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Alimentos que aumentam a imunidade: você conhece?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Diversos alimentos ajudam a aumentar a imunidade, principalmente os alimentos ricos em vitaminas e minerais, como:

  • Vegetais verde-escuros (brócolis, espinafre);
  • Frutas cítricas (Laranja, limão, morango, abacaxi);
  • Frutos-do-mar (salmão, sardinha),
  • Oleaginosas (azeite, castanha, nozes),
  • Carne,
  • Castanha-do-pará e outras sementes,
  • Alimentos cor de laranja,
  • Gengibre e
  • Tomate.

Uma boa alimentação é a base da imunidade do nosso corpo. Incluir esses alimentos diariamente nas refeições, ajuda o organismo a manter constante a sua produção de anticorpos e reduz os radicais livres.

Lembrando que os alimentos devem ser consumidos sempre que possível, na sua forma natural, ou com pouco cozimento, para manter os seus benefícios.

Vegetais verde-escuros: Alimentos ricos em ácido fólico

Os vegetais verde-escuros como brócolis, espinafre, rúcula e couve, são alimentos ricos em ácido fólico. Esta substância participa da produção dos glóbulos brancos ou anticorpos, as células do sistema imunológico responsáveis pela defesa do organismo.

Além dos vegetais verde-escuros, feijão, fígado e cogumelos (shimeji e o shitake) também são alimentos que contém ácido fólico.

Frutas cítricas e vegetais verde-escuro: Alimentos ricos em vitamina C

A vitamina C é um potente antioxidante que combate os radicais livres e fortalece o sistema imunológico Está presente nas frutas cítricas como: laranja, limão, kiwi, morango e abacaxi.

Brócolis, espinafre, couve e outros vegetais verde-escuros possuem vitamina C. Além destes alimentos, a vitamina está presente nos pimentões verde e vermelho.

Frutos-do-mar: Alimentos ricos em vitamina D

Salmão, atum, sardinhas e ovos, são as principais fontes de vitamina D na alimentação. A vitamina contribui na formação de células de defesa no organismo. Importante lembrar que a exposição ao sol promove a maior absorção dessa vitamina pelo corpo.

Oleaginosas: Alimentos ricos em vitamina E

A vitamina E estimula o bom funcionamento do sistema imunológico. Ela está presente nas oleaginosas como castanhas, amêndoas, nozes e óleos vegetais, a exemplo do óleo de girassol, milho, canola e gérmen de trigo.

Frutos-do-mar, carne e castanha-do-pará: Alimentos ricos em zinco e selênio

O zinco e o selênio são minerais importantes para que o sistema imunológico cumpra bem a função de proteção do organismo. O zinco está envolvido na capacidade de o sistema imunológico responder a estímulo, especialmente as inflamações, a carne e frutos-do-mar são as principais fontes.

A castanha-do-pará, nozes, ovos de galinha, alho e cebola contém o selênio, substância com ação antioxidante e combate aos radicais livres.

Alimentos de cor laranja: Alimentos ricos em vitamina A

A vitamina A, também conhecida como retinol, tem ação antioxidante e, deste modo, fortalece o sistema imunológico. Vitamina muito importante para a saúde dos olhos. Os alimentos ricos na vitamina A costumam ter cores alaranjadas, como a abóbora, cenoura, laranja e mamão. Mas o espinafre e melão também apresentam grande concentração dessa substância.

Gengibre: Alimento rico em vitamina B6

O gengibre é fonte de vitamina C (antioxidante) e vitamina B6 que tem ação bactericida e fortalece a imunidade.

Tomate: Alimento rico em licopeno

O licopeno atribui a cor vermelha ao tomate, alimento rico nesta substância. É um poderoso antioxidante que neutraliza a ação dos radicais livres e estimula o sistema imune. Porém, deve ser usado com cautela em pessoas com história de cálculo renal.

Sucos que aumentam a imunidade

Sucos que contenham os alimentos na sua forma natural, e com água em temperatura ambiente, comprovadamente ajudam na imunidade do organismo.

Os sabores, portanto, podem ser escolhidos de acordo com as suas preferências. Misturas que agradam bastante, são sucos de laranja com acerola, limão com menta, morango com maracujá e laranja com morango. Acrescentar uma folha de couve, raspas de gengibre, e para quem gosta, gotas de própolis ao suco, aumenta essa oferta.

Lembrar que, quando bater no liquidificador, deve bater rapidamente, para não perder as propriedades dos alimentos. Usar a água sempre em temperatura ambiente e beber a mistura assim que estiver pronta.

O que é imunidade? Como manter a imunidade boa?

A imunidade, ou sistema imunológico, é o nosso sistema de defesa. Protege contra doenças causadas por vírus, fungos ou bactérias oportunistas.

Para manter a imunidade boa é preciso:

  • Se alimentar adequadamente, comer comida saudável;
  • Manter-se bem hidratado, beber de 1 litro e meio a dois litros de água por dia;
  • Praticar atividades físicas, pelo menos 4x por semana;
  • Cuidar do sono, dormir bem é fundamental para a manutenção da nossa defesa;
  • Evitar hábitos ruins, como cigarro e bebidas alcoólicas;
  • Evitar situações de estresse e ansiedade, o máximo possível, mesmo que seja preciso pedir ajuda a um profissional de saúde (médico, psicólogo).

Em caso de dúvidas procure um/a nutrólogo ou nutricionista.

Pode lhe interessar também: Como saber se a nossa imunidade está baixa?

Referências:

  • ABRAN - Sociedade Brasileira de Nutrologia
  • SBAN - Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição
8 atitudes que ajudam uma pessoa com depressão
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O tratamento para a depressão envolve o cuidado com o corpo e com a mente. Por isso, para ajudar alguém com essa doença, é importante entender a doença e ter atitudes que beneficiem a pessoa e o tratamento.

Oferecer ajuda, manter a proximidade, estimular o contato com amigos e familiares, incentivar a prática de exercícios físicos e uma alimentação saudável, são os principais métodos de apoio eficaz.

A depressão é um sentimento de tristeza com intensidade suficiente para afetar o desempenho e o prazer em realizar atividades simples do dia-a-dia. Ainda, é capaz de interferir na imunidade da pessoa, aumentando o risco de contrair infecções.

1. Conhecer a doença

Quanto mais conhecimento você tiver sobre depressão, mais você conseguirá ajudar a pessoa que está depressiva. Busque informações sobre o que é a doença, quais são os sintomas, tempo de duração e como é feito o tratamento.

Você pode conversar com um psicólogo ou psiquiatra para melhor entender a doença e assim oferecer ajuda de forma eficaz.

2. Oferecer apoio e ajuda ativa

A pessoa com depressão muitas vezes não consegue pedir ajuda. Por este motivo, se ofereça ativamente para realizar as tarefas que for preciso, mesmo que sejam tarefas aparentemente simples, como arrumar o quarto, lavar a louça ou buscar as crianças na escola.

Este tipo de ajuda é importante, especialmente, se a pessoa ainda não começou o tratamento para depressão ou se o tratamento ainda não fez efeito.

3. Ouvir sem criticar

É preciso estar disposto a ouvir o que a pessoa com depressão tem a falar sem julgamentos, sem críticas. Quem tem depressão já possui autocrítica aguçada. Por este motivo, o julgamento de outras pessoas pode piorar ainda mais o quadro depressivo.

Usar expressões como “você precisa reagir” não ajuda. A prostração ou incapacidade de realizar tarefas comuns do dia-a-dia são sintomas do quadro depressivo e não falta de vontade da pessoa.

Ao mesmo tempo, é importante não tentar resolver todos os seus problemas, como se ela fosse incapaz de fazê-lo, evitando que se sinta uma pessoa inútil. Esse equilíbrio deve ser buscado através de muita conversa, respeito e confiança entre as pessoas.

4. Acompanhar o tratamento

Acompanhar as consultas sempre que possível, é imprescindível para entender todo o processo e auxiliar a pessoa nas tarefas e objetivos traçados pelo médico e/ou psicólogo.

Na maior parte dos casos, o tratamento de depressão é efetuado de forma combinada: uso de medicação e psicoterapia. É importante estimular a pessoa com depressão a cumprir todo o tratamento prescrito.

Na psicoterapia, a pessoa compreenderá melhor a doença e aprenderá formas de como lidar com os seus conflitos internos. O tratamento medicamentoso busca o equilíbrio químico dos neurotransmissores, aumentando a concentração daqueles que beneficiam o humor e o bem-estar.

5. Encorajar a prática de atividade física

Quando você perceber que o tratamento está fazendo efeito e a pessoa já se mostra mais disposta a desenvolver algum tipo de atividade, estimule-a a praticar exercícios físicos, seja ao ar livre, na academia ou mesmo em casa. O local deve ser aquele no qual ela se sente mais a vontade e segura.

Os cuidados com o corpo e a prática de atividades repercutem de forma muito positiva na saúde mental. Ao praticar exercícios físicos, o nosso corpo libera hormônios e outras substâncias importantes para o equilíbrio e manutenção do humor.

6. Estimular a adoção de hobbies

Ajudar a pessoa a criar um hobbie como ler, ouvir música, dançar, entre outras atividades de que ela goste, mantém a mente ativa e pensamentos positivos.

As atividades em grupo e com música costumam apresentar melhores resultados porque exigem atenção e com isso promove momentos de prazer e diversão.

7. Sugerir a prática de Yoga e meditação

O Yoga foi reconhecido pela Organização Mundial de Saúde (OMS) na classificação da Medicina Tradicional/Medicina Complementar Alternativa e foi incluída no Sistema Único de Saúde em 2011.

Através de exercício respiratório, a prática do Yoga promove efeitos benéficos para o corpo e para a mente, sendo capaz de abstrair pensamentos ruins e promover bons sentimentos, criando um estado de harmonia e equilíbrio interior.

8. Propor uma alimentação saudável

Frutas, verduras, azeite de oliva, peixes e oleaginosas como castanha e nozes são alimentos ricos em nutrientes que protegem e ativam a comunicação entre os neurônios.

É importante que estes alimentos façam parte da rotina alimentar de pessoas com depressão, por isso procure inseri-los sempre que for possível.

O consumo de bebidas alcoólicas também deve ser desestimulado, pelos efeitos no sistema nervoso central, que se associam a crises de ansiedade e depressão.

Como saber se tenho depressão?

Apenas com uma avaliação médica ou psicológica poderá ter a confirmação desse diagnóstico. Entretanto, você deve estar atento a alguns sinais como:

  • Sensação de tristeza profunda sem um motivo aparente
  • Perda de interesse ou prazer
  • Ansiedade
  • Irritabilidade
  • Sentimento de culpa
  • Autoestima baixa
  • Perturbação do sono (insônia ou sono excessivo)
  • Alterações de apetite (falta de fome ou compulsão alimentar)
  • Ganho ou perda de peso
  • Sensação de cansaço constante
  • Redução da capacidade de concentração ou esquecimentos

A depressão pode se manifestar de diversas formas, com presença de um ou mais destes sintomas, que duram muitas horas do dia e por mais de duas semanas.

Qual a diferença entre tristeza e depressão?

A depressão é muitas vezes confundida com tristeza, entretanto a tristeza é um sentimento que faz parte das nossas vidas e que é passageiro, com duração de alguns poucos dias.

Já a depressão se caracteriza pelo humor deprimido na maior parte do dia, quase todos os dias, associado a perda de interesse por qualquer atividade, durante pelo menos duas semanas. Doença incapacitante que afeta não só o estado de humor, mas a capacidade no trabalho, na escola e em atividades comuns da vida diária. As características principais são o humor deprimido e a falta de interesse

É comum que a depressão surja depois de uma perda recente ou de outro acontecimento triste, mas é desproporcional em relação ao acontecimento e se prolonga por mais tempo do que seria o considerado normal.

Os critérios para diagnóstico e opções de tratamento para a depressão, devem ser avaliados e acompanhados por uma equipe multidisciplinar, composta pelo médico psiquiatra, um psicólogo e quando preciso terapeuta ocupacional, fisioterapeuta e educador físico.

Não utilize antidepressivos sem indicação médica.

Leia mais

Referências:

DE MANICOR, M.; et al.Individualized Yoga for reducing depression and anxiety, and improving well-being: a randomized controlled trial. Depress Anxiety, 33(9):816-28, 2016.

WORLD HEALTH ORGANIZATION. Mental heatlh action plan 2013 - 2020. Geneva: World Heath Organization, 2013.

Bupropiona melhora a disposição?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

A bupropiona pode ajudar a melhorar a disposição de quem está tentando parar de fumar ou de quem tem depressão. Sua principal indicação é a redução dos sintomas da retirada da nicotina, ajudando a parar de fumar. No entanto, também pode ser indicada como tratamento da depressão.

Quando a bupropiona é usada para parar de fumar, o recomendado é iniciar o tratamento quando a pessoa ainda fuma. A interrupção do hábito de fumar deve ser programada para as primeiras duas semanas de tratamento. O tratamento deve ser mantido por pelo menos 7 semanas.

O efeito da bupropiona é melhor quando ela é tomada com alimentos. No caso de insônia, que é uma reação frequente no início do tratamento, evite tomar o medicamento perto do horário de dormir.

Para saber mais sobre o uso da bupropiona, leia também:

Referências:

Bupropiona. Bula do medicamento.

Flancox serve para dor na coluna?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

O Flancox pode ser usado para aliviar a dor na coluna, por ter efeito anti-inflamatório e analgésico. O medicamento pode ser indicado também para:

  • Tratamento de artrose e artrite reumatoide;
  • Controle da dor no pós-operatório;
  • Controle da dor causada por traumas, enxaqueca e cólicas menstruais.

Use o medicamento apenas quando for indicado por um médico. Ele pode causar reações indesejadas, como crise asmática em quem tem asma e alergias. Seu uso prolongado pode causar problemas como insuficiência renal e úlcera no estômago.

Quando a dor da coluna durar muito tempo ou for muito intensa, é importante procurar um médico de família ou um ortopedista para saber qual é a causa.

Você pode querer ler também:

Referência:

Flancox. Bula do medicamento.

Para que serve a ocitocina, o hormônio do amor?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

A ocitocina também conhecida como “hormônio do amor” é produzida no cérebro por uma glândula chamada hipófise. Produzido por homens e mulheres, atua para melhorar o humor e as interações sociais, fortalece os laços afetivos entre parceiros e ajuda a reduzir a ansiedade e melhora a libido e o desempenho sexual. Este hormônio também exerce importante função no momento do parto e durante a amamentação.

Efeitos da ocitocina no organismo 1. Melhora o humor

A ocitocina atua como um regulador do estado de humor das pessoas, o que possibilita expressar as emoções de forma benéfica e saudável, ajuda a reduzir o estresse e melhora a convivência entre as pessoas. Pode ser utilizada, mediante indicação de uma/a psiquiatra, no tratamento de pessoas com transtorno de ansiedade generalizada, fobia social e depressão.

2. Cria e fortalece os laços afetivos

A criação dos vínculos afetivos entre mão e filhos ou filhas, bem como a formação e fortalecimento dos laços de afeto entre companheiros é outra função desempenhada pela ocitocina. Nestes casos, a ocitocina é produzida e liberada quando há contato de pele e quando existe a formação de uma relação de confiança entre as pessoas.

Por ter como um dos efeitos possibilitar a união entre as pessoas e o desenvolvimento das ligações de carinho, a ocitocina é conhecida como hormônio do amor.

A empatia é outra sensação desencadeada pela presença de ocitocina no organismo. Além destas ações, quanto maior a concentração deste hormônio no sangue, maior é a sensação de felicidade e bem-estar.

Alguns estudos indicam que a ocitocina pode ser importante para o tratamento de autismo, depressão pós-parto e esquizofrenia.

3. Melhora a libido e o desempenho sexual

A ocitocina parece atuar também melhorando a libido e o desempenho sexual em homens e mulheres. Nos homens, atua juntamente com a testosterona e, na mulher, com a progesterona no sentido de despertar o interesse pelo contato íntimo e facilitar a lubrificação vaginal e o orgasmo.

4. Auxilia no trabalho de parto

A ocitocina auxilia no trabalho de parto por estimular as contrações uterinas de forma ritmada. Como medicamento, é usada para induzir o trabalho de parto, especialmente quando este não aconteceu no tempo previsto ou quando está ocorrendo de forma muito demorada.

A indicação do uso de ocitocina para a indução do trabalho de parto exige uma avaliação clínica cautelosa pelo/a obstetra. O uso indiscriminado e sem prescrição adequada pode levar ao parto prematuro ou aborto.

5. Ajuda na amamentação

Ao sugar o seio da mãe durante a amamentação, o bebê estimula a produção de ocitocina pelo organismo da mãe. Deste modo, a ocitocina ajuda no processo de amamentação e favorece a criação de vínculo afetivo entre a mãe e o bebê.

A ocitocina pode ser encontrada em farmácias?

Sim. A ocitocina pode ser encontrada de forma sintética, em farmácias e para uso como medicamentos. Entretanto sua utilização somente deve ser efetuada mediante prescrição médica.

Como aumentar a ocitocina no organismo

Atitudes simples são capazes de aumentar naturalmente a produção de ocitocina pelo seu corpo:

  • Praticar atividade física;
  • Estar com as pessoas que você gosta;
  • Estabelecer contato físico por meio de carinho, abraços massagem;
  • Efetuar o contato íntimo com seu parceiro ou parceira;
  • Praticar a generosidade e as boas ações;
  • Amamentar.

Quanto mais relaxado/a e livre de tensões você estiver, mais ocitocina o seu corpo produzirá sem precisar de remédios. Isto ampliará a sensação de bem-estar no seu cotidiano.

Não fiz a curetagem, posso engravidar?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

Não é necessário fazer curetagem após um aborto para poder engravidar novamente. Apesar da eliminação completa do conteúdo do útero ser necessária para não haver complicações em futuras gestações, nem sempre é preciso recorrer à curetagem, já que essa eliminação pode acontecer naturalmente em alguns casos.

Além disso, existem outros casos, como os de aborto retido no primeiro trimestre, em que pode ser usado um medicamento para estimular a eliminação do conteúdo uterino, substituindo a curetagem.

O ideal é sempre falar com o ginecologista ou o obstetra após o aborto para saber se existe necessidade de curetagem ou de outro procedimento. O médico também pode orientar quanto tempo é necessário esperar para engravidar novamente.

Leia também:

Referências:

Febrasgo Notícias. Tratamento ambulatorial do abortamento retido. 16 de março de 2018.

Dulay AT. Aborto espontâneo. Manual MSD.

Kashanian M, Akbarian AR, Baradaran H, Shabandoust SH. Pregnancy outcome following a previous spontaneous abortion (miscarriage). Gynecol Obstet Invest. 2006; 61(3): 167-70.

Noz-da-Índia: quais riscos oferece à saúde?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A Noz-da-Índia possui efeito laxativo e tóxico à saúde. É comumente utilizada para fins de emagrecimento, embora ainda não exista evidência científica que confirme esta ação.

A comercialização de Noz-da-Índia foi proibida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) desde 2017. Também foi proibida pela instituição a comercialização de semente semelhantes à noz-da-Índia como “jorro-jorro” ou “chapéu de Napoleão”.

Noz-da-Índia Noz-da-Índia é tóxica?

Sim! De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a noz-da-Índia é tóxica quando consumida por via oral e pode levar à morte.

A toxicidade da semente se deve a alguns de seus princípios ativos: a toxialbumina e a saponina. Além disso, o potente efeito laxativo pode provocar:

  • Mudança de comportamento
  • Problemas gástricos e digestivos
  • Agitação
  • Enjoo
  • Vômitos
  • Desidratação
  • Alucinações
  • Dilatação das pupilas
  • Falência hepática

A semente tem sido consumida crua e em grande quantidade para fins de emagrecimento. Além de não ser comprovado cientificamente que a Noz-da-Índia provoca a perda de peso, o seu consumo cru e em grande quantidade pode ser fatal. Por este motivo, não é recomendado o consumo de noz-da-Índia por via oral.

Efeitos colaterais da noz-da-Índia

Pouco se sabe sobre os efeitos colaterais do uso da noz com a finalidade de emagrecimento. O que está comprovado são os sintomas evidenciados em pessoas que a consumiram, como:

  • Cefaleia intensa (dor de cabeça)
  • Enjoo
  • Epigastralgia (dor no estômago)
  • Flatulência
  • Diarreia intensa
  • Distúrbios respiratórios
  • Taquicardia (aumento da frequência cardíaca)
  • Hipotensão (pressão baixa)
  • Edema nas pernas (inchaço)
  • Dores musculares
  • Sensação de fadiga
  • Desidratação intensa
  • Desnutrição
Consumo de noz-da-Índia e emagrecimento

Apesar de ser associada ao emagrecimento o consumo de noz-da-Índia, especialmente na forma de chá, tem efeito laxante potente, além de propriedades tóxicas. O seu consumo provoca diarreia intensa, o que levar a perda de líquido e desidratação. Esta perda de líquido intensa resulta na "sensação" de emagrecimento.

Não existem estudos científicos que comprovem a ação da noz-da- Índia para a perda de peso. O consumo por via oral da semente foi associado a três mortes no Brasil.

A ação laxativa da noz-da- Índia, quando consumida por via oral, interfere ainda na absorção de vitaminas e minerais, o que contribui para o desenvolvimento de casos de desnutrição severa.

Nos casos mais graves, existe a possibilidade de instalação de quadro de hepatite fulminante que pode evoluir para a necessidade de transplante de fígado.

Não consuma Noz-da-Índia na forma de alimentos, suplementos, cápsulas ou medicamentos. Seu uso pode oferecer riscos à saúde e provocar a morte. Se você busca emagrecer, adote hábitos alimentares saudáveis associados à prática de atividade física. Procure orientação de um/uma nutricionista ou nutrólogo/a.

Leia também

Dietas para emagrecer rápido são saudáveis? 5 dicas para emagrecer com saúde

Tudo o que você precisa saber sobre o Sistema Cardiovascular
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O nosso sistema cardiovascular ou circulatório tem como função distribuir oxigênio e nutrientes por todo o corpo. É formado pelo coração e vasos sanguíneos.

Vasos Sanguíneos

A rede de tubos que forma o sistema cardiovascular é chamada de vasos sanguíneos. Eles são classificados em três diferentes tipos: artérias, veias e capilares.

Artérias

De um modo geral, são as artérias os vasos responsáveis por conduzir o sangue do coração para as células do corpo. São formadas por três camadas de tecidos denominados túnicas. Suas paredes fortes e elásticas permitem que as artérias se contraiam e relaxem a cada batimento cardíaco e garantam que o sangue seja transportado a todos os tecidos sob pressão. É por meio da avaliação das artérias que verificamos a pressão arterial.

Estes vasos diminuem seu calibre na medida em que se afastam do coração. As arteríolas são ramos mais finos que se ramificam em capilares e constituem a porção final das artérias. São os capilares que se unem às vênulas, porção final das veias.

Veias

As veias são responsáveis pelo transporte de sangue das diferentes partes do corpo para o coração. A parede das veias é mais fina comparada à parede das artérias e a pressão no interior destes vasos também é menor. Deste modo, o retorno do sangue do corpo para o coração ocorre de forma mais lenta.

Estes vasos possuem válvulas que direcionam o sangue sempre para o coração. A maior parte das veias são responsáveis pela condução de sangue venoso que é rico em gás carbônico. Entretanto, as veias pulmonares transportam sangue arterial, rico em oxigênio dos pulmões para o coração.

Vasos Capilares

Os capilares são ramificações muito finas, microscópicas, das artérias que fazem a comunicação com as vênulas (porção final das veias). As paredes destes pequenos vasos são formadas por uma camada muito fina de células que possibilitam a troca de oxigênio, gás carbônico e nutrientes do sangue para a células e vice-versa.

Coração Divisão interna do coração.

O coração ou miocárdio se localiza na caixa torácica, alojado entre os pulmões. Funciona como uma bomba que impulsiona o sangue para o corpo inteiro através dos vasos sanguíneos.

Caracteriza-se por ser um órgão muscular oco constituído por 4 cavidades: duas cavidades superiores chamadas átrios e duas inferiores, os ventrículos. O átrio direito comunica-se com o ventrículo direito por meio da válvula tricúspide. O átrio esquerdo comunica-se com o ventrículo direito através da válvula mitral. Estas válvulas existem para impedir que o sangue retorne aos átrios após passar para os ventrículos. Não existe comunicação entre os átrios e nem entre os ventrículos.

O coração é envolvido externamente pelo saco pericárdico. Internamente, os átrios e os ventrículos são revestidos por uma membrana que se chama endocárdio.

Doenças do sistema cardiovascular

As patologias que afetam o coração ou os vasos sanguíneos decorrem de distúrbios quase sempre associados a obstrução arterial. A obstrução impede o fluxo normal de sangue, desencadeando problemas para nutrição e oxigenação das células, o que compromete o bom funcionamento dos órgãos.

As mais comuns são:

  • Infarto Agudo do Miocárdio;
  • Aterosclerose;
  • Angina do Peito;
  • Hipertensão Arterial.

Leia também: Quais são as principais doenças cardiovasculares e suas causas?

Fatores de risco para as doenças do sistema cardiovascular

Vários são os fatores de risco que podem favorecer o surgimento de doenças cardiovasculares. Os principais fatores estão associados com:

  • Predisposição genética;
  • Idade;
  • Sedentarismo;
  • Tabagismo:
  • Estresse;
  • Alimentação rica em gorduras;
  • Diabetes;
  • Níveis altos de colesterol total e ou frações.
Como manter a saúde do sistema cardiovascular? Praticar atividade física

A prática de atividade física para prevenir as doenças cardiovasculares deve ser efetuada por pelo menos 30 minutos, de 4 a 5 vezes por semana.

Controlar níveis de colesterol e triglicérides

O controle dos níveis sanguíneos de colesterol e triglicérides evitam o acúmulo de gordura nas paredes das artérias (placas de ateromas) que propiciam a oclusão destes vasos. A adoção de uma alimentação saudável e a prática de exercícios físicos ajudam neste controle.

Controlar a pressão arterial

A hipertensão arterial é um importante fator de risco para o acidente vascular cerebral e o infarto do miocárdio. Controlar a pressão arterial por meio de atividade física e alimentação saudável e com pouco sal ajuda a evitar as doenças cardiovasculares.

Manutenção do peso corporal

Emagrecer a manter o peso corporal na faixa normal reduzem o risco de doenças cardiovasculares. A gordura que se acumula na região abdominal, aumenta o risco de pressão alta, colesterol elevado e diabetes, o que pode afetar o funcionamento dos vasos sanguíneos e do músculo cardíaco.

Não fumar

O fato de não ser tabagista é um hábito importante para a prevenção das doenças cardiovasculares. O fumo enrijece as paredes dos vasos sanguíneos e favorece a formação de coágulos. Além disso, pode reduzir o nível do bom colesterol (HDL) no sangue.

Evitar o estresse

O estresse provoca a redução do fluxo sanguíneo para o coração, irregularidades nos batimentos cardíacos e aumentam o risco para a formação de coágulos na circulação sanguínea. Gerenciar o estresse é uma forma importante de evitar doenças cardiovasculares.

Além de adotar as medidas de prevenção, é relevante estar atento a presença de dores no peito, falta de ar, fraqueza, inchaço nas pernas, tonturas, visão turva e palpitações. Estes sintomas podem variar de acordo com o órgão do sistema cardiovascular afetado.

Na presença de qualquer um destes sintomas, procure um/a médico/a de família, clínico geral ou cardiologista.

Veja também: Doenças cardiovasculares: quais os fatores de risco e como prevenir?