramas de glicose para adultos e 1,75 g/kg de peso para as crianças.
As coletas são feitas de acordo com a orientação médica e os resultados são comparados para detectar diabetes, resistência à insulina, níveis elevados de insulina (hiperinsulinismo).
Para estes exames (glicemia, curvas glicêmicas e insulínicas) o tempo de jejum não pode ultrapassar 12 horas.
Colesterol total e frações (LDL, HDL, VLDL)O exame de colesterol total e de suas frações (LDL, HDL, VLDL) medem a quantidade de colesterol e de seus subtipos na circulação sanguínea. O LDL e o VLDL são frações do colesterol total que se referem à quantidade de colesterol "ruim" e o HDL, à concentração de colesterol "bom".
Estes exames são importantes para verificar os riscos para doenças cardiovasculares, como o infarto, que podem acontecer pelo colesterol ruim elevado.
TriglicéridesA quantidade de triglicérides é, normalmente, medida com o exame de colesterol total e frações (LDL, HDL, VLDL).
É um tipo de gordura que, com o colesterol elevado, aumenta o risco para as doenças cardiovasculares como o acidente vascular cerebral e infarto.
Para estes exames (Colesterol e Triglicérides) o tempo de jejum deve ser entre 8 e 12 horas.
Posso beber água durante o período de jejum?Você pode sim ingerir água durante o período de jejum. Entretanto, é preciso fazer isto com moderação. Beba apenas a quantidade de água suficiente para saciar sede.
Ingerir água em excesso pode provocar alterações nos resultados do exame de sangue.
Evite a ingestão de bebidas alcoólicas, chás e refrigerantes uma vez que elas podem alterar os componentes do sangue e, consequente, os resultados dos exames.
O uso de medicamentos influencia no exame de sangue?O uso de alguns anti-inflamatórios, antibióticos e analgésicos como a aspirina podem causar alterações nos resultados dos exames de sangue.
Comunique ao médico os medicamentos que você utiliza cotidianamente. Deste modo, ele pode orientar a suspensão ou não do remédio para a realização do exame de sangue.
Caso a medicação não seja suspensa, é necessário comunicar ao laboratório sobre os medicamentos utilizados para que eles sejam considerados na análise do seu exame de sangue.
Que preparos são necessários antes de realizar os exames de sangue?- Respeite o tempo de jejum orientado pelo médico que solicitou o exame de sangue ou pelo laboratório;
- Quando mais de um exame de sangue for solicitado ao mesmo tempo, respeite o tempo de jejum de 8 a 12 horas;
- Faça uma alimentação leve, caso o jejum não seja necessário;
- Beba somente a quantidade de água necessária para saciar a sede;
- Evite atividades físicas muito vigorosas 24 horas antes da coleta do exame de sangue;
- No caso do exame de PSA, evite atividade sexual nos 3 dias que antecedem o exame;
- Comunique ao médico e laboratório os medicamentos que você utiliza constantemente;
- Não consuma bebidas alcoólicas durante as 72 horas que antecedem o exame de sangue;
- Evite fumar no dia da coleta do exame de sangue.
Caso você tenha dúvidas em relação ao exame de sangue solicitado, comunique-se com seu médico de família ou clínico geral.
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Quais são os principais tipos de exame de sangue e para que servem?
37 semanas correspondem ao início do 9º mês de gravidez. O bebê que nasce a partir da 37ª semana já não é considerado prematuro ou fora do tempo.
A gestante pode entrar em trabalho de parto a qualquer momento depois que completar as 37 semanas. Por isso, é importante deixar tudo pronto para a chegada do bebê.
Sinais importantes a observar para saber se o trabalho de parto está começando são:
- Perda do tampão mucoso;
- Contrações (elas começam mais espaçadas no tempo e vão ficando mais fortes, regulares e próximas);
- Perda de líquido.
Quando completar 37 semanas, peça orientação ao seu médico para saber como identificar esses sinais, o que fazer e em que momento do trabalho de parto é preciso ir para o hospital.
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Referência:
NOTA TÉCNICA PARA ORGANIZAÇÃO DA REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE COM FOCO NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE E NA ATENÇÃO AMBULATORIAL ESPECIALIZADA — SAÚDE DA MULHER NA GESTAÇÃO, PARTO E PUERPÉRIO. / Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein. São Paulo: Hospital Israelita Albert Einstein: Ministério da Saúde, 2019. p. 27-28.
Dentre os efeitos colaterais mais comuns da vacina contra o HPV podem estar: dor, calor, vermelhidão, coceira e inchaço no local. Às vezes, a pessoa pode apresentar ainda febre baixa, dor de cabeça, dores no corpo e gastroenterite.
Os efeitos secundários da vacinação costumam ser leves e normalmente estão relacionados com reações no local da aplicação da vacina, geralmente no braço ou na coxa.
O tempo de duração dessas possíveis reações adversas da vacina contra o HPV é de apenas alguns dias após a vacinação e costumam desaparecer sozinhos, sem necessidade de tratamento.
Há relatos de pessoas que sofreram desmaios após receberem a vacina, mas esses casos estão relacionados com ansiedade, medo e outras reações emocionais associadas à vacina.
Vacina contra HPV Existe alguma contraindicação para a vacina contra o HPV?Sim, há casos específicos em que a vacina contra o HPV não é indicada, tais como: alergia ao princípio ativo ou outro produto encontrado na fórmula da vacina, caso anterior de Guillain Barré ou manifestação de sinais e sintomas que indiquem hipersensibilidade grave depois de tomar uma dose da vacina.
Mulher grávida também não deve receber a vacina contra HPV. No caso dela já ter sido vacinada e engravidar, deverá receber as demais doses depois do parto.
Essa precaução com a vacinação contra HPV na gravidez está relacionada com os estudos que ainda não são consensuais quanto aos possíveis efeitos colaterais da vacina durante a gestação.
Durante a amamentação, a mulher pode tomar a vacina mais completa contra o HPV, que é a quadrivalente, pois protege contra HPV 6, 11, 16 e 18.
Quem deve tomar a vacina contra HPV?A vacina contra o HPV é indicada sobretudo para meninas a partir dos 9 anos de idade e que não tenham iniciado a vida sexual. Porém, a vacina pode ser tomada por mulheres que já tem vida sexual ativa.
A vacina HPV é destinada exclusivamente à prevenção do câncer do colo do útero. Ela não é indicada no tratamento de infeções pré-existentes ou na doença clínica estabelecida.
O/a médico/a de família, clínico/a geral ou ginecologista poderá esclarecer eventuais dúvidas sobre a vacina contra o vírus HPV.
Saiba mais em:
A urocultura é também conhecida como urinocultura ou cultura de urina. Este exame consiste em identificar a presença e o tipo de bactéria naquela amostra de urina.
A presença de bactérias na urina é um forte indicador de infecção urinária, entretanto nem sempre aponta uma infecção ativa. Algumas bactérias colonizam a uretra e a bexiga sem provocar doenças.
Por que devo fazer a urocultura? Meio de cultura com colônias de bactérias.É o exame mais indicado para diagnosticar cistite (infecção de bexiga) e pielonefrite (infeções dos rins).
Em laboratório, a urina é colocada em um meio favorável à proliferação das bactérias denominado meio de cultura. Após 48 horas, se houver bactérias na urina, é possível observar as colônias de bactérias e detectar a bactéria causadora da infecção.
Quando solicitado em conjunto com o antibiograma ou Teste de Sensibilidade a Antimicrobianos (TSA) é possível identificar, os antibióticos eficazes ao tratamento.
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Como fazer coleta da urina para urocultura?Para coletar a urina para urocultura, siga as seguintes etapas;
- Lave a região íntima com água e sabão;
- Os homens precisam retrair o prepúcio e a mulher, afastar os lábios vaginais;
- Inicie a micção, desprezando o primeiro jato de urina. Este primeiro jato lava as impurezas da uretra e é por este motivo que não deve ser coletado;
- Colete o restante da urina em um frasco próprio para o exame. Este frasco é, normalmente, dado pelo laboratório e pode também ser adquirido em farmácias.
Quanto mais rápido a urina for entregue no laboratório, mais confiável será o resultado da urocultura.
As pessoas que não conseguem coletar a urina sozinhas podem fazer a coleta por meio de uma sonda (cateterismo vesical). Este procedimento é uma forma de evitar a contaminação e é feito em casos específicos como em pessoas acamadas ou paraplégicas.
Para realizar o exame de cultura de urina não é necessário o jejum. É preferível que seja colhida a primeira urina da manhã, pois durante a noite a urina fica por mais tempo na bexiga o que favorece a multiplicação de bactérias.
Se não for possível a coleta da primeira urina da manhã, pode-se colher a urina subsequente logo após a consulta.
Indicações da Urocultura- Identificar a infecção urinária quando a consulta médica não é suficiente para detectá-la;
- Em casos de infecções urinárias de repetição;
- Definir o antibiótico adequado ao tratamento da infecção;
- Em situações com suspeita de pielonefrite (infecção renal);
- Antes de procedimentos urológicos;
- Em mulheres grávidas;
- Em casos de episódios de febre de origem não esclarecida.
O uso de antibióticos inadequados antes da realização da urinocultura pode levar a um resultado falso negativo.
O uso de qualquer medicamento, entre eles os antibióticos, somente devem ser prescritos pelo/a médico/a. É este o profissional que tratará a infecção urinária.
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O principal perigo quando as plaquetas estão muito baixas é a hemorragia. Isso acontece por as plaquetas serem células importantes no processo de coagulação do sangue.
As hemorragias graves podem acontecer sem haver outro motivo além das plaquetas muito baixas. Isso é raro (mais frequente quando as plaquetas estão abaixo de 20.000/mm³).
As mais perigosas podem acontecer no aparelho digestivo e no sistema nervoso central (causando acidente vascular cerebral hemorrágico). O AVC hemorrágico é muito grave.
Quando preciso ter cuidado?É preciso ter cuidado quando as plaquetas estão muito baixas e quando há outros problemas de saúde que podem aumentar o risco de hemorragias. Nos casos em que já houve uma hemorragia, quando há manchas roxas na pele ou mucosas e sangue na urina (hematúria), o risco de hemorragias é muito alto.
A baixa concentração de plaquetas no sangue é chamada plaquetopenia ou trombocitopenia. Quando ela é leve (plaquetas entre 100.000 a 150.000/mm³), deve apenas ser acompanhada pelo médico, através da realização de exames de sangue periodicamente. Esses valores podem ser normais para algumas pessoas.
O risco de hemorragias pode ser maior quando você tem:
- Problemas de coagulação do sangue
- Inflamação, infecção ou febre
- Defeitos anatômicos ou cicatrizes cirúrgicas
- Plaquetas que não “funcionam” direito
Quando a plaquetopenia é moderada (plaquetas entre 50.000 e 99.000/mm³) ou grave (plaquetas abaixo de 50.000/mm³), algumas condições de saúde que levam à sua diminuição também podem trazer riscos para a saúde. Por isso, é importante investigar a causa para poder tratá-la. Algumas delas são:
- Câncer com supressão da medula óssea (onde as plaquetas são formadas), como as leucemias e linfomas
- Problemas de medula óssea
- Doença autoimune e síndrome antifosfolípide
- Infecções: infecções virais (vírus causadores de covid-19, HIV, zica, hepatite C, Epstein-Barr) e malária são alguns exemplos
- Deficiências alimentares: falta de vitamina B12, folato e cobre; excesso de zinco
- Doença crônica grave do fígado (como a cirrose) e baço aumentado
- Coagulação intravascular disseminada
- Infecções bacterianas com sepse (infecção generalizada)
- Pré-eclâmpsia
Nesse caso, é possível receber uma transfusão de plaquetas. A transfusão também pode ser realizada antes de um procedimento de urgência que vá causar sangramento (como uma cirurgia).
A quantidade de plaquetas e a frequência das transfusões dependem da concentração / contagem de plaquetas que você tem e da gravidade do sangramento.
Outra situação em que pode ser indicada é para aumentar o número de plaquetas e evitar sangramentos prolongados. Nesses casos e sempre que o risco de hemorragia for verificado com antecedência, outras alternativas podem ser o uso intravenoso de imunoglobulinas (anticorpos) ou de corticoides.
O que faço para tentar evitar as hemorragias?Evitar as situações em que você pode se machucar é a principal medida. Como há alguns medicamentos que podem ser responsáveis pela baixa contagem de plaquetas, suspender o uso pode ser importante para evitar as hemorragias. O álcool e as drogas também precisam ser evitados.
O risco de hemorragia em qualquer caso em que houver rompimento de vasos sanguíneos será maior quando as plaquetas estiverem muito baixas. Os vasos podem romper:
- Com um corte
- Em um acidente
- Com uma pancada
- Durante uma cirurgia
Por isso, enquanto as plaquetas estiverem muito baixas, essas situações precisam ser evitadas sempre que possível.
Atividades físicas em geral devem ser evitadas, principalmente as que podem levar a quedas. Dobre o cuidado ao manipular facas, tesouras, objetos de vidro e lâminas.
Em alguns casos, o que causa a plaquetopenia é o uso de medicamentos. Alguns exemplos são:
- Heparina — que também pode causar trombose
- Quinina (inclusive na água tônica)
- Alguns antibióticos: sulfonamidas (como a trimetoprima e o sulfametoxazol), ampicilina, rifampicina e vancomicina são exemplos
- Paracetamol
- Cimetidina
- Carbamazepina, ácido valproico e fenitoína
- Alguns anti-inflamatórios, como o ibuprofeno e o naproxeno
- Alguns medicamentos para câncer
Nesses casos, a primeira medida para evitar hemorragias é parar de tomá-lo. O médico irá dizer como parar de usá-lo e substitui-lo, se for necessário. A contagem de plaquetas normalmente volta ao normal entre 5 e 7 dias após a interrupção.
O uso de álcool em excesso e de drogas também podem causar a diminuição das plaquetas.
Há outros riscos quando as plaquetas estão baixas?Raramente, há risco de trombose venosa ou arterial. Isso pode acontecer principalmente nos casos em que a trombocitopenia foi desenvolvida devido:
- Ao uso de heparina
- À administração das vacinas contra o coronavírus da AstraZeneca e Janssen / Johnson & Johnson (muito raro)
- Ao desenvolvimento de síndrome antifosfolípide (uma doença autoimune que pode ser causada pelo lúpus, uso de alguns medicamentos, infecções e câncer)
- À coagulação intravascular disseminada (que pode acontecer em caso de infecção bacteriana generalizada, por exemplo)
Tanto as hemorragias quanto a trombose são problemas graves de saúde. Os casos graves de plaquetopenia necessitam de acompanhamento e tratamento urgentes para preveni-las.
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O que fazer para aumentar a contagem de plaquetas?
Qual a quantidade normal de plaquetas?
Quais as causas de plaquetas baixas?
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O que fazer em caso de plaquetas baixas?
Não consigo aumentar nível das plaquetas. O que fazer?
Referências:
UpToDate. Platelet transfusion: Indications, ordering, and associated risks
UpToDate. Diagnostic approach to the adult with unexplained thrombocytopenia
Sim. A Aloe vera, popularmente conhecida como babosa, é uma planta medicinal que traz benefícios à saúde da pele. A ação hidratante da planta já foi comprovada em diversos estudos. Entretanto, ainda não há evidências científicas suficientes para afirmar o seu efeito cicatrizante.
Aloe vera e cicatrização Folhas de Aloe VeraO uso da Aloe vera para a cicatrização de feridas ainda é questionado. Alguns estudos realizados em seres humanos demonstraram redução da dor pós-operatória e melhora da cicatrização, com redução do consumo de medicamentos analgésicos.
Contudo, houve pesquisas que mostraram o contrário, um aumento no tempo de cicatrização. O uso do gel de Aloe vera associado com ultrassom, micro corrente ou na forma de lipossomas parece estar mais relacionado aos casos de melhora na cicatrização de feridas e redução da inflamação.
Para confirmar o efeito cicatrizante da Aloe vera são necessários mais trabalhos, e se possível envolvendo populações maiores.
Aloe vera e seu efeito hidratanteUm benefício importante da Aloe vera para a saúde da pele é a sua ação hidratante. O efeito hidratante do gel de Aloe vera, se deve possivelmente, por um mecanismo umectante que ajuda a reter a água na sua superfície.
O uso do gel é bastante difundido na indústria cosmética e higiene pessoal em forma de cremes, xampus, sabonetes, entre outros.
Aloe vera e ação bactericida Polpa das folhas de Aloe vera: porção da planta de onde são extraídos os princípios ativosO pirocatecol, ácido cinâmico, ácido ascórbico e ácido p-cumárico são algumas das substâncias envolvidas no efeito bactericida (destroem bactérias) e bacteriostático (impede a proliferação de bactérias) da Aloe vera. A planta tem ação antimicrobiana e combate alguns tipos de fungos, vírus e bactérias.
Aloe vera e ação anti-inflamatóriaA atividade anti-inflamatória da Aloe vera foi confirmada em estudos com ratos ou pesquisas de laboratório, o que não permite afirmar que o mesmo efeito possa ser observado em seres humanos. Por este motivo, a ação anti-inflamatória da planta não é aceita.
Aloe vera e queimadurasO uso de creme contendo Aloe vera pode auxiliar na cicatrização e na reepitalização (reparo do tecido da pele) em um curto período, se for adequadamente indicado, em caso de queimaduras.
No entanto, o uso de qualquer produto em queimaduras aumenta o risco de infecção secundária, visto que a barreira de proteção (epiderme) foi danificada. Sendo assim, nunca deve fazer uso de cremes ou hidratantes sem a orientação da equipe médica assistente.
Aloe vera e câncerAlguns estudos mostram que a Aloe vera pode contribuir com atividade antineoplásica, ou seja, pode apresentar capacidade de destruir células malignas ou inibir seu crescimento e proliferação. Esta ação depende da dose utilizada e do tipo de câncer e parece estar ligada a presença da aloína, aloe-emodina e a acemanana na planta.
Alterações no desenvolvimento das células tumorais, estímulo ao bom funcionamento do sistema imunológico e a atividade antioxidante da Aloe vera são outros mecanismos envolvidos no combate a proliferação do câncer.
No entanto, são poucos os estudos que evidenciam estes efeitos, por isso, apesar dos bons resultados, serão necessários mais estudos clínicos com um número maior de pacientes para confirmar estes efeitos.
Aloe vera e psoríaseExistem estudos que comprovam a eficácia da Aloe vera no tratamento de pessoas com psoríase (doença inflamatória e autoimune que afeta a pele). O uso do creme de Aloe vera provocou a melhora dos sintomas clínicos da psoríase e da qualidade de vida dos pacientes.
Aloe vera e redução de colesterol e diabetesEstudos indicam ainda indícios de que há benefícios no uso da Aloe vera para redução da glicose e do colesterol. Porém, da mesma forma que referido para o uso na psoríase e no câncer, são poucos os estudos, portanto, não foram suficientes para a compreensão desse benefício. Acredita-se que mais estudos poderão esclarecer e confirmar essa ação, de forma consistente.
Uso de Aloe vera oral na GravidezA administração oral de Aloe vera não é recomendada durante a gravidez. As antraquinonas presentes na planta estimulam o intestino grosso e podem se refletir na musculatura uterina induzindo ao aborto.
Efeitos colaterais da Aloe vera Administração oral- Diarreia
- Cólicas
- Náuseas
- Hepatite aguda
- Dermatite de contato
- Sensação de queimação
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) proibiu a comercialização de sucos e outros alimentos que contenham Aloe vera. A proibição se deve ao fato de que ainda há poucas evidências científicas que comprovem a segurança do seu consumo em forma de alimentos além de relatos de reações adversas.
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A batata yacon (Smallanthus sonchifolius) possui propriedades que auxiliam no controle dos níveis de glicose no sangue e na redução de peso, por isso sim, é bom para pessoas diabéticas. Entretanto é importante deixar claro que o alimento sozinho não é capaz de tantos benefícios como alguns descrevem.
A batata é um alimento proveniente dos Andes, e hoje já amplamente produzido no Brasil, rica em um carboidrato chamado inulina, água e potássio. Tem como benefícios a regulação do trânsito intestinal, a menor absorção de glicose pelo intestino e o maior estímulo da flora intestinal, que juntos promovem a saciedade e melhor controle da glicemia.
Seu sabor é levemente adocicado e a consistência semelhante a uma pera. Para que suas propriedades sejam mais bem aproveitadas pelo organismo, ela deve ser consumida em saladas, sucos ou mesmo na forma crua, bem lavada e em condições adequadas de conservação.
Contudo, como dito no início do artigo, em pessoas diabéticas, o tratamento deve ser sempre multidisciplinar. Não basta apenas um dieta equilibrada. A associação de dieta, com atividades físicas regulares e uso correto das medicações prescritas, são essenciais para uma glicemia satisfatória e redução dos riscos de complicações, inerentes à doença.
Batata yacon e controle do diabetes Batata YaconO carboidrato denominado inulina, presente na batata yacon, possui um valor calórico muito baixo e absorção lenta. Isto faz com que os níveis de glicose no sangue não se elevem rapidamente, o que ajuda equilibrar a glicemia (concentração de glicose no sangue).
Embora seja benéfica para pessoas com diabetes, o consumo da batata yacon não deve substituir nenhum medicamento e o paciente deve seguir as orientações médicas para controlar a doença.
Chá das folhas de batata yacon e controle do diabetesO efeito de controle de glicemia por meio da ingestão do chá das folhas de batata yacon ainda não foi comprovado em seres humanos. O chá foi testado em camundongos nos quais teve ação hipoglicemiante (redução do açúcar no sangue) como efeito secundário a um aumento da secreção de insulina pelo pâncreas. Uma outra pesquisa realizada com ratos na China demonstrou que parte dos efeitos de diminuição da glicose sanguínea se deve à redução da absorção de glicose no intestino.
O número de estudos que testaram a ação hipoglicemiante do chá das folhas de batata yacon ainda é bastante reduzido e, além disso não há testes feitos em seres humanos, o que impossibilita afirmação sobre as propriedades da planta.
Riscos do uso das folhas de chá de batata yaconPesquisas desenvolvidas na Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP de Ribeirão Preto mostraram que a ingestão diária de altas doses de chá das folhas de yacon podem provocar efeitos colaterais graves, como lesões renais, com tempo prolongado de uso. Os experimentos que revelaram estes resultados foram efetuados com ratos que ingeriram doses de chá de batata yacon durante 90 dias.
A dose que desencadeou a lesão nos rins dos animais foi equivalente a três xícaras de chá consumidas diariamente por uma pessoa de 70 quilos, aproximadamente.
O que demostra, que embora não terem sido efetuados testes em seres humanos, é preciso ter cautela no uso de chá das folhas de batata yacon uma vez que também ainda não há evidência científicas de seus benefícios.
Se você é diabético, não substitua o medicamento para controle de sua glicemia por alimentos. Para usufruir dos benefícios da batata yacon como hipoglicemiante, este alimento precisa ser inserido em um plano alimentar balanceado.
Procure um/a nutricionista para o planejamento de uma rotina alimentar saudável e segura ao seu caso.
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