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Palpitação no coração durante a gravidez é normal?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sim. Essa palpitação acelerada no coração que a pessoa sente como se o coração tivesse "pulando para a boca" ou então de uma forma descompassada é frequente e aumentada durante a gravidez.

Por conta de todas as alterações fisiológicas que o organismo da mulher passa durante a gestação, essa espécie de arritmia pode ser mais frequente e, normalmente, não precisa de uma investigação maior quando são isoladas, sem associação com outros sintomas e em mulheres sem problemas no coração.

Para melhorar a palpitação, recomenda repouso, diminuição da ingestão de cafeína e cessação do tabagismo.

A mulher que apresenta história de doenças cardíacas precisa de um acompanhamento especializado para investigar as causas dessa palpitação.

As consultas de pré natal são importantes para a grávida relatar o que está acontecendo de diferente no seu organismo e conversar com o/a profissional de saúde sobre possíveis dúvidas.  

8 meses de gravidez e sentindo dores e contrações!
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

Pode ser contrações sim e nestes casos o ideal é ir ao obstetra, somente ele após examinar sua filha poderá ajudar vocês, pode ser o início de um trabalho de parto.

Ultrassom transvaginal tem algum risco para o bebê?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Não, ultrassom transvaginal não oferece nenhum risco para o bebê. A sonda introduzida para fazer o exame não irá machucar o bebê, que está bem protegido no útero. A ultrassonografia também não emite radiação, como o raio-X, e as ondas de alta frequência emitidas pelo aparelho não prejudicam o bebê.

Além de não trazer riscos para o bebê, o ultrassom transvaginal é fundamental para acompanhar o desenvolvimento e a saúde do feto, detectar malformações e identificar sinais de doenças genéticas, como a síndrome de Down. 

No 1º trimestre de gravidez, o principal objetivo do exame é o rastreamento de anomalias genéticas. O ultrassom transvaginal pode ser realizado entre a 11ª e a 14ª semana de gestação, de preferência entre a 12ª e a 13ª semana.

A sensibilidade da ultrassonografia transvaginal para detectar a síndrome de Down é de aproximadamente 90% e cerca de 60% das malformações fetais podem ser identificadas nesta fase através do exame.

O médico ginecologista poderá esclarecer as suas dúvidas sobre o ultrassom transvaginal e tranquilizá-la para a realização do exame.

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Comer pimenta durante a amamentação faz mal para o bebê?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Não. Comer pimenta durante a amamentação não faz mal ao/à bebê.

A pimenta não precisa ser evitada durante a amamentação pois sua ingestão não causará nenhum prejuízo à mulher ou ao/à bebê.

A mulher que está amamentando precisa garantir uma alimentação diversa, completa e com maior quantidade de calorias para manter a produção de leite.

A quantidade adequada de calorias para cada mulher será dependente do seu peso, altura, idade e das possíveis atividades físicas desempenhadas por ela

Algumas comidas devem ser evitadas durante a amamentação como determinados peixes que podem conter elevados níveis de mercúrio. As demais comidas são liberadas e não demonstram riscos para a mãe e/ou bebê.

Uma alimentação diversificada deve incluir frutas, vegetais, grãos, cereais, proteínas, etc. Além disso, a mulher deve ter uma boa ingesta de água para se hidratar e recuperar os líquidos perdidos durante a amamentação.

Leia também: Amamentar aumenta o apetite?

Converse com o/a médico/a durante as consultas de rotina de puericultura. 

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Que cuidados devo ter durante o resguardo?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Alguns cuidados importantes que a mulher deve ter durante o resguardo: 

  • Estado emocional: A queda hormonal brusca que ocorre no pós-parto provoca tristeza, desânimo, insegurança e cansaço em grande parte das mães. Esses sintomas podem durar até duas semanas e são considerados normais. No entanto, se persistirem e vierem associados a falta de apetite, dificuldade para dormir, falta de concentração e interesse, pode ser depressão pós-parto e precisa de tratamento médico;
  • Relações sexuais: Devem ser evitadas durante o resguardo, por vários motivos:
    • ​​A mulher pode sentir dor e desconforto;
    • O aparelho reprodutor da mulher está em recuperação;
    • Risco de infecção, uma vez que o processo de cicatrização pós-parto ainda não está finalizado;
    • O hormônio prolactina, que estimula a produção do leite, reduz a libido e a lubrificação vaginal;
    • Evitar sobrecarga na região dos pontos cirúrgicos, no caso de cesárea.
  • Alimentação: É importante manter uma dieta equilibrada ppara sustentar a exigência de calorias da amamentação. Algumas recomendações:​
    • Beber de 2 a 3 litros de água por dia;
    • Minerais, como ferro e cálcio continuam sendo fundamentais e podem ser ingeridos principalmente através de carnes vermelhas e laticínios;
    • Consumir frutas com casca (maçã, ameixa, pera...) ajuda a combater a constipação intestinal, comum nessa fase;
    • Evitar refeições pesadas e gordurosas, pois elas são passadas para o bebê através do leite e o sistema digestivo do recém nascido ainda não está preparado para esses alimentos;
    • Café, verduras escuras, chocolate, refrigerantes à base de cola, talo de alface, feijão e tomate devem ser evitados para não causarem cólicas no bebê.
  • Dirigir: 
    • Parto normal: Deve-se evitar durante o 1º mês, para não interferir na cicatrização do períneo. Se a mulher não sentir nenhum incômodo, já pode dirigir a partir da 2ª semana de pós-parto;
    • Cesárea: Normalmente não é permitido no 1º mês, para não atrapalhar a cicatrização das suturas no abdômen;
  • Exercícios físicos: dependerá de quão ativa era a mulher antes e durante a gravidez. É recomendado evitar corridas e outras atividades mais intensas durante o 1º mês pós parto. Depois desse período, a mulher já pode fazer caminhadas leves, de 20 a 30 minutos, dependendo do seu condicionamento físico. 
  • Carregar peso: Deve-se evitar no 1º mês, tanto para cesárea como para parto normal;
  • Subir escadas: Desde que não haja dor, não precisa ser evitado;
  • Cabelos: As tinturas devem ser adiadas se a mulher estiver amamentando, uma vez que estes produtos podem conter amônia ou formol e podem intoxicar o bebê.

Leia também: Sangramento durante o resguardo é normal?

Para maiores informações sobre os cuidados que se deve ter no resguardo, fale com o/a médico/a durante as consultas de acompanhamento pós parto.

Como aliviar os gases na gravidez?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

O alívio dos gases na gravidez pode ser conseguido com a realização de algumas medidas em relação ao hábitos alimentares e às atividades físicas de modo a evitar o seu acúmulo e facilitar a sua eliminação:

  • alimentar-se várias vezes ao dia com pequenas porções a cada vez,
  • evitar consumir doces,
  • evitar o consumo de frituras e alimentos muito gordurosos,
  • evitar o consumo exagerado de alimentos formadores de gases como leite, queijos, feijões, lentilhas, couves, cebola e alho,
  • evitar bebidas com gás,
  • evitar alimentos adoçados com sorbitol,
  • mastigar bem os alimentos antes de engolir,
  • procurar fazer pequenas caminhadas diárias, de preferência após as refeições, para estimular os movimentos intestinais, a digestão e a eliminação de gases,
  • evitar o uso de roupas apertadas na barriga.

Durante a gravidez ocorre um aumento na produção da progesterona, um hormônio que provoca um relaxamento na musculatura de vários órgãos. Esse relaxamento pode causar uma diminuição dos movimentos dos intestinos, levando à uma digestão mais lenta e acúmulo de gases e prisão de ventre (obstipação).

Além disso, o estômago também é afetado facilitando o retorno de suco gástrico e gases do estômago para o esôfago (refluxo) e arrotos. Na segunda metade da gravidez, devido ao aumento do útero, que pressiona o estômago e os intestinos, esses problemas tendem a agravar-se.

Os problemas e desconfortos surgidos durante a gravidez devem ser discutidos durante as consultas de pré-natal para avaliar a necessidade do uso de medicamentos que auxiliem o alívio.

Leia também:

Dor de barriga na gravidez, o que pode ser?

Excesso de gases pode revelar algum problema grave?

Como saber quem é o pai do meu filho?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A maneira mais segura de identificar o pai de um bebê, é através do teste de paternidade, o exame de DNA.

Entretanto, o tipo sanguíneo pode ser um caminho para essa descoberta, em alguns casos.

O tipo sanguíneo do filho(a) é uma combinação entre os tipos de sangue do pai e da mãe. Por vezes, esse resultado pode ser o suficiente para determinar quem é o pai. Saiba mais: quais podem ser os tipos sanguíneos dos meus filhos?

Portanto, pode tentar descobrir quem é o pai através dos tipos sanguíneos. Quando não for possível, apenas com o teste de DNA poderá ter essa certeza.

Como descobrir quem é o pai pelo teste de DNA?

O teste de DNA avalia as características genéticas do bebê e do pai, através da análise de material genético dos dois, identificando a semelhança entre eles. Esse material pode ser colhido de diferentes partes do corpo, porém os locais mais usados são amostras de sangue, saliva e fio de cabelo. O resultado garante, 99% de certeza, sendo, portanto, bastante confiável.

O exame de DNA pode ser realizado ainda durante a gravidez, a partir da oitava semana de gestação. Nesse caso a coleta do material do bebê será pelo sangue da mãe, onde já existem materiais genéticos da criança. Pode ser também por procedimentos um pouco mais invasivos, como a coleta de material no líquido amniótico (amniocentese), ou direto do cordão umbilical (cordocentese), após a 15ª semana.

Contudo, são exames que oferecem riscos à gestação, como sangramento, infecção ou mais raramente o aborto, sendo recomendado uma avaliação criteriosa desse exame ainda na fase de gravidez. Sendo possível, o mais recomendado é que aguarde pelo nascimento do bebê.

É preciso pedido médico para o teste de DNA?

Não. Para realizar o exame de DNA não é preciso solicitação médica. Basta procurar um laboratório que faça o exame, com o provável pai e a criança, para que colham as amostras. Caso o pai se recuse a ceder o seu material genético, é preciso procurar auxílio de um advogado ou ir diretamente na Defensoria Pública da sua cidade, para receber as orientações e seguir com a avaliação pela justiça.

O juiz decidirá se a recusa do pai já caracteriza a confirmação da sua paternidade, chamado de "presunção de paternidade", ou se emitirá um mandato exigindo a sua presença para o exame.

Valor do teste de DNA

O exame não é gratuito, e tem um custo médio no Brasil de R$ 350,00 a R$500,00. No entanto, os pedidos realizados pela defensoria, podem ser pagos pelo Estado, se entenderem que ambas as partes não têm como arcar com essa despesa.

Além da avaliação pela justiça, existem diversos programas e campanhas para auxiliar na realização do exame. Procure na Defensoria Pública da sua cidade.

Existem tipos de sangue incompatíveis?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sim, há tipos de sangue incompatíveis, especialmente quando se trata de transfusões sanguíneas, e de gestação. Para receber uma transfusão é preciso analisar os tipos sanguíneos do receptor e do doador, para evitar uma reação do organismo que pode ser fatal.

Os tipos sanguíneos são determinados pela presença de antígenos na superfície dos glóbulos vermelhos. Os sistemas ABO e o sistema Rh são os principais a ser determinados. De acordo com o sistema ABO, são formados os tipos sanguíneos: A, B, AB e O. O Sistema Rh divide os tipos sanguíneos em Rh positivo, quando o antígeno está presente ou negativo, quando ausente.

A avaliação para transfusão e para a gestação serão abordadas com mais detalhes a seguir.

Tipos de sangue incompatíveis para uma transfusão
  • Tipo A - Os indivíduos com sangue A não podem receber sangue do tipo B nem do tipo AB, pois o antígeno B presente nessa hemácia vai causar uma reação e produção de anticorpos contra ele; poderá receber apenas dos tipos sanguíneos, A ou O.
  • Tipo B - Pessoas com sangue tipo B não podem receber do tipo A nem do AB, porque não reconehce os antígenos tipo A. Então só podem receber transfusões de tipo B ou O;
  • Tipo AB - Indivíduos com sangue tipo AB, podem receber transfusões de qualquer tipo sanguíneo, sendo por isso considerados o receptor universal.
  • Tipo O - Já pessoas com tipo sanguíneo O, só podem receber deles mesmo, qualquer outro tipo de sangue, A, B ou AB podem desencadear reação inclusive pode ser fatal. Em contrapartida, pode doar para todos os tipos, conhecido portanto, como doador universal.

Indivíduos com sangue Rh negativo só podem receber transfusões de Rh negativo, salvo raras exceções. Já indivíduos com Rh positivo podem receber transfusões de Rh positivo ou negativo.

Complementando a informação acima, então, o doador universal é o tipo O negativo, e o receptor universal, o tipo AB positivo.

Tipos de sangue incompatíveis para ter filhos

A importância maior é determinar o fator RH dos pais. Porque quando a mãe é RH negativo e pai RH positivo, o bebê tem grande chance de ser RH positivo. Com isso, durante a gestação e principalmente após o parto, libera volume maior de sangue para a corrente sanguínea da mãe.

Depois do primeiro parto de um bebê Rh positivo, ou da transfusão acidental de sangue Rh positivo, o sangue da mãe cria anticorpos anti-Rh+. Durante a segunda gravidez, esses anticorpos podem atravessar a placenta e uma doença chamada eritroblastose fetal, ou doença hemolítica do recém-nascido.

A doença pode causar anemia, mal formação fetal, problemas cardiológicos e até a morte do bebê. No entanto, hoje já existem tratamentos para esta condição, e mães com Rh negativo, com pesquisa positiva para esses anticorpos. O mais indicado é administrar na gestante, imunoglobulina anti-D (RhoGAM®) algumas semanas antes do parto ou nas primeiras 72 horas após o parto, de forma a impedir a formação dos anticorpos que poderiam criar complicações nas gestações seguintes.

A pesquisa do tipo sanguíneo (ABO e Rh), além da pesquisa de coombs indireto (se Rh negativo), deve ser feita no pré-natal de toda a gestante.

Para maiores informações, consulte o seu obstetra ou clínico geral.

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Referência:

ABHH - Associação Brasileira de Hematologia e Hemoterapia.