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Bupropiona melhora a disposição?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

A bupropiona pode ajudar a melhorar a disposição de quem está tentando parar de fumar ou de quem tem depressão. Sua principal indicação é a redução dos sintomas da retirada da nicotina, ajudando a parar de fumar. No entanto, também pode ser indicada como tratamento da depressão.

Quando a bupropiona é usada para parar de fumar, o recomendado é iniciar o tratamento quando a pessoa ainda fuma. A interrupção do hábito de fumar deve ser programada para as primeiras duas semanas de tratamento. O tratamento deve ser mantido por pelo menos 7 semanas.

O efeito da bupropiona é melhor quando ela é tomada com alimentos. No caso de insônia, que é uma reação frequente no início do tratamento, evite tomar o medicamento perto do horário de dormir.

Para saber mais sobre o uso da bupropiona, leia também:

Referências:

Bupropiona. Bula do medicamento.

Para que serve a ocitocina, o hormônio do amor?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

A ocitocina também conhecida como “hormônio do amor” é produzida no cérebro por uma glândula chamada hipófise. Produzido por homens e mulheres, atua para melhorar o humor e as interações sociais, fortalece os laços afetivos entre parceiros e ajuda a reduzir a ansiedade e melhora a libido e o desempenho sexual. Este hormônio também exerce importante função no momento do parto e durante a amamentação.

Efeitos da ocitocina no organismo1. Melhora o humor

A ocitocina atua como um regulador do estado de humor das pessoas, o que possibilita expressar as emoções de forma benéfica e saudável, ajuda a reduzir o estresse e melhora a convivência entre as pessoas. Pode ser utilizada, mediante indicação de uma/a psiquiatra, no tratamento de pessoas com transtorno de ansiedade generalizada, fobia social e depressão.

2. Cria e fortalece os laços afetivos

A criação dos vínculos afetivos entre mão e filhos ou filhas, bem como a formação e fortalecimento dos laços de afeto entre companheiros é outra função desempenhada pela ocitocina. Nestes casos, a ocitocina é produzida e liberada quando há contato de pele e quando existe a formação de uma relação de confiança entre as pessoas.

Por ter como um dos efeitos possibilitar a união entre as pessoas e o desenvolvimento das ligações de carinho, a ocitocina é conhecida como hormônio do amor.

A empatia é outra sensação desencadeada pela presença de ocitocina no organismo. Além destas ações, quanto maior a concentração deste hormônio no sangue, maior é a sensação de felicidade e bem-estar.

Alguns estudos indicam que a ocitocina pode ser importante para o tratamento de autismo, depressão pós-parto e esquizofrenia.

3. Melhora a libido e o desempenho sexual

A ocitocina parece atuar também melhorando a libido e o desempenho sexual em homens e mulheres. Nos homens, atua juntamente com a testosterona e, na mulher, com a progesterona no sentido de despertar o interesse pelo contato íntimo e facilitar a lubrificação vaginal e o orgasmo.

4. Auxilia no trabalho de parto

A ocitocina auxilia no trabalho de parto por estimular as contrações uterinas de forma ritmada. Como medicamento, é usada para induzir o trabalho de parto, especialmente quando este não aconteceu no tempo previsto ou quando está ocorrendo de forma muito demorada.

A indicação do uso de ocitocina para a indução do trabalho de parto exige uma avaliação clínica cautelosa pelo/a obstetra. O uso indiscriminado e sem prescrição adequada pode levar ao parto prematuro ou aborto.

5. Ajuda na amamentação

Ao sugar o seio da mãe durante a amamentação, o bebê estimula a produção de ocitocina pelo organismo da mãe. Deste modo, a ocitocina ajuda no processo de amamentação e favorece a criação de vínculo afetivo entre a mãe e o bebê.

A ocitocina pode ser encontrada em farmácias?

Sim. A ocitocina pode ser encontrada de forma sintética, em farmácias e para uso como medicamentos. Entretanto sua utilização somente deve ser efetuada mediante prescrição médica.

Como aumentar a ocitocina no organismo

Atitudes simples são capazes de aumentar naturalmente a produção de ocitocina pelo seu corpo:

  • Praticar atividade física;
  • Estar com as pessoas que você gosta;
  • Estabelecer contato físico por meio de carinho, abraços massagem;
  • Efetuar o contato íntimo com seu parceiro ou parceira;
  • Praticar a generosidade e as boas ações;
  • Amamentar.

Quanto mais relaxado/a e livre de tensões você estiver, mais ocitocina o seu corpo produzirá sem precisar de remédios. Isto ampliará a sensação de bem-estar no seu cotidiano.

8 atitudes que ajudam uma pessoa com depressão
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O tratamento para a depressão envolve o cuidado com o corpo e com a mente. Por isso, para ajudar alguém com essa doença, é importante entender a doença e ter atitudes que beneficiem a pessoa e o tratamento.

Oferecer ajuda, manter a proximidade, estimular o contato com amigos e familiares, incentivar a prática de exercícios físicos e uma alimentação saudável, são os principais métodos de apoio eficaz.

A depressão é um sentimento de tristeza com intensidade suficiente para afetar o desempenho e o prazer em realizar atividades simples do dia-a-dia. Ainda, é capaz de interferir na imunidade da pessoa, aumentando o risco de contrair infecções.

1. Conhecer a doença

Quanto mais conhecimento você tiver sobre depressão, mais você conseguirá ajudar a pessoa que está depressiva. Busque informações sobre o que é a doença, quais são os sintomas, tempo de duração e como é feito o tratamento.

Você pode conversar com um psicólogo ou psiquiatra para melhor entender a doença e assim oferecer ajuda de forma eficaz.

2. Oferecer apoio e ajuda ativa

A pessoa com depressão muitas vezes não consegue pedir ajuda. Por este motivo, se ofereça ativamente para realizar as tarefas que for preciso, mesmo que sejam tarefas aparentemente simples, como arrumar o quarto, lavar a louça ou buscar as crianças na escola.

Este tipo de ajuda é importante, especialmente, se a pessoa ainda não começou o tratamento para depressão ou se o tratamento ainda não fez efeito.

3. Ouvir sem criticar

É preciso estar disposto a ouvir o que a pessoa com depressão tem a falar sem julgamentos, sem críticas. Quem tem depressão já possui autocrítica aguçada. Por este motivo, o julgamento de outras pessoas pode piorar ainda mais o quadro depressivo.

Usar expressões como “você precisa reagir” não ajuda. A prostração ou incapacidade de realizar tarefas comuns do dia-a-dia são sintomas do quadro depressivo e não falta de vontade da pessoa.

Ao mesmo tempo, é importante não tentar resolver todos os seus problemas, como se ela fosse incapaz de fazê-lo, evitando que se sinta uma pessoa inútil. Esse equilíbrio deve ser buscado através de muita conversa, respeito e confiança entre as pessoas.

4. Acompanhar o tratamento

Acompanhar as consultas sempre que possível, é imprescindível para entender todo o processo e auxiliar a pessoa nas tarefas e objetivos traçados pelo médico e/ou psicólogo.

Na maior parte dos casos, o tratamento de depressão é efetuado de forma combinada: uso de medicação e psicoterapia. É importante estimular a pessoa com depressão a cumprir todo o tratamento prescrito.

Na psicoterapia, a pessoa compreenderá melhor a doença e aprenderá formas de como lidar com os seus conflitos internos. O tratamento medicamentoso busca o equilíbrio químico dos neurotransmissores, aumentando a concentração daqueles que beneficiam o humor e o bem-estar.

5. Encorajar a prática de atividade física

Quando você perceber que o tratamento está fazendo efeito e a pessoa já se mostra mais disposta a desenvolver algum tipo de atividade, estimule-a a praticar exercícios físicos, seja ao ar livre, na academia ou mesmo em casa. O local deve ser aquele no qual ela se sente mais a vontade e segura.

Os cuidados com o corpo e a prática de atividades repercutem de forma muito positiva na saúde mental. Ao praticar exercícios físicos, o nosso corpo libera hormônios e outras substâncias importantes para o equilíbrio e manutenção do humor.

6. Estimular a adoção de hobbies

Ajudar a pessoa a criar um hobbie como ler, ouvir música, dançar, entre outras atividades de que ela goste, mantém a mente ativa e pensamentos positivos.

As atividades em grupo e com música costumam apresentar melhores resultados porque exigem atenção e com isso promove momentos de prazer e diversão.

7. Sugerir a prática de Yoga e meditação

O Yoga foi reconhecido pela Organização Mundial de Saúde (OMS) na classificação da Medicina Tradicional/Medicina Complementar Alternativa e foi incluída no Sistema Único de Saúde em 2011.

Através de exercício respiratório, a prática do Yoga promove efeitos benéficos para o corpo e para a mente, sendo capaz de abstrair pensamentos ruins e promover bons sentimentos, criando um estado de harmonia e equilíbrio interior.

8. Propor uma alimentação saudável

Frutas, verduras, azeite de oliva, peixes e oleaginosas como castanha e nozes são alimentos ricos em nutrientes que protegem e ativam a comunicação entre os neurônios.

É importante que estes alimentos façam parte da rotina alimentar de pessoas com depressão, por isso procure inseri-los sempre que for possível.

O consumo de bebidas alcoólicas também deve ser desestimulado, pelos efeitos no sistema nervoso central, que se associam a crises de ansiedade e depressão.

Como saber se tenho depressão?

Apenas com uma avaliação médica ou psicológica poderá ter a confirmação desse diagnóstico. Entretanto, você deve estar atento a alguns sinais como:

  • Sensação de tristeza profunda sem um motivo aparente
  • Perda de interesse ou prazer
  • Ansiedade
  • Irritabilidade
  • Sentimento de culpa
  • Autoestima baixa
  • Perturbação do sono (insônia ou sono excessivo)
  • Alterações de apetite (falta de fome ou compulsão alimentar)
  • Ganho ou perda de peso
  • Sensação de cansaço constante
  • Redução da capacidade de concentração ou esquecimentos

A depressão pode se manifestar de diversas formas, com presença de um ou mais destes sintomas, que duram muitas horas do dia e por mais de duas semanas.

Qual a diferença entre tristeza e depressão?

A depressão é muitas vezes confundida com tristeza, entretanto a tristeza é um sentimento que faz parte das nossas vidas e que é passageiro, com duração de alguns poucos dias.

Já a depressão se caracteriza pelo humor deprimido na maior parte do dia, quase todos os dias, associado a perda de interesse por qualquer atividade, durante pelo menos duas semanas. Doença incapacitante que afeta não só o estado de humor, mas a capacidade no trabalho, na escola e em atividades comuns da vida diária. As características principais são o humor deprimido e a falta de interesse

É comum que a depressão surja depois de uma perda recente ou de outro acontecimento triste, mas é desproporcional em relação ao acontecimento e se prolonga por mais tempo do que seria o considerado normal.

Os critérios para diagnóstico e opções de tratamento para a depressão, devem ser avaliados e acompanhados por uma equipe multidisciplinar, composta pelo médico psiquiatra, um psicólogo e quando preciso terapeuta ocupacional, fisioterapeuta e educador físico.

Não utilize antidepressivos sem indicação médica.

Leia mais

Referências:

DE MANICOR, M.; et al.Individualized Yoga for reducing depression and anxiety, and improving well-being: a randomized controlled trial. Depress Anxiety, 33(9):816-28, 2016.

WORLD HEALTH ORGANIZATION. Mental heatlh action plan 2013 - 2020. Geneva: World Heath Organization, 2013.

Zolpidem serve para ansiedade?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

O zolpidem não serve para tratar a ansiedade, sendo indicado apenas para o tratamento de insônia. Porém, como a insônia pode aumentar o risco de problemas como depressão e ansiedade, o tratamento com zolpidem pode levar também à melhora dessas condições.

No entanto, existem outros medicamentos que têm efeito hipnótico (ou seja, que ajudam a dormir) e que também são ansiolíticos, como os benzodiazepínicos. Exemplos desses medicamentos são:

  • Clonazepam;
  • Bromazepam;
  • Diazepam.

Se notar que continua com muita ansiedade, mesmo resolvendo o problema do sono com o zolpidem, pode conversar com o médico para avaliar a possibilidade de usar um benzodiazepínico. O médico prescreverá por um período curto, pois o uso prolongado (acima de 14 dias) leva a efeitos como atolerância (perda do efeito) ou à dependência do medicamento.

Já o zolpidem pode ser usado por 3 a 12 meses sem serem desenvolvidos os efeitos indesejáveis dos benzodiazepínicos. Por isso, ele é especialmente útil nos casos de insônias que precisam detratamento mais longo (insônias transitórias ou crônicas). É possível que o médico tenha receitado o zolpidem por essas razões.

Leia também:

Referência:

Asnis GM, Thomas M, Margaret A Henderson MA. Pharmacotherapy Treatment Options for Insomnia: A Primer for Clinicians. Int J Mol Sci. 2015 Dec 30;17(1):50.

Dor no braço esquerdo pode ser ansiedade?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

A dor no braço esquerdo, que começa no peito, pode ser ansiedade. Mas também pode ser um sinal de problemas cardíacos, inclusive de infarto. Por isso, quando a dor é intensa, começa de repente e não melhora, procure um pronto-socorro.

Como existem outras causas possíveis para a dor no braço esquerdo, é importante observar se existem outros sinais de ansiedade para ter mais certeza.

Sinais comuns de ansiedade são:

  • Tensão muscular;
  • Ritmo da respiração alterado;
  • Medo e suor intensos;
  • Coração batendo rápido;
  • Dificuldade para relaxar, que pode afetar o sono;
  • Frio na barriga, bolo na garganta ou dor de estômago.

Se a ansiedade causar problemas e afetar o seu bem-estar, procure um médico de família, psicólogo ou psiquiatra. Eles vão indicar tratamentos que ajudam a controlá-la, como meditação, ioga, acupuntura, psicoterapia ou, em alguns casos, medicamentos. Exercícios físicos também podem ajudar. No caso específico da dor no braço, fisioterapia pode ser indicada em alguns casos.

Saiba mais sobre outras causas de dor no braço esquerdo em:

Referência:

Gautam S, Jain A, Gautam M, Vahia VN, GautamIndian A. Clinical Practice Guidelines for the Management of Generalised Anxiety Disorder (GAD) and Panic Disorder (PD). J Psychiatry. 2017; 59(Suppl 1): S67–S73.

Zatesko P, Rejane Cristina Ribas-Silva RC. Eficácia da Acupuntura no Tratamento de Ansiedade e Estresse Psicológico. Rev Bras Terap e Saúde. 2016; 6(2):7-12.

Como controlar a ansiedade. Tadashi Kadomoto. Youtube

Existe um botão anti-pânico e ansiedade no seu corpo. Peter Liu. Youtube

Depressão e ansiedade: quais os sintomas e as diferenças entre elas?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

A depressão e a ansiedade são transtornos mentais que muitas vezes surgem juntos, mas que apresentam diferenças marcantes, com características diferentes entre eles, embora alguns sintomas possam surgir tanto na ansiedade como na depressão.

O que é depressão?

A depressão é um distúrbio de humor que caracteriza-se por sentimentos de tristeza, perda, raiva ou frustração, que interferem na vida diária da pessoa. A duração dos sintomas pode ser de algumas semanas, meses ou anos.

O que é ansiedade?

A ansiedade é um distúrbio mental que deixa a pessoa excessivamente preocupada e apreensiva com muitas coisas. A preocupação e a tensão nesses casos é desproporcional à situação em si e a pessoa sente muita dificuldade em controlar a ansiedade. Para ser considerada uma doença, os sintomas da ansiedade devem durar por mais de 6 meses.

Qual a diferença entre ansiedade e depressão?

A melhor forma de identificar as diferenças entre ansiedade e depressão é analisar os sintomas de cada um dos transtornos.

Quais são os sintomas de depressão?

Os sintomas de depressão incluem:

  • Humor irritável ou deprimido;
  • Dificuldade para adormecer ou excesso de sono;
  • Grandes mudanças no apetite, geralmente com ganho ou perda de peso;
  • Cansaço e falta de energia;
  • Sentimentos de inutilidade, auto-aversão e culpa;
  • Dificuldade de concentração;
  • Movimentos mais lentos que o normal;
  • Inatividade e desinteresse por atividades habituais;
  • Sentimentos de desesperança e abandono;
  • Pensamentos repetitivos de morte ou suicídio;
  • Perda de interesse em atividades que antes despertavam prazer e satisfação.

No caso das crianças, os sintomas podem ser diferentes dos adultos. Nesses casos, deve-se observar sobretudo as mudanças no desempenho escolar, no sono e no comportamento.

Quais são os sintomas de ansiedade?

O principal sintoma do transtorno de ansiedade é a presença constante de preocupação ou apreensão por pelo menos 6 meses, mesmo quando não há uma causa aparente ou ela é pouco relevante. As preocupações parecem flutuar de um problema para outro, podendo incluir problemas que envolvem família, relacionamentos interpessoais, trabalho, dinheiro e saúde.

Outros sintomas do transtorno de ansiedade incluem:

  • Dificuldade de concentração;
  • Fadiga;
  • Irritabilidade;
  • Dificuldade para adormecer e permanecer dormindo ou ter um sono pouco tranquilo e reparador;
  • Inquietação ao acordar.

A ansiedade também pode causar sintomas físicos, como tensão muscular, problemas estomacais, transpiração e falta de ar.

Quais as causas de depressão e ansiedade?

A depressão é causada por uma combinação de fatores psíquicos, sociais e biológicos. Pode ser desencadeada por situações adversas e estressantes no decorrer da vida como desemprego, luto, trauma psicológico.

Outros fatores como alcoolismo, dependência de drogas e isolamento social também podem contribuir para o aparecimento de um quadro de pressivo. Também há uma associação familiar seja por causas genéticas ou sociais, por exemplo, filhos de pais que apresentam depressão tem maior risco de também desenvolverem o transtorno.

As causas do transtorno de ansiedade também se relacionam a fatores biológicos, psicológicos e relacionados a eventos ou experiências de vida. É possível que os distúrbios ansiosos tenham influência genética, no entanto, eventos traumáticos, estresse crônico e outras circunstâncias relacionados a história pessoal também contribuem para o aparecimento dos transtornos ansiosos.

Qual é o tratamento para depressão e ansiedade?

O tratamento da ansiedade e da depressão é feito com psicoterapia e medicamentos antidepressivos, estabilizadores de humor, ansiolíticos e sedativos.

A psicoterapia desempenha um papel muito importante no tratamento desses transtornos, pois ajuda a pessoa a identificar as causas da ansiedade ou depressão e entender a relação entre seus pensamentos, comportamentos e sintomas.

O médico psiquiatra é o especialista responsável pelo diagnóstico e tratamento da ansiedade e da depressão.

Pontadas no coração podem ser ansiedade?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

Pontadas no coração podem ser sintomas de ansiedade, especialmente quando acontece uma crise muito intensa. Nesse caso, podem surgir outros sintomas comuns como:

  • Medo e suor intensos;
  • Respiração alterada;
  • Coração acelerado;
  • Tremores;
  • Sensação de frio na barriga ou de bolo na garganta.

O mal-estar causado pela ansiedade pode ser tão intenso que a pessoa muitas vezes pensa que vai morrer. Por isso, algumas vezes é preciso procurar um médico e tomar medicamentos. Se você perceber que a ansiedade é muito intensa, muito frequente e atrapalha a sua vida, procure um médico de família, um psicólogo ou um psiquiatra.

Entretanto, em alguns casos é possível tentar algumas medidas que costumam ser eficazes para sair da crise de ansiedade. Respirar profundamente por alguns minutos, relaxando ao inspirar, acalma e ajuda a sair da crise de ansiedade. Morder levemente a ponta da língua também tem o mesmo efeito.

No caso de ter problemas cardíacos, pressão alta ou diabetes, sentir dor forte no coração ou no peito, que pode irradiar para o braço, procure com urgência um pronto-socorro.

Leia também:

Referência:

Gautam S, Jain A, Gautam M, Vahia VN, GautamIndian A. Clinical Practice Guidelines for the Management of Generalised Anxiety Disorder (GAD) and Panic Disorder (PD). J Psychiatry. 2017; 59(Suppl 1): S67–S73.

Como controlar a ansiedade. Tadashi Kadomoto. Youtube

Existe um botão anti-pânico e ansiedade no seu corpo. Peter Liu. Youtube

Síndrome de Burnout: quais os sintomas e como tratar?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

A Síndrome de Burnout é um distúrbio emocional provocado pelo excesso de trabalho e que tem como sintomas a exaustão extrema, estresse e esgotamento físico. Resulta de situações desgastante de trabalho que demandam muita responsabilidade ou competitividade.

É comum entre profissionais de saúde (médicos, enfermeiros), professores, jornalistas, policiais e outros trabalhadores que atuam sob pressão e responsabilidades constantes. É também conhecida como Síndrome de Esgotamento Profissional.

Sintomas da Síndrome de Burnout

Os sinais e sintomas da Síndrome de Burnout estão relacionados a sofrimentos psicológicos, problemas físicos e nervosismo.

  • Dor de barriga;
  • Cansaço físico e mental excessivos;
  • Tontura;
  • Dor de cabeça frequente;
  • Insônia;
  • Dificuldade de concentração;
  • Insônia;
  • Negatividade constante;
  • Sentimentos de fracasso e insegurança;
  • Isolamento;
  • Sentimentos de incompetência;
  • Fadiga;
  • Alterações de apetite;
  • Dores musculares;
  • Alterações repentinas de humor;
  • Pressão arterial elevada;
  • Distúrbios gastrointestinais;
  • Sentimentos de derrota e desesperança;
  • Alterações nos batimentos cardíacos.

Inicialmente os sintomas podem ser leves e, com o passar do tempo, vão se intensificando. O estresse elevado e a vontade de permanecer na cama, se constantes, podem indicar o início da Síndrome de Burnout.

Como tratar a Síndrome de Burnout Psicoterapia e medicamentos

O tratamento da síndrome de Burnout é feito com psicoterapia, entretanto o uso de medicamentos antidepressivos e/ou ansiolíticos podem sem necessários. Mudanças no estilo de vida e nos hábitos são necessários para que o tratamento seja mais efetivo. Estas mudanças são pensadas durante a psicoterapia.

A pessoa com Síndrome de Burnout começa a sentir melhora após um a três meses de terapia, a depender da gravidade da síndrome e da adesão ao tratamento. Por estes motivos, é importante que você persista na terapia e nos medicamentos e não abandone o tratamento, o que pode levar a piora dos sintomas.

Atividade física

A prática regular de atividade física e exercícios de relaxamento são importantes aliados para redução do estresse e da ansiedade, além de ajudar a amenizar os sintomas da síndrome.

Será que piorei da Síndrome de Burnout?

Quando o tratamento não é seguido adequadamente ou é interrompido, os sintomas da Síndrome de Burnout se tornam mais intensos e indicam agravamento do quadro.

A piora do quadro leva a:

  • Perda total da motivação;
  • Distúrbios gastrointestinais intensos;
  • Depressão: pode se desenvolver nos casos mais graves de Síndrome de Burnout. Nestes casos, se fazem necessárias avaliações detalhadas para um tratamento e acompanhamento médico mais específico.
Diagnóstico da Síndrome de Burnout

A Síndrome de Burnout somente pode ser diagnosticada após avaliação detalhada efetuada por psicólogo/a ou psiquiatra. Se percebe os sintomas da síndrome, não demore a procurar um profissional especializado.

É possível prevenir a Síndrome de Burnout?

É possível sim prevenir a Síndrome de Burnout por meio da adoção de hábitos, estilos de vida e medidas que promovam o alívio do estresse e das situações de pressão no trabalho.

  • Pratique atividade física regularmente;
  • Evite o consumo de álcool e outras drogas que alteram a sua consciência;
  • Reserve horários destinados ao lazer com amigos e familiares;
  • Fale com alguém da sua confiança sobre o que você está sentindo;
  • Quebre a sua rotina algumas vezes e aproveite para um passeio ou outra atividade que não costuma praticar;
  • Evite contato com pessoas negativas;
  • Estabeleça pequenos objetivos para a sua vida pessoal e profissional.

Ao perceber os sintomas da Síndrome de Burnout, busque um serviço de saúde para uma avaliação, pode ser necessário o acompanhamento por psicólogo.