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Distúrbios do sono: Quais os principais tipos e como identificá-los?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Existem dezenas de distúrbios do sono. Os principais tipos de transtorno são classificados nos seguintes grupos: Insônia, distúrbios respiratórios do sono, narcolepsia, distúrbios do ritmo circadiano, parassonias, manifestações motoras noturnas e sintomas noturnos isolados.

Insônia

A insônia é um dos distúrbios do sono mais comuns e caracteriza-se pela dificuldade em adormecer ou manter o sono. A falta de uma ou várias noites de sono reparador pode trazer prejuízos na qualidade de vida e até na saúde da pessoa.

As insônias podem causar alterações de humor, irritabilidade, sonolência durante o dia, cansaço, dificuldade de concentração, prejuízos na memória, falta de motivação, aumento do risco de acidentes automobilísticos ou de trabalho, aumento da tensão muscular, dor de cabeça, entre outras consequências.

Insônias crônicas, ou seja, que duram mais de 3 meses, também aumentam o risco de depressão. Por outro lado, já se sabe que boa parte dos casos de insônia estão também relacionados a estados de ansiedade ou depressão.

Leia também: Qual o tratamento para insônia?

Distúrbios Respiratórios do Sono

Esse grupo de transtornos do sono engloba os distúrbios que provocam alterações no padrão normal da respiração. O mais frequente é a síndrome da apneia obstrutiva do sono, mais conhecida como apneia do sono. Esse distúrbio do sono causa obstrução das vias aéreas, podendo diminuir a concentração de oxigênio no sangue.

Os principais sintomas da apneia do sono incluem ronco, interrupções da respiração (apneias) durante o sono, sonolência excessiva durante o dia, dificuldade de concentração e prejuízos na memória.

Dentre as principais causas da apneia obstrutiva do sono estão a obesidade, as anomalias do crânio e da face e os distúrbios hormonais. Esse distúrbio do sono é mais comum em homens, principalmente entre os mais idosos e aqueles que têm história de apneia do sono na família.

Saiba mais em: Apneia do sono tem cura? Qual o tratamento?

Narcolepsia

Esse distúrbio do sono tem como principal sintoma a sonolência excessiva durante o dia. Outras características comuns da narcolepsia incluem cataplexia, paralisia do sono, fragmentação do sono noturno, alucinações, entre outras manifestações.

A narcolepsia geralmente começa a se manifestar entre os 10 e os 20 anos de idade, prejudicando a formação da personalidade, o desempenho escolar e acadêmico, além de aumentar o risco de acidentes de trânsito e trabalho.

A cataplexia, uma manifestação frequente desse distúrbio do sono, caracteriza-se por episódios repentinos de perda de força muscular durante o dia, muitas vezes causados por alterações emocionais

As alucinações ocorrem quando a pessoa está na transição entre dormir e acordar, manifestando-se normalmente sob a forma de experiências visuais, auditivas ou que envolvem diversos sentidos.

Já a paralisia do sono é a perda dos movimentos que ocorre ao adormecer ou, principalmente, ao acordar. A pessoa está consciente, mas perde temporariamente a capacidade de se movimentar.

Leia também: O que é narcolepsia e quais são os sintomas?

Parassonias

As parassônias são distúrbios do sono que provocam eventos físicos, experiências desagradáveis e alterações comportamentais quando a pessoa está no ínicio do sono, durante o sono ou ao despertar.

As parassônias geralmente ocorrem durante a fase REM do sono, que é o estágio do sono profundo. Dentre os tipos mais comuns de parassônias estão o despertar confusional, o sonambulismo, o terror noturno e as parasssônias relacionadas ao sono REM.

O despertar confusional caracteriza-se por comportamentos confusos ou confusão mental ao acordar. No sonambulismo, o indivíduo desperta durante o sono profundo e caminha enquanto permanece com a consciência alterada durante um espaço de tempo.

Já os terrores noturnos manifestam-se sob a forma de gritos, choro e medo intenso. A pessoa dificilmente acorda durante os episódios, já que esse distúrbio ocorre na fase do sono profundo. Depois, ficam confusos e não se lembram do ocorrido.

As parassônias do sono REM têm como sintomas os comportamentos anormais, os pesadelos e a paralisia do sono frequente.

Os distúrbios comportamentais que ocorrem na fase do sono profundo (REM) podem interromper o sono ou até machucar a pessoa, ou quem estiver dormindo com ela. O transtorno interrompe o relaxamento muscular que ocorre durante o sono REM, o que leva a pessoa a se movimentar de acordo com os sonhos que tem.

Já os pesadelos são sonhos ruins recorrentes, normalmente ligados ao medo e à ansiedade. Esse distúrbio do sono prejudica a qualidade do sono e a execução de tarefas durante o dia.

Veja também: Quais são as fases do sono e o que acontece em cada uma delas?

Distúrbios no Ritmo Circadiano

Esse distúrbio do sono é causado por alterações no relógio biológico do corpo e prejudica a qualidade de vida e do sono. Sua principal causa é o estilo de vida em que há pouco tempo dedicado ao sono. Tratam-se de pessoas que têm um padrão de sono diferente daquele adotado pela sociedade em geral, dormindo normalmente menos ou com horários de sono diferentes das outras pessoas.

Manifestações Motoras Noturnas

Esses distúrbios do sono têm como sinais e sintomas certos tipos de movimentos que prejudicam o sono. Dentre os mais comuns estão a síndrome das pernas inquietas, os movimentos periódicos dos membros e os bruxismo.

A síndrome das pernas inquietas provoca uma vontade muito forte de mexer as pernas durante o repouso, principalmente ao final do dia e à noite. O desconforto geralmente alivia ao movimentar as pernas ou andar.

Veja também: Síndrome das pernas inquietas tem cura? Qual é o tratamento?

Os movimentos periódicos dos membros podem ser decorrentes da síndrome das pernas inquietas, embora também possam ocorrer isoladamente. Esse distúrbio do sono caracteriza-se pela realização de movimentos repetitivos de braços ou pernas durante o sono.

O bruxismo associado ao sono caracteriza-se pelo ranger dos dentes de forma repetitiva durante o sono. O bruxismo pode fazer a pessoa acordar, prejudicando a qualidade do sono, além de causar dor na articulação da mandíbula e desgaste dos dentes.

Sintomas Noturnos Isolados

O distúrbio do sono mais comum desse grupo é o ronco. Trata-se de um ruído proveniente da via aérea superior, sobretudo durante a inspiração.

Também pode lhe interessar: Ronco tem tratamento?

É importante lembrar que os distúrbios do sono causados por transtornos mentais, doenças neurológicas ou outro tipo de problema de saúde não são considerados distúrbios do sono, mas sintomas da doença de base.

O tratamento dos distúrbios do sono pode incluir o uso de medicamentos, mudanças no estilo de vida, entre outras intervenções médicas de diferentes especialidades, como neurologia, psiquiatria, pneumologia e otorrinolaringologia.

Saiba mais em:

Quais os sintomas dos distúrbios do sono?

10 Dicas para Melhorar a Qualidade do Sono

Sono excessivo: o que pode ser?

Será que a sinusite pode causar paralisia facial?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sinusite pode causar paralisia facial, mas é muito raro.

As complicações mais comuns decorrentes de uma sinusite são:

  • Otite média aguda (infecção do ouvido médio pela proximidade);
  • Celulite de face e/ou periorbitária (infecção de pele no rosto ou ao redor do olho);
  • Cegueira (inflamação e comprometimento dos nervos ópticos);
  • Meningite (inflamação da meninge, que é o tecido que envolve o cérebro);
  • Empiema subdural (acúmulo de pus entre o cérebro e a meninge);
  • Trombose do seio cavernoso (obstrução de uma veia grande localizada na base do cérebro, normalmente causada pela disseminação de bactérias provenientes de alguma infecção. É raro, mas provoca a morte em cerca de 30% dos casos).
  • Complicações ósseas, sendo a osteomielite frontal (infecção do osso frontal), a mais comum entre elas, patologia também bastante perigosa e de difícil tratamento.

Raramente a infecção alcança a região aonde está localizado o sétimo par craniano (nervo facial), o que ocasionaria a paralisia facial, entretanto, pela proximidade, pode acontecer.

O nervo ótico costuma ser o mais afetado, com diminuição da visão geralmente em um dos olhos, podendo evoluir também para lacrimejamento excessivo e olho seco.

No caso de sinusite aguda ou crônica, é importante que agende uma consulta com o/a médico/a otorrinolaringologista, visto que esta doença tem tratamento, porém pode evolui com complicações graves que deixam sequelas e ou risco de morte quando não é resolvida a tempo.

Leia também:

O que pode causar paralisia facial?

O que é paralisia facial? Quais os sintomas e como é o tratamento?

O mais indicado é consultar um médico otorrinolaringologista para verificar a sinusite e a rinite ou ir diretamente a um neurologista para uma avaliação mais aprofundada da parte neurológica.

Saiba mais em: Quais são os sintomas da sinusite?

O que é narcolepsia e quais são os sintomas?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Narcolepsia é um distúrbio do sono que causa sonolência extrema e ataques de sono durante o dia. A sua principal causa é a falta de uma proteína produzida pelo cérebro chamada hipocretina.

A hipocretina é uma das substâncias responsáveis por manter o estado de alerta diurno, ou seja, manter a pessoa acordada.

Pessoas portadoras de narcolepsia, apresentam uma quantidade menor de células que produzem a hipocretina. Isso parece acontecer devido a uma reação autoimune, quando o sistema imunológico ataca tecidos saudáveis do próprio corpo.

Além disso, os fatores genéticos e ambientais desempenham um papel importante no desenvolvimento da doença. A doença pode ser esporádica. Contudo, quem tem um parente de 1º grau com o distúrbio, possui cerca de 40 vezes mais chances de desenvolver narcolepsia do que quem não tem.

Quais os sintomas da narcolepsia?

Os principais sintomas da narcolepsia incluem sonolência excessiva durante o dia, cansaço crônico, cataplexia (perda de força muscular de forma súbita) e anormalidades do sono profundo (REM).

A narcolepsia pode causar ainda paralisia do sono, alucinações e sono repentino e profundo depois de alterações abruptas de emoções, como levar um susto ou dar uma gargalhada, por exemplo.

Os sintomas da narcolepsia geralmente começam a se manifestar entre os 15 e os 30 anos de idade. Existem dois tipos principais de narcolepsia (tipo 1 e tipo 2) e os sinais e sintomas podem variar entre eles:

Narcolepsia tipo 1: excesso de sono durante o dia, cataplexia e baixos níveis de hipocretina.

Narcolepsia tipo 2: excesso de sono durante o dia, ausência de cataplexia e níveis normais de hipocretina.

Sonolência extrema durante o dia

A pessoa pode sentir um desejo incontrolável de dormir, geralmente seguido por um período de sono. São os chamados ataques de sono. Esses períodos podem durar de alguns segundos a alguns minutos. Podem acontecer depois de comer, durante uma conversa, ao dirigir, entre outras situações.

Cataplexia

Durante esses ataques de sono, a pessoa não controla seus músculos e não consegue se mexer. Emoções fortes, como risos ou raiva, podem desencadear cataplexia.

Os ataques geralmente duram de 30 segundos a 2 minutos e a pessoa permanece consciente durante a crise. Durante o ataque, a cabeça inclina-se para a frente, a mandíbula cai e os joelhos podem dobrar. Em casos graves, a pessoa pode cair e ficar paralisada por vários minutos.

Apesar de ser um sinal característico da narcolepsia, a cataplexia normalmente só se manifesta após o surgimento da sonolência diurna excessiva.

É comum a cataplexia ser confundida com desmaios ou até mesmo epilepsia, já que a pessoa apresenta fraqueza muscular repentina e não consegue se movimentar por algum tempo. Isso tudo torna o diagnóstico da narcolepsia ainda mais difícil.

Alucinações

A pessoa vê ou ouve coisas que não existem, seja dormindo ou acordada. Durante as alucinações, a pessoa pode sentir medo ou como se estivesse sob ataque.

Paralisia do sono

Ocorre quando a pessoa não consegue mover o corpo quando começa a dormir ou quando acorda. Pode durar até 15 minutos.

A maioria das pessoas com narcolepsia tem sonolência diurna e cataplexia, nem todas apresentam paralisia do sono. Apesar de se sentirem muito cansadas, é comum pessoas com narcolepsia não dormirem bem à noite.

Qual é o tratamento para narcolepsia?

O tratamento da narcolepsia é feito com medicamentos estimulantes e antidepressivos, que ajudam a diminuir a sonolência e inibir a cataplexia. A narcolepsia não tem cura. O objetivo do tratamento é controlar os sintomas.

Os estimulantes ajudam o indivíduo a manter-se acordado durante o dia. Já os antidepressivos podem reduzir os episódios de cataplexia, paralisia do sono e alucinações.

O oxibato de sódio atua bem no controle da cataplexia, além de ajudar a controlar a sonolência diurna.

Além dos medicamentos, são indicadas algumas mudanças no estilo de vida para ajudar a melhorar a qualidade do sono noturno e aliviar a sonolência diurna:

  • Deite-se e acorde à mesma hora todos os dias;
  • Mantenha o quarto escuro e a uma temperatura agradável;
  • Evite cafeína, álcool e refeições pesadas pelo menos duas horas antes de ir dormir;
  • Não fume;
  • Faça algo relaxante antes de dormir, como tomar um banho quente ou ler um livro;
  • Pratique exercícios físicos regularmente todos os dias, mas pelo menos 4 horas antes de ir dormir;
  • Pratique os cochilos durante o dia, quando a pessoa está cansada, também ajuda a controlar a sonolência diurna e reduz a quantidade de ataques imprevistos de sono.

Apesar de não ter cura, a narcolepsia pode ser controlada com o tratamento. Tratar outros distúrbios do sono subjacentes também pode melhorar os sintomas dessa condição.

O/A médico/a neurologista especialista em distúrbios do sono é o/a profissional indicado/a para diagnosticar e tratar a narcolepsia.

Torsilax serve para dor de cabeça?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

O Torsilax pode ser usado em alguns casos de dor de cabeça. Isso porque ele tem em sua composição um relaxante muscular, o carisoprodol, que pode ajudar nos casos de dor de cabeça causada por tensão muscular. Além disso, o Torsilax contém componentes com efeito analgésico, que podem aliviar a dor de cabeça.

Entretanto, a dor de cabeça não é uma indicação prevista na bula do Torsilax. Ele está indicado em casos de:

  • Reumatismo;

  • Estados inflamatórios devido a traumas e pós-cirúrgicos.

Também pode ser indicado para ajudar a diminuir sintomas em processos inflamatórios associados a infecções.

Por conter uma combinação de medicamentos, o uso do Torsilax está associado a um conjunto maior de reações adversas.

Quando a dor de cabeça for frequente e intensa, procure um médico de família ou neurologista para investigar a causa. Assim, você poderá usar o medicamento mais indicado para o seu caso.

Para saber mais sobre dor de cabeça, leia também:

Referência:

Torsilax. Bula do medicamento.

Para que serve Tramal® cápsulas? É o mesmo que morfina?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Tramal® (cloridrato de tramadol) é um potente analgésico da classe dos opioides, indicado para dor de intensidade moderada a grave. Sua ação se dá nas células nervosas específicas da medula espinhal e cérebro (sistema nervoso central) levando ao alívio da dor.

Tramal® é o mesmo que morfina?

Não. Tramal® (cloridrato de tramadol) e morfina, apesar de serem analgésicos potentes do grupo dos opioides, são substâncias diferentes e possuem efeitos também distintos.

A morfina, além de analgésico, tem ação sedativa e ansiolítica. É bastante utilizada por pacientes com câncer, queimaduras extensas e dores cirúrgicas, pois é capaz de reduzir consideravelmente as dores intensas. Entretanto, pode provocar depressão respiratória, desencadear queda de pressão arterial (hipotensão), redução da frequência cardíaca (bradicardia), suprimir o reflexo da tosse e causar broncoespasmo.

Náuseas, vômitos e redução do tamanho das pupilas (miose) são efeitos colaterais comuns no uso de morfina, podendo causar tolerância e dependência. Seu uso é feito, preferencialmente, em ambiente hospitalar. O uso em domicílio é bastante arriscado e deve ser rigorosamente acompanhado pelo/o médico/a.

O tramal® (cloridrato de tramadol) apresenta risco muito menor de depressão respiratória e cardiovascular quando comparado à morfina. É eficaz para amenizar dores intensas e tem o uso em domicílio mais seguro.

Como tomar Tramal®?

Tramal® deve ser prescrito por médico/a de forma individualizada. Isto significa que a dose a ser prescrita dependerá da avaliação que este profissional fará do seu quadro clínico.

Para adultos e adolescentes a partir de 12 anos de idade recomenda-se ingerir uma a duas cápsulas de tramal® (equivalente a 50 ou 100 mg de cloridrato de tramadol) por dia. Dependendo da dor, o efeito dura cerca de 4 a 8 horas.

A dose máxima diária não deve ultrapassar 400 mg por dia (8 cápsulas por dia de tramal® 50 mg).

Se você achar que o efeito do medicamento está muito forte ou muito fraco, informe ao seu médico. Não altere a dosagem por conta própria.

Efeitos colaterais de tramal®

Os efeitos colaterais mais comuns associados ao uso de tramal® são:

  • Náusea
  • Tonturas
  • Dor de cabeça
  • Sonolência
  • Vômito
  • Prisão de ventre (constipação)
  • Transpiração
  • Boca seca
  • Fadiga
Contraindicações de tramal®
  • Pessoas alérgicas ao cloridrato de tramadol ou qualquer outro componente da fórmula;
  • Idade inferior a 12 anos;
  • Mulheres grávidas ou que estão amamentando;
  • Pessoas em uso nos últimos 14 dias de antidepressivos inibidores da monoaminooxidase (medicamentos que inibem a enzima que destrói a serotonina produzida pelo corpo:);
  • Pessoas em abstinência de drogas entorpecentes;
  • Pessoas que estão se tratando de intoxicação por álcool, hipnóticos, opioides e outros psicotrópicos.
Precauções quanto ao uso de tramal®

Tramal® (cloridrato de tramadol) deve ser usado com cautela e com rigoroso acompanhamento médico em casos de:

  • Pacientes idosos, pelo risco de queda da pressão, tonturas maior propensão a queda da própria altura;
  • Pessoas que tendem a usar medicamentos de forma abusiva ou são dependentes de medicamentos devem usar tramal® por períodos curtos e sobre estrita e rigorosa supervisão médica;
  • O uso prolongado de tramal® pode provocar dependência química e física, assim como o desenvolvimento de tolerância (fenômeno em que uma determinada dose da medicação já não é capaz de atingir o efeito desejado);
  • Portadores de epilepsia;
  • O uso de tramal® com anticoagulantes pode aumentar o risco de sangramento;
  • Evite ingerir bebidas alcoólicas durante o tratamento com tramal®.

Para que o uso de tramal® seja seguro e eficaz, sua administração deve ser somente por via oral. Respeite sempre os horários, as doses e a duração do tratamento de acordo com as orientações médicas.

Entenda como a Herpes-zóster pode estar relacionada com esclerose múltipla
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

O Herpes-zóster, também conhecido como "cobreiro" ou "zona", parece estar relacionado com o desenvolvimento da esclerose múltipla, embora os mecanismos ainda não estejam claros. Uma teoria é a de que o herpes-zóster está associado a alterações no sistema imunológico que podem provocar esclerose múltipla.

Estudos mostraram que pessoas com herpes-zóster podem ter até 3 vezes mais chances de ter esclerose múltipla. Também já foi encontrada uma alta replicação viral em lesões das células nervosas de pacientes com esclerose múltipla.

Apesar de ainda não existir uma confirmação de que a esclerose múltipla pode ser causada pelo vírus do Herpes-zóster, existe uma teoria de que alguns tipos de vírus, entre eles o do Herpes-zóster, são determinantes para desenvolver a doença. Sobretudo se esses vírus foram adquiridos na infância ou adolescência.

O Herpes zoster afeta sobretudo pessoas com imunidade baixa, como por exemplo idosos. É o mesmo vírus que causa a catapora, quando a pessoa tem catapora na infância ela permanece com o vírus latente nos nervos, que pode ser reativado em situações de queda da imunidade, levando ao aparecimento das lesões de Herpes-Zoster.

Quais são os sintomas do Herpes-zóster?

O Herpes-zóster é uma doença causada pela reativação do vírus Varicela-zoster, o mesmo que causa a catapora (varicela). Seus principais sintomas são a dor e o desenvolvimento de pequenas bolhas avermelhadas cheias de líquido, que se agrupam em linha numa área específica da pele.

Leia também: A catapora pode deixar sequelas?

Herpes-zóster Quais são os sintomas da esclerose múltipla?

A esclerose múltipla é uma doença que provoca lesões nas células nervosas, comprometendo o sistema nervoso central e causando incapacitações motoras, visuais e cognitivas.

A origem da esclerose múltipla está na degeneração da camada de gordura que envolve os nervos, prejudicando a transmissão dos sinais do cérebro pelas fibras nervosas.

Por isso, a pessoa apresenta fadiga, perda de equilíbrio, alterações na coordenação motora e na memória, bem como dificuldade de ter pensamentos lógicos.

Os primeiros sinais e sintomas da esclerose múltipla começam em pessoas com idade entre 15 e 50 anos. O herpes-zóster ocorre sobretudo em idosos e indivíduos com imunidade baixa.

Contudo, apesar da possível relação entre ambas as doenças, são necessários mais estudos científicos para comprovar que o herpes-zóster pode mesmo causar esclerose múltipla.

Hidrocefalia tem cura? Qual o tratamento?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Sim, hidrocefalia tem tratamento e pode ser curada a depender da causa. O tratamento da maioria dos casos de hidrocefalia é feito com as chamadas válvulas de derivação.

Neste procedimento, um cateter é colocado em contato com o liquor dentro do cérebro para drenar o líquido para outra parte do corpo. O sistema é composto por um cateter ligado a uma válvula que limita a quantidade de líquido a ser drenado.

Uma extremidade do cateter fica dentro do cérebro em contato com o liquor, enquanto que a outra é passada por baixo da pele até um local do corpo capaz de receber o líquido, que pode ser a veia jugular ou a cavidade abdominal.

Em alguns casos pode ser realizado por algum tempo uma derivação externa, ou seja, uma das extremidades drena o excesso de líquido para um suporte fora do corpo.

Outra forma de tratar a hidrocefalia é através da neuroendoscopia, geralmente utilizada em casos de hidrocefalia obstrutiva, que ocorre quando existe algum impedimento no fluxo do liquor.

A neuroendoscopia funciona da seguinte forma:

  1. Realiza-se um pequeno furo no crânio;
  2. Um tubo com uma câmera de vídeo (endoscópio) é introduzido até o cérebro;
  3. Faz-se uma pequena perfuração numa membrana muito fina do cérebro para servir de passagem para o líquido cefalorraquidiano poder fluir, corrigindo a obstrução;
  4. O liquor volta a circular mais facilmente e a hidrocefalia é curada.

A grande vantagem da neuroendoscopia no tratamento da hidrocefalia é a possibilidade de tratar a hidrocefalia sem introduzir um material estranho no organismo. Contudo, nem sempre é possível utilizar o método, que é mais indicado para hidrocefalias obstrutivas.

Consulte um médico neurocirurgião para esclarecer as suas dúvidas em relação ao tipo de hidrocefalia e a melhor forma de tratamento.

Leia também: O que é hidrocefalia e quais os sintomas?

Suspeita de AVC: o que fazer?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Em caso de suspeita de AVC (Acidente Vascular Cerebral - "derrame"), o que se deve fazer é levar a vítima imediatamente a um serviço de urgência. Se possível, nem esperar pela ambulância.

AVC é uma emergência médica! Quanto mais rápido chegar a uma emergência, mais chances de tratamento e evitar sequelas.

Durante o transporte ou enquanto se espera pela ambulância, é recomendável:

  • Manter um ambiente tranquilo;
  • Manter sempre um familiar junto, é fundamental que tenha alguém para responder as perguntas do socorrista, caso o paciente perca a consciência;
  • Manter a via aérea desimpedida;
  • Desapertar as roupas, principalmente ao nível do pescoço, tórax e abdômen;
  • Manter a temperatura corporal, com ventilação ou aquecimento, dependendo do clima no local;
  • Observar as suas funções vitais, se responde às perguntas e mantém contato verbal e lúcido.

Quais os sinais e sintomas um AVC?

Os sinais de um AVC são súbitos e podem aparecer isoladamente ou em conjunto, dependendo da área do cérebro que foi atingida. Os mais comuns são:

  • Fraqueza, perda do movimento ou dormência em um braço ou perna, ou mesmo em todo um lado do corpo;
  • Dificuldade na fala ou paralisia na face;
  • Visão turva ou perda da visão, especialmente de um olho;
  • Episódio de visão dupla;
  • Dificuldade para entender o que os outros dizem, fica "confuso", "estranho";
  • Tontura, perda do equilíbrio, falta de coordenação para andar ou queda súbita, normalmente acompanhada pelos outros sintomas;
  • Dor de cabeça forte e persistente;
  • Dor de cabeça associada a vômitos intensos.

O AVC é uma urgência médica e cada segundo é importante. Quanto mais rápido o paciente receber tratamento, maiores são as chances de tratar e evitar sequelas.

Leia também: O que fazer quando uma pessoa tem uma parada cardiorrespiratória?