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Insuficiência mitral
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A insuficiência mitral é uma doença que atinge uma das válvulas do coração, a válvula mitral, impedindo que ela se feche totalmente.

Neste caso, o defeito da válvula permite que uma pequena quantidade de sangue retorne para o átrio esquerdo e depois para os pulmões, ao invés de irrigar o corpo, como deveria acontecer em condições normais.

A válvula mitral é uma estrutura do coração que separa o átrio esquerdo (3) do ventrículo esquerdo (2). Esta válvula permite que o sangue oxigenado, vindo dos pulmões, passe do átrio para o ventrículo esquerdos e depois, ao sair do ventrículo esquerdo, leve oxigênio para todo o corpo, através da circulação sanguínea.

Quando existe um defeito nessa válvula, o sangue pode retornar, causando acúmulo de líquido nos pulmões além de dificuldade na oxigenação do corpo. O acúmulo de líquido nos pulmões dá origem a tosse, falta de ar e cansaço aos pequenos esforços.

Quais são os tipos de insuficiência mitral?

A insuficiência mitral pode ser classificada como leve, moderada ou grave, de acordo com a gravidade da doença. Pode ser classificada ainda em aguda e crônica.

A aguda é a forma mais agressiva e que se instala rapidamente, enquanto a forma crônica, aquela que se desenvolve aos poucos, causando sintomas mais leves.

1. Insuficiência mitral leve ou discreta

A pessoa com insuficiência mitral leve ou discreta, geralmente, não apresenta nenhum sintoma. Neste tipo de insuficiência, o coração se adapta ao defeito da válvula e à alteração da circulação sanguínea e somente é identificada em exames de rotina quando o médico ausculta o coração do paciente.

Normalmente não necessita de tratamento, mas precisa ser acompanhada pelo cardiologista.

2. Insuficiência mitral moderada

Na insuficiência mitral moderada a pessoa começa com alguns sintomas que não são específicos da doença como, por exemplo, cansaço sem uma causa aparente.

Podem ser necessários exames como Raio-X de tórax ou ultrassonografia para avaliar o funcionamento do coração e da válvula mitral.

3. Insuficiência mitral grave

Quando a insuficiência mitral se torna mais grave, o paciente começa apresentar cansaço e sintomas mais característicos da doença como tosse, falta de ar e inchaço nas pernas, especialmente nos pés e tornozelos.

Os exames que detectam esse quadro será o raio-X e ultrassom, ou ecocardiograma.

O tratamento depende da gravidade do quadro e pode ser feito com medicamentos ou procedimento cirúrgico, para correção do defeito da válvula ou para a sua substituição.

4. Insuficiência mitral aguda

A insuficiência mitral aguda é uma condição grave que acontece devido à ruptura da musculatura cardíaca. Geralmente ocorre devido ao infarto agudo do miocárdio e uma infecção no coração (endocardite infecciosa).

O tratamento definitivo é cirúrgico e é feito para reparar a válvula ou mesmo, substituí-la.

5. Insuficiência mitral crônica

A insuficiência mitral crônica inicialmente pode ser silenciosa, não apresenta nenhum sintoma. Os sintomas vão se instalando lentamente na medida em que a doença evolui e incluem: falta de ar, cansaço e palpitações.

Ocorre devido a doenças como febre reumática, calcificação, prolapso de válvula ou problemas genéticos de malformação da válvula mitral. O tratamento pode ser efetuado com medicamentos ou através de procedimento cirúrgico.

Quais os sintomas da insuficiência mitral?

Os sintomas surgem na medida que a doença avança e incluem:

  • Tosse
  • Cansaço sem motivo aparente
  • Falta de ar
  • Palpitações
  • Inchaço nas pernas, especialmente nos tornozelos e pés
Como é feito o tratamento da insuficiência mitral?

Quando a insuficiência mitral é leve ou discreta pode ser que não seja necessário nenhum tratamento específico, ou que precise somente de uso de medicações. Entretanto, é preciso acompanhamento médico para monitorar o desenvolvimento da doença.

Os medicamentos usados para o tratamento da insuficiência cardíaca são os diuréticos e os antiarrítmicos (medicamentos para corrigir arritmias).

Se houver piora da doença, pode ser indicado tratamento cirúrgico, para reparar o problema da válvula ou mesmo para substituir a válvula com defeito por uma válvula artificial.

Para saber mais sobre o tratamento, você pode ler: Insuficiência mitral pode matar? Existe tratamento?

Causas de insuficiência mitral

A insuficiência mitral pode ser provocada por:

  • Infarto Agudo do miocárdio (IAM),
  • Insuficiência cardíaca ("coração grande"),
  • Febre reumática,
  • Infecções como endocardite, e
  • Problemas da própria válvula (ruptura de tendões que a sustentam, degeneração).
Quando devo procurar um médico?

É importante procurar um médico se você sentir:

  • Tontura com frequência
  • Apresentar episódio de desmaio (síncope)
  • Cansaço sem motivo aparente
  • Falta de ar em situações simples, como caminhadas (antes não percebida)
  • Palpitações (coração disparado)

O acompanhamento médico com um cardiologista é fundamental para definir o tratamento e principalmente, monitorar o desenvolvimento da insuficiência mitral.

Referências:

American Heart Association

American College of Cardiology

Posso tomar fluconazol menstruada?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

Não existe problema em tomar fluconazol menstruada. Inclusive pode ser bom, por dar a certeza de que a mulher não está grávida. Isso porque o uso do fluconazol durante a gravidez deve ser evitado. Deve-se, inclusive, evitar engravidar na semana seguinte ao uso do fluconazol.

O fluconazol é indicado no tratamento da candidíase vaginal. Pode ser tomado em dose única ou, nos casos de candidíase recorrente, um comprimido mensal por 4 a 12 meses. Em alguns casos, pode ser indicado o uso mais frequente. Por isso, é importante consultar um médico para saber como o fluconazol deve ser utilizado.

Para saber mais sobre o uso do fluconazol, leia também:

Referência:

Fluconazol. Bula do medicamento.

Aciclovir é antibiótico?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

O aciclovir não é um antibiótico, mas sim um antiviral que pode ser usado no tratamento de infecções causadas por vírus, como:

  • Herpes simplex;
  • Herpes zoster;
  • Varicella zoster.

O aciclovir pode, ainda, ser indicado para prevenir infecções por citomegalovírus (CMV) em pessoas que receberam transplante de medula.

Existe aciclovir em creme, pomada oftálmica, solução injetável e comprimido. A preparação a ser usada no tratamento depende do problema a tratar, devendo ser indicada pelo médico.

Leia também:

Referência:

Aciclovir. Bula do medicamento.

Vitamina B12: para que serve e alimentos ricos
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A vitamina B12, cianacobalamina, é um nutriente essencial para o bom funcionamento do organismo.

Dentre as diversas funções, podemos citar como fundamentais, a participação na produção das hemácias (glóbulos vermelhos do sangue), manutenção do sistema nervoso central e a participação no metabolismo das proteínas.

Os alimentos de origem animal, como carnes, frutos-do-mar, laticínios e alimentos fortificados com a vitamina, são as suas principais fontes.

Em quais alimentos posso encontrar vitamina B12?

O nosso organismo não produz vitamina B12. No nosso corpo ela é absorvida com ajuda de uma proteína, chamada fator intrínseco, que é produzida no estômago.

Deste modo, para manter os níveis ideais de vitamina B12, devemos consumir alimentos de origem animal como:

Carnes e vísceras de animais
  • Carne bovina
  • Carne suína
  • Frango
  • Fígado de frango ou de boi
  • Coração de frango ou de boi
Peixes e frutos do mar
  • Salmão
  • Atum
  • Arenque
  • Truta
  • Ostras
  • Caranguejo
Laticínios e ovos
  • Leite
  • Queijos
  • Ovos
Alimentos fortificados com vitamina B12
  • Cereais matinais
  • Leite
  • Ovos

Os vegetarianos estritos e veganos, principalmente os veganos, precisam fazer suplementação com vitamina B12 para evitar anemias e outros prejuízos. Já os vegetarianos que consomem laticínios como leite e queijos, geralmente, não necessitam de suplementação.

Quais as causas da falta de vitamina B12?

A falta de vitamina B12 ocorre quando a pessoa consome poucos alimentos com a vitamina, ou por distúrbios que impedem a sua absorção dentro do organismo. São exemplos:

  • Dieta vegetariana ou vegana;
  • Doenças intestinais como doença de Crohn ou doença celíaca;
  • Pós-operatório de cirurgias para redução de estômago (cirurgia bariátrica);
  • Anemia perniciosa - Doença autoimune que impede a produção de fator intrínseco, proteína que atua na absorção da vitamina B12;
  • Medicamentos - antiácidos e metformina.
Como repor a vitamina B12?

A reposição da vitamina B12 pode ser feita somente com a alimentação ou através da suplementação de vitamina B12. Ambas as formas devem ser orientadas e acompanhadas por um profissional, nutricionista.

Nos casos de resposta insuficiente ou doses muito baixas da vitamina, a reposição de vitamina B12 pode ser feita com suplementos vitamínicos, gel nasal, vitamina B12 sublingual e/ou vitamina B12 injetável.

Como prevenir a falta de vitamina B12?

Para prevenir a deficiência de vitamina B12, é necessário ingerir a dose diária recomendada da vitamina, de acordo com a idade, o sexo e condições como na gravidez, que as necessidades são maiores.

Cabe ao nutricionista fazer o planejamento, seguindo as preferências e estilo de vida de cada pessoa.

Vitamina B12 engorda?

Não, não engorda. A suplementação com vitamina B12 não causa ganho de peso e nem provoca o aumento de apetite.

Se você está fazendo suplementação de vitamina B12 e está engordando, é preciso investigar o motivo. Neste caso, não suspenda a suplementação e procure um médico de família, clínico geral ou nutricionista.

Não utilize suplementos de vitamina B12 sem orientação médica ou nutricional. Os melhores profissionais para orientá-lo são o médico de família, clínico geral ou nutricionista

Leia mais: Falta de vitamina B12: o que causa, quais os sintomas e como repor

Referências:

  • Associação Brasileira de Nutrologia
  • Obeid R. et al. Vitamin B12 Intake From Animal Foods, Biomarkers, and Health Aspects. Wageningen University, 2019.
Hérnia umbilical é perigoso?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

A hérnia umbilical só é perigosa pelo risco de estrangulamento do intestino, mas essa é uma condição que não acontece com muita frequência.

Quando acontece, a pessoa que tem a hérnia pode notar que alguma coisa está errada devido a:

  • Prisão de ventre não habitual;
  • Dor na barriga, que fica cada vez mais intensa;
  • Náuseas e vômito.

Uma hérnia estrangulada precisa ser tratada com cirurgia de urgência.

No caso dos bebês, a hérnia umbilical raramente precisa de tratamento, já que não causa complicações e tende a desaparecer com o crescimento. Porém, caso seja necessário, o tratamento deve ser feito com cirurgia depois dos 2 anos.

Saiba mais sobre hérnia umbilical em:

Referência:

Ansari P. Hérnias de parede abdominal. Manual MSD.

Para que serve e quais as contraindicações de ceftriaxona?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Ceftriaxona é um antibiótico indicado para o tratamento de sepse, meningite, doença de Lyme, peritonites, infecções do trato gastrointestinal e biliar, infecções ósseas, articulares, de tecidos moles, pele e feridas, infecções em pacientes imunocomprometidos, infecções renais e do trato urinário, infecções respiratórias, especialmente pneumonias e infecções otorrinolaringológicas, infecções genitais, incluindo a gonorreia e profilaxia peri-operatória de infecções.

Contraindicações de ceftriaxona

O uso de ceftriaxona é contraindicado em casos de:

  • Pessoas alérgicas a ceftriaxona e demais componentes da fórmula;
  • Mulheres grávidas ou que estão amamentando;
  • Alérgicos à penicilina;
  • Bebês prematuros;
  • Recém-nascidos com hiperbilirrubinemia (aumento dos níveis de bilirrubina).
Como usar ceftriaxona?

O medicamento pode ser utilizado por via intramuscular ou endovenosa.

A duração do tratamento varia de acordo com a evolução da doença. A administração de ceftriaxona deve ser mantida durante um período mínimo de 48 a 72 horas após o desaparecimento dos episódios de febre ou após evidência clínica de erradicação da bactéria causadora da doença.

A dose depende da faixa etária do paciente e da doença por ele apresentada.

Ceftriaxona não deve ser utilizada sem prescrição e monitoramento médico.

Efeitos colaterais da ceftriaxona

As reações adversas mais comuns da ceftriaxona são:

  • Diarreia
  • Fezes amolecidas
  • Erupções cutâneas
  • Aumento das enzimas hepáticas
  • Eosinofilia (aumento dos níveis de eosinófilos, células de defesa, no sangue)
  • Leucopenia (redução dos níveis de leucócitos, glóbulos brancos, no sangue)
  • Trombocitopenia (diminuição da quantidade de plaquetas no sangue)
Cuidados quanto ao uso de ceftriaxona

Ceftriaxona deve ser administrado com cautela em casos de:

  • Insuficiência renal;
  • Insuficiência hepática;
  • O uso de ceftriaxona pode provocar tontura e, deste modo, afetar a habilidade para dirigir e operar máquinas.

Não utilize ceftriaxona ou qualquer outro antibiótico sem indicação médica.

Espironolactona emagrece?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

Espironolactona não é um medicamento indicado para emagrecer. No entanto, é comum que seja usada em fórmulas para emagrecer por ser um diurético. Apesar de não ajudar a emagrecer, pode dar essa impressão, porque desincha ao eliminar líquidos acumulados no corpo.

A espironolactona só deve ser usada com indicação de um médico para tratar:

  • Hipertensão arterial;
  • Distúrbios que levam ao acúmulo de líquidos, como ascite e edema em casos de insuficiência cardíaca congestiva, cirrose hepática e síndrome nefrótica.

O principal e mais efetivo tratamento para emagrecer é a mudança no estilo de vida (dieta equilibrada e exercícios físicos realizados com regularidade).

Os medicamentos podem ser usados para ajudar a mudar hábitos alimentares e dar disposição, em alguns casos, mas não são sempre necessários. Por isso, se quer emagrecer e precisa de ajuda, comece procurando um nutricionista e um educador físico.

Você pode querer ler também:

Referências:

Espironolactona. Bula do medicamento.

Bray GA, Frühbeck G, Ryan DH, Wilding JPH. Management of obesity. Lancet. 2016; 387(10031): 1947-56.

Comer açaí: emagrece ou engorda?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Não há evidências científicas de que o consumo de açaí, por si só, promove o emagrecimento ou faz com a pessoa engorde. O que determina que o consumo desta fruta engorde ou emagreça é a forma como é consumida: seus acompanhamentos e sua inclusão em um plano alimentar saudável. A prática de atividade física ou sedentarismo também contribuem para a perda ou ganho de peso.

Açaí e emagrecimento Creme de Açaí

O alto teor de fibras do açaí pode ser um aliado nos processos de emagrecimento. Sabe-se que a fibras ajudam a regular a atividade dos intestinos, a formar o bolo fecal e a estimular a motilidade intestinal, o que repercute para a boa saúde dos intestinos.

Além disso, as fibras fazem com que a digestão do alimento se torne mais lenta, o que promove a sensação de saciedade. Um tempo prolongado da sensação de saciedade ajuda a evitar que a pessoa recorra a pequenos lanches, a popular ação de “beliscar”, diversas vezes ao dia.

Entretanto, aumentar o consumo de fibras por meio da ingestão de açaí não é suficiente para um emagrecimento efetivo e saudável. É preciso combinar o consumo da fruta com a prática de atividade física e hábitos alimentares saudáveis.

Recomenda-se que ao ingerir mais fibras por meio da sua alimentação você aumente também o consumo de água a fim de evitar a prisão de ventre (constipação intestinal).

Açaí e aumento de peso

Em 100 g de polpa in natura de açaí há, aproximadamente, 60 Kcal. Destas calorias, 6,5 g são carboidratos, 2,6 g são fibras, 4,0 g são gorduras e 0,8 g são proteínas. Como se pode perceber a concentração de carboidratos em 100 g da fruta não é considerada elevada.

Além disso, a elevada concentração de fibras e de boas gorduras auxiliam na redução do índice glicêmico da fruta. Isto significa que o consumo do açaí in natura provoca menos picos de insulina e não se transforma em açúcar com facilidade. O mais importante para evitar o ganho de peso é não consumir a fruta com adição de açúcares como, por exemplo, o xarope de guaraná.

Consumo saudável do açaí

É possível usufruir dos benefícios do açaí utilizando-o como aliado para o emagrecimento e, ao mesmo tempo evitar o ganho de peso. sem isto signifique o ganho de peso.

Dê preferência à polpa congelada (in natura), ao suco ou ao creme de açaí. É também possível ingerir na forma de bebida energética.

Não adoce as preparações de açaí com mel, xarope de guaraná e outros açúcares. A adição de granola, especialmente as industrializadas (ricas em açúcar), tornará as preparações com açaí bem mais calóricas.

Cuidados quanto ao consumo de açaí
  • Busque informações sobre a procedência do açaí que você irá consumir. O consumo deve ser limitado à presença do selo de garantia da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), Ministério da Saúde. Este controle é necessário uma vez que o açaí pode viabilizar a transmissão da Doença de Chagas.
  • Por conter alto teor de glicose, pessoas diabéticas somente devem consumir o açaí sob orientação médica ou nutricional.

Para um plano alimentar saudável e seguro, procure um/a nutricionista ou nutrólogo/a.

Leia mais

Açaí realmente faz bem para a saúde?

Comer açaí durante a amamentação faz mal para o bebê?