Sim, grávida pode fazer ressonância magnética. As evidências cientificas atuais não comprovaram que a exposição ao exame seja prejudicial ao feto, mesmo no primeiro trimestre da gestação.
No entanto, é muito importante enfatizar que o uso de gadolínio, que é o contraste paramagnético usado no exame, deve ser evitado, pois alguns estudos demonstraram associação do gadolínio com maior risco de morte e complicações neonatais.
Além disso, como todo exame, deve sempre ser cuidadosamente avaliado os potenciais riscos e benefícios da sua realização e o quanto o exame é essencial para a investigação e seguimento da gestante.
Alguns médicos ainda preferem indicar a ressonância magnética apenas a partir do segundo trimestre como forma de ter maior precaução.
Há situações específicas em que a ressonância magnética é indicada, mesmo no 1º trimestre de gravidez, tais como:
- Lesões no cérebro ou na medula espinhal da mãe;
- Grávidas com câncer;
- Grávidas com doenças aguda torácica, abdominal ou pélvica, que não foram diagnosticadas pela ultrassonografia;
- Casos específicos de anomalia fetal ou desordem fetal complexa.
Não existe uma legislação específica no Brasil que determina a época da realização da ressonância magnética durante a gravidez. O médico obstetra ou o médico radiologista poderá esclarecer outras dúvidas que a grávida possa ter em relação ao exame durante o pré-natal.
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Barriga fria durante a gravidez é normal, especialmente no final da gestação, quando a barriga está maior, a pele mais distendida e há uma maior quantidade de gordura acumulada na região abdominal.
Assim como as extremidades do corpo, como nariz, mãos e pés ficam frios mais facilmente por estarem nas extremidades do corpo e receberem um menor aporte sanguíneo, a barriga da grávida, à medida que vai crescendo, também vai se tornando mais periférica e o sangue já não chega à sua superfície da mesma forma, o que a deixa mais fria.
A gordura subcutânea acumulada na região abdominal também contribui para deixar a barriga gelada na gravidez, pois o sangue não circula da mesma forma quando há gordura localizada. Basta observar o que ocorre também nas nádegas, coxas e outros locais do corpo da mulher que têm maior tendência para acumular gordura.
No entanto, se a grávida observar que a barriga fria vem acompanhada de outros sintomas, deve falar sobre isso durante as consultas de pré-natal.
Sim, a fase lútea está relacionada com a gravidez, uma vez que é nesta fase que a mulher está no período fértil do seu ciclo menstrual, isto é, após a ovulação que ocorre por volta do décimo segundo dia do ciclo, a contar a partir do primeiro dia de sangramento menstrual.
Essa fase tem início com a formação do corpo lúteo (do dia em que ocorre a ovulação ao primeiro dia do próximo ciclo menstrual (menstruação). Dura aproximadamente 12 a 16 dias, quando o corpo lúteo degrada-se (luteólise), ou mantém-se ativo (quando a mulher engravida), liberando hormônios (grande quantidade de progesterona e moderada quantidade de estrógeno) que mantêm a gestação até que a placenta assuma esse papel, entre a oitava e décima segunda semanas.
O hormônio que predomina neste período é a progesterona (há uma queda nos níveis de estrógeno e um pico de progesterona), o que faz cessar o espessamento da camada mais interna do útero (endométrio), mas mantém a circulação sanguínea e aporte de nutrientes para o caso de uma eventual nidação (quando o óvulo fecundado se fixa ao endométrio).
Caso ocorra a nidação, a produção de hCG pelas células do sinciciotrofoblasto mantém o corpo lúteo ativo; caso contrário ele degenera (processo que leva duas semanas a partir da ovulação) e a mulher menstrua, começando um novo ciclo.
O período fértil, na mulher, pode ser facilmente calculado tomando como base o dia da ovulação (por volta do décimo segundo dia). Como os espermatozóides podem estar viáveis (capazes de fecundar o óvulo) até 72 horas depois de uma relação sexual, alguns ginecologistas consideram que o período fértil esteja compreendido entre três dias antes da ovulação (nono dia do ciclo) até seis dias após (décimo oitavo dia do ciclo), mas esse período varia de acordo com a opinião de cada profissional.
Em caso de suspeita de gestação, um médico ginecologista deverá ser consultado.
Sim, pele oleosa pode ser sintoma de gravidez.
As alterações na pele, que pode ficar mais oleosa ou mais ressecada, dependendo da mulher, são observadas durante a gravidez.
Além do aumento (ou diminuição) da oleosidade da pele, o início da gestação também é marcado pelas seguintes alterações:
- Atraso menstrual;
- Mamas doloridas e inchadas;
- Escurecimento dos mamilos;
- A mulher começa a urinar com mais frequência;
- Enjoos e vômitos;
- Pequeno sangramento (nem sempre), acompanhado por cólicas uterinas;
- Cansaço;
- Sonolência.
Leia também: Sintomas de Gravidez; Sintomas de gravidez só aparecem após o atraso menstrual?
A gravidez também deixa a pele mais luminosa e viçosa, devido ao aumento das células de gordura do corpo, que esticam a pele e melhoram o seu aspecto. Porém, se a mulher já tiver tendência para ter pele oleosa, ela poderá desenvolver espinhas.
Contudo, pele oleosa também pode ser sintoma de síndrome do ovário policístico, uma doença nos ovários que também provoca acne, aumento dos pelos do corpo e obesidade.
Veja mais sobre o assunto em Pele e cabelo oleosos: o que pode ser e o que fazer?
Para saber se está mesmo grávida, o melhor é esperar pela menstruação. Se ela atrasar, faça um teste de gravidez de farmácia. Se estiver grávida, consulte o/a médico/a ginecologista, clínico/a geral ou médico/a de família. Caso contrário, procure o/a médico/a dermatologista, clínico/a geral ou médico/a de família para fazer uma avaliação da pele oleosa.
Não, febre na gravidez não faz mal ao bebê, nem prejudica a saúde ou o desenvolvimento do feto, desde que não seja superior a 38,5ºC e esteja sob controle.
Febre alta, acima de 38,5ºC ou 39ºC, e prolongada durante a gestação pode provocar parto prematuro ou abortamentos, por isso é importante saber a causa da febre e vigiar a temperatura corporal.
Resfriados podem ser comuns na gravidez e dificilmente causam febre. Porém, se for uma gripe, a situação é diferente, pois é provável que haja febre e ela pode chegar aos 40ºC se não for controlada.
Durante o estado febril ou na presença de inflamações, o corpo libera substâncias chamadas prostaglandinas, que podem provocar contrações uterinas e causar abortamentos (principalmente no início da gravidez) e partos prematuros (no final da gestação).
Também é importante saber a causa da febre, o processo infeccioso que leva ao aumento da temperatura pode também causar complicações para a gestação e o bebê.
O que fazer em caso de febre na gravidez?Comunique o seu médico obstetra ou médico de família sempre que tiver febre durante a gestação, mesmo que seja uma febre baixa.
Se a febre ultrapassar os 38,5ºC, procure atendimento médico. Não deixe a febre subir e permanecer alta.
Algumas medidas que podem ajudar a controlar a febre e baixar a temperatura corporal, se a febre não estiver muito alta:
- Tome um banho com água à temperatura ambiente (a água não deve estar gelada, senão pode piorar o quadro);
- Beba bastante água;
- Descanse o tempo que for necessário, mesmo depois da febre baixar.
Fale com o seu médico se tiver febre e não tome nenhum medicamento sem orientação médica.
Evite a automedicação durante a gravidez, pois muitos medicamentos podem ser prejudiciais ao bebê.
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Hipertrofia uterina é o aumento do volume do útero, provocado pelo aumento do tamanho das suas células musculares e do tecido conjuntivo presente no órgão.
A hipertrofia é uma adaptação das células para suportar um maior esforço. Um exemplo disso é a hipertrofia muscular decorrente da musculação, em que ocorre aumento do volume do músculo para suportar o aumento da carga de trabalho.
Quais as causas da hipertrofia uterina?A hipertrofia uterina ocorre durante a gravidez para aumentar a resistência da parede do útero. Trata-se de uma das adaptações que o útero sofre para poder abrigar o feto durante o seu desenvolvimento.
No início da gestação, a hipertrofia do útero ocorre principalmente por estímulos hormonais. Após o 1º trimestre, o aumento do volume uterino é devido ao crescimento do feto. Após o parto o útero tende a voltar ao seu tamanho anterior a gestação.
Em algumas situações o útero pode tornar-se hipertrófico por conta de doenças como a miomatose uterina ou a adenomiose. Nesses casos, os sinais e sintomas mais comuns da hipertrofia uterina são as cólicas menstruais e o aumento do fluxo menstrual.
A adenomiose é a invasão da camada mais interna do útero (endométrio) na sua porção muscular (miométrio).
Apesar de ser uma doença benigna, a adenomiose pode causar:
- Aumento do fluxo menstrual;
- Fortes cólicas menstruais;
- Dor durante as relações sexuais;
- Prisão de ventre;
- Infertilidade.
Veja aqui qual é o tratamento para a hipertrofia uterina.
O diagnóstico da hipertrofia uterina é feito através do exame de ultrassom, pelo médico ginecologista.
Para saber mais sobre aumento do útero, você pode ler:
Útero aumentado, quais as principais causas?
Quem tem hipertrofia uterina pode engravidar?
O que é adenomiose e quais os sintomas?
Referência
Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia - FEBRASGO
As diferenças entre gravidez e gravidez psicológica podem, no início, passar despercebidas uma vez que a gravidez psicológica provoca os mesmos sinais e sintomas de uma gravidez real, tais como:
- Menstruação atrasada;
- Crescimento da barriga;
- Inchaço das mamas;
- Aumento da temperatura corporal;
- Sonolência;
- Enjoos;
- "Desejos de grávida";
- Lactação (produção de leite);
- Pode inclusive haver alterações hormonais, porém, os níveis de beta HCG, usado para detectar uma gravidez, não mudam.
Na gravidez psicológica, a mulher acredita mesmo que está grávida e o seu corpo sofre alterações, levando também outras pessoas a acreditarem que ela está grávida, inclusive o/a médico/a. Há casos em que a mulher chega a sentir o bebê mexer.
A gravidez psicológica é um distúrbio emocional que faz com que a mulher apresente os sintomas de uma gestação sem estar grávida. A gravidez psicológica pode, inclusive, durar os mesmos 9 meses da gravidez real.
Além dos sintomas físicos, a gravidez psicológica provoca também sintomas psicológicos. Mesmo depois da gravidez ser desmentida pela menstruação, pelos exames de sangue e de imagem (ultrassom), a mulher pode continuar convicta que está grávida.
As mulheres mais propícias a terem uma gravidez psicológica são aquelas que têm um forte desejo de engravidar e não têm sucesso e as que têm pavor de engravidar.
O tratamento dos casos de gestações psicológicas é feito com psicoterapia. Medicamentos antidepressivos também podem ser necessários.
O diagnóstico de uma gravidez psicológica pode ser feito pelo/a ginecologista, médico/a de família ou clínico/a geral, que deverá posteriormente encaminhar a paciente para o tratamento psicológico e/ou psiquiátrico.
Sim, a mulher pode fazer banho de lua amamentando, pois tanto a água oxigenada como os outros produtos usados para descolorir os pelos do corpo podem ser usados durante a amamentação sem risco de prejudicar o bebê.
Mesmo que uma pequena quantidade de produto seja absorvida pela pele, é pouco provável que passe para o leite materno.
Contudo, para evitar o contato direto dos produtos com o bebê, é importante evitar o banho de lua na região do tórax, sobretudo nas mamas.
Além disso, se for você mesma a fazer o clareamento dos pelos, deve lavar bem as mãos com água e sabão antes de pegar o/a bebê.
Seguindo esses cuidados, o banho de lua não oferece nenhum risco à/ao bebê e pode ser feito sem problemas pela mãe que está amamentando.
Para maiores esclarecimentos sobre os produtos permitidos e proibidos à mãe durante a amamentação, fale com o/a médico/a durante as consultas do pré-natal.
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